Som na Vitrola#132 – O poder canadense do Chilliwack

Quem não gosta de descobrir umas bandas aqui e ali? E quando é com aquela sonoridade setentista que, no meu caso, agrada bastante? Na minha última visita à Blaster, uma das sobreviventes em vendas de discos e CDs de Santos, fui arrebatado pelo Chilliwack. O álbum que tocava no momento era Lights From The Valley, de 1978. Com um hard rock e vocais brilhantes, o grupo fez da minha semana mais leve e, principalmente, sonoramente rica. Hoje, elas ganham um espaço no Som na Vitrola!!!

Formada em meados da década de 1960, o grupo trazia o nome The Collectors, com o qual lançou dois discos: The Collectors (1967) Grass and Wild Strawberry (1968), mesclando blues e psicodélico, tendo um pequeno hit Lydia Purple.

O sucesso só iria esmurrar a porta deles ao mudarem, em 1970, o nome para Chilliwack. Deixaram a fórmula sonora de lado para incorporar o pop rock e hard rock. O nome é um termo salish que significa “vale de muitos córregos”, além de ser o nome de uma cidade ao leste de Vancouver.

Bill Henderson assumiu os vocais e composição. Completando a banda temos Glenn Miller (baixo, backing vocals), Ross Turney (bateria) e Claire Lawrence (flauta, saxofone, teclados e backing vocals).

Resultado de imagem para chilliwack bandDurante sua história setentista, o grupo lançou vários álbuns e acumulando alguns sucessos como Crazy Talk, Fly At Night, Lonesome Mary Rain-o. 

Com os álbuns Riding High (1974), Rockerbox (1975), Dream, Dream, Dream (1978) e o já mencionado Lights From The Valley, o grupo se tornou um dos maiores grupos de rock no Canadá.

Na melhor das hipóteses, Chilliwack era a melhor, superando o Backman-Turner Overdrive. Porém, a falta de consistência e acordos que geravam trocas de gravadoras comprometeram o sucesso internacional.

A década de 1980 chegou, após o álbum Breakdown In Paradise (1979). O grupo, assim como muitas bandas de hard rock, se encheram com melodias que seriam dignas de aparecer na trilha sonora de clássicos como Flashdance Footloose.

O destaque para este período fica para o álbum Opus X, o que rendeu a Bill Henderson o prêmio Juno de “Produtor do Ano” pela canção Watcha. 

O grupo sofreu com as baixas de Glenn Miller, falecido em 2011, e Doug Edwards em 2016. Contou com um time seleto de músicos que assumiram as baquetas e baixos, todos sob a batuta de Henderson, que sempre manteve a dianteira do grupo.

O último trabalho do grupo foi em 2003, com o ao vivo There and Back, deixando de lado os relançamentos e compilações sem muitas novidades.

Fãs de hard rock, não esqueçam de Chilliwack. No Canadá não tem apenas o Rush.

Aumente o som!

https://www.youtube.com/watch?v=7y4CI-L7rZ4