Lagarto Rei amplifica experimentos e peso no primeiro full, Mundo Flutuante

O duo fluminense Lagarto Rei, já conhecido na cena experimental psicodélica por singles que sempre trazem peso, chega ao primeiro álbum full, Mundo Flutuante. O lançamento nas principais plataformas de streaming é pelo selo Abraxas Records. Mundo Flutuante contém seis faixas, gravado ao vivo no dia 11 de dezembro de 2018, no antigo Machina (Rio de Janeiro). Foi quase quatro anos de cuidados minuciosos na masterização e mixagem do material, que apresenta complexas camadas e texturas, entre ambiências e riffs. A Lagarto Rei, Robert William (baixo) e Lívio Medeiros (bateria), sintetiza o que se pode esperar na audição de Mundo Flutuante: “Vem com um peso estratosférico, mas também muita introspecção em massivas faixas meditativas”. A música do Lagarto Rei, ainda mais explícita em Mundo Flutuante, é sobre imersão e catarse. O disco é cíclico e propõe uma audição de faixa a faixa numa dinâmica de surpresas, momentos introspectivos e explosões. O peso contém elementos e groove do stoner rock, doom, kraut rock e psicodelia, mas sempre envolvido por ambiências e atmosferas.
Liam Gallagher anuncia álbum de live histórica Down By The River Thames

Liam Gallagher anunciou o álbum ao vivo Down By The River Thames, gravação da live que o músico fez em dezembro de 2020, em uma embarcação pelo Rio Tâmisa, em Londres. O disco chega em vinil, CD, cassete e serviços de streaming em 27 de maio. Em síntese, a apresentação, que rolou durante o auge das restrições no combate ao coronavírus no Reino Unido, traz um repertório muito especial, que mescla a carreira solo de Liam com clássicos do Oasis. “Então aqui está, o show que eles disseram que nunca poderíamos fazer! Como estávamos confinados, entediados e deprimidos, o rock ‘n’ roll veio para salvar o dia mais uma vez”, disse Liam em comunicado à imprensa. O eterno vocalista do Oasis continuou: “Foi uma noite e um show top e está registrado aqui para que todos possam desfrutar”. Além do disco ao vivo, Liam também prepara seu terceiro álbum de estúdio, C’mon You Know, que será lançado em 27 de maio. Por fim, o vocalista do Oasis fará grandes shows nos próximos meses. Em resumo, serão duas noites históricas em Knebworth, na Inglaterra, com ingressos esgotados, outro show marcante em Glasgow, na Escócia, além de duas apresentações no Brasil. Veja a tracklist completa de Down By The River Thames abaixo ‘Hello’ ‘Wall Of Glass’ ‘Halo’ ‘Shockwave’ ‘Columbia’ ‘Fade Away’ ‘Why Me? Why Not.’ ‘Greedy Soul’ ‘The River’ ‘Once’ ‘Morning Glory’ ‘Cigarettes & Alcohol’ ‘Headshrinker’ ‘Supersonic’ ‘Champagne Supernova’ ‘All You’re Dreaming Of’
Filhos da Desilusão, novo álbum dos Excluídos, já está no ar!

