Com o prestigio de ser considerada uma das principais bandas do metal nacional, o Claustrofobia retorna à Baixada Santista, desta vez, para divulgar o novo álbum Peste. Marcus D´Angelo (vocal/guitarra), Alexandre de Orio (guitarra), Daniel Bonfogo (baixo) e Caio D´Angelo (bateria) se apresentam hoje, a partir das 20 horas, na Tribal Club, em Santos. O ingresso custa R$ 30 na porta.
O grupo atualmente vive um período de glórias e não esconde a felicidade por crescer no tão concorrido cenário do heavy metal. A reportagem conversou rapidamente com o frontman Marcus D´Angelo para saber como está a expectativa dos músicos para tocar na cidade, a repercussão do novo álbum, além de discorrer sobre o cenário nacional e revelou que já tem material para um próximo disco.
Além do Claustrofobia, as bandas Enthring (Finlândia) e Infector (Praia Grande) também se apresentam. O Enthring, nova sensação no cenário metal escandinavo, fará o primeiro show no Brasil. Depois da apresentação em Santos, a banda segue em turnê com os compatriotas do Kropiklaani, velho conhecido do público brasileiro. As duas bandas vão tocar em Belo Horizonte (amanhã), São Paulo (sábado), Curitiba (domingo) e São Paulo (terça-feira).
Confira abaixo uma entrevista com o pessoal do Claustrofobia.
por Costábile Salzano Jr | The Ultimate Music – Press
O que o público da Baixada Santista pode esperar dessa nova passagem do Claustrofobia por Santos?
Marcus D’Angelo: Podem esperar muita seriedade e energia em cima do palco! Vamos dar o máximo de intensidade possível. Faz muito tempo que tocamos ai e estamos feliz de estar voltando! Já fui no Tribal Club assistir ao show dos nosso amigos do Krisiun e realmente é uma casa legal. Estamos ansiosos e quem colar não vai se arrepender, pois sempre damos a vida no palco! Seja 10 ou 1.000 pessoas!
O que você pode adiantar sobre o repertório do show. Alguma surpresa?
Marcus: Confesso que estamos testando coisas diferentes, queremos tocar bastante coisa do Peste, mas sem deixar algumas coisas antigas de lado. Estamos tentando manter uma ordem de musicas bem intensa pra não ter trégua! Basicamente isso, vamos ver se conseguimos levar uma participação especial pra tocar com a gente.
Na minha opinião, o som da banda está mais evidente agora em Peste. Você acredita que este é o melhor trabalho da carreira do grupo? Fale um pouco mais sobre este disco.
Marcus: Difícil falar se é o melhor! Com certeza é o mais inspirado que fizemos, mas nunca chegaríamos nele se não fossem os outros álbuns. Todos tem seu significado e representa bem o momento de cada época que estávamos vivendo. O que posso dizer é que esse álbum foi composto num momento difícil, com muita coisa engasgada, não tem muito influencia de fora, acho que foi o mais sincero conosco. Tanto parte de letras quanto musical é muito particular mesmo. Claro que você consegue perceber no som a nossa escola, mas a estrutura e intenções que colocamos na pegada foi 100% Claustro! O álbum foi muito bem aceito pelos fãs, então acho que já é um grande passo! O mais legal é que estamos alcançando mais pessoas, a musica do álbum esta forte e a mensagem é verdadeira, de coração!
Vocês recentemente abriram o show do Max Cavalera, com o Soulfly. Como foi esta experiência?
Marcus: Experiência ótima em todos os sentidos, sempre um aprendizado. E ver o Max Cavalera te respeitando e te considerando é realmente inspirador. Até hoje o cara me influencia, foi a segunda vez que abrimos pro Soufly sendo que tocamos em 1998. Só agora tivemos a honra de conhecer e poder conversar um pouco. Isso é muito gás pra gente.
O Claustrofobia é uma banda muito ligada à língua portuguesa. Por que vocês apostam tanto nesse quesito enquanto outras bandas preferem se manter no tradicional inglês?
Marcus: Na verdade, apostamos 100% agora e foi algo natural. A gente sempre teve musicas em português como você mesmo disse. Mas eu costumo falar que o álbum não é em português e sim em “brasileiro”. O nosso fãs sempre nos cobraram e agora sentimos que teríamos cacife e um bom conteúdo pra fazer um álbum inteiro assim, que soasse natural. Temos meio álbum em inglês já composto e vamos lançar não sei quando e posso dizer que estamos realmente felizes com os resultados também. Então, como não temos rabo preso com ninguém muito menos pagamos pau por ai, fazemos o que da na telha e qualquer um pode apreciar que será bem-vindo.
Nos últimos anos, o cenário do heavy metal no Brasil tem apresentado diversas bandas de talento vide o caso de vocês, Torture Squad, Shadowside, Violator e muitas outras… Como você tem acompanhado esta evolução da nossa cena?
Marcus: Com certeza existem muitas bandas boas, adoro o estilo brasileiro de tocar metal. O tempo dirá quem é quem, cada caso é um caso, tem banda que a vibe é boa pega bem. Posso dizer que no nosso caso entre altos e baixos estamos ai defendendo uma parada que acreditamos desde o começo sem nunca desistir. Não criamos expectativa de nada queremos tocar e sustentar a banda pra manter a união inspirada.
Quais são os seus planos para 2012?
Marcus: Tocar ao vivo, talvez gravar um DVD. Estamos compondo normalmente e assim vai. “Tamo” na guerra! Abraço a todos e nos vemos quinta-feira (hoje) no show.
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Escute abaixo um som de cada uma das atrações de hoje…
Claustrofobia
Enthring
Infector