Entrevista | Doro – “O único objetivo é homenagear o Lemmy”

A cantora alemã Doro Pesch dispensa apresentações. Considerada a rainha do metal, ela consolidou sua carreira ao longo de quatro décadas, tornando-se um ícone do heavy metal mundial. Com sua voz potente e atitude destemida, ela influenciou gerações e segue na ativa, levando sua música para os quatro cantos do planeta. Em maio, ela retorna ao Brasil para se apresentar no Bangers Open Air, em São Paulo, e promete um show repleto de clássicos e momentos especiais. Na entrevista que concedeu ao Blog n’ Roll, Doro compartilhou detalhes sobre sua atual rotina de shows e gravações. Recém-chegada da Espanha, onde se apresentou com o Manowar, Saxon e Girlschool, a cantora já tem novos planos em andamento. Entre eles, a preparação de um DVD comemorativo de seus 40 anos de carreira, que incluirá registros ao vivo do Wacken Open Air e, possivelmente, do próprio Brasil. A artista também revelou estar trabalhando em um tributo a Lemmy Kilmister, um álbum especial reunindo todos os duetos que gravou com o lendário líder do Motörhead. Sobre a apresentação no Bangers Open Air, Doro adiantou que o setlist será uma viagem por sua discografia, contemplando clássicos como All We Are, Burning the Witches e Raise Your Fist in the Air, além de faixas do álbum mais recente, Conqueress – Forever Strong and Proud. Entre as novidades, está Fire in the Sky, que tem um toque brasileiro: foi composta em parceria com Bill Hudson, guitarrista da banda e paulista de nascimento. Doro também comentou sobre o lineup do Bangers Open Air e se mostrou empolgada para rever amigos e bandas que admira, como W.A.S.P., Blind Guardian e Saxon. Para ela, festivais são sempre oportunidades de celebração do metal e de reencontros com artistas que marcaram sua trajetória. Confira a entrevista completa com Doro abaixo Olá Doro, tudo bem? Como estão as coisas por aí? Muitos projetos em andamento? Estou na Alemanha, acabei de voltar da Espanha. Fizemos um ótimo show com o Manowar e dois dias antes com o Saxon e o Girlschool na Alemanha. E agora farei mais algumas coisas no estúdio. Depois retorno aos Estados Unidos antes de ir para o Brasil. Estou super animada. Estamos trabalhando no DVD do 40º aniversário (de carreira), CD ao vivo gravado em Wacken (2023), mas também terá algo da minha cidade natal, Dusseldorf. E, provavelmente, vamos colocar algo do Brasil também. Será um pacotão de coisas que terá o título Conquerors Forever. Além disso, estou montando algo para o Lemmy (Kilmister) porque seria seu aniversário de 80 anos em 2025 e ele está há dez anos no paraíso do rock’n’roll, além de ser 50 anos de Motörhead. Farei um picture disc com todas as nossas músicas, os duetos com Lemmy. E tenho algumas outras músicas, que tocamos com Mille (Petrozza), do Kreator, e os caras do Motörhead, como Ace of Spades, que fizemos no Wacken. Será uma grande homenagem para o Lemmy, que vamos chamar de Rock Till Death. A ideia é viajar com esse trabalho por todos os festivais novamente. E o primeiro será o Brasil. Estou super animada. O Brasil é meu lar, então isso não poderia ser melhor. Meu Deus, que agenda cheia! Doro está super ocupada. Vamos começar falando sobre sua apresentação no Banger Open Air. Este show vai focar em um álbum específico ou terá um pouco de tudo da sua discografia? Sim, todos os hits: All We Are, Burning the Witches e Raise Your Fist in The Air. E do novo álbum, estamos planejando tocar Time for Justice, Children of the Dawn e Fire in the Sky, que escrevi com o Bill Hudson, nosso guitarrista que é brasileiro e de São Paulo. Não sei quanto tempo temos exatamente, mas acho que talvez uma hora. Uma hora, às vezes, dá para umas 11 músicas, 12 no máximo. Provavelmente Hellbound também. Vamos ver, mas certamente quero passar por um pouco de cada álbum da minha carreira. O que você recorda da sua última vez no Brasil? Você tem boas lembranças? Foi um momento incrível! Tocamos no Monster of Rock, não tinha muita gente ainda, tocamos bem cedo, mas não atrapalhou nem um pouco. Conheci muitas pessoas e fiz amizade com elas. Todas as pessoas foram tão legais e super gentis. No vídeo de Time for Justice, por exemplo, tem imagens do show no Brasil. O diretor colocou muitos trechos da apresentação no vídeo. E o vídeo de Living After Midnight também. Eu amo tocar no Brasil. O que você achou do lineup do Bangers Open Air? É um grande festival, vi tantas bandas alemãs no lineup. Sou uma grande fã do Wasp, espero poder assistir. O Wasp foi minha primeira grande turnê no Reino Unido em 1986. Quero ver o Blind Guardian porque Hansi Kürsch fez muitos duetos comigo no palco. Estou muito animada para esse show. Se tiver a chance de ver todas as bandas, definitivamente aceito. Em seu último álbum, você gravou com Rob Halford. Como foi esse momento para você? Nossa, sou uma grande fã do Judas Priest. Aliás, eles foram a minha primeira turnê, antes da tour com o Wasp. Essa foi em 1986 também, mas veio antes. Naquela época, eles disseram: ‘hey, vamos dar uma chance a essa banda’. E foi um sonho que se tornou realidade. Desde então sempre mantivemos uma forte amizade e tocamos em alguns festivais, como o Hellfest. Nós estávamos conversando um pouco, Rob Halford me perguntou o que estava fazendo e falei sobre o novo álbum. Ele rebateu: “oh, isso é ótimo”. Na hora olhamos um para o outro e dissemos: “é hora de fazermos algo juntos, certo?” Sugeri Living After Midnight, ele topou. Mas depois ele disse que gostaria de fazer também Total Eclipse of the Heart (cover de Bonnie Tyler), então fechamos com as duas músicas. Espero que possamos fazer isso ao vivo eventualmente. Rob Halford é uma pessoa super legal, coração imenso, super inteligente, sensível e um cantor fantástico. Ele sempre foi um dos meus heróis absolutos. Conte-me mais
Usina lança festival próprio para promover novo álbum

