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Sonata Sonido #03 – Aqui jaz o Britpop? Que nada!

VINICIUS HOLANDA

Os bons tempos voltaram – trazendo de volta o mesmo som, umas rugas a mais e a possibilidade de ganhar uns trocados fora de época.

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O Britpop foi um movimento, se pudermos assim chamar, que aglutinou uma série de bandas da Grã-Bretanha (mais Irlanda) no início dos anos 1990 numa espécie de resposta ao Grunge norte-americano – que, à época, dominava a cena em todos os continentes do planeta, com Nirvana, Pearl Jam, Soundgarden e asseclas.

A rigor, o Britpop mais se assemelhava a uma ‘resistência’ musical do que a um estilo propriamente dito. Algumas das bandas pouco tinham em comum, a não ser o fato de terem nascido num dos cinco países das Ilhas Britânicas e beberem na fonte da própria música local.

O movimento teve como principais artífices o Oasis e o Blur, em primeiro plano, Suede e Pulp, em segundo, seguidos de uma infinidade de outros artistas mais e menos expressivos.

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Ficaram conhecidas no período as muitas brigas divulgadas nos semanários ingleses entre os dois principais rivais – contendas que impulsionavam a atenção do público (que, qual no futebol, chegava a torcer para Oasis ou Blur), rendiam assunto constante para a mídia, e, claro, ajudavam na venda de discos.

O ocaso veio após trabalhos já menos inspirados dos cabeças-de-chave. A chegada de álbuns mais consistentes de bandas como Radiohead (OK Computer, de 1997) e Verve (Urban Hymns, 1997) ou a estreia do Coldplay (Parachutes, 2000) – grupos que até mantinham laços com a geração anterior – decretaram fim daquela era. Mas não seu enterro.

Embora o retorno mais aguardado nunca tenha se efetivado, o dos irmãos Gallagher e seu Oasis, o Blur voltou em 2008 com a formação original e lançou um disco em 2015 (The Magic Whip). O Suede realizou caminho parecido e já engatou dois novos trabalhos (Bloodsports, 2013, e Night Thoughts, 2016). Já o Pulp ficou no ‘quase’: realizou alguns shows concorridos – inclusive no Brasil – entre 2011 e 2013. E só.

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Mas ainda há esperanças para quem quiser matar saudades do período. O Star Shaped Festival, agendado para datas entre julho e agosto deste ano – em Birmingham, Londres, Glasgow e Manchester – promete reviver aquela história. Mesmo que por quatro noites apenas.

Seis bandas bem representativas do Britpop, todas devidamente reformadas e redivivas, se alternarão nos palcos: há desde o perfect pop do The Bluetones (que com Slight Returns, do álbum de estreia, Expecting to Fly, de 1996, por pouco não se tornou massivo) até rock com ares orquestrais do My Life Story, capitaneado pelo dândi Jake Shillingford. Completam o line up Sleeper, Salad, Dodgy e Space.

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Todos foram donos de hits que não mudaram a história da música – mas chamaram a atenção, de novo, à época, para o rock feito na Terra da Rainha.

Colher de chá
Quem também voltou dos mortos foi o Shed Seven. Armada britpop formada em 1990, em York, lançou quatro álbuns. Transitando entre vários estilos, tem a sonoridade marcada pelas guitarras. O grupo retornou aos palcos há nove anos. Mas trabalho novo, por enquanto, nada.

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