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Svit lança Magrim Ruim, após viver evolução em tour. (Arte: Divulgação)

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Svit retorna com single Magrim Ruim e cita evolução em maior vivência da vida

O rapper caiçara Svit, 21 anos, de São Vicente, anunciou seu retorno à cena com o single Magrim Ruim na sexta-feira (19). O último trabalho do artista foi o CD Entre o Beck e a Bad, lançado em 2018.

A música Magrim Ruim é um boombap no melhor estilo sujão e já está disponível nas plataformas digitais. A  letra carrega punchlines e egotrip (normalmente os sons de egotrip são cheios de punchline e do ego do MC na letra). A faixa foi gravada no Estúdio Bom Bando, em Santos e a produção é do Speed, de Recife.

O clipe do single foi dirigido pelo Svit, todo no efeito VHS, realçando o estilo carregado e sujo, no estilo oldschool. O rapper diz que esse é o início de uma sequência de lançamentos para o ano, prevendo mais dois sons até agosto.

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Seis anos de carreira e uma nova identidade

Embora com apenas 21 anos, Svit tem muita história dentro do rap para contar. Tanto que ele está completando seis anos de carreira.  Com isso, diz estar dando inicio a uma nova identidade para essa sua fase musical. Muito da sua mudança de identidade se deu porque o artista esteve em tour do CD Entre o Back e a Bad. Ele passou por mais de 22 cidades e seis estados. Essas viagens renderam uma baita experiência. 

“Eu tive um monte de vivência em lugares e com pessoas diferentes, somou muito para o meu trabalho. Aproveitei para aprender técnicas diferentes, renovar minhas influências e ampliar meus temas e vocabulário. Ao mesmo tempo quis inovar muito na identidade também. Eu sempre tive a identidade marrento, cheio de egotrip. Mas sempre cantei o que eu vivo e antes eu vivia uma fase de explosão repleta de depressão, problemas internos, rolê na madruga e uso abusivo de drogas. Isso refletia muito no meu trabalho e deixava ele com uma carga muito negativa e depressiva”.Svit

Hoje diz que está em outra fase e quer trazer outras mensagens com uma vibe mais pra cima em seus sons e identidade mais forte, mas com a mesma egotrip de sempre. “Sinto que evoluí muito, estou em constante evolução”.

Sem grana, mil cópias do CD e um sonho

Além de evoluir nessa tour, Svit também conseguiu aumentar seu público. Quando lançou junto do DJ cuco, o CD Entre o Beck e a Bad decidiu iniciar uma viagem vendendo o CD físico. O intuito era expandir seu público pelo Brasil e tentar fazer virar de vez e poder finalmente gerar alguma renda com meu som.

“Nessas, rodamos mais de 22 cidades (passando por SP e todos os estados do Nordeste). Vendi quase 4 mil cópias de mão em mão. Isso também ajudou a aumentar meu público no spotify em 999% e me ensinou muita coisa para a minha carreira. O CD passou dos 20k de acessos e eu tive um monte de vivência foda”, explica. 

Svit está trabalhando em novos lançamentos. (Foto: Divulgação)

Em uma dessas vivências foi que Svit conheceu o Speed, produtor do beat de Magrim Ruim. Ele estava de passagem por Natal com o irmão dele, Tai Mc, e ficou na minha casa em Natal por duas semanas. Depois me levaram pra conhecer Recife, onde fiquei um mês junto com eles.

“Nessa trip, também tive a chance de ter vivência com muita gente como Teagacê (Mc de Natal, onde eu fiz muitas amizades e um público foda). Finalizei a tour voltando pra SP, onde continuei fazendo shows, contatos e vendendo cd até outubro. Depois, comecei a trabalhar com uma balada lá e focar nos projetos novo”. 

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A maior vivência e loucura da vida de Svit

Svit caracteriza essa tour como a maior vivência e loucura de sua vida. Ele saiu da Baixada Santista repentinamente, sem dinheiro e com mil cds na mochila, direto para São Paulo. Dois meses depois estava no Nordeste, começando por desbravar Natal (RN), para onde foi com 100 reais, mais mil cds e seis peças de roupa na mochila. A duração da tour era para ser de quatro meses no máximo. 

Svit ao lado de Criolo segurando o CD Entre o Back e a Bad. (Foto: Reprodução)

“Mas cada vez mais aparecia um novo destino, o que resultou em quase oito meses no Nordeste. Estava sozinho, longe de família, amigos e zona de conforto, mas criando laços novos em todo lugar que passava. Finalizando a tour com uma duração de um ano em outubro de 2019 e começando a agilizar os projetos novos.  Daí em diante, para começar os lançamentos agora. Tudo isso motivado pelo sonho de viver de música”. 

