Sutilidade, música eletrônica e experimentalismo. É assim que a banda Vagale divulga o EP Ruído Negro. O trabalho tem três músicas: Leve, Universa-me e Ondular. As faixas soam quase como uma unidade e trazem a ambiência de uma festa, porém em slow motion ou com canções já abafadas pelas paredes de um banheiro ou sala.
Fui descritivo demais? Não sei. Mas esse cenário literalmente me veio à mente a medida que me vi gradativamente mergulhando nas melodias da Vagale.
Leve é a música mais digerível no sentido radiofônico da coisa. Uma entrada açucarada que permite que o ouvinte coloque os pés na água sem de fato se congelar.
Universa-me, por sua vez, é uma passagem mais firme que te segura pelas mãos em direção à obscuridade dançante de Ondular, que encerra bem o EP.
Formada em 2016, a Vagale é de Campinas (SP). O grupo é constituído pelos músicos Bruno Carlini (voz e guitarra), Lucas Duarte (guitarra), Frederico Brühmüller (baixo) e Wilian Nunes (bateria). E resumindo a ópera, se você curte Radiohead ou Glass Animals, provavelmente irá gostar da Vagale.