BadBadNotGood explora influência brasileira em show memorável

Os canadenses do BadBadNotGood devem se sentir bem confortáveis em terras brasileiras. O prolífico grupo foi uma das atrações do Balaclava Fest, no último domingo (10), em São Paulo, e coleciona referências e parcerias com o Brasil. A banda, que já tinha se apresentado por aqui em outras ocasiões, tem no histórico parcerias com o lendário maestro, compositor e arranjador Arthur Verocai e, mais recentemente, com o cantor Tim Bernardes. Em seu som, nunca escondeu a admiração pela riqueza dos ritmos brasileiros e recentemente vem incorporando-os mais ainda em suas composições. O “BadBad”, como muitos chamavam a banda no Balaclava Fest, trouxe ao público faixas de seu mais recente álbum, Mid Spiral, lançado neste ano. Disco esse, que é tão inspirado por essas experiências brasileiras que possui até mesmo algumas faixas com títulos em português. O som da banda é tão plural que talvez faça da banda o melhor representante do espírito do lineup do Balaclava Fest: diversidade sonora. Apesar da diferença de estilos, que vão do rock mais pesado do Dinosaur Jr. até os toques sintéticos de Nabihah Iqbal, existe uma harmonia na escalação de atrações, que uniu artistas contemporâneos, em alta no mundo do música, e aclamados veteranos. No BadBadNotGood, essa diversidade sonora está na mistura de gêneros que a banda traz através do jazz. Seja nos shows, seja nos seus álbuns, é sempre uma surpresa ouvir a banda, pois a mesma é inquieta e vive explorando novas possibilidades. O hip hop, o indie rock, o psicodelismo, o fusion… tudo entra no pacote. Conduzidos pelo baterista Alexander Sowinski, que conversou bastante com o público durante a apresentação, a banda conseguiu fazer o público pular, bater palmas e dançar com jazz. Ao mistura-lo com ritmos latinos ou com jams barulhentas, o som do BadBad cativou mesmo aqueles que não são assíduos ouvintes do gênero associado a nomes como Miles Davis e Charlie Parker. Mesmo em momentos mais minimalistas, como quando o saxofone melancólico de Leland Whitty soou sozinho, Sowinski conseguiu envolver o público, pedindo a todos que levantassem as mãos e acompanhassem o movimento das águas, simbolicamente representado pelo som do instrumento. Em um palco propositalmente escuro, com um sexteto de instrumentistas sem vocalista, o BadBadNotGood fez a pura mágica da música acontecer. Pelo intenso coro de vozes e aplausos ao final da apresentação, pedindo um bis, ficou claro que agradaram bastante.

Pronto para o Balaclava Fest, BADBADNOTGOOD lança single com Tim Bernardes

O BADBADNOTGOOD, uma das principais atrações do Balaclava Fest, lançou Poeira Cósmica, single com a participação do cantor, compositor e produtor Tim Bernardes. A música estreou ao vivo na residência esgotada de oito noites do BADBADNOTGOOD no Blue Note, em setembro, quando Bernardes se juntou ao grupo para uma série de músicas, incluindo Poeira Cósmica e um cover de Milton Nascimento, Tudo O Que Você Podia Ser. O trio estabeleceu uma amizade com Bernardes em 2018, e Bernardes abriu para o BADBADNOTGOOD em seu primeiro show no Brasil em 2019, com Arthur Verocai. A banda BADBADNOTGOOD teve um ano estrondoso. Em janeiro, eles lançaram o single independente Take What’s Given com a participação de Reggie, e compareceram ao Grammy após receberem sua quinta indicação, dessa vez como artista principal. Em abril, seu projeto colaborativo com Baby Rose Slow Burn foi lançado, logo depois que o conjunto lançou sua suíte Mid Spiral que foi seguida pelo lançamento de sua contribuição para o álbum de tributo ao Talking Heads Stop Making Sense, com um cover de This Must Be The Place (Naive Melody) com a participação de Norah Jones. Os membros do BADBADNOTGOOD, Al Sow, Chester Hansen e Leland Whitty, foram acompanhados por seus amigos mais próximos e colaboradores em Mid Spiral, Felix Fox-Pappas (teclados), os músicos de jazz de Toronto Kaelin Murphy (trompete). O BADBADNOTGOOD também fez sua primeira residência no Blue Note em Nova York, com oito shows esgotados, consecutivos, com convidados em todas as noites, de Nick Hakin a Julius Rodriguez, Tim Bernardes, Stephane San Juan, Keenyn Omari e Immanuel Wilkins. Desde o lançamento do aclamado álbum Talk Memory no final de 2021, o grupo continuou a expandir sua lista de colaboradores, acrescentando trabalhos com Charlotte Day Wilson em Sleeper, 1999 Write The Future, Westside Gunn e Conway The Machine em MiNt cHoCoLaTe e Jonah Yano em the ordinary is ordinary because it ordinarily repeats. Além disso, o BADBADNOTGOOD contribuiu para o álbum Never Enough, de Daniel Caesar, de 2023, trabalhou com o artista em ascensão Elmiene em uma edição de seu single Marking My Time e reinventou as músicas do Turnstile para seu EP New Heart Designs.

