Crítica | Bíblia do Diabo – Sagrado Inferno

Nos idos de 1984, a banda Sagrado Inferno foi formada em Belo Horizonte influenciando diversos nomes daquela região, como Sepultura, Overdose, Mutilator, entre outros. O grupo contava com Dilsinho (guitarra), Marquinhos (baixo), Silvinho (guitarra), Rogério (voz) e Ronaldo (batera). Ainda naquele ano saiu a primeira demo da banda, auto-intitulada, mas a morte do guitarrista Silvinho, em 1987, interrompeu os sonhos do grupo. Quase 30 anos depois, Marquinhos assume as baquetas e ao lado dos filhos Markin (voz e guitarra) e Lucas (baixo) recoloca o Sagrado Inferno novamente nas estradas do metal, regravando a clássica demo de 1984 sob o formato EP, em 2016. Os resultados foram bons e a família partiu para o primeiro full lenght, Bíblia do Diabo, lançado em 2019. O estilo do grupo é o metal extremo old school, inclusive cantado em português, que combinou perfeitamente com a proposta do Sagrado Inferno, que é praticar blackened heavy/thrash metal na linha Hellhammer e Vulcano, resultando em ótimas faixas como Feiticeira, Pena de Morte, Ataque Terrorista e Sua Doença Não Tem Cura. O estilo é metal old school, esteja preparado para uma produção orgânica, guturais fortes mas sempre inteligíveis e uma belíssima arte de capa, que nos transportam a uma era em que não só o metal, mas a própria música parecia ter mais alma e honestidade. Confira o Sagrado Inferno e entenda um pouco da história do metal brasileiro. Bíblia do DiaboAno de Lançamento: 2019Gravadora: CogumeloGênero: Blackened Heavy Metal/Speed Metal Faixas:1-Feiticeira2-Pena de Morte3-Estupro Mental4-Devorador de Almas5-Codex Gigas: Bíblia do Diabo6-Ataque Terrorista7-Sua Doença Não tem Cura8-Bicho Homem9-Laranja Mecânica10-Sagrado Inferno11-Perseguição 12-Vida Macabra