Produzido – e agora apadrinhado – por Tim Armstrong (Rancid), o rapper britânico Rat Boy lançou na última sexta-feira (25) seu segundo álbum, Internationally Unknown. Com 12 músicas, o material traz uma excelente mistura do rap, hip hop, reggae, hardcore e punk rock. E mesmo com essa miscelânea de influências, o disco traz ideias bem originais.
Considerado um disco feito a quatro mãos, ele explora um pouco de cada um dos gêneros e devolve em canções de forma única. Algo que é visto em I Wanna Skate, um hardcore com claras referências aos primeiros trabalhos do Beastie Boys. Outro ótimo exemplo é o dub reggae Night Creature com uma participação discreta de Aimee Allen do The Interrupters.
Algumas músicas trazem uma extensão do que o músico já vinha fazendo nos antigos lançamentos, como é o caso de Flies e Dad’s Crashed Car. Por outro lado, o músico também arrisca muito mais ao misturar os ritmos, como nas faixas de abertura Chip On My Shoulder, My Name Is Rat Boy e na música que dá nome ao disco Internationally Unknown.
Os ouvidos mais atentos conseguem captar as participações de Tim Armstrong em diversos momentos. Como é o caso dos diversos backvocals ao longo do trabalho, bem perceptíveis em Don’t Hesitate e Follow Your Heart. Além de levar os créditos pelos trechos cantados de No Peace No Justice, o músico também contribuiu com todas as letras do álbum servindo como um mentor para Rat Boy neste trabalho.
Por isso é quase impossível não comparar Internationally Unknown com os álbuns do Transplants. Porém, o disco traz um frescor de juventude, algo que deixou de ser visto nos últimos trabalhos do projeto de Armstrong e Travis Barker (blink-182). E apenas por isso, vale a pena escutar o material no repeat.
