callMaria: bellizio reflete sobre os problemas do home office em single de estreia

A popularização do home office já não é novidade. Com esse modelo de trabalho, o acúmulo de tarefas e as jornadas abusivas também tornaram-se parte do cotidiano de uma parcela da sociedade. Este é o tema de callMaria, single que marca a estreia do cantor bellizio. Musicalmente, a faixa faz referência a artistas como Lenine, Gabriel o Pensador e Emicida – o que ocorre à medida que bellizio reflete sobre o contexto da pandemia para trazer uma crítica social. O lançamento de callMaria é acompanhado de um videoclipe que serve justamente para explicitar essa perspectiva. bellizio fez parte da cena musical independente há cerca de 20 anos, integrando a banda NEMO. Agora, com mais maturidade, o artista vê a música como uma válvula de escape, com capacidade de absorver as dores, permitindo que o artista mude de ares. “Foi a música que me resgatou de uma separação e de um cenário caótico de pandemia e confinamento. Essa música é fruto deste resgate. Tanto que a compus no meio de um call. Estava sobrecarregado com o home office, com os afazeres de casa e com os cuidados com a minha filha de 7 anos de idade.”, apontou. O artista ainda explica o significado por trás de callMaria. “O meu próprio dia a dia fez com que eu refletisse sobre as várias mulheres que precisam lidar com a jornada dupla. Por isso, inclui o nome “Maria”, implícito no título da canção. Foi uma forma de representá-las”. Para chegar ao resultado final de callMaria, bellizio contou com o suporte do produtor maBê, que desenvolveu todo o arranjo da música, também assinando a mixagem e a masterização. O videoclipe, por outro lado, foi dirigido por WJ Junior e conta com a participação de Jacqueline Reis.
MSE: Scot divulga EP de estreia recheado de crítica social

“Por que é tão difícil vingar como um artista independente? E por que essa dificuldade é ainda maior quando você não mora nas principais capitais do Brasil?”. É a partir destes questionamentos que o rapper SCOT divulga o seu EP de estreia, intitulado MSE e regado à crítica social. O mini-álbum conta com três faixas: Flamenco, Lucifer e Flores. As sessões de gravação ocorreram no estúdio do selo SFL Records, em Criciúma (SC). O artista, inclusive, reside na Cidade e retrata a ótica de um artista sem aportes no dia a dia urbano. Vale pontuar que o lançamento é distribuído pelo próprio selo em questão, sendo tanto a produção, quanto os beats ficaram a cargo do próprio SCOT. Na mixagem, no entanto, o artista contou com o suporte do músico Awen – que posteriormente masterizou o trabalho. No âmbito instrumental, Scot inspirou-se principalmente em Tyler The Creator e Flume para misturar elementos de grime, dubstep, jungle e drum’n’bass. O cantor explica que o MSE significa Movimento Sem Ego. “Infelizmente, ainda existe muito preconceito com a cultura de rua. Mas estou disposto a mudar isso. E o primeiro passo ocorre com esse EP, que carrega a mesma assinatura que utilizo no pixo e no grafite. Eu quero mostrar que, fazendo um trabalho bem feito, todos podem jogar o jogo”.
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