Coruja BC1 faz show gratuito em São Paulo no sábado

Uma das grandes referências da música urbana nacional, o cantor e compositor Coruja BC1 faz show neste sábado (15), na Casa de Cultura da Brasilândia, na zona norte de São Paulo, a partir das 20h. Totalmente gratuito, a apresentação contará com os grandes sucessos do músico, além das novas canções do recém lançado Versão Brasileira Vol.1, que conta com mais de 1 milhão de streams nas plataformas, e resgata toda essência do rap e valoriza ainda mais a riqueza cultural de São Paulo. O Versão Brasileira Vol.1 é o primeiro EP de Coruja BC1 em parceria com a KondZilla, gravadora que assinou no final de 2022, e traz DJ MaxNosBeatz como produtor. As canções têm as características dos raps proibidos de São Paulo e da Baixada, misturando o drill, o funk, e ao mesmo tempo elementos de outros ritmos como reggae, e samples transformados em batidas. Serviço Show Coruja BC1- Aniversário da Casa de Cultura da Brasilândia Local: Casa de Cultura da Brasilândia Endereço: Praça Benedicta Cavalheiro, s/nº – Freguesia do Ó, São Paulo Horário: 20h Gratuito Informações

Jonathan Ferr revela o disco Liberdade; ouça!

Precursor do urban jazz no Brasil e reconhecido por inserir elementos de outros ritmos em suas produções, o músico afrofuturista Jonathan Ferr lançou o álbum Liberdade. Com participações especiais em todas as 10 faixas, das quais nove são inéditas – a única já conhecida do público é Lá Fora, com Coruja BC1 e Zudzilla, o projeto chegou às plataformas de streaming na última sexta-feira (27) pelo slap, selo da Som Livre. Por meio de parcerias com nomes que imprimem diversidade na música brasileira, como Luedji Luna, Kaê Guajajara, Rashid, Tássia Reis e Tuyo, Jonathan busca explorar o conceito de liberdade em diferentes frentes. O músico multi-instrumentista leva o ouvinte a um mergulho profundo, que reflete muito de Ferr enquanto artista, mas que também pretende provocar a quem ouve, além de estimular a propagação dessa expansão de consciência. A música de trabalho Meu Sol, que aposta na parceria com rimas do rapper Rashid intercaladas pelo refrão cantado pelo duo Àvuá e pelo próprio Jonathan, uma das novidades neste novo trabalho, chega também com videoclipe no dia do lançamento. O roteiro é de Ferr, que também assina a co-direção ao lado de Leo Ferraz. O ator Aílton Graça é o protagonista convidado para a produção, que aposta em uma narrativa sobre a posse do primeiro presidente negro do Brasil. Jonathan aparece como um ativista do partido Irmandade, uma brincadeira que ele já apresenta em seus shows. A música fala de esperança e preencheu os bastidores do videoclipe com muita emoção. O álbum apresenta vocais em nove das dez canções, sendo 90% cantado por mulheres, e Jonathan faz sua estreia como cantor em três faixas. O disco encerra com “O amor não morrerá”, produzida com Lóssio, em que Ferr canta sozinho fazendo da letra um resumo de todo o projeto, deixando a provocação: o que é liberdade para você? “Falar de liberdade é falar de algo que é inerente ao ser humano. Espero que as pessoas possam se conectar tanto quanto eu tô conectado com esse tema, e a partir disso possam gerar outras coisas, situações, debates, álbuns… Esse projeto é uma grande provocação, né? Do que é ser livre, do que é emancipar e ser emancipado”, diz o artista, deixando claro que a natureza do novo trabalho é também coletiva. Jonathan é responsável por toda produção sonora do álbum, e além do piano, o músico também está no comando dos baixos synth, dos sintetizadores e dos pianos rhodes.

“Fiz uma mina chorar por uma mina que me fez chorar”: o que Coruja nos ensina sobre relacionamentos em Tarot?