Chegou nesta quinta-feira (17) em todas as plataformas de streaming o terceiro disco full dos Excluídos, intitulado Filhos da Desilusão. O trabalho é o terceiro disco completo do quarteto que está em atividade desde 1998. A banda, formada por Ronaldo Lopes (voz e guitarra), André Larcher (guitarra e backing vocal), Caio Klasing (baixo e backing vocal) e Raphael Menuzzo, apresenta um trabalho que é resultado de gravações realizadas entre dezembro de 2019 e março de 2020. Combinando o furor e energia do punk rock com um trabalho minucioso de melodias e harmonias, os Excluídos criaram uma identidade particular que vem ganhando mais consistência a cada novo lançamento. Em Filhos da Desilusão, o grupo mescla o espírito anarquista e combativo dos primeiros lançamentos, com o lado mais introspectivo e analista do disco Meus Dilemas (2014), trazendo um trabalho equilibrado, com boas críticas sociais e políticas, além de divagações e análises sobre a vida em geral, que discutem e abraçam diversas pautas importantes da atualidade. “Em sintonia com a atual realidade, o álbum não poderia deixar de apresentar uma forte crítica aos tempos de desilusão que vivemos, seja no cenário político com descrença e desinteresse às instituições, representatividade e política, seja nas ideias, com ondas conservadoras e pensamentos retrógrados ganhando espaço, economia, onde as desigualdades apenas acirram o abismo entre miseráveis e abastados, ou mesmo na incapacidade de evitar, lidar e vencer situações difíceis como a pandemia. As faixas trazem diferentes abordagens e perspectivas dentro da temática da desilusão e resgatam o tom mais contestador e a musicalidade mais direta e fácil”, afirma Ronaldo. Antes de seu lançamento, a banda apresentou quatro singles, das canções Não Passarão Jamais, Ar de Liberdade, Filhos da Desilusão e Elas São Feministas, todos acompanhados de videoclipes, que podem ser vistos tanto no canal da banda no Youtube, quanto em suas redes sociais. Filhos da Desilusão conta com 14 composições próprias e foi gravado no estúdio Espaço Som, com captação e mixagem de Henrique Khuory e masterização de Wagner Bernardes. Para finalizar o lançamento, os Excluídos farão um show no próximo sábado (19), na mítica casa de shows paulista Hangar 110, acompanhados das bandas Corazones Muertos e Os Roucos. Os ingressos antecipados com valor promocional ainda estão à venda.
Florence + The Machine revela My Love e dá detalhes do novo álbum

Florence + the Machine compartilhou detalhes de seu quinto álbum de estúdio, Dance Fever, que será lançado no dia 13 de maio. O anúncio vem com seu novo single, My Love, que estreia ao lado de um vídeo da aclamada diretora Autumn de Wilde. Dance Fever foi gravado predominantemente em Londres durante o período da pandemia, em antecipação à reabertura do mundo. O álbum evoca o que Florence mais sentiu falta no meio do lockdown – discotecas, dançar nos festivais, estar no meio do turbilhão do movimento e da convivência – e a esperança dos reencontros que virão. É o álbum que traz de volta o melhor de Florence – como no festival Boudicca encabeçado pela banda, empunhando hinos como uma espada flamejante. Pouco antes da pandemia, Florence se tornou fascinada pela choreomania, um fenômeno renascentista no qual grupos de pessoas – às vezes milhares – dançavam descontroladamente ao ponto da exaustão, colapso e morte. A imagem repercutiu em Florence, que estava em turnê ininterrupta há mais de uma década, e o lockdown parecia estranhamente premonitório. A imagem, o conceito de dança e a choreomania permaneceram centrais enquanto Florence tecia suas próprias experiências de dança – uma disciplina a que ela recorreu nos primeiros dias de sobriedade – com os elementos folclóricos de um pânico moral da Idade Média. Em tempos recentes de torpor e confinamento, a dança oferecia propulsão, energia e uma maneira de olhar a música de uma forma mais coreográfica. Começando, como sempre, armada com um caderno de poemas e ideias, Florence tinha acabado de chegar a Nova York, em março de 2020, para começar a gravar o disco com Jack Antonoff quando o covid-19 a forçou para um retiro em Londres. Trancada em casa, as canções começaram a se transformar, com referências ao dance, folk, Iggy Pop dos anos 70, trilhas folclóricas saudosas à la Lucinda Williams ou Emmylou Harris e muito mais. Uma vez de volta a Londres, My Love foi uma faixa em particular que se transfigurou de uma entidade para outra com a ajuda de Dave Bayley, da Glass Animals. Welch tinha escrito a canção em sua cozinha como um “pequeno poema triste”, e quando ela a gravou acusticamente simplesmente não parecia funcionar. Bayley sugeriu o uso de sintetizadores e isso se expandiu com uma energia que enche cômodos e reverbera no peito. Com o amor de Dave pelos sintetizadores e o fascínio de Florence por todas as coisas góticas e assustadoras, uma espécie de som “Nick Cave at the club” começou a emergir para moldar o disco. Liricamente, ela se inspirou nas trágicas heroínas da arte pré-Rafaelita, a ficção gótica de Carmen Maria Machado e Julia Armfield, a onda visceral dos filmes de terror folclórico The Wicker Man e The Witch to Midsommar. Produzido por Florence Welch, Jack Antonoff e Dave Bayley, Dance Fever é um álbum que vê Florence no auge de seus poderes, entrando em um autoconhecimento plenamente realizado, brincando com sua própria persona autocriada e com ideias de identidade, masculina e feminina, redentora, comemorativa, entrando plenamente em seu lugar no panteão icônico. My Love segue os recém-apresentados King e Heaven is Here, ambos lançados com vídeos feitos por Autumn de Wilde e coreografados por Ryan Heffington.
