Entrevista | Bravaguarda – “O coração do mashup é cantado em português”

A banda Bravaguarda vem chamando a atenção nas redes sociais nas últimas semanas graças a um novo trabalho dos irmãos Dan e Gui Barreto, os mashups. A dupla inovou e começou essa onda no Instagram, triplicando o número de seguidores na rede social. O mashup nada mais é do que a mistura de duas ou mais músicas diferentes em uma única canção. A Bravaguarda faz isso com uma música internacional e uma nacional. Em entrevista ao Blog n’ Roll, Dan e Gui, os cabeças do Bravaguarda, falaram sobre essa nova experiência nos mashups, além dos próximos trabalhos autorais e relação dos irmãos. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por BRAVAGUARDA (@bravaguarda) Como surgiu a ideia de fazer esses mashups? Gui: A gente estava conversando sobre como produzir mais conteúdo para o nosso público além das músicas autorais. Porque autoral é algo que demora pra você compor, para produzir a faixa e aí tem que mixar, fazer o clipe, isso demora muito tempo. Agora, quando decidimos produzir conteúdo semanal, a ideia era que entregasse algo original e artístico, mas de alguma maneira fosse mais rápido, chegasse mais fácil para o público e que fosse algo que pudéssemos produzir em massa. Porque não pegar versões de músicas que a gente gosta e cantar, mas ainda assim seriam só covers, mas e se nós misturarmos músicas nacionais e internacionais, né? E aí acabamos chegando nisso. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por BRAVAGUARDA (@bravaguarda) Como funciona a curadoria dessas músicas e produção dos mashups? Dan: No começo nós fechamos um código de ética aqui, para não viajarmos muito na maionese, mas até hoje a gente se cobra muito disso. Inicialmente, isso facilita o jogo sobre a galera que está conhecendo a banda, sobre quais influências da Bravaguarda consigo ver e entender que eles bebem um pouco desta fonte ou daquela fonte. Foi um pouco por isso essa decisão de fazer os vídeos, fazer artistas que a gente gosta e que influenciam. A regra até agora é sempre pegar uma música nacional, que a gente tem uma influência e que a gente curte. O coração do mashup é cantado em português para atrelar diretamente ao que a gente se propõe como banda autoral, que é cantar em português. Tem alguns mashups que a gente faz um pedacinho da música em inglês, mas ela não é o principal, o carro-chefe é a versão nacional e o arranjo normalmente vem da música gringa que a gente coloca. Como a gente escolhe? As primeiras foram um pouco mais fácil, a gente tinha ideias na cabeça, não tínhamos a expectativa de viralizar tão rápido assim. Às vezes vem uma ideia do nada, tipo, estava em casa um dia ouvindo Walk on the Wild Side, do Lou Reed, e pensei a música que encaixaria. Dando uma fuçada no Spotify, ouvi a Baby, dos Mutantes, e achei que encaixava. A gente tem essa curadoria, às vezes a música que você tá tentando encaixar é maior que a outra, aí vamos ajustar, tem que descer o tom de uma, mas a escolha é a parte divertida da coisa. Essa que lançamos que é do Offspring com o Skank foi uma que um amigo nosso falou. Estávamos no Lollapalooza, andando no show do Offspring, e tava tocando Original Prankster. Ele começou a cantar Skank e encaixou. Então, essa vamos dar os méritos para o nosso brother, não fomos nós que pensamos. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por BRAVAGUARDA (@bravaguarda) Como é essa parceria de vocês dois fora das gravações? Dan: Mais do que deveria né, Gui? A gente é irmão! Gui: Foram muitos anos de brigas, hoje em dia não muito. Quando a gente era mais novo, a gente brigava muito mais. Hoje em dia temos uma relação saudável, mas a gente é muito amigo, quanto mais velho você fica, menos treta e bobeira tem. Nossos amigos são os mesmos, então quando estamos trabalhando, estamos juntos, quando estamos em rolê, estamos juntos, então é super saudável. Isso até facilita pra gente se entender, sabemos os limites e dificuldades de cada um, os problemas que temos, a gente se ajuda. Essa proximidade só faz bem pra gente. Nós éramos uma banda de quatro pessoas e com o tempo ficou só nós dois. Hoje em dia trabalhamos com outros músicos, mas quem administra a parada toda somos nós dois. A gente falou: “precisamos organizar nossas coisas profissionais, então organizamos um grupo que era só nós dois, que separamos as coisas profissionais e pessoais. Colocamos o nome do grupo de Brava Gallaghers. Vocês têm como banda um álbum autoral, mas agora estão mais nos mashups. Esperam voltar para essa parte mais autoral no futuro? Gui: Cruzaram as coisas, a gente estava trabalhando só autoral, trabalhamos autoral a carreira toda, esses mashups vieram pra gente trazer mais público e alcançar mais pessoas. No mês passado lançamos um EP autoral, que é um filme no YouTube, então nós nunca paramos de produzir autoral. Dan: O lance do mashup foi muito o que o Gui falou no começo, a gente pensou em fazer alguma coisa pra dar uma movimentada e usar isso como isca pra galera conhecer nosso trabalho, porque a gente era mais um em centenas de milhares de banda que querem seu espacinho. A gente sabe das dificuldades e não basta você ser só uma banda legal, existem além de tudo toda essa parte tecnológica e algorítmica jogando contra e tem que saber jogar o jogo dentro dos seus princípios. Foi algo que a gente achou que seria divertido pra gente, felizmente tá dando muito certo, mas o autoral é o nosso carro-chefe. Desde 2018, a gente sempre lançou coisas todo ano. Pensam em apresentar esses mashups nos shows? Dan: Sim, nós não podemos ser tão resistentes, precisamos saber jogar o jogo. Pode soar até meio estranho, mas é no sentido de você não abrir mão de alguns valores que você tem como artista, saber como funciona o