Atenção, esse texto é uma percepção pessoal.  ***** Sabe quando aquela música te pega e você se identifica muito? Então, foi o que aconteceu.  O rapper Coruja BC1 lançou o álbum Brasil Futurista no último dia 18 de novembro e dentre as composições está a música Tarot. Tudo bem que ele já tinha lançado ela como single antes do álbum, em setembro, e eu fiquei encantada logo de cara, mas só agora consegui, ou seja, tive tempo de escrever.  Mas vamos ao que interessa. Um verso me pegou de jeito. “Eu fiz uma mina chorar por uma mina que me fez chorar. Se pá ela ficou assim porque outro cara fez ela chorar. Pra se isentar de um erro, encontre alguém pra culpar…”.  Coruja BC1- Tarot É isso! Primeiro que quando eu ouvi essa parte eu fiquei “é isso, alguém me entende”. Me fez refletir sobre relacionamentos, até porque pessoalmente me identifiquei com a letra. Me lembrou muito de um sentimento que eu tinha e de algumas situações que vivi.  E aqui vai a minha visão. Coruja escancara algo que acontece muito na nossa geração, até porque nós temos a mesma idade. Muitas vezes transferimos erros/traumas/experiências de relações anteriores para as próximas.  Adivinha? Vira um ciclo! Nós machucamos ou somos machucados por pessoas que amamos porque essa pessoa foi magoada ou porque fomos magoados anteriormente.  É justo fazer alguém chorar por conta de outra pessoa que te fez chorar? Pessoalmente, já me senti nesse lugar. Sentia que eu não podia errar, não podia perder a cabeça na relação. Qualquer coisa que fizesse e fosse fora daquilo que a pessoa achava que era ideal era como se eu tivesse feito algo muito grave. O fato é que eu sabia que essa pessoa tinha sofrido muito no relacionamento anterior, então fazia de tudo para atender os altos padrões que essa pessoa procurava em outra. O que me fez ficar desgastada. Até refletir: por que me pressionei tanto para compensar algo que não fui eu a responsável? Atribuir a responsabilidade ao próximo, ou a culpa, como o próprio Coruja coloca, de lidar com a dor de um relacionamento anterior não é justo.  Linha Tênue Sei que a nossa geração, a parte que tem acesso à informação, está mais consciente  da importância de relacionamentos saudáveis. E nós temos mesmo que procurar por pessoas que nos valorizem e que querem crescer conosco.  Mas para isso precisamos entender a linha tênue entre não aceitarmos menos do que merecemos e de atribuirmos ao outro a responsabilidade de compensar uma ferida que não foi feita pela pessoa atual e sim por um relacionamento passado. Nesse caso, a cura tem que vir da própria pessoa.  E sabe de uma coisa? Caso isso não ocorra, geralmente o próximo relacionamento não dá certo. Você não está curado de um relacionamento passado e ainda machuca a pessoa do relacionamento atual. E essa pessoa pode encontrar outra pessoa para machucar por ter sido machucada…  Enfim, o ciclo continua e todo mundo acha que o “amor morreu”, como diz o próprio Coruja na música. Mas não é verdade. Só precisamos estar curados para amar e encontrar alguém que também esteja. E precisamos fazer isso por nós mesmos, para nosso rancor não respingar e culpar uma pessoa (provavelmente a pessoa amada) que nem estava na sua vida quando você foi machucado (a).   Escute o que a vida tem pra ensinar em Tarot Como diz o fim do verso “pra se isentar de um erro, encontre alguém pra culpar ou silencie a mente e escute o que a vida tem pra ensinar”. Nessas horas, eu prefiro silenciar minha mente e escutar o que aquele relacionamento que não deu certo teve para me ensinar.  E é essa visão que queria compartilhar. Não sei se é só uma visão muito pessoal minha ou se mais pessoas se identificam. Mas precisava escrever.  Obrigada Coruja por ter colocado essa letra no mundo.

