A versão brasileira do Lollapalooza alcançou o seu objetivo e parece estar pronta para se firmar como a grande festa da música em São Paulo. A Cidade que já recebeu diversos festivais como Hollywood Rock, Tim Festival, Claro que é Rock, Monsters of Rock, só para citar alguns, parece ter encontrado um candidato forte. Nesta segunda edição, o Lollapalooza aumentou o número de atrações, de dias e público.
Se o mercado de shows no Brasil vive uma bolha, tamanha a quantidade de shows ao longo do ano e que não permite a presença dos fãs em tudo, o festival que tem a curadoria de Perry Farrell, vocalista do Jane’s Addiction, não sentiu esse efeito. Colocou quase 167 mil pessoas durante os três dias no Jockey Club.
O público brasileiro se queixou da lama e do cheiro de estrume no Jockey Club, mas não vejo isso como um grande empecilho para a realização do Lollapalooza neste local. Basta ver o que acontece quando chove em festivais como o Lollapalooza americano, o Coachella, Glastonbury e até mesmo o antigo Woodstock. É a festa da lama quando chove. Escolha a roupa e o calçado certo e aproveite.
A próxima edição já está confirmada para 2014, muito provavelmente no Jockey Club. Se a organização não cometer alguns deslizes nas escalações das atrações, como vimos na edição que se encerrou ontem, podemos ter um festival ainda melhor.
O principal deles, com certeza, foi colocar o Black Keys para fechar a segunda noite, sendo que Franz Ferdinand e Queens of The Stone Age tinham muito mais o apoio do público. O primeiro dia ficou muito abaixo do esperado. Não fosse o The Killers e o Cake, seria um dia perdido. O Flaming Lips, com uma viagem que somente o vocalista Wayne Coyne participou, tem muita culpa no cartório pelo primeiro dia ruim.