A volta da Black Sabbath, uma das maiores bandas de rock da história, mexe com o imaginário dos fãs. Após 13 anos sem se apresentar com a formação original, o grupo anunciou na última semana uma extensa turnê que visitará Estados Unidos (julho e agosto), América do Sul (outubro) e Europa (novembro e dezembro). E um novo álbum está nos planos, que deverá ser lançado em junho.
Ao mesmo tempo em que Ozzy Osbourne, Tony Iommi – este após superar um câncer linfático em 2011 – e Geezer Butler preparam o retorno à cena, a editora Madras solta no mercado o livro Sabbath Bloody Sabbath, do jornalista britânico Joel McIver. São 504 páginas que detalham os bastidores de um dos grupos mais influentes do rock mundial.
McIver revela em Sabbath Bloody Sabbath a frenética história do conjunto de Birmingham – incluindo os membros que entraram e saíram com o passar dos anos –, bem como a relação instável que Ozzy manteve com basicamente qualquer pessoa que já tenha se envolvido com o grupo.
Ao longo dos 44 anos, a Black Sabbath teve nada menos do que oito vocalistas, incluindo Ozzy; Dave Walker (1977), Ronnie James Dio (de 1979 a 1982 e 1991 a 1993), Ian Gillan (1982 a 1984), David Donato (1984 a 1985), Glenn Hughes (1985 a 1986), Ray Gillen (1986 a 1987) e Tony Martin (1987 a1991 e de 1993 a 1997). A real razão para tantas mudanças no posto de frontman é explicada pelo autor.
O relato histórico não está restrito apenas ao grupo. Carreira solo, o festival Ozzfest, os conflitos e mudanças constantes na formação, entre outros projetos de Ozzy e companhia, são relatados.
Com mais de 100 milhões de cópias vendidas dos seus álbuns, a Black Sabbath é responsável por dois dos maiores clássicos do rock: Paranoid e Iron Man. Ambas as canções foram gravadas no álbum Paranoid, de 1970, o maior sucesso comercial dos britânicos.
Lançado no dia da morte do guitarrista norte-americano Jimi Hendrix, 18 de setembro de 1970, Paranoid inclui ainda Electric Funeral e o hino War Pigs, regravado por diversas bandas como Faith No More, Cake, Pearl Jam e Overkill.
War Pigs ficou marcada pelo forte teor da letra, uma crítica aos políticos considerados responsáveis pela Guerra do Vietnã, que abalou o país asiático entre os anos 1960 e 1970.
A obra inclui detalhes da criação do projeto Heaven and Hell, por Tony Iommi com Ronnie James Dio, Geezer e o baterista Vinnie Appice. Os problemas de saúde e a triste perda de Dio, em 2010, e o reencontro da banda, com novas entrevistas, análise das músicas e especulações sobre seu futuro com a ausência de Ronnie também são abordados.
O autor
Responsável pela obra, McIver possui mais de 20 livros publicados sobre música, especialmente a respeito de rock. A mais conhecida delas é Justice For All: The Truth About Metallica, de 2004, traduzida para vários idiomas. Ele também escreveu sobre Slayer, Ice Cube e Queens of the Stone Age.
McIver contribui com seus textos para jornais e revistas, como The Guardian, Metal Hammer, Classic Rock, Rolling Stone, Drummer e Record Collector.
Periodicamente, é convidado a participar de programas relacionados à música na BBC e em outras emissoras de rádio e de televisão. É também o editor da Bass Guitar Magazine, e tido como um dos maiores escritores de rock na atualidade na Inglaterra.
McIver é coautor de memórias de músicos de rock, com destaque para o trabalho feito com Glenn Hughes, que atuou como baixista do Deep Purple, e que teve a autobiografia editada em 2011. Também desenvolveu trabalho com Max Cavalera (Sepultura, Soulfly, Cavalera Conspiracy), cuja obra deve ser publicada em breve.
Preço sugerido: R$ 64,90. Informações no site www.madras.com.br
