Entrevista | Big Special – “Você não tem a opção de se aposentar mais cedo”
Big Special, a grata surpresa na abertura do show do Placebo
Foram apenas 35 minutos de show, mas o suficiente para deixar uma boa impressão para o público brasileiro. Abrindo para o Placebo, no Espaço Unimed, no último domingo (17), o Big Special soube aproveitar o tempo para mostrar um pouco do que deve estar em seu álbum de estreia, Postindustrial Hometown Blues, que será lançado em 10 de maio. O duo britânico é muito original, mas é possível sentir influências de Sleaford Mods e Tom Waits, mas com uma adição extra de punk rock. Tudo isso com letras de impacto sobre a classe trabalhadora, críticas políticas e sociais, além de saúde mental. Apesar de curto, o show teve ótimos momentos, como em Shithouse e Trees, essa acompanhada por muitos fãs no coro. O repertório de sete canções também incluiu a recém lançada Butcher’s Bin, mais uma prévia do álbum de estreia da banda. O vocalista, Joe Hicklin, e o baterista, Callum Moloney, conversaram bastante com o público. Ambos têm presença de palco cativante e influenciam demais no comportamento do público. Escolhidos a dedo pelo Placebo, o Big Special está com vários shows esgotados no Reino Unido, além de confirmados no Reading e Leeds Festival, no segundo semestre. No fim do ano tem um show agendado no O2 Forum Kentish Town, em Londres. Será a maior apresentação solo do duo na capital inglesa. Setlist DESPERATE BREAKFAST THIS HERE AIN’T WATER SHITHOUSE Butcher’s Bin Dust Off / Start Again Trees Dig!
Big Special vai abrir o show do Placebo em São Paulo
O Placebo anunciou que a banda britânica Big Special será a responsável pela abertura da apresentação em 17 de março, no Espaço Unimed, em São Paulo. Será a estreia do grupo no Brasil, que vai subir ao palco às 18h50, para uma apresentação de 40 minutos. Formada logo após a pandemia por Joe Hicklin e Callum Moloney, que se conheceram na faculdade, a Big Special é uma banda que deseja explorar a honestidade sombria e bela de uma nação em um estado cada vez maior de depressão, através da experiência pessoal, da poesia, da perspectiva, bem como do rock disruptivo. “Estamos tentando explorar o global através do pessoal. As pessoas ainda estão cegas para as questões de classe. Na verdade, essas são questões humanas. Não estou dizendo que tenho respostas – nossas músicas são reativas, são barulhentas, divertidas, honestas e despertam emoção”, conta Joe, que é operário de uma mina desde os 12 anos de idade. Já o rock entrou na vida dele ainda mais novo, quando ouviu pela primeira vez Bohemian Rhapsody” do Queen, e ficou completamente encantado. “Eu tinha 6 anos, Freddie cantando sobre atirar na cabeça de alguém? Chocante! Isso deu início ao meu amor pelas letras, pelas pessoas dizendo coisas de uma forma criativa.” O single Desperate Breakfast é um bom exemplo dessa energia diferente. “É sobre levantar-se e ir para o trabalho e ter que forçar uma refeição antes de sair e passar o dia fazendo algo que você não quer fazer por alguém que não o respeita”, argumenta Joe. “Não somos uma daquelas bandas que lida com falsas esperanças. É uma reação emocional a uma situação que é um lixo. Essa música é sobre ser um lixo. Eles nos dirão que é ‘construção de caráter’. Mas isso não significa que esteja certo.” Na apresentação em São Paulo, a dupla vai mostrar as canções do álbum de estreia PostIndustrial Hometall Blues, com forte influência de Son House, Charley Patton e Robert Johnson, e de rebeldes country como William Elliott Whitmore. A pedido do Placebo, não haverá pista premium, e no momento só há ingressos disponíveis no setor pista – inteira e meia idoso, os outros tipos já esgotaram.