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Pioneiro do punk nacional, Inocentes retorna a Santos

Um dos nomes pioneiros do punk rock nacional, o Inocentes não costuma vir a Santos com frequência. Para complicar ainda mais, o vocalista e guitarrista, Clemente Nascimento, também está envolvido em diversos projetos, como o Showlivre, Plebe Rude, carreira solo, além de programas de rádio.

Forçando bastante a memória, recordo que a última vez deles por aqui foi na época de divulgação do álbum Ruas (1996), quando fizeram um show marcante no Bar do Sesc.

Neste sábado (30), a partir das 18h30, eles se apresentam no Boteco Valongo (Rua São Bento, 43). E, se depender dos longos intervalos sem shows por aqui…

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“Pode ser que a gente demore mais 20 anos pra voltar, não vamos perder essa oportunidade, pois pode ser o último”, comenta Clemente.

No repertório, além das faixas do último EP, Cidade Solidão, lançado no primeiro semestre, o Inocentes promete revisitar toda a discografia.

“O passado vai conviver com o presente, músicas de 1981 a 2019, passando por todas as fases, os maiores clássicos vão estar lá”, adianta o vocalista.

Dentre os trabalhos que serão relembrados no Valongo, Ruas e o homônimo, que completou 30 anos do lançamento, estão garantidos.

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30 anos do álbum homônimo

“Esse álbum é especial, fizemos umas misturas que estavam adiantadas para época. A música Promessas tem a levada de baião, a Voz do Morro já é outra mistura, mas estava um pouco adiantada também. É um disco meio confuso, pois estávamos pressionados pela gravadora. O disco tinha que vender, senão estávamos na rua”.

Diferentemente dos outros trabalhos, a capa trouxe os integrantes nus. O “protesto” foi uma forma divertida de rebater os pedidos da gravadora.

“A capa foi ideia do batera, o Tonhão. A gravadora queria os quatro na capa e a gente não queria. Mandamos aquela foto pensando que não iam gostar e adoraram, o tiro saiu pela culatra”, comenta, aos risos.

Apesar de ter sido lançado na correria, o disco hoje tem um lugar especial, segundo Clemente.

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“Ouvindo hoje vejo que é um bom álbum. As letras são atemporais, e convenhamos, pouca coisa mudou no Brasil. Outras coisas teimam em retroceder”.

Turnê na Europa

O ano tem sido especial para os músicos. Além das três faixas inéditas no EP, a banda também realizou a primeira turnê europeia da carreira. Passou por Inglaterra e Finlândia, com participações em dois festivais: Rebellion (Blackpool, na Inglaterra) e o Puntala Rock (Lempaala, na Finlândia).

“Fomos a primeira banda brasileira a tocar no palco principal do Rebellion, um espaço para 6 mil pessoas. Fomos muito bem recebidos. O mais legal é que eles falavam que não entendiam nada que a gente cantava, mas que a gente era bom demais”, recorda, aos risos.

O evento, que tem abertura da banda santista Asco, ainda tem ingressos à venda. Eles custam entre R$ 25,00 (site) e R$ 40,00 (porta). Site: Pixel Ticket.

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