Vem aí o ‘Usina Metal Fest’, festival criado pela banda santista Usina em parceria com a Z1Press, que vai rolar neste domingo (8), a partir das 18 horas, no Studio Rock Café, tradicional bar de rock localizado no Gonzaga, em Santos. Além do grupo anfitrião, o evento contará também com mais duas atrações de peso, as bandas locais Hierarchical Punishment e Sound Of Souls. O ‘Usina Metal Fest’ marcará uma celebração tripla para a Usina, que promove o lançamento de seu primeiro álbum cheio, Veredito, em pleno aniversário de 20 anos do grupo e ainda mais no seu próprio festival. Veredito foi gravado, mixado e masterizado no Electro Sound Studio com produção musical de André Freitas (Charlie Brown Jr.) e da Usina. Com letras polêmicas cheias de críticas sociais, o álbum inclui participação especial do guitarrista Fabiano Carelli (Capital Inicial) e do vocalista André Coelho (Schizophrenia), e já está disponível nas principais plataformas digitais. A Usina surgiu em 2004 e hoje tem em sua formação Rafael Bloodgrinder (vocal), Tadeu Neto (guitarra), Luiz Meles (baixo) e Fábio Minhoca (bateria). A discografia da banda inclui os EPs Vsineirvs Locvs (2011) e Destruição & Morte (2016). Eleita pelo Blog n’Roll entre as “100 Maiores Bandas do Rock Santista” de todos os tempos, a Usina é uma das bandas independentes mais relevantes do cenário underground da Baixada Santista, e já dividiu o palco com Ratos de Porão, Paura, Oitão, Nervosa, Project46, entre outros artistas de destaque da música pesada. Mais informações pelas redes sociais. SERVIÇO ‘Usina Metal Fest’ Data: 8 de dezembro de 2024 (domingo)Atrações: Usina, Hierarchical Punishment, Sound Of SoulsLocal: Studio Rock Café (Av. Mal. Deodoro, 110 – Gonzaga – Santos/SP)Horário: 18h às 23hClassificação: 18 anosEntrada: R$20
Entrevista | Evan Dando (The Lemonheads) – “Sou um homem renascentista”