Bravaguarda lança experiência cinematográfica de indie pop

O duo Bravaguarda revelou o EP Plano-Sequência. O trabalho, gravado ao vivo, apresenta quatro faixas, incluindo a música inédita FIZO, e chega acompanhado de um audiovisual gravado em plano-sequência, como já avisa o nome do EP. O lançamento é via Alma Music. Combinando arranjos indie pop e pop/rock, o trabalho captura a essência única da Bravaguarda, oferecendo uma experiência musical e visual únicas. O destaque do EP, FIZO, é uma reflexão sobre seguir a intuição e quebrar os padrões impostos pela sociedade, transmitindo uma mensagem poderosa de autodescoberta e autenticidade. Ao lançar seu primeiro EP ao vivo, a Bravaguarda não apenas oferece uma experiência musical imersiva, mas também acompanha as faixas com um filme em plano-sequência, que ficou à cargo do diretor Breno Kruse. Este visual inovador eleva a experiência do ouvinte, proporcionando uma jornada cinematográfica que complementa perfeitamente a atmosfera e o estilo do EP. Falando sobre o processo criativo por trás do visualizer, os integrantes da Bravaguarda, Dan e Gui Barreto, compartilham: “O processo todo veio da gente querer fazer um material totalmente ao vivo, daí chamamos o Breno para dirigir. Fomos montando o quebra-cabeça de estética, cores, iluminação e repertório para compor o filme. Nós somos muito fãs de artistas que prezam por esta entrega de material ao vivo, mostrando a execução nua e crua ali no vídeo, por isso partimos daí para que depois tudo se conectasse a ideia acima do plano-sequência intervalado com as pequenas entrevistas no melhor estilo do saudoso Programa Ensaio, da TV Cultura.” Sobre a escolha do formato de plano-sequência, Breno Kruse acrescenta que a banda comprou a ideia de fazer neste formato. “O legal é que o plano sequência, assim como a música ao vivo, não precisa ser perfeito. O valor está na autenticidade e na energia pulsante que transmite. A gente fez de câmera na mão, e de certa forma a câmera vira um membro da banda, porque a gente tem que estar muito conectado com a música para no momento que tem uma virada de bateria, o câmera tem que estar ali escutando, tocando junto com ele para pegar este momento. Tem um solo de guitarra, a gente tem que estar junto com a câmera no solo de guitarra, então a gente está meio que numa sincronia, quase que fazendo parte da banda como unidade de câmera e direção.” Além de FIZO, as outras faixas do EP, Surpresas e Acasos, Descobri e Não Importa Mais, complementam-se harmoniosamente, oferecendo uma experiência coesa. “Ela [FIZO] é uma canção que foi composta mais ou menos na mesma época que Descobri e Não Importa Mais, então naturalmente ela tem uma vibe similar. Tanto o arranjo quanto a letra trazem uma mensagem sobre olhar para si e priorizar o melhor caminho que sua intuição te direciona.” Gravado no estúdio Camaleão, no bairro Vila Madalena, São Paulo, e com direção de fotografia de Pedro Knoll, o EP Plano-Sequência captura a essência autêntica da Bravaguarda, destacando sua habilidade excepcional de se conectar emocionalmente com o público. Breno Kruse, que já havia dirigido os clipes dos singles anteriores da banda, contribui com sua visão única para este projeto: “A gente foi atrás dessa linguagem mais vintage, mas ao mesmo tempo em que a gente está tentando criar uma linguagem, construir uma identidade, sempre tentando também fazer alguma coisa nova”, finaliza. Inspirado por shows clássicos como Stop Making Sense, do Talking Heads e Live at the Apollo, do Arctic Monkeys, o EP Plano-Sequência da Bravaguarda promete encantar os ouvintes, oferecendo uma experiência musical e visual única.