A alegria está de volta! Ouça o novo álbum de Bryan Adams

A alegria como foco, o tempo como cura e a estrada como destino marcam o novo álbum do cantor e compositor Bryan Adams. Com forte pegada roqueira, So Happy It Hurts é o décimo quinto trabalho de estúdio do ícone canadense. Este é um lançamento BMG que chega junto de um clipe para a faixa Always Have, Always Will. “Quando percebi que talvez nunca mais sairíamos em turnê devido à pandemia, comecei a reunir todos os esboços e ideias de músicas que fui escrevendo em pedaços de papéis, recibos e porta-copos, juntei-os no meu laptop e fiz um álbum”, conta Bryan. Em suas décadas de serviço à música, Bryan Adams conseguiu liderar as paradas de sucesso em mais de 40 países. Ele acumula em sua carreira 3 indicações ao Oscar, 5 ao Globo de Ouro, um Grammy, um AMA e uma estrela na calçada da fama de Hollywood. “A pandemia e o lockdown nos fizeram pensar que de um momento para outro o que temos como rotineiro e confortável pode mudar. De uma hora pra outra, ninguém conseguia pular no carro e ir embora por aí”, diz Adams. “O álbum aborda muitas das coisas efêmeras da vida que são realmente o segredo da felicidade, o mais importante, a conexão humana”, resume.
Rex Orange County lança o álbum Who Cares?

Rex Orange County lançou o álbum Who Cares?, nesta sexta-feira (11), acompanhado do novo single de trabalho, Open a Window, com participação de Tyler, The Creator. A faixa é a combinação perfeita do pop indie de Rex com o rap de Tyler, marcando a primeira vez que colaboram juntos desde o álbum de Tyler de 2017, Flower Boy. Open A Window reúne um som descontraído com teclado e bateria com um toque de jazz que fluem livremente por trás dos vocais de Rex. A faixa segue o single Amazing, lançado anteriormente e o single principal Keep It Up, que a Billboard descreveu como “um saboroso pop-rock despreocupado”. Who Cares marca o primeiro lançamento de Rex desde o EP Live at Radio City Music Hall de 2020, retirado de seus dois shows esgotados no local, pouco antes de sua turnê internacional Pony ser interrompida em Berlim devido ao Covid-19. Como se vê, no entanto, essa turnê interrompida é parte da gênese deste álbum. Depois de passar a maior parte de 2020 em quarentena no Reino Unido, Rex fez jornada para Amsterdã no outono para gravar com Benny Sings, com quem criou o single de venda de platina de 2017 Loving Is Easy. O que começou com sessões sem muita expectativa, se transformou em uma janela incrivelmente produtiva de 48 horas de gravação com Benny. Os 10 dias subsequentes de trabalho juntos produziram então o seu quarto álbum, feito através de uma grande parceria. O projeto de Rex Orange County é um disco lúdico de um artista em clima lúdico.
