Ainda falta um pouquinho, mas eu não aguentei esperar: Nós precisamos falar sobre a reunião dos membros originais do R. Sigma para dois únicos shows em pleno 2017.
Se você mora debaixo da pedra e não estava sabendo: É ISSO MESMO! A banda toca essa semana, neste domingo, dia 4 de junho, no Clash Club, em São Paulo e, no domingo seguinte, dia 11 de junho, no Duplex Club no Rio de Janeiro.
Se até agora você ainda não está todo arrepiado, quebrando o porquinho para garantir seu ingresso, é porque não deve estar se lembrando dos caras e isso eu resolvo rapidinho!
O R.Sigma nasceu por volta de 2004, da união dos amigos Lucas Castello Branco (voz), Tomás Tróia (guitarra e voz), Diogo Strausz (guitarra), Eric Kendi (baixo), e GB (bateria e voz). Em meio à febre emo que predominava no rock da época, a banda trouxe um indie rock mais intimista, ainda que pesado, e letras sentimentais, cheias de filosofia e questionamentos políticos. Se tornaram uma das grandes bandas da vez, ao lado de nomes como Medulla, Tipo Uísque e Rancore.
Em 2009 lançaram o disco Reflita-se, produzido por Alexandre Griva e Patrick Laplan (ex-Los Hermanos, ex-Biquini Cavadão), o qual ainda fez participação especial tocando piano, teclado e fazendo backing vocals. O álbum reúne 11 faixas que logo estavam na boca dos fãs, que cantavam TODAS em coro em seus shows. Aliás, é preciso falar sobre os shows do R. Sigma!
Em meio a tantas bandas que se apoiavam em roupas da moda e franjas de chapinha, o R. Sigma já se diferenciava no minimalismo estético. Sempre descalços, de bermuda jeans e sem camisa, com a mão esquerda de Castello Branco impressa em vermelho “pulsando” no peito, enquanto o próprio Castello Branco, de peito aberto e mão ainda “ensanguentada” já mostravam que a apresentação seria visceral. E sempre era!
Das várias que tive o prazer de assistir, talvez a mais emblemática, que ficou gravada na retina, foi no Planetário do Rio de Janeiro, no escuro, com todos os planetas e constelações projetados ao redor, como que abraçando todos nós. Claro que muitas outras sem tanta “produção” também foram marcantes. A relação público-banda sempre impressionava. Tinha muita verdade ali.
Nunca soube ao certo porque a banda acabou. Até poderia ter corrido atrás dessa resposta, mas achei que não era necessário. Quem acompanha, percebe que tanto Castello Branco com sua carreira solo super elogiada, quanto Diogo Strausz despontando com sua carreira como produtor musical, se tornaram nomes fortes na música brasileira. Pareceu natural. A surpresa foi saber da reunião da banda!
Sigo aqui, sempre aplaudindo o trabalho deles. Do gargarejo, de preferência!
Ficou curioso para ouvir mais? Aproveita que a banda acabou de subir todas as suas músicas no Spotify!