No fim de 2016, o Rolling Stones voltou às origens. Lançou o disco Blue & Lonesome, repleto de releituras de clássicos do blues, algo comum no início da carreira da maior banda de rock de todos os tempos.
Pois bem, a gaúcha Stones Blues Band, surgida há um ano e meio, tem divulgado suas versões blueseiras para os clássicos da banda de Mick Jagger, Keith Richards, Charlie Watts, Ron Wood e Daryl Jones. A bola da vez é Jumpin’ Jack Flash.
A Stones Blues Band é formada por Trick Bernardi (voz e violão) e dois integrantes dos Acústicos & Valvulados – Alexandre Móica (guitarra e voz) e Paulo James (bateria e voz). Uma curiosidade: a banda não usa contrabaixo.
O formato é enxuto, rústico, predominantemente acústico, e pontuado por frases de slide e riffs marcantes. A intenção não é fazer covers fiéis, ou um show tradicional recheado de mega-hits. Exploram o DNA blueseiro que deu nome e moldou a sonoridade dos Rolling Stones, extraindo a essência daquilo que rolava lá nos primórdios da banda, quando Mick, Keith, Brian, Wyman & Watts devoravam os LPs da Chess Records e botavam fogo no circo do Rock’n Roll.
Assim, Sympathy For The Devil vira um shuffle, Miss You se transforma num slow blues e o single da vez, Jumpin’ Jack Flash, encarna um ritmo acelerado (à lá Rollin’ & Tumblin’). No palco, o repertório centra fogo no período inicial da carreira (1964-1972).