Balaclava Fest anuncia Dinosaur Jr. e BADBADNOTGOOD; veja lineup

A Balaclava Records anunciou o lineup da 14ª edição de seu festival, o Balaclava Fest. Considerado um dos principais eventos da música indie e alternativa da América do Sul, o festival acontece no dia 10 de novembro, em São Paulo. Dinosaur Jr. e BADBADNOTGOOD são os headliners do evento. Os ingressos já estão disponíveis no site Ingresse.com nos setores de pista, camarote, frisas e cadeiras altas. Em seu terceiro ano consecutivo, o evento será realizado no Tokio Marine Hall, renomada casa de shows localizada na zona sul da capital paulista. O espaço tem capacidade para quatro mil pessoas e contará com dois palcos e sete shows, em horários não conflitantes. Quatro atrações internacionais relevantes na música alternativa mundial se apresentarão no Balaclava Fest. Entre os destaques dessa edição, estão: uma das mais influentes e emblemáticas bandas de rock dos anos 90, o trio norte-americano Dinosaur Jr., encerrando a noite com 1h30 de hits de sua extensa carreira; o jazz moderno e psicodélico dos canadenses BADBADNOTGOOD, em formação completa e inédita no Brasil, apresentando seu novo show na íntegra; o hypado grupo nova-iorquino Water From Your Eyes, com um pop experimental e vanguardista, que remete a nomes como Stereolab e Sonic Youth; a prolífica artista e produtora Ana Frango Elétrico, apresentando um dos melhores shows nacionais da atualidade, numa mistura de sua MPB sofisticada com artpop. Como apostas da Balaclava para o festival, se apresentam: a prestigiada artista e produtora inglesa Nabihah Iqbal, trazendo um dream pop eletrônico e repleto de camadas etéreas, presentes em seu segundo álbum DREAMER; o quinteto paulistano Raça, que reúne influências do pós hardcore, slowcore e rock alternativo, em um show intenso tocando seu novo disco 27 e o duo Paira, de Belo Horizonte (MG), que viralizou este ano com o lançamento de seu EP01 e conquistou jovens fãs ao redor do mundo com sua estética única e moderna, fundindo elementos do hyperpop, breakbeats, midwest emo e indie pop. Balaclava Fest 2024 Dinosaur Jr., BADBADNOTGOOD, Water From Your Eyes, Ana Frango Elétrico e mais Data: 10 de novembro de 2023, domingo Local: Tokio Marine Hall – R. Bragança Paulista, 1281 – Várzea de Baixo Próximo à estação João Dias (Linha 9-Esmeralda CPTM) Horários do festival: Portas: 15h Encerramento: 23h Classificação etária: 16+ Ingressos Ponto de venda físico (sem taxa de conveniência):

BADBADNOTGOOD convoca time de peso para o projeto Mid Spiral: Chaos, Order and Growth

O trio canadense BADBADNOTGOOD convocou alguns de seus amigos e colaboradores mais próximos, Felix Fox-Pappas (teclados), membro de turnê, e alguns músicos importantes da cena de jazz de Toronto, como Kaelin Murphy (trompete), Juan Carlos Medrano Magallenes (percussão) e Tyler Lott (guitarra), para uma semana de gravação intensa e produtiva no Valentine Studios, em Los Angeles, em fevereiro de 2024. O resultado é o compilado Mid Spiral: Chaos, Order and Growth, lançado em três semanas (15, 22 e 29 de maio) e agora disponível para pré-venda em vinil e CD de LP duplo. O projeto Mid Spiral explora o jazz instrumental em sua essência, permitindo que BADBADNOTGOOD continue a expandir os limites de como eles integram uma variedade ilimitada de gêneros e musicalidade em suas composições. Para as sessões, o trio convidou outros músicos para fornecer mais vozes de instrumentação, resultando em um novo som profundamente colaborativo e expansivo. À medida que o trio analisava o material das semanas, ficou claro que surgiram três estados de espírito distintos, uma reflexão mais profunda da situação em que os músicos se encontram em suas vidas pessoais, juntamente com o estado do mundo em geral: Caos, Ordem e Crescimento. Desde o lançamento de seu aclamado álbum Talk Memory, no final de 2021, BADBADNOTGOOD tem trabalhado constantemente. O conjunto de alt-jazz também recebeu sua quinta indicação ao Grammy, dessa vez para melhor gravação remixada por seu remix de Alien Love Call, de Turnstile, extraído do EP New Heart Designs. BADBADNOTGOOD retornará aos palcos com apresentações no Primavera Sound (Barcelona), Bonnaroo (EUA) e uma apresentação como atração principal no Zorlu Performing Arts Center de Istambul.

Com Arthur Verocai no palco, BadBadNotGood faz show introspectivo

Ainda na tarde deste sábado (3), no primeiro dia do MITA Festival em São Paulo, o grupo canadense BadBadNotGood trouxe um pouco do seu som instrumental para os fãs. Com um estilo um tanto diferente dos shows habituais, a banda foca todas as suas ações nos sons de seus instrumentos musicais, deixando o vocal em segundo plano. O disco mais lembrado pela banda durante a performance foi o Talk Memory (2021), último trabalho divulgado por eles. Mesmo com a óbvia preferência, ainda sobrou espaço para canções dos álbuns IV (2016) e III (2014). Com um público um pouco mais tímido devido ao som diferente do grupo, foi possível ouvir com calma e nitidamente tudo que os músicos estavam querendo transmitir. Mesmo com os fãs um pouco mais quietos, eles não deixaram de gritar e bater palmas para os canadenses no final de cada canção. Muito identificados com a música brasileira, os músicos ainda apresentaram um cover de Na Boca do Sol, de Arthur Verocai, que participou desse momento. A canção já faz parte do setlist do BadBadNotGood durante essa última série de shows. Por último, a banda tocou a faixa The Chocolate Conquistadors, single lançado em 2020 com o rapper MF DOOM. Assim como em quase todo o show, apenas o instrumental da faixa foi tocado. O grupo mostra que é possível fazer uma performance interessante e imersiva mesmo sem os vocais.