Sick Sick Sinners e Jerseys dividem o palco no Sesc Santos neste sábado; Confira entrevista com Vlad Urban

Sick Sick Sinners e Jerseys dividem o palco no Sesc Santos neste sábado; Confira entrevista com Vlad Urban

O psychobilly dos curitibanos do Sick Sick Sinners é a grande atração do Sesc Santos neste sábado, a partir das 18 horas. Esta é a primeira vez do grupo por aqui, que é referência nacional no gênero. Os santistas da Jerseys serão os responsáveis pela abertura. O ingresso é gratuito.

A banda santista Jerseys, que divide o palco com o Sick Sick, está na ativa desde 2012 com influências do punk rock dos anos 1980 e 1990. Com dois EPs e dois singles lançados, o grupo divulga atualmente seu último trabalho, Re-Evolution.

O Sesc Santos fica na Rua Conselheiro Ribas, 136, na Aparecida. Informações pelo telefone 3278-9800.

Como você classifica o som do Sick Sick Sinners? Recentemente, o Spellbound afirmou que a banda era “psychobilly, o patinho feio da cena rockabilly”. Vocês se veem como “patinhos feios” também?
Nós fazemos um psychobilly bem rápido e pesado, algumas pessoas chamam de punkabilly ou até já chamaram de metalbilly, a gente não se importa muito como classificam o nosso som, mas muitos que curtem o rockabilly tradicional, podem ver como uma deturpação da sonoridade dos anos 1950. Acho que é disso que o Spellbound se refere.

Vlad, você tem uma história incrível na construção e consolidação do cenário psychobilly e rockabilly em Curitiba e, porque não, nacional. Como foi esse trabalho? Vê avanços desde a formação dos Catalépticos até hoje? O que mudou nesse cenário? Tem mais bandas? 
A cena psychobilly já vinha acontecendo em Curitiba e no Brasil desde o meio dos anos 1980. Bandas em várias cidades, shows e festivais, mas deu uma caída no meio dos anos 1990. Acho que a internet, e também algumas bandas que estavam tocando na época, como Ovos Presley, Os Catalépticos, Baratas Tontas deram um up na cena. Trabalhamos muito aqui com fanzine, programa de rádios, shows, fórum na internet, para divulgar a cena e até hoje a gente vê o resultado. Hoje o Psycho Carnival, a troca de informação e o intercâmbio com a cena na Europa e EUA são os principais motores da cena, que além de manter várias bandas na ativa atrai uma boa quantidade de bandas novas para o cenário.

As casas dão mais apoio?
As casas de uma maneira geral ganham com os shows de psychobilly porque é um bom público. Enchem os shows.

O que você destaca de bandas do cenário curitibano e nacional do psychobilly e rockabilly?
Curitiba tem uma grande quantidade de bandas. Eu destaco Ovos Presley, que para mim é uma das melhores bandas de rock do Brasil, Krappulas , outra grande banda do estilo, As Diabatz, Hillbilly Rawhide, que é uma banda que mistura o country rock com rockabilly e hillbilly. Tem o Cwbillys, Skullbillies, Zabilly, Chernobillies.

O Sick Sick Sinners tem reconhecimento internacional, participou de festivais renomados, excursionou por vários países. Vocês notam muita diferença entre o cenário nacional e estrangeiro? Quais as principais diferenças? 
Tem diferenças, mas não são tantas, já foi muito mais diferente, mas hoje com acesso a informação tudo começa a ficar mais parecido. É claro que o modo que você consegue fazer uma tour na Europa ou nos EUA é bem diferente daqui, mas isso por questões, muitas vezes, de distâncias ou econômicas. Acho que a maior diferença hoje seja a quantidade de festivais na Europa. São vários e isso acaba facilitando as tours por lá.

A sua história no Catalépticos ajudou nesse reconhecimento?
O Catalépticos deixou uma história muito grande, principalmente nos EUA, e ajuda de alguma maneira o Sinners, mas sempre fizemos questão de deixar claro que são duas bandas diferentes. Não tocamos nenhuma música dos Catalépticos nos nossos shows, começamos do zero a banda.

O que vocês tocarão no show em Santos? É um show com repertório próprio ou tem covers?
Basicamente vamos tocar músicas dos nossos três discos, talvez na hora saia um cover que já gravamos como Toy Dolls ou Motörhead. Mas é um repertorio autoral.

Fale um pouco sobre a discografia da banda…
Começamos com duas demos: We are the Sick Sick Sinners e Road of Sin. Posteriormente, lançamos um disco com o mesmo nome da segunda demo. Nosso primeiro álbum saiu aqui pela Monstro Discos e na Alemanha pela Crazy Love Records, em 2008. Nesse período tivemos algumas mudanças de bateristas, e depois já com Emiliano Ramirez na batera lançamos o EP Hospital Hell (2012) que saiu pela Zombies Union, nosso selo, e pela Loveless Beat Records nos EUA. Em 2014, lançamos  o Unfuckinstoppable, que saiu também pela Crazy Love Records.