Entrevista | Terno Rei – “Muito feliz em trazer o Gêmeos para nossos fãs”

Os paulistas do Terno Rei divulgaram nesta quarta-feira (9), o disco Gêmeos, quarto trabalho em estúdio da banda. Em resumo, o álbum traz os singles Dias da Juventude, Difícil e Aviões, divulgados anteriormente. Em entrevista para o Blog n’ Roll, os membros do grupo, Ale Sater, Bruno Paschoal, Greg Maya e Luis Cardoso falaram sobre a expectativa do lançamento e da turnê que vem seguida do lançamento. Ademais, o Terno Rei inicia suas apresentações em São Paulo, no festival Lollapalooza (26/3) e no Cine Joia (30/4). “Estamos primeiramente muito felizes em trazer o Gêmeos para nossos fãs, a verdade é que queríamos soltar o quanto antes, mas também precisa de um certo tempo para deixar todos nos conformes”, disse Bruno. Já Greg, revelou que as primeiras audições do novo trabalho gerou críticas positivas por parte da imprensa. “Deu pra sacar um pouco que a galera recebeu bem”. Próximos clipes do Terno Rei Segundo os integrantes, é esperado que Gêmeos ganhe mais dois videoclipes nos próximos meses. Bem como, Dias da Juventude e Difícil, que tiveram suas produções reveladas ainda na divulgação do álbum. “Nossa ideia principal por enquanto é produzir um clipe ao vivo para Brutal. É algo que nunca fizemos e parece ser uma boa ideia até pelo clima da música. O quarto vídeo vamos esperar um pouco mais e ver qual música as pessoas estão mais curtindo no álbum”, revela Greg Maya. 3 anos de Violeta Recentemente, o terceiro trabalho em estúdio da banda completou três anos de lançamento. Violeta é hoje o disco mais lembrado da banda no streaming e em shows. De acordo com os membros da banda, o lançamento trouxe mais maturidade para eles. “Fomos ficando mais velhos e absorvendo coisas boas em relação ao Violeta. Infelizmente não tivemos tanto tempo de shows para apresentarmos ele ao público por conta da pandemia. Ainda não sabemos o que mudou de 2019 pra cá, vamos descobrir agora voltando aos palcos.”, comenta Bruno Paschoal. Ale Sater também ressaltou a importância que é retornar aos shows depois de tanto tempo. “Vai ser muito bom tocar músicas novas para a galera ao vivo. Tenho certeza que será algo gostoso de sentir”. Lollapalooza Debutando no festival, o Terno Rei trará boa parte do repertório de músicas do novo disco. Ainda assim, a banda garante que terá espaço para os hits já conhecidos pelo público. “Tivemos muito sorte em abrir nossa nova turnê num evento tão importante que é o Lolla”, conta Ale. Perguntados sobre o que gostariam de ouvir no festival, os integrantes da banda citaram diversas bandas, como: Turnstile, Caribou, King Gizzard e Idles. Contudo, a prioridade de todos será assistir o Alexisonfire, que também toca no sábado (26). Turnê e Terno Rei na Baixada Santista Passando por diversos estados, a turnê do Terno Rei para a divulgação do Gêmeos durará até setembro. Infelizmente, nesse meio tempo a banda não deve vir para a região. Ainda assim, Luis Cardoso falou que tudo é possível caso os donos das casas de shows da região os convidem. Em síntese, Cardoso revelou muito amor pelo local. “Santos é linda. Meus pais tinham um apartamento na cidade e passávamos quase todas as férias ai. Dá pra ver que é um lugar que preza muito pela boa música. Esperamos voltar em breve”. Vale lembrar que a banda já se apresentou uma vez na cidade. O show aconteceu no Boteco do Valongo, na divulgação do disco Violeta no fim de 2019.
