Somos roqueiros. E, a cada descoberta sonora, nós queremos pular da cadeira, chutar o que vê pela frente. Desta vez, não foi diferente. O #SomNaVitrola dá as caras com There Will Be Blood.
Formado em 2009, o TWBB tem uma formação sonora incomum. O grupo toca hard rock com temas noir e western, reunindo o blues do Mississipi e as atmosferas áridas da América.
E a inspiração para o nome, que mais parece o título de uma faixa? O grupo adotou por causa do filme de Paul Thomas Anderson com Daniel Day-Lewis. O nome já dá uma ideia conceitual sobre a jornada de um personagem infeliz, condenado em busca de redenção.
Um simbolismo forte, já que… por onde ele estiver com sua maldição, o sangue fluirá.
Beyond
Com três álbuns na bagagem, o TWWB está lançando Beyond, o quarto disco de estúdio com uma linhagem sonora que faria os “Deuses do Rock” cuspirem trovões e descerem a porrada em Titãs. Deu para entender a pancada sonora?!
Comparado com seus antecessores, Beyond faz o sangue, simplesmente, jorrar pelos autofalantes. Selvagem, elementos de blues, guiados por corridas pelo deserto. E tudo isso ainda somado com um funk suado e percussões africanas hipnóticas.
Quer mais?! Coloque a década de 1970, Tex-Mex (comida mexicana e texana), rock and roll, vodu.
Assim como todos os álbuns, também é conceitual. Onze faixas rodeado por uma aventura sobrenatural de um garoto sofrendo a perda de sua mãe. Aborda, além disso, o conceito de além e a superação da existência mortal.
Capa
Uma das coisas que chamam a atenção para a banda – que foi o que inicialmente me pegou – foi a arte da capa. Feita pelo artista Martin Wittfoot, o mesmo que assinou as capas do Rival Sons, mostra um beija-flor sugando o sangue de um pássaro. Tem algo mais forte do que isto, atualmente?! Desconheço.
Assim como o Rival Sons, o There Will Be Blood é a resposta para os acéfalos de plantão que insistem em dizer: o rock morreu. Se morreu, prepare-se… pois ele vai puxar seu pé, arrancar as suas vísceras. E acredite, haverá sangue.