Se estivesse vivo, o santista Luiz Carlos Leão Duarte Júnior, o Champignon, ex-baixista do Charlie Brown Jr, completaria 42 anos hoje. E a grande homenagem do dia veio do seu sucessor, Heitor Gomes, que gravou um medley com trechos de três canções icônicas do instrumentista para marcar a data. As escolhidas foram Pra Mais Tarde Fazermos a Cabeça, O Preço e Como Tudo Deve Ser.
“Estou completando 15 anos da minha estreia no Charlie Brown Jr e 15 anos dos meus primeiros trabalhos com a banda: Imunidade Musical, que foi disco de ouro, e o DVD Skate Vibration, gravado no antigo Chorão Skate Park. Pra ficar completa essa celebração, eu tive esse desejo de homenagear o Champignon, uma das minhas principais referências”, comenta Heitor.
O baixista conta que tinha uma relação muito boa com Champignon.
“O Chorão e o Champignon eram muito fãs do meu pai, contrabaixista de Santos. Meu pai criou uma técnica muito peculiar no baixo. O estúdio do meu pai era próximo do estúdio da banda, então eles conversavam com frequência. Eu e o Champignon tínhamos uma relação de admiração mútua. Ele admirava bastante o meu pai, o meu trabalho, e eu admirava bastante a obra dele”.
Sem contato com Champignon
Na época que Heitor assumiu o lugar de Champignon na banda, o contato cessou.
“Foi um momento de mudanças na banda. O Chorão estava bem focado em dar sequência na banda, enquanto o Champignon seguiu com os projetos deles, como o Revolucionários e o Nove Mil Anjos, com o Júnior Lima. Não tivemos oportunidade de conversar”.
Mas Heitor afirma que isso não alterou a admiração de um pelo outro.
“Em 2013, depois que o Chorão havia falecido, encontrei o Thiago Castanho no Canal 3, em Santos, e ele me confidenciou que o Champignon queria que eu participasse de um show da Banca. Havíamos ficado de participar, tocando Senhor do Tempo, mas infelizmente não rolou. Posteriormente teve o acontecimento com o Champignon também”.
Para o músico, em termos de rock, o Charlie Brown Jr sempre foi uma banda muito conceituada pela qualidade técnica dos seus integrantes. E o legado que fica dos baixistas é extremamente positivo.
“Você realmente deve ter uma dedicação muito séria com a música, a profissão, respeitar o dom que Deus lhe deu. A banda sempre teve muita espiritualidade, algo bem intenso. Os baixos do Charlie Brown são referências. Já escutei muitas críticas positivas colocando nosso baixo como um dos melhores do Brasil e do mundo. Em resumo, por conta da qualidade das composições e técnicas de contrabaixo.Heitor Gomes, baixista do Charlie Brown Jr
Para assistir a homenagem de Heitor Gomes, acesse o canal dele no YouTube ou confira abaixo.