Bravaguarda traz sonoridade dos anos 2000 no single Fica Mais Um Pouco

A banda paulistana Bravaguarda divulgou recentemente seu primeiro single de uma nova safra de composições. Em resumo, Fica Mais Um Pouco flerta com a sonoridade dos anos 2000. Ademais, A faixa é resultado das sessões de gravação que a banda fez com produção de Tulio Airold. “Essa música veio meio que do nada quando foi composta e, logo que o arranjo tomou forma já se tornou uma das nossas favoritas. Tem uma pegada para cima e uma letra leve, que te transporta para o dia a dia de um relacionamento. Eu vejo essa música com o papel de abrir essa nova fase da Bravaguarda. A gente estava mega ansioso pra mostrar pra todo mundo e, enfim, a hora chegou!”, comentou o vocalista Dan Barreto. Dirigido por André Barreto, o clipe tem como ideia principal apresentar um jovem casal de forma despojada. A fotografia é inspirada nos filmes de Wes Anderson, com cores contrastantes e composição simétrica. Anteriormente, em 2020, o Bravaguarda divulgou o single Chega. A faixa veio recheada de influências pop, folk e rock contemporâneo. Aliás, a faixa trata-se de um basta na rotina em prol da busca pela felicidade. Já no início de 2021, a banda também revelou o single Sabe, que aborda o amor próprio. A canção também ganhou um videoclipe muito bem produzido. Por fim, vale destacar que Fica Mais Um Pouco é um lançamento da gravadora Deck e já está disponível nas principais plataformas de música.

Bravaguarda canta o amor próprio em novo single

Em uma mistura afiada entre o som vintage e o moderno, a banda paulistana Bravaguarda explora elementos tradicionais como o violão e o piano, até as guitarras e teclados do rock contemporâneo. Nesta pegada, o grupo começou o novo ano já com novidades. No final de janeiro, foi lançada a canção “Sabe”, um indie pop que carrega o selo FO/GO e traz como mensagem central a valorização da busca pelo amor verdadeiro, pelo amor próprio, sem abrir mão do que mais vale nesta geração: ser você mesmo. A faixa também conta com um videoclipe gravado na Casa da Janela, no coração da Vila Madalena, em São Paulo, protagonizado pela dançarina Layza Fernandes, que traz para a tela importante força para o significado da letra da canção. “Através da linguagem corporal da dança na performance da Layza, queremos reforçar a mensagem da música que ressalta a valorização do amor próprio, sem os rótulos impostos pela sociedade”, afirma Danilo Barreto, guitarrista e um dos vocalistas da Bravaguarda. “Sabe” é o primeiro single de uma sequência de lançamentos que a banda fará durante todo o ano, que serão compilados em um EP. Nessas composições, o quarteto canta sobre o cotidiano, as coisas boas da vida e os dilemas do coração. Nova fase O desejo de voltar com um projeto engavetado em 2014 foi o que uniu os irmãos Dan e Gui Barreto e o amigo de infância Pablo Melo, fazendo-os reviver canções autorais com a maturidade e a vontade necessárias para a banda, enfim, delinear todos os objetivos que sempre almejaram. Somando-se a entrada do tecladista Milo Andreo na formação, um maior leque de possibilidades se abriu nas composições, que fazem parte do primeiro disco da banda intitulado “Abra seus Olhos”, lançado em 2018. Desde então, o quarteto vem conquistando, cada vez mais, simpatizantes de seu trabalho pautado pela identidade indie-pop e alto astral. Em 2020, lançaram pela Deckdisc uma versão pra lá de original para “Palco”, clássico do mestre Gilberto Gil, além da versão acústica de “Abra Essa Janela”, com a participação da cantora Cyz Mendes. Ainda no mesmo ano, apresentaram o single intitulado “Chega”, uma música que clama como um basta na rotina em prol da busca pela felicidade. SERVIÇO Para conferir o clipe de “Sabe”, clique aqui.Este e outros trabalhos da banda Bravaguarda estão disponíveis em todas as plataformas digitais. Mais informações pelo Instagram do grupo @bravaguarda.