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Lollapalooza 2018 #01 – O intimismo do Vanguart

Entre os dias 23 e 25 de março, o Autódromo de Interlagos, na Capital, será tomado mais uma vez pelo festival Lollapalooza. Para preparar o público para os shows,  A Tribuna e Blog n’ Roll elaboraram uma série de reportagens especiais com algumas das atrações. A primeiro da lista é a cuiabana Vanguart, que se apresenta na sexta-feira (23), mesmo dia do Red Hot Chili Peppers, LCD Soundsystem, Chance the Rapper, Spoon, Royal Blood e Volbeat.

A Vanguart despontou no cenário nacional em 2007, com o seu disco homônimo. Era uma banda quase que exclusivamente folk. Mas muita coisa foi adicionada no caldeirão de Hélio Flanders, Reginaldo Lincoln e companhia nos últimos 12 anos.

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O último disco, Beijo Estranho, lançado no ano passado, traz algumas referências inéditas. À época do lançamento, inclusive, Flanders chegou a declarar que o público poderia estranhar a sonoridade de algumas faixas.

“Pensando no álbum, agora, acho que é o contrário. É um disco facilmente assimilado pelo fã do Vanguart. Consigo ouvir ecos do primeiro álbum, pelo cru da gravação, a dramaticidade como no segundo disco, ou canções super pops, como no terceiro. É um trabalho condensado do Vanguart, em sua melhor forma. Os fãs receberam muito bem esse disco, os shows estão muito melhores. Temos quatro discos agora, o set list fica mais incrível”, explica o vocalista.

Para Flanders, todas as mudanças no som da Vanguart estão associadas às vivências, influências literárias, cinematográficas e das artes em geral. “O próprio distanciamento dos outros álbuns mostra que algumas decisões foram acertadas, outras não”.

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Quem acompanha a trajetória da Vanguart observa que a banda tem quase que uma divisão na hora das composições. Flanders segura uma metade, enquanto Reginaldo carrega a outra. Mas, segundo o vocalista, isso acontece de forma natural.

“A gente só se encontra para trocar canções. Eu mostrei uma, ele mostrou outra. A gente se empolga com as canções e conversamos. Quando Eu Cheguei na Cidade, que é minha, e Quente é o Medo, do Reginaldo, foram as primeiras. Apontamos as coisas boas e o que poderíamos melhorar nelas”.

Sem modismos
Ao longo de sua carreira, a Vanguart parece nunca ter seguido nenhum padrão comercial para agradar gravadoras ou produtoras. Talvez por isso, volta e meia dá uma sumida dos holofotes. Mas nada que desagrade ou tire o sono dos integrantes.

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“A gente sempre a serenidade artística. É algo que vem dando certo desde 2007. Sempre tivemos cuidado com o passo seguinte, para não se arrepender do que lançamos. Claro que nos cobramos um pouco, mas não nos estrangulamos com prazos”.

O vocalista conta também que a Vanguart é uma das poucas que restaram das bandas contemporâneas. “Quando a gente começou, tocávamos com 50 ou 60 bandas. Mas muitas delas não seguiram. Hoje, por uma questão financeira, as bandas parecem estar em extinção. Temos muitos artistas solos, acredito que por isso também. Mas ainda temos bandas incríveis também rolando aí, como O Terno. E, claro, que ter três pessoas na banda ajuda na hora de se sustentar”, explica Flanders.

No Lolla
Em sua segunda passagem pelo Lollapalooza Brasil, Flanders afirma que o momento é muito melhor do que na primeira vez, em 2013. “À época, nós tínhamos apenas um disco. Dois anos depois, nós falávamos: ‘agora era o momento certo. Temos um repertório melhor, maior’. E mais do que voltar para um festival desse porte, é saber que o Vanguart está no seu melhor momento. Vai mais do que estar em um dos maiores festivais do mundo”.

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Com 50 minutos disponíveis no palco, o vocalista garante que dará uma pequena atenção para o último disco, Beijo Estranho, mas, no geral, será um repertório com os hits.

“Não tem como ser diferente. Você precisa subir no palco e fazer o melhor show da sua vida em 50 minutos. É muito desafiador condensar suas canções mais potentes, as que mais funcionam ao vivo. Tudo que temos de mais forte estará nesse repertório”, adianta.

Curiosidades sobre a Vanguart

1. Oficialmente, o Vanguart possui quatro discos de estúdio. Mas antes do debute, homônimo, lançado em 2007, Hélio Flanders e companhia gravaram dois álbuns caseiros, com canções em inglês, Ready to… e The Noon Moon, ambos disponíveis no YouTube.

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https://www.youtube.com/watch?v=s3-_26jeqlc

2. O produtor de alguns discos do Vanguart, incluindo o último, é Rafael Ramos. Sim, aquele que já foi VJ da MTV, tocava bateria e cantava no Baba Cósmica. Ele é um dos grandes produtores do Brasil há anos. Em seu currículo tem Maskavo, Los Hermanos, João Donato, Matanza, Pitty, Reação em Cadeia, Ultraje a Rigor, Cachorro Grande, Raimundos, Titãs e mais uma penca de artistas.

3. Hélio Flanders, vocalista do Vanguart, viveu um período na Bolívia, no que ele já chamou de auto-exílio, em 2003. Os dois álbuns caseiros citados ao lado foram gravados antes dessa viagem.

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4. O Vanguart participou do tributo Raimundos 20 anos – Eu Quero é Rock!. Acredite se quiser, a faixa escolhida foi Nêga Jurema. E o resultado ficou incrível.

Três shows indicados pelo Hélio Flanders

Pearl Jam
Pela segunda vez no Lollapalooza, o Pearl Jam lidera a segunda noite do festival. Tal como o Metallica, em 2017, a banda de Eddie Vedder promete lotar o evento e arrastar boa parte do público para o seu palco. Uma prova da força dos norte-americanos é que Vedder anunciou shows solo no Citibank Hall, em São Paulo, logo após o festival. O sucesso de vendas foi tão grande que já estão vendendo ingressos para uma terceira apresentação do músico.

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Red Hot Chili Peppers
Atração principal da primeira noite (23), o Red Hot Chili Peppers é veterana no circuito de shows no Brasil. Tocou no extinto Hollywood Rock, Rock in Rio e até no Circuito Cultural do Banco do Brasil. A última passagem da banda pelo País aconteceu no ano passado, no Rock in Rio, mas sem nenhuma esticada para São Paulo. Motivos óbvios, claro.

The National
Natural de Ohio, o The National mudou-se para Nova Iorque logo no início de sua trajetória. Em 2001, lançou o seu debute, homônimo, no momento em que o The Strokes dominava as paradas com a sua estreia. Mas o The National também alcançou o seu próprio sucesso em 2005, com Alligator, terceiro trabalho de estúdio, que contava com vários hits e colocou a banda em evidência nos Estados Unidos e Europa. Toca no sábado (24).

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Ingressos
O Lollapalooza acontece entre os dias 23 e 25 de março, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo. Entre as inúmeras atrações estão nomes como Pearl Jam, Red Hot Chili Peppers, Imagine Dragons, Lana del Rey, Liam Gallagher, The National, The Neighbourhood, Royal Blood, The Killers, Wiz Khalifa e Chance the Rapper.

Os ingressos seguem à venda no site do Lollapalooza. O Lolla Pass, que dá direito aos quatro dias do festival, custa R$ 2 mil (inteira). Quem optar pelo ingresso diário, o valor é R$ 800,00 (inteira).

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