O que você está procurando?

Geral

Kyle Vincent, um californiano curtindo Santos em jornada tripla

Em Santos há alguns dias, o roqueiro californiano Kyle Vincent anda pela Cidade sem despertar a atenção de ninguém. Parece mais um turista curtindo os dias ensolarados. Compreensível, ele nunca chegou a ser um grande nome, daqueles que lota estádios e possui um caminhão de hits. Mas Vincent teve uma bela contribuição para os primórdios da MTV. Principalmente, com a sua antiga banda Candy, que tinha Gilby Clarke (ex-Guns n’ Roses) como guitarrista, entre 1983 e 1988. Foi com ela que Vincent emplacou alguns hits, como Wake Me Up e Whatever Happened to Fun.

https://www.youtube.com/watch?v=SsFsh5MC_xs

Continua depois da publicidade

Pela primeira vez no Brasil, o músico fará duas apresentações completas e um pocket show em Santos. Neste sábado, a jornada é dupla. Às 17h, ele estará na Besouro Discos (Rua Galeão Carvalhal, 51, loja 15) para um pocket show. Ao mesmo tempo, Edu Falaschi, que se apresenta horas depois no Arena Club, promoverá uma tarde de autógrafos. Às 21h, o principal show, na WMusic (Av. Marechal Deodoro, 49), com o set completo. Amanhã, Kyle ainda faz outro show no Internacional de Regatas, a partir das 17h.

“Eu comecei a tocar saxofone quando tinha 8 anos de idade. Eu tocava em bandas de jazz da escola há anos. Então, eu tive aulas de canto com um professor de ópera e comecei a cantar profissionalmente. Na sequên-cia, me juntei a uma banda de San Francisco, onde tocava baixo. Logo, aprendi piano e violão e me mudei para Los Angeles para começar a Candy”, comenta Vincent sobre o início da carreira.

E a Candy foi o grande momento comercial de Vincent. Com o alcance obtido, chegou a excursionar com Rick Springfield pelos Estados Unidos, no auge da carreira do cantor.

Continua depois da publicidade

“Foi uma época divertida, porque éramos todos muito jovens e curtíamos o passeio. Nós nos tornamos bastante famosos em Los Angeles. Gravamos nosso álbum de estreia em Miami, o vídeo do single em Los Angeles e depois partimos para uma turnê”.

Gilby Clarke, que integrou o Guns n’ Roses nos áureos tempos da turnê do Use Your Illusion I e II, era o parceiro de Vincent no Candy. E, apesar de serem amigos até hoje, seguiram trilhas distintas.

“Vivemos em mundos musicais bem diferentes. Ele sempre foi muito mais rock e eu sempre fui muito mais pop. Era como se ele fosse Keith Richards e eu fosse Paul McCartney! Eu adoraria trabalhar com ele novamente, se ele recusar seus amplificadores”, comenta, aos risos.

Na apresentação na WMusic, Vincent promete tocar canções dos seus álbuns solos, fortemente influenciados por power pop, uma faixa da Candy, além de alguns covers conhecidos. “Tenho muita sorte de me juntar a músicos de Santos. Eles são tão bons”.

Continua depois da publicidade

O californiano afirma desconhecer a música brasileira, mas tem recebido alguns sets especiais. “Consegui quatro CDs de músicas brasileiras dos anos 1970! Estou muito animada para ouvi-los porque a produção daquela época é tão doce e as músicas são tão melódicas. Além disso, a linguagem é tão bonita. Português é perfeito como uma linguagem de canto”.

Um pouco antes da nossa conversa, Vincent confessou que estava prestes a ir andar no calçadão da praia. “Eu amo cidades praianas. Eu amo apenas andar por aí e conhecer pessoas. Espero que eu seja convidado de volta para ficar mais tempo e ver mais coisas. Depois de responder suas perguntas, eu vou até a praia”.

Nascido e crescido em Berkeley, na Baía de São Francisco, o roqueiro atualmente mora em Massachusetts, na costa leste. Mas não esquece das lembranças desse berço de várias bandas.

Continua depois da publicidade

“Crescer em Berkeley foi muito incomum. É uma cidade única e eclética, famosa por protestos estudantis, hippies e tumultos, mas também pela aceitação multicultural, pensamento inovador, arte e música. Então me considero feliz por ter nascido lá. Aprendi desde cedo a aceitar todas as pessoas e todos os estilos de vida, além de pensar de forma mais profunda. Isso me ajuda tremendamente, especialmente quando viajo para outros países. O Green Day e Rancid surgiram depois que eu saí de Berkeley, então não estava lá para acompanhar. Mas o Green Day é semelhante ao Candy, então talvez tenha algo na água de Berkeley”.

O músico afirma ainda que não tem preferência por bandas ou projetos solos. Quer apenas fazer coisas que tragam alegria. “Musicalmente para mim sempre foi sobre melodia e coração. Se eu puder tocar as pessoas com uma doce melodia e uma letra sincera, e depois entretê-las para que elas esqueçam os problemas do mundo, eu fiz o meu trabalho”.

Ingressos
Os ingressos para o show de Kyle Vincent no WMusic custam R$ 20,00. O pocket show na Besouro Discos é gratuito. Já a apresentação no Internacional tem o custo de R$ 30,00. Ingressos na porta.

Continua depois da publicidade

COLUNAS

Advertisement

Posts relacionados

Entrevistas

Após a bem-sucedida turnê de 2023 pelo Brasil, o músico norte-americano de folk blues rock Shawn James inicia nesta sexta-feira (11) mais um giro...

Entrevistas

A banda carioca Montanee lançou seu segundo EP após quatro anos. Recalling Dreams estreou no último dia 27, com quatro faixas e produção de...

Publicidade

Copyright © 2024 - Todos os direitos reservados

Desenvolvimento: Fika Projetos