Entrevista | Spoon – “A pandemia me fez confrontar questões sombrias”

Veterana do rock alternativo dos EUA, a banda Spoon lançou recentemente o seu décimo álbum de estúdio, Lucifer On The Sofa. O disco é o primeiro desde Hot Thoughts, de 2017. Com gravações no Texas e Califórnia, Lucifer On The Sofa traz nove faixas autorais e uma releitura de Held, do Smog, que abre o álbum. Um dos membros originais do Spoon, ao lado do vocalista e guitarrista Britt Daniel, o baterista Jim Eno conversou com o Blog n’ Roll sobre o novo álbum, lembranças do Brasil, pandemia e influências na carreira. Como surgiu o título deste álbum? Qual foi a inspiração para este nome curioso? Britt escreveu a música e decidimos dar esse nome ao álbum. Não é como se eu e ele falássemos muito sobre os significados por trás das coisas. Para mim, é como se a pandemia me fez confrontar questões sombrias como mais importantes ou que vieram à tona. Sou um workaholic, consigo sempre me distrair e não ter que lidar com essas coisas, mas não tem para onde correr quando você está nesse lockdown há dois anos. Você meio que tem que olhar o que está escondido. Olho para isso como algo que você vai ter que lidar em algum momento e ele está lá sentado no sofá, te observando. Como foi o processo de gravação do álbum? Teve alguma dificuldade por causa da pandemia? Precisou adaptar algo? Sim, foi bem no meio da nossa gravação. Nós tivemos que fazer várias mudanças no cronograma. Nós tínhamos talvez três quartos do álbum finalizados, estávamos muito perto de terminar e prontos para mixar e então veio a pandemia. O que aconteceu foi que nós não conseguimos mais nos encontrar, obviamente porque era uma sala pequena e essa é uma doença transmitida pelo ar, não era seguro ficarmos juntos. Então o Britt usou seu tempo para escrever mais músicas. Então tem músicas como, obviamente, Lucifer on The Sofa, acho que Wild e Devil and Mr. Jones que não estariam no disco, sabe? Mas acho que tiveram duas vezes em que todos voariam para Austin (Texas) e tivemos que cancelar porque os números (da covid) estavam tão altos. Tivemos que pensar muito rápido, cortando coisas no último momento… Felizmente, Britt estava em Austin e ele aparecia e fazíamos algumas coisas, mas a pandemia nos afetou muito. No entanto, nós conseguimos superar! O Spoon carrega uma forte influência do rock clássico e do art rock em seus trabalhos. É algo que predomina em suas influências? Você consegue pensar em alguma influência de sua terra natal também (Texas)? Sim, eu sinto que esse disco teve muita influência do rock clássico, do começo do ZZ Top, Cheap Trick, John Lennon, Plastic Ono Band… o som de um bando de caras apenas tocando em uma sala. Esses são os discos que amamos, que crescemos ouvindo. Para nós esse é o disco que mais tentamos chegar próximo disso. Como é sua expectativa de viajar e divulgar Lucifer on the Sofa em outros países? O que significa para você fazer uma turnê com o Spoon? Nós adoramos ir para o Brasil… Nós queremos tocar para todos, sabe? E o público brasileiro é incrível, nós não vemos a hora de ir para o Brasil. Você tem alguma previsão do Spoon vir para o Brasil? Um mês ou ano? Nós definitivamente não temos um mês. Vocês terão Lollapalooza no mês que vem. Será que vai ter ou não? Tem muita incerteza ainda e acho que não conseguimos planejar se vocês ainda não sabem se os shows irão acontecer ou não, entende? Talvez no final do ano. Se tivermos o ok e estiver tudo bem, nós podemos ir e fazer funcionar. Você se lembra de alguma história curiosa da passagem de vocês pelo Brasil, em 2018? Eu lembro de uma história, mas não é muito engraçada. Nosso último show foi em São Paulo e nós terminamos muito cedo, então eu e o Gerardo, guitarrista, pensamos, vamos mudar nossos voos e voar essa noite. Então trocamos os voos, entramos na van para o aeroporto e colocamos no Google e apareceu que iríamos demorar quatro horas para fazer 24Km… Isso não pode ser verdade, eu pensei. Nós ficamos