Já são quatro anos desde a primeira e única apresentação dos brasilienses da Scalene em Santos. Foi em fevereiro de 2014, quando eles tocaram com outras seis bandas da região, no Habacoock, na Avenida Pedro Lessa, para divulgar o álbum de estreia Real/Surreal (Confira vídeo abaixo). De lá para cá, muita coisa mudou nas vidas de Gustavo Bertoni, Tomas Bertoni, Lucas Furtado e Philipe “Makako”.
Mesmo que eles não façam muito alarde sobre o assunto, a participação na segunda edição do programa SuperStar, da Rede Globo, no qual foram finalistas, em 2015, deu um novo status à banda, que conseguiu atingir um público maior.
Com mais força, a Scalene se apresentou no Lollapalooza, Rock in Rio, garantiu um contrato com a Slap (Som Livre) e ainda faturou uma estatueta no Grammy Latino. Nesse período, eles lançaram dois álbuns de estúdio elogiados pela crítica e fãs, Éter (2015) e Magnetite (2017). Além de um registro ao vivo, o DVD Ao Vivo em Brasília (2016).
É com essas credenciais que a Scalene retorna a Santos, amanhã, a partir das 19h, na Arena Club, junto com a gaúcha Fresno e a companheira no SuperStar, a rondoniana Versalle, também finalista daquela edição. A santista Cronistas também toca.
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“Lembro que o nosso primeiro show em Santos foi num lugar que estava extremamente quente, um calor, você subia uma escadona e tinha o chão todo branco. Na época estávamos num rolê mais independente. Ainda estamos, mas era mais na raça. Foi bem legal porque tinha uma banda só de minas ou com várias minas tocando e tínhamos influências semelhantes”, recorda o vocalista Gustavo Bertoni.
O líder da Scalene ressalta que a trajetória da banda começou em 2009 e o alcance foi crescendo com muito sufoco e dedicação. “Foi aquela coisa tradicional do passo de formiguinha, uma coisa de cada vez, produzindo nossos próprios shows, com pouca grana. Foi um crescimento orgânico”.
Para Bertoni o que mantém a Scalene em evidência é o trabalho musical intenso. Foi um registro lançado por ano desde o término do programa. Agora, a banda, que tem contrato com a Slap até 2020, pretende segurar um pouco o ímpeto por novos discos.
Citado em diversas listas como um dos melhores lançamentos do ano, em 2017, o disco Magnetite é reflexo do amadurecimento da banda, acredita o vocalista. “Nos colocamos em uma posição de observadores de tudo que nós vivemos de 2015 até a gravação do disco, no início de 2017. Foi um período de muitas experiências vividas tocando no Brasil. Fomos agregando mais influências brasileiras. A gente ainda é muito novo, então conseguimos absorver muitas coisas”.
O repertório em Santos, inclusive, deve ter um foco maior em Magnetite, mas o vocalista avisa que incluirá canções de outros trabalhos também.
Fresno
Quem fecha a noite na Arena Club é a Fresno, que está iniciando nova fase. Depois de divulgar o disco A Sinfonia de Tudo que Há, de 2016, os gaúchos lançaram recentemente o single Natureza Caos, que foi o start para uma nova turnê nacional. Já passou por São Paulo, Nordeste e chega a Santos. Sobre o som, o vocalista e guitarrista Lucas Silveira disse que uma frase de piano, que martelava a cabeça dele, foi inspiradora para o single.
“Era uma frase bem ‘cabaré’, com pitadas de musical da Broadway, mas eu não queria fazer mais uma música ao piano (já lançamos o Sinfonia, que foi feito totalmente em torno do piano). A partir disso, abri o Serum (um sintetizador virtual) e passei a testar arpegios de baixo que remetessem às coisas que eu ouvia com meus irmãos nos anos 1980 (New Order, Depeche) e nos anos 1990 (Nine Inch Nails, Marilyn Manson).”
Ainda segundo o músico, o novo show do grupo contará com outras faixas novas e inéditas, além de todos os sucessos de sua carreira, em uma apresentação totalmente nova para os fãs da banda.
Serviço: O ingresso custa R$ 100,00. Estudantes, idosos, portadores de deficiência e quem doar 1kg de alimento pagam meia. A Arena Club fica na Avenida Pinheiro Machado, 33, na Vila Mathias, em Santos.