Francisco, el Hombre anuncia novo disco e turnê que antecedem hiato

O Francisco, el Hombre chegou com boas e uma má notícia. Hasta El Final será o novo álbum do grupo, que virá acompanhado de uma turnê. No entanto, o movimento mais recente antecede um hiato na trajetória. Até o momento, quatro shows foram anunciados: Opinião, em Porto Alegre, no dia 10 de maio; Autêntica, em Belo Horizonte, no dia 8 de junho; 26 de julho, no Circo Voador, no Rio de Janeiro; 27 de julho, na Audio, em São Paulo. “Percebemos que estamos no nosso melhor momento em relação a shows, público e números. E também, especialmente, na nossa relação entre os membros da banda. É uma delícia viver isso e tomar as decisões em conjunto, em família”, afirma Mateo Piracés-Ugarte sobre o hiato. A chegada do novo trabalho simboliza tudo que o quinteto construiu ao longo dos anos com seus fãs, ao mesmo tempo em que os encoraja a entender a individualidade de cada um deles. “Na virada deste ano, sentimos a necessidade de olhar para trás e entender quem nós somos”, reflete Mateo. O objetivo deste momento é contemplar toda a história do grupo a fim de reverenciar um novo período. “Depois de 10 anos tocando juntos, a gente percebeu a importância dessa pausa, para que cada um possa trazer algo novo para a banda e para revolucionar a nós mesmos enquanto indivíduos”, finaliza o vocalista.
Duff McKagan revelou mais uma faixa de disco solo; ouça I Saw God On 10th St.

Enquanto aguardamos novidades sobre um possível álbum novo do Guns n’ Roses, o baixista Duff McKagan segue com tudo na divulgação do próximo trabalho solo. I Saw God on 10th St. é mais um som revelado de Lighthouse, terceiro disco solo, que será lançado em 20 de outubro. Anteriormente, Duff já havia revelado a canção This Is the Song. Lighthouse sucede os discos Believe in Me (1993) e Tenderness (2019). “Eu o imagino como um velho de barba e cabelos brancos, encostado na parede de uma rua da cidade”, diz ele. “O supremo jurista de todos nós. Irritado, semicerrando os olhos para afastar o que vê, cuspindo com frequência sem se importar com quem pode estar por perto. O criador. Deus. Alá, Shiva… ou quem quer que seja. Acho que às vezes o vejo na Rua 10, com os punhos cerrados e os dedos dos pés contraídos e tensos”, conta Duff.
Entrevista | Terno Rei – “A gente tá super afim de voltar a produzir um disco inteiro”

Júlio Ferraz une folk, música brasileira e experimentações em novo álbum

Entre ruídos, a beleza. Entre o minimalismo, um reflexo do todo. Em busca de respostas em meio ao caos, o artista pernambucano Júlio Ferraz lançou pelo selo Discobertas seu novo álbum Soturno Jarro Diamante. O trabalho explora temas psicológicos e evoca emoções que se conectam com nossos sentimentos mais profundos. O álbum conta com uma parceria com a musicista e poetisa canadense Maud Evelyne em Tell Me If The City (Dis-moi si la ville). “O título é uma analogia aos sentimentos mais íntimos, aqueles que guardamos em nosso lugar mais secreto. O jarro simboliza um lugar oculto, reservado, onde guardamos sensações e sentimentos que normalmente não colocamos para fora. Neste reservatório, os sentimentos ficam retidos até um dia transbordar”, conta Júlio. “O diamante é a luz, o momento em que a energia cintila, trazendo leveza e refletindo todo seu brilho ao ambiente. Este jarro diamante está cheio de canções soturnas. Elas estão disponíveis para todos aqueles que desejam resgatar os seus sentimentos adormecidos à superfície. Há muita coisa acontecendo, e nem tudo posso lhe contar em palavras, mas lhe garanto que tudo está aqui, presente nesses minutos de gravação, que duraram quase dois anos de minha vida”. Júlio Ferraz é músico, compositor e arranjador, tendo iniciado sua carreira em 2006 com o Novanguarda, uma banda que mesclava rock de garagem com elementos psicodélicos e lhe rendeu reconhecimento nacional. Em 2016, lançou seu primeiro álbum solo, A Ilha da Inconsciência no Espelho Polifônico das Bifurcações do Tempo. Sua música incorpora uma variedade de elementos, como psicodelia, tropicalismo, jazz e folk. Após anos de intensa atividade em estúdio, em 2020 ele anunciou o show Freak Bananas, apresentando material lançado nos últimos quatro anos, explorando sua liberdade artística e celebrando o caos e o amor. No entanto, as apresentações ao vivo foram interrompidas devido à pandemia de covid-19, e o artista aproveitou seu período de confinamento para experimentar novas abordagens e sonoridades. Durante o período de isolamento social, ele lançou o EP Lampejos e o álbum ao vivo Quarentine Live, este último gravado em casa por meio de transmissões online. Em janeiro de 2021, lançou o álbum de estúdio, Orbe Onírico, e em dezembro do mesmo ano, lançou o single Travessia Boa Viagem, que incluía a faixa Algoz no lado B. Agora, lançando o seu quinto álbum solo, e abrindo um novo capítulo nessa história que conta com uma indicação ao Prêmio da Música de Pernambuco (na categoria MPB com o EP Sonhos & Ruídos) e quatro ao Prêmio Dynamite (O Manifesto Das Cores, Capital Esperança, Lampejos e Orbe Onírico, todos na categoria MPB). Nova página nesta trajetória, Soturno Jarro Diamante se propõe a encapsular os últimos anos e seus caos e dores, usando as experiências pessoais do artista como porta de conexão e espelho para o ouvinte.
Francisco, el Hombre anuncia disco e turnê alusiva aos 10 anos de carreira

