JÚNIOR BATISTA
Foto: Tom Leal/Divulgação
Com 26 anos de estrada, o Garage Fuzz assopra velinhas e comemora nesta sexta-feira (1), no Mr. Dantas, em Santos. Na festa rola o lançamento do novo DVD do grupo, Celebrating 25 Years. “A gente faz um apanhado de músicas ao longo da carreira, com foco no nosso último álbum de estúdio, Fast Relief”, explica o baixista Fabrício de Souza. Ao lado dele, Wagner Reis (guitarra), Daniel Siqueira (bateria), Fernando Basseto (guitarra) e Alexandre Cruz (vocal).
O lançamento aquece os motores pro ano que vem, quando deve surgir um novo disco de inéditas. “Temos cinco músicas novas já, continuando no estilo do Fast Relief”, explica o músico, que segue a receita básica da banda pra compor, a partir de uma ideia dele no violão, uma conversa com Farofa (Alexandre Cruz) e troca de ideias com todos os membros.
A evolução do grupo, nascido em 1991, também é evidente. Ao longo do tempo, Fabrício explica que novos sons foram acrescentados, mas sempre seguindo os estilos de garagem rock e guitar band. “Trouxemos também hardcore, daquela época do emo, não o comercial, mas o emocore legal, antes de virar moda”, afirma.
Com as grandes transformações da música, como a passagem pro CD, depois o streaming, passando pela “queda” das gravadores, Fabrício enxerga que o grupo naturalmente foi se adaptando e recebendo positivamente essa evolução.
“Saímos de uma gravadora (a holandesa Roadrunner Records, em 1993), para o independente, gravando cada disco com um selo. Fomos aprendendo, colocamos a mão na massa. Hoje, existem muitas plataformas, o que é excelente”, diz o músico. Eles experimentaram o formato streaming com um álbum acústico, este ano, e deu super certo. “A resposta foi bem positiva”, acrescenta.
“Com essa evolução, também vimos nosso público mudar. Hoje nós vemos adolescentes de 15, 16 anos, até caras de 40 anos na plateia. Isso é muito gratificante”.
Cena
Fabrício de Souza avalia que, atualmente, há cenas muitas distintas acontecendo ao mesmo tempo na Baixada Santista. “Na década de 90 existia uma cena grande. Após o Charlie Brown Jr., deu uma minguada, pra surgir as bandas covers. No entanto, ficou exagerado. Como era algo com um retorno mais fácil, vieram muitas. No entanto, nos últimos quatro anos está surgindo novamente uma cena de bandas independentes e autorais com muita qualidade”, diz ele, citando grupos como Zebra Zebra e Erodelia.
“É um trabalho de formiguinha, mas tem que acreditar. Gostar do que está fazendo e de música é o pontapé inicial. Nós temos até uma música que se chama Dying Trying, que fala disso, morrer tentando. É o caminho”.
Serviço: hoje, a partir das 22h, no Mr. Dantas Music Bar, em Santos. Tem ainda White Frogs, Surra e Alcântara e discotecagem de Lucas Krempel (A Tribuna e Blog n’ Roll). Ingressos de R$ 25,00 a R$ 35,00. Av. Sen. Dantas, 401, Estuário.