sentados na van por 4 horas, perdemos nosso voo e tivemos que ficar em um hotel de merda. E acabamos pegando exatamente o mesmo voo que iríamos pegar no dia seguinte, que havíamos cancelado. O tráfego nos ferrou (risos). Chegou a assistir algum show no momento que as regras ficaram mais brandas? Teve uma janela no ano passado, quando as pessoas começaram a se vacinar e antes da chegada da Ômicron, foram os nossos “Loucos Anos 20”, aquele período entre a Primeira e Segunda Guerra Mundial, quando todos estavam dançando, muito felizes. Em resumo, acho que essa pequena janela foi como yeah, legal… nós fizemos alguns shows, foi muito legal, todos estavam curtindo… até que veio a Ômicron e tudo voltou a fechar. Consegui ver alguns shows nesse período. Você se sente seguro para viajar com seus colegas de banda? Acho que sim… nós vamos fazer tudo que for possível na tour para tentar minimizar e não ficarmos doentes. Porque se um de nós testar positivo, temos que encerrar tudo. Então agora nós estamos comendo todos juntos, nós não permitimos ninguém nos bastidores, estamos fechando tudo para tentar ser mais seguro. É um novo modelo de fazer tour, todos estão fazendo. Não levamos a família, somos só nós mesmos. A primeira música de um álbum costuma ser o cartão de visitas de muitos artistas. O que motivou a escolher um cover do Smog (banda) para abrir? O que procuramos em uma música de abertura é aquela que vai estabelecer um tom para o álbum. Então sentimos que aquela definitivamente conseguiu isso. Tem muita conversa de estúdio antes da música começar, o que é legal e divertido. É como se te desse a sensação que estávamos na mesma sala quando gravamos, o que foi mesmo… mas também é um ritmo mais lento
Nothing in Between estreia com discão para fãs de post-hardcore; ouça!

Formada em 2015 por experientes músicos de bandas como Children Of Gaia, Deeper Than That, Hardly a Heartbeat, One Minute Less e Metade de Mim, a Nothing in Between ficou quatro anos em estúdio para gravar o disco de estreia homônimo, que chega ao streaming nesta segunda-feira (28). São dez faixas que mesclam post-hardcore, hardcore e linhas melódicas de bandas da cena da Flórida dos anos 1990. Nothing in Between, seja a banda ou o álbum, tem como principal proposta a expressão de sentimentos e melodias. A sonoridade, autêntica, escancara os caminhos e possibilidades por meio da técnica e feeling para apresentar músicas dinâmicas e diversificadas entre o peso e passagens melódicas. Comeback Kid, Defeater, Shai Hulud e Misery Signals são as principais influências do Nothing in Between. O guitarrista Marcel Gallo, ex-Children of Gaia e Deeper Than That, comenta sobre a concepção do álbum: “A proposta é buscar nossos próprios elementos e construções musicais para sair do lugar comum, o uso de afinação padrão, guitarras com captadores passivos, além de variações no tempo da música, fazem parte de nosso repertório”. As letras fazem alusão à vivências, traumas, experiências e reflexões acerca da condição humana e as interrelações que permeiam a existência. “Servem de desabafo e expõe comportamentos e padrões evidenciados nos dramas e histórias de nossas vidas”, revela Gallo. O disco foi gravado no Estúdio Labsound (Piracicaba-SP) por Max Matta ao longo de 2017 a 2020, mixado e produzido por Greg Thomas (ex-Misery Signals) e Chris Teti (guitarrista do The World Is a Beautiful Place & I Am No Longer Afraid to Die) no Silver Bullet Studio ( Burlington, Connecticut – EUA), masterizado por Bill Henderson no Azimuth Mastering. Obra de arte em Nothing in Between Tanto a capa do disco como as dos dois singles lançados, Counting Fractions (com participação do vocalista Hélio Siqueira, do Institution) e Restrain The Weakness estapam obras de arte do artista J Martins. “A escolha por usar pinturas a óleo diz respeito a ligação com o passos dados no passado, a ideia de jornada e caminho, algo que foi construído no passado se conectando com o presente”, conta Marcel Gallo.