Brasa Cor: Bia Nascimento se inspira nas cores e sons de Minas em single
O vermelho do pôr do Sol envolto pelo verde da Serra da Mantiqueira surgem como um respiro em meio ao caos na música de Bia Nascimento, que lança Brasa Cor, seu primeiro EP assinando como artista solo. A violonista mineira de Juiz de Fora propõe um encontro da música popular com a instrumental, dos sons com as cores. “Compor é fazer uma visita interna e traduzir as emoções no violão. Como pintar um quadro, um instante, um momento – e se despedir. Feito a brasa de um fogo, que se acende e pode durar horas ou segundos quando assistimos queimar, mas se registramos este momento, podemos revisitá-la sempre que quisermos”, completa. A artista propõe um instrumental com forte conexão com a música popular e que dialoga com o ouvinte mesmo sem letra – principalmente, sem recortes elitistas ou limitadores. Parte de uma nova cena instrumental mineira diretamente de Juiz de Fora, ela integra também o Duo Nascente, ao lado do vibrafonista João Cordeiro, que acaba de lançar um EP de estreia guiado pelos mesmos princípios. Bia toca violão desde os oito anos de idade e se orgulha de ter trabalhado, desde 2010, com várias cantoras e instrumentistas de Juiz de Fora, Rio de Janeiro e São Paulo em projetos, festivais, eventos e shows diversos. Um dos seus trabalhos mais marcantes foi a Banda Matilda, formada por quatro mulheres artistas, que ao longo de dez anos de atividade participou de inúmeros festivais e projetos artísticos, foi premiada em 3º lugar no WebFestValda (Rio de Janeiro, 2017), recebeu o Prêmio Grão de Música (São Paulo, 2016) e o Troféu Mulher Cidadã (Juiz de Fora, 2010). Ouça Brasa Cor
Violonista Bia Nascimento lança o single “Brasa Cor”
Bia Nascimento mostra todos os seus tons e sons no single Brasa Cor, uma prévia de seu primeiro EP assinando como artista solo. A violonista mineira de Juiz de Fora lançou, em 2021, a faixa Azur, em parceria com a cantora carioca Luísa Lacerda, e agora começa a revelar sua estreia onde propõe um encontro da música popular com a instrumental, dos sons com as cores. A sinestesia inspirou a composição de Brasa Cor, um conceito que motiva os estudos em Música de Bia Nascimento. Os acordes são feitos de cores e formas; a melodia, de gosto; o ritmo, de cheiro. Encontrar a linha tênue entre as técnicas e teorias musicais com as sensações internas e externas foi o que sempre instigou a musicista a compor. “Neste single, a Brasa é Cor. Tem gosto de fim de tarde ensolarado fora da rotina, com céu vermelho-roxo-dourado que se esconde aos poucos atrás da Serra da Mantiqueira, representado na música por uma afinação mais aguda e pouco usual por violonistas do Ocidente. A melodia e a harmonia de Brasa Cor desenham o êxtase das dores e delícias de ser o que é”, revela Bia. A faixa foi composta após uma viagem de trabalho a São Paulo, realizada em setembro de 2021. Naquele dia, a compositora guardava a euforia de ter vivenciado uma cidade nova e ter colecionado novos encontros por lá. Compor esta música foi a maneira encontrada pela violonista de traduzir suas sensações de nascer e renascer, começar e terminar, encontrar e despedir, idealizar e realizar – o início e o fim de um dia. O ritmo compõe essa narrativa firmada pelos toques da bateria do músico Leandro Scio, que trouxe nos timbres dos pratos e tambores a sensação de estar presente no agora, com a bagagem do passado e a coragem do futuro. Por ora, a bateria firma o presente através do ritmo baião, noutra, flutua – como estar viajando em uma estrada assistindo ao sol se pôr. Nenhuma cor no céu é estável quando a terra está em rotação, e neste sentido, Brasa Cor compõe este movimento, também representado pela estética da capa.