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Shadowside lança Shades of Humanity no Japão, América do Norte e Europa; Brasil em setembro

Falar que o metal cantado em inglês tem muito mais mercado fora do Brasil não é novidade alguma. Sepultura, Vulcano, Krisiun, não faltam exemplos bem-sucedidos de bandas nacionais com grande prestígio no exterior. Mesmo que diga não ser uma banda tipo exportação, a santista Shadowside segue a mesma trilha.

Prestes a lançar seu quarto álbum de estúdio, Shades of Humanity, a Shadowside assume de vez o perfil de banda estrangeira. Gravado em Gotemburgo, na Suécia, o disco marca a estreia oficial do baixista sueco Magnus Rosén, que já recebeu uma indicação ao Grammy com sua antiga banda Hammerfall.

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A direção do novo trabalho ficou com Fredrik Nordström (Arch Enemy, Hammerfall, Evergrey)e Henrik Udd (Architects, Arch Enemy).

Na semana passada, a vocalista Dani Nolden e o guitarrista Raphael Mattos receberam A Tribuna para um bate-papo sobre Shades of Humanity, que será lançado primeiro no exterior, depois no Brasil.

O mercado japonês será o primeiro contemplado. O disco chega nesta quarta-feira (26) através da gravadora Spiritual Beast. Na sexta-feira (28) é a vez da América do Norte e Europa, pela gravadora EMP Label Group, que pertence ao baixista do Megadeth Dave Ellefson. No Brasil, o álbum desembarca em 4 de setembro, pela Furia Music Records.

“Perdemos alguns contratos lá fora porque quando saiu o último álbum, Inner Monster Out, no Brasil, já estava sendo pirateado em vários lugares. Isso atrapalha muito, infelizmente”, comenta Dani Nolden.

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Shades of Humanity começou a ser pensado logo após a conclusão da última turnê europeia dos santistas, em 2013. “Quando trabalhamos com o tempo em aberto, demoramos mais. Em 2015 colocamos uma meta de terminar o disco até o fim daquele ano. Já tínhamos bastante ideias. O Raphael veio com várias coisas prontas, com arranjos, e pensamos as letras em cima. Mas é um trabalho que todos colaboram. Tem a primeira composição do Fábio (baterista), além de duas do Magnus”.

Sobre a entrada de Magnus na banda, Dani e Raphael comentam que a ideia inicial era contar com o sueco apenas na gravação do álbum.

“Conhecemos ele na turnê que fizemos com o Helloween, em 2013. Depois daquele contato inicial, o procuramos para discutir negócios. Ele aceitou imediatamente. Acredito que pesou o fato dele ser um cara excêntrico. Ele viaja muito para a Ásia para divulgar os trabalhos dele de jazz e disse que sempre curtiu a cultura brasileira, sul-americana”, comenta Mattos.

Dani acrescenta que a liberdade dada ao baixista também favoreceu a Shadowside no convite. “Ele gostou também da ideia de poder compor. As faixas que ele trouxe para o álbum são músicas que ele não conseguiu aproveitar em outros trabalhos, mas disse que tinha tudo a ver com a Shadowside”.

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As turnês da Shadowside, inclusive, devem contar com o Magnus na formação. A única exceção está justamente para os shows no Brasil.

“No Brasil o show é uma balada, não um espetáculo. Temos vários convites para tocar no Sul, mas todas as cidades querem no sábado. Então temos datas espaçadas, isso dificulta um pouco na hora de contar com o Magnus nas apresentações locais”, explica Mattos.

Shades of Humanity explora uma temática profunda, com letras sobre depressão, aborto, o desastre de Mariana (MG) e os valores morais da humanidade, explorando novas possibilidades musicais sem deixar de lado seus pesados riffs de guitarra e melodias marcantes, que são as marcas registradas da banda.

Questionada se existe algum tipo de preconceito com a banda por ter uma mulher no vocal, Dani afirma que nunca teve esse problema, mas faz uma ressalva. “Ainda sentimos na Europa que as pessoas pensam que somos uma banda de metal lírico, sinfônico, por ter uma mulher no vocal. Nada contra esse estilo, mas temos um som diferente, mais pesado, diferente desses grupos”.

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Videoclipe
Primeiro single do novo álbum, Alive teve o videoclipe filmado e produzido no Adrenaline Studios em Orlando, nos Estados Unidos, pelo renomado diretor Daniel Stilling, conhecido por seus trabalhos no filme Perdido em Marte e no seriado Criminal Minds.

Alive não é apenas um videoclipe, é um curta-metragem que traz em seu enredo a força da superação representada pelos quatro elementos da natureza, onde os integrantes da banda Dani Nolden (Ar), Magnus Rosén (Terra), Raphael Mattos (Fogo) e Fabio Buitvidas (Água) vivem situações de vida ou morte, onde cada um encontra-se em uma história paralela, vivenciando a iminência de um desastre.

Faixas de Shades of Humanity
The Fall
Beast Inside
What If
Make My Fate
Insidious Me
The Crossing
Stream of Shame
Parade the Sacrifice
Drifter
Unreality
Alive
Haunted (Faixa bônus japonesa)

Confira o videoclipe de Alive, primeiro single do novo álbum

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