De loucas experiências, feats e projetos

Svit afirma que durante a tour escreveu muita coisa em vários estilos de som. Desde então, começou a organizar os projetos para montar um cronograma. “Eu e o DJ Cuco estamos mudando um pouco nossa forma de trabalhar e preparando muita coisa para esse ano. Até agosto queremos lançar mais dois sons no mínimo, serão boombaps que foram escritos na tour. Logo em seguida, começar o lançamento de sons novos em estilos diferentes, estamos explorando bastante os beats de trap”.

DJ Cuco e Svit. (Foto: Reprodução)

Ele afirma que tem “uns feats pra sair também” com nomes como: Romulo Boca, Félix, Iannuzzi e mais alguns que ainda não pode divulgar. As produções de seus beats também devem vir de novas parcerias além da com a do Dj Cuco. Por isso, podemos ver Svit rimando em beats assinados por: M2K, Speed, Lr Beats, Dj Lksh, Guilherme Cres, Chvzvn e outros.

Sobre Svit e Vinícius 

“O Svit é na verdade uma personalidade minha. É só um lado meu, o lado mais agressivo, explosivo, artista. Porque o Vinícius mesmo é totalmente diferente e todo mundo que já conheceu os dois fala isso”, explica. O artista considera-se de Santos e São Vicente, pela maioria de suas vivências serem entre as duas cidades. Mas ele é de São Vicente, do Parque Bitaru, apesar de ter nascido em Santos.

O rapper escreve desde os 12 anos. Mas só conheceu o rap e descobriu que escrevia um pouco no estilo quando conheceu Racionais. Nessa linha, começou a conhecer outros grupo. Com 14 anos, decidiu que era o que queria para a vida. Foi conhecendo a cena que estava surgindo na Baixada Santista. Meses depois, em 2014, estava no Estúdio Bombando, do Dj Cuco.  Lá ele gravou seu primeiro som e clipe Direto do Nada

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“Em 2015 começou a cena das batalhas da Baixada Santista, onde eu comecei a me destacar como MC de freestyle. Pude está presente no começo de quase todas as batalhas que existem na região hoje. Aí comecei a ir para São Paulo, onde pude participar da batalha do Santa Cruz, liga nocaute, entre outros. E o resto da história tamo aí escrevendo”.

Gostos musicais e inspirações de Svit

Svit se diz bem eclético quando o assunto é buscar inspiração e gosto musical. “Costumo buscar inspiração em tudo de diferente. Curto do rap ao rock, mpb, funk, poesias e filmes”.

Atualmente, os artistas que mais tem escutado são: Mac miller, Zuddizilla, Nirvana, Thamy Iannuzzi, Elis Regina, Bivolt, Sain, Eric Clapton, Demi Lovato, Puro Suco, Tim Maia, Black Aline, Sotam e BudaH. “De pessoa mesmo minha maior inspiração pra tudo é meu vô Papão”.

Vô de Svit é sua maior inspiração. (Foto: Arquivo Pessoal)

O sonho do rap deixou de ser hype 

Sobre sonhos que têm no rap, o artista afirma que já teve vários. O principal era viver do rap, e sonhava também com o Hype e a riqueza.

“Mas atualmente estou em outra fase. Vi que tirando os números gigantescos em views, hype e riqueza, eu conquistei tudo que queria. Vivo disso desde que lancei meu CD Entre o Back e a Bad, pude ajudar minha mãe e irmão financeiramente quando precisaram”.  

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“Fiz e continuo fazendo história na minha área, onde eu também pude me tornar exemplo. Vi meus ídolos me tratarem de igual, pude conhecer lugares que nunca imaginei ir. Já vi gente me odiar e vi gente me pedir autógrafo. Pude trabalhar com nomes como Flora Matos, participar de clipes com nomes como Willsbife, Dalua e Ebony. Pude dividir palco com Djonga e BK, que inclusive levei para cantar a primeira vez em Santos no meu aniversário de 18 anos”.

Em abril Svit também divulgou um EP Demo em seu aniversário

“Então já realizei e vivi uma pá de coisa foda por causa do rap, tirando fama e riqueza. Acho que já realizei tudo que queria, agora é começar a descobrir algo novo ou realizar outros tipos de sonhos. Como fazer um som com outras pessoas, tipo Dalsin ou Bivolt talvez. No mais, estou na minha melhor fase, graças a Deus, a mim e ao DJ Cuco que sempre me ajudou e sonhou as coisas comigo. E também ao público que apoiou desde o começo”. 

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