Os acordes repletos de latinidades ganham, agora, novas composições que expressam todas as transformações que a Francisco, el Hombre experienciou ao longo dos últimos 10 anos, por meio de um disco inédito, que irá ecoar em uma turnê comemorativa em 2023. Entre as datas já confirmadas, estão: 10 de março, em Montevidéu, no Uruguai; 11 de março, em Buenos Aires, na Argentina; 17 de março, no Lollapalooza Chile; e a estreia no Brasil, no dia 20 de abril, no Circo Voador, no Rio de Janeiro. Em breve, novas informações serão anunciadas. “Vamos festejar do jeito que a gente mais gosta: fazendo shows e trocando energia com o público”, afirma o vocalista e violonista Mateo Piracés-Ugarte. “Pro disco, mesmo sendo produzido em estúdio, buscamos trazer os arranjos que aperfeiçoamos ao longo dos anos na estrada, entregando uma vibe mais do ao vivo”, complementa ele. Com a expectativa de passar pelo Brasil, outros países da América Latina, Estados Unidos e Europa, a turnê apresenta um repertório de clássicos da banda com uma nova roupagem, como Arrasta e Triste, Louca ou Má, single responsável pela indicação da banda ao Grammy Latino e que se transformou em um hino de empoderamento feminino, além de contemplar as várias fases do quinteto. Serviço Francisco, el Hombre @Circo Voador, RJ Data: 20 de abril (quinta-feira) Horário: A partir das 22h Local: Circo Voador Endereço: R. dos Arcos, s/n – Centro, Rio de Janeiro – RJ Ingressos Valores Meia-entrada | a partir de R$60 + taxas Inteira | a partir de R$120 + taxas
Atemiz: trio pop punk lança disco Tipo GPS em fevereiro; ouça singles

Após quatro anos de hiato, a banda gaúcha Atemiz volta à cena musical brasileira com o típico pop punk que marcou o final da primeira década dos anos 2000. Antes do novo álbum completo que será lançado em 3 de fevereiro, o quarto da carreira e já intitulado Tipo GPS, dois singles marcam este retorno: Nuvens e Embarque. Influenciada pelo último disco da banda americana Knuckle Puck, entre outras bandas do estilo ‘sadboi’ do início dos anos 2010, como Real Friends, Neck Deep e Stand Atlantic, o single Nuvens fala sobre sonhar, se libertar e acreditar em seus sonhos, e serviu de inspiração para todo o álbum. Nuvens foi produzida no Fromhellcords em Porto Alegre, por Henrique Lopez e Gui Wildner, com mixagem de Henrique Lopez e que conta com Bruno Lamas na bateria. Já Embarque traz famigerado e maduro ponto de vista – e de vida – em que, às vezes, ir embora é a melhor opção. O Embarque sugerido na letra, conta a banda, é embarcar para a vida, para realizar sonhos, encarar a vida adulta ou para seguir algum sonho que está se privando por conta dos outros. Para o videoclipe, que será lançado ainda em janeiro, a Atemiz usou como referência Generation Divide, da banda norte-americana e referência mor do pop punk, Blink-182. As gravações ocorreram tanto em um apartamento, quanto no Blink Bar, em Porto Alegre. As gravações da banda em ação ficaram por conta do Rika Silveira, enquanto a montagem e edição ficou por conta do Daniel Nardaci e direção de Guto Gaelzer. O disco Tipo GPS surgiu em meio às reuniões dos membro da banda ao longo da pandemia e terá dez faixas. Com performance de Guto, Nick e Gui em todas as músicas, o disco tem produção de Henrique Lopez, antigo parceiro da banda em outros projetos e tem ainda a participação dos bateristas Bruno Lamas e Gabi Wozniak. Com temáticas que abordam a motivação, o amadurecer e relacionamentos, Tipo GPS traz referências do pop rock, punk, pop punk e muito do emo/hardcore melódico de bandas brasileiras como Fresno (até o Revanche), NX Zero, Hateen, Forfun e CPM 22 e também da banda europeia Neck Deep.