Rica Silveira se reinventa no EP Low, com uma pegada mais sad

Rica Silveira andou um pouco sumido da cena. O motivo, no entanto, é muito bem justificado. Após perder a mãe, em 2016, o músico se viu diante de uma luta contra a depressão. Justamente na música que ele buscou a redenção para enfrentar o problema da melhor forma possível.

Nesta quarta-feira (15), o rapper divulgou o EP Low, que é bem diferente do que ele vinha apresentado em seus outros singles. Em resumo, sai o clima dançante de Zum, Zum, Zum e a porrada de Carta ao Visitante (com Airan o Turco), entra a melancolia.

“Passei por um período triste após o falecimento da minha mãe em 2016. Posteriormente, em 2017, também tive alguns problemas pessoais e acabei sofrendo de depressão. No ano seguinte, todavia, decidi entrar em hiato pra começar a compor um novo material. O resultado é este EP”, comenta Rica.

Sobre o EP

Low conta com seis faixas: Quarentena da Insanidade, Bright, Por um Brinde de Paz, 7 Linhas Antes do Fim, Hey Mama e É Só o Inferno e Mais Nada (versão de música do Dance of Days).

“Comecei a flagrar a cena sad, mas também voltei a escutar bastante pós-punk, que sempre usou uma temática triste. Nos sons que vinha fazendo anteriormente, percebi que estava deixando de lado o lance dos instrumentos. Por isso explorei bastante a parte instrumental no EP. Gravei praticamente todas as músicas de forma orgânica”.

Low chega com um diferencial. Ao invés dos videoclipes tradicionais, Rica optou por animações que casam bem com a temática do álbum.

“Quero que as pessoas prestem mais atenção nas mensagens das músicas do que na imagem. Assim surgiu a ideia de fazer em formato animação. Pesquisei um monte de trampo de artistas que trabalham com isso, pedi autorização de uso e as edições eu mesmo que fiz. Bem no espírito DIY”.

Space Is Green, Alan Holly, Rory Byrne, Eoghan Dalton, Mina Nina, Xaver Xylophon, Lee Ye Chan e Douri foram os artistas que participaram do EP visual.