Enquanto no Brasil, no dia 7 de setembro, acontecia as paradas cívicas em homenagem ao dia, Paul McCartney desembarcava no Egypt Station. E após cinco anos desde o lançamento de seu último trabalho, New (2013), ele trazia em sua bagagem 18 faixas inéditas.
Egypt Station mostra-se ser um álbum que não foi feito de modo pretensioso – e sim por lazer. Seu início dá um pequeno ar de estranheza com o som de um trem chegando à estação e esse é apenas o ponta pé inicial da viagem que começa com I Don’t Know, um dos principais singles do disco.
Em seguida, Come On To Me lembra os tempos rock n’ roll dos clássicos do Wings, assim como Caesar Rock e Despite Repeated Warnings. Para complementar a linha rock do álbum, ainda temos Who Cares, Fine Line e Queeny Eye. Enquanto o lado mais delicado e simples do material é representado por Happy To You e Hand In Hand.
Fuh You é uma resposta para quem dúvida se Paul ainda consegue produzir música pop para tocar nas rádios. E para os fãs brasileiros, o ápice é Back In Brazil, onde Paul mostra sua visão do país verde e amarelo, com um carinho gigantesco por seus fãs.
Egypt Station soa como um revisitação de Paul McCartney à certos momentos de sua vida. É como se cada faixa fosse uma parada de trem, com algumas músicas também lembrando e (talvez) sendo sobra de seu último álbum. Sem esforço para surpreender, para prender, Paul se mostra ainda à todos gás no auge de seus 76 anos.