Voz Ativa: Com Djonga e Coruja BC1, Dexter faz releitura de hit do Racionais

Dexter divulgou nesta sexta-feira (21) a nova versão de Voz Ativa, criada pelo Racionais MC’s. Ademais, a releitura tem Djonga e Coruja BC1 nos vocais. “Sou muito pelo amor nas coisas. Regravar o melhor grupo do país, o melhor letrista também. Não podia fazer isso sozinho. Me preocupo muito com o futuro, com o que está acontecendo com aquilo que veio da periferia e é nosso. Isso me despertou o interesse em resgatar algo do passado que pudesse conversar com as pessoas sobre a responsabilidade de ser e fazer”, disse Dexter. Em resumo, Voz Ativa foi lançada em 1992 e aborda temais como racismo e a violência policial. Ou seja, mesmo gravada a mais de 25 anos, a música infelizmente ainda aborda temas atuais. Curiosamente, quando a faixa foi apresentada pelo Racionais, Djonga e Coruja ainda não eram nascidos. Contudo, ambos foram influenciados pela mesma.

Entrevista | Coruja BC1 – “Só passaremos dessa fase de mãos dadas”

O rapper Coruja BC1 será uma das atrações do festival online Juntos Pela Vila Gilda, neste sábado (25). O artista, uma das referências do rap nacional, vai compor o Bloco do Rap, que tem início às 22h30. A iniciativa conta com mais de 200 artistas para arrecadar cestas básicas aos moradores da maior favela sobre palafitas do Brasil, a Vila Gilda, em Santos.  “É importante não só a mobilização dos artistas e cantores, mas da sociedade como um todo. Estamos atravessando um dos períodos mais sombrios que já vivemos em todos os sentidos, seja pelo fato de estarmos passando pela pandemia ou pelo abismo da necropolítica que foi institucionalizada. Só passaremos dessa fase de mãos dadas!”  Coruja BC1 Versatilidade é um ponto forte de Coruja Coruja tem dois álbuns lançados, No Dia dos Nossos (2017) e Psicodelic (2019), as mixtape Até Surdo Ouvir (2012) e A Voz do Coração (2014), além de singles. Em maio deste ano, ele soltou o EP Antes do Álbum. E dessa produção, recentemente liberou o videoclipe da faixa Baby Girl feat Cazz Prod. Grou e Som de Fazer Pivete feat Késia Estácio e Prod. Dj Will.  Músicas como Modo F., NDDN, Apócrifo e Fogo, expressam uma sonoridade bem pesada, crua e com letras muito bem elaboradas. Assim, Coruja consegue expressar as injustiças sociais e raciais da nossa sociedade. Mas a versatilidade é uma habilidade de Coruja, que consegue trazer, por exemplo, lovesongs únicas como Éramos Tipo Funk e Dopamina, presentes na produção Psicodelic.   A música Ressaca, também uma lovesong, que saiu no primeiro semestre de 2020, tem uma estética e sonoridade bem diferente das produções anteriores de Coruja. Sobre essas diferenças, ele afirma que sempre procura explorar novas possibilidades. “Estou sempre buscando sair de minha zona de conforto, sempre mantendo a rédea dos meus trabalhos. Explorar novas possibilidades sonoras é o que os músicos que eu mais admiro fazem. Me enxergo e me encontro nessa mesma lógica”. Cara de Hit Sobre os próximos lançamentos, Coruja afirma que está com trampo novo e parece que vem com tudo. “Tem sim, só não tenho data ainda. Mas essa tá com cara de hit, palavras de um amigo meu”. Em seu próximo álbum a ser lançado Brasil Futurista, ele também promete surpreender. Segundo ele, podemos aguardar “uma musicalidade diferente de tudo que está acontecendo na cena”.  Falta da presença do público Durante a pandemia de Covid-19, Coruja afirma não ter tido dificuldade para criar, mas sim se adaptar à nova realidade. “Confesso que ainda não me acostumei com esse lance de live. Sinto muita falta do público, na verdade é o público que nos move. Sobre compor, não tive dificuldade ainda para criar, embora esse período tenha trazido um certo desconforto e exaustão mental pra mim”.