MÁRIO JORGE
Holy Diver. Os primeiros acordes denunciam: o som de Ronny James Dio soa forte, enérgico e exige um vocal poderoso. É aí que entra Aldre Lima, frontwoman da Wicked Motor Band, grupo de Vicente de Carvalho (Guarujá) que destila o mais puro metal/hard dos anos 1970/80/90. E o que é melhor: os quatro integrantes do grupo amam o que fazem e o que tocam, sem cair na tentação das modinhas de ocasião.
Criado para eventos de motoqueiros, o quarteto ampliou seus espaços e seduziu roqueiros de outras tribos. Podemos dizer que é uma banda familiar? Quase isso! Aldre e o baterista Tito são casados, aliás às vésperas das bodas de prata. Uma união que “nasceu e se mantém” embalada pelo rock’n roll! Na última sexta-feira, a Wicked se apresentou no Espaço WMusic. Ainda virão mais shows, inclusive um festival de rock em Santos. É o Monster Beer, no dia 11 de agosto, nos Arcos do Valongo. A seguir, a vocalista fala da banda e da carreira.
Onde e quando foi criada a Wicked Motor Band?
A Wicked nasceu em 2005 em Vicente de Carvalho… a banda foi criada inicialmente pra tocar em festas de Motoclubes, daí o nome Motor Band e Wicked por causa de uma música do Symphony X que eu amo… Da formação original somente só tem eu e o Tito e o intuito principal era tocar os sons que a gente curtia.
Quem são os componentes da banda?
Hoje a banda é Aldre Lima (vocal), Tito Giangiulio (bateria), Brunno Melro (baixo) e Raul Bernardes (guitarra).
Por que a banda decidiu tocar os clássicos do heavy/hard?
Poxa eu nunca me imaginei cantora, mas na adolescência eu vivia intensamente o rock… ía em shows, comprava discos, camisetas e ficava dublando meus ídolos em casa. Acho que isso começou a despertar em mim esse desejo de cantar as músicas que eu amava e amo ouvir desde a adolescência e como toda banda, a Wicked surgiu de um encontro de amigos que tinham em comum o amor pelo rock n’roll, hard rock e heavy metal.
Como está o mercado para apresentações na região? Vocês fazem outros lugares também?
É muito esporádico na verdade. Na Baixada Santista temos algumas casas que são nossas parceiras, que curtem o som que a gente toca e nesse tempo de banda a gente conseguiu cativar um público bem legal que em sua maioria viraram nossos amigos e nos seguem sempre que a gente vai tocar. A gente costuma tocar uma vez por mês – no máximo 2 – em algumas casas de Santos e região… Mas já tocamos em São Paulo Capital e Interior, Curitiba, Minas, geralmente em eventos de motoclubes ou cerveja.
Dá pra sobreviver tocando?
Difícil. Mas não impossível. Tenho amigos que conseguem viver exclusivamente da música. Eu já consegui também durante um bom tempo, mas não com apenas um projeto. Você tem que diversificar e correr atrás… Acho que como em todas as profissões, né! Se você ficar parado esperando as coisas caírem do céu só vai se molhar porque a única coisa que cai do céu é chuva.
Além da música, os integrantes da Wicked trabalham em outras áreas?
Eu e o Tito já vivemos exclusivamente da música. Hoje não mais. Eu sou funcionária pública quando não estou cantando. O Tito continua apenas com a música. O Brunno e o Raul também têm trabalhos paralelos.
Os planos da Wicked são continuar tocando os grandes hits do rock ou há outros projetos?
São tantos anos de banda. Nesse tempo fizemos muita coisa legal. Tentamos compor, mas a gente nunca parou pra se dedicar pra valer sabe. Acho que pra isso teríamos que dar uma grande pausa e dedicar-se em tempo integral. Fizemos alguns shows há uns anos atrás com a Banda Sinfônica de Cubatão, que foi sensacional misturando rock com a música clássica. Tenho muita vontade de retomar esse projeto.
Vocês passam muito tempo ensaiando?
Ensaiamos toda semana, umas 3 horas em média.
Qual é o público de vocês?
Nosso público é composto de pessoas que amam o rock clássico que viveram a fase áurea dos anos 1970, 1980 e 1990.
Seu marido toca na banda também. Então, dá pra concluir que o rock’n roll faz parte do cotidiano de vocês. Isso facilita?
Lógico… Tito, além de marido, é meu parceiro em tudo. Esse ano, 2018, vamos comemorar 25 anos dessa parceria que resultou numa filha que tem 21 anos e toca bateria também. O rock sempre foi parte essencial das nossas vidas. Quando o Tito era criança, dublava o KISS, o Ozzy e WASP na escola. Ele começou a curtir Rock muito antes de mim. Podemos dizer que o rock nos uniu e nos mantém até hoje.
Como entrar em contato com a banda?
A Wicked Motor Band está em todas as principais redes sociais Facebook, Twitter, Instagram, YouTube é nosso telefone de contato é o 13 992038226.