CAIQUE STIVA
Foto: Camila Cara/MRossi
Apesar de o meu primeiro texto ter sido sobre Metallica, o foco da coluna Reverbera é voltado para bandas mais indies. Dito isso, quero relatar mais uma de minhas experiências no Lollapalooza deste ano. Minha maior expectativa para o festival era assistir a banda inglesa The 1975, tanto que abri mão de acompanhar o Cage the Elephant só para poder ficar o mais próximo possível do palco Onix, onde o quarteto de Manchester se apresentaria – consegui ficar praticamente na grade.
Até hoje não cheguei a uma conclusão em relação à minha opinião sobre a apresentação da banda. Se falarmos sobre a performance em si, gostei bastante. As músicas escolhidas, o estilo e a presença de palco foram muito positivos, e tiraram a galera do chão – inclusive eu.
No entanto, os fatores que me fizeram elogiar Metallica no outro texto foram exatamente os pontos que decepcionaram em The 1975. Com todo respeito aos ingleses, mas a banda foi basicamente a representação do país em termos de carisma. A interação com o púbico foi praticamente nula. O máximo que se ouvia era um I love you entre as canções, e nada mais.
Podemos dizer que The 1975 foi um destaque tanto positivo, quanto negativo. Ganhou pontos com toda a interpretação e envolvimento com a música – principalmente quando o vocalista Matty Healy acendeu um cigarro em meio à sua performance e levou a galera ao delírio. Porém, desapontou bastante por não saber o peso de se apresentar no país mais carismático do mundo. Sair do palco sem ao menos saudar o público é um absurdo.
PS: não tocaram settle down. Mais um vacilo.