No clima do Lolla, Foo Fighters terá filme exibido nos cinemas

Para comemorar a vinda da banda Foo Fighters ao Brasil em março, o filme inédito Terror no Estúdio 666, produzido e estrelado pela banda, ganha sessões especiais nos cinemas brasileiros exclusivamente nos dias 19 e 20 de março, uma semana antes da chegada da banda no país. Dirigido por BJ McDonnell e baseado em uma história de Dave Grohl, em Terror no Estúdio 666, os Foo Fighters se mudam para uma mansão em Encino, Califórnia, para gravar seu tão esperado 10º álbum. Mas a casa é marcada por uma história cruel do rock. Uma vez lá, Dave Grohl é confrontado por forças sobrenaturais que ameaçam tanto atrapalhar a conclusão do álbum quanto acabar com a vida da banda. O Foo Fighters é uma das principais atrações do festival Lollapalooza Brasil. O grupo se apresenta, no dia 27 de março, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo.
Nothing in Between estreia com discão para fãs de post-hardcore; ouça!

Formada em 2015 por experientes músicos de bandas como Children Of Gaia, Deeper Than That, Hardly a Heartbeat, One Minute Less e Metade de Mim, a Nothing in Between ficou quatro anos em estúdio para gravar o disco de estreia homônimo, que chega ao streaming nesta segunda-feira (28). São dez faixas que mesclam post-hardcore, hardcore e linhas melódicas de bandas da cena da Flórida dos anos 1990. Nothing in Between, seja a banda ou o álbum, tem como principal proposta a expressão de sentimentos e melodias. A sonoridade, autêntica, escancara os caminhos e possibilidades por meio da técnica e feeling para apresentar músicas dinâmicas e diversificadas entre o peso e passagens melódicas. Comeback Kid, Defeater, Shai Hulud e Misery Signals são as principais influências do Nothing in Between. O guitarrista Marcel Gallo, ex-Children of Gaia e Deeper Than That, comenta sobre a concepção do álbum: “A proposta é buscar nossos próprios elementos e construções musicais para sair do lugar comum, o uso de afinação padrão, guitarras com captadores passivos, além de variações no tempo da música, fazem parte de nosso repertório”. As letras fazem alusão à vivências, traumas, experiências e reflexões acerca da condição humana e as interrelações que permeiam a existência. “Servem de desabafo e expõe comportamentos e padrões evidenciados nos dramas e histórias de nossas vidas”, revela Gallo. O disco foi gravado no Estúdio Labsound (Piracicaba-SP) por Max Matta ao longo de 2017 a 2020, mixado e produzido por Greg Thomas (ex-Misery Signals) e Chris Teti (guitarrista do The World Is a Beautiful Place & I Am No Longer Afraid to Die) no Silver Bullet Studio ( Burlington, Connecticut – EUA), masterizado por Bill Henderson no Azimuth Mastering. Obra de arte em Nothing in Between Tanto a capa do disco como as dos dois singles lançados, Counting Fractions (com participação do vocalista Hélio Siqueira, do Institution) e Restrain The Weakness estapam obras de arte do artista J Martins. “A escolha por usar pinturas a óleo diz respeito a ligação com o passos dados no passado, a ideia de jornada e caminho, algo que foi construído no passado se conectando com o presente”, conta Marcel Gallo.
De volta aos primórdios, Avril Lavigne entrega ótimo álbum; ouça Love Sux

A cantora Avril Lavigne lançou na última sexta-feira (25) seu aguardado sétimo álbum de estúdio Love Sux. O projeto, que já está em todas as plataformas, marca a estreia da artista no selo DTA Records de Travis Barker. Aliás, o disco conta com distribuição nacional da Warner Music Brasil. O álbum composto por 12 músicas traz de volta o pop-punk característico da cantora de forma icônica, com colaborações e hits já lançados, entre eles Bite Me e Love It When You Hate Me, feat com blackbear. E para celebrar esse marco, Avril fará uma performance exclusiva no The Roxy, em Los Angeles, já cantando as músicas do novo álbum. Mas, claro, os hits favoritos dos fãs que embalaram gerações não ficarão de fora. A cantora também estará em turnê a partir de maio, Bite Me 2022, passando pelo Canadá, em alguns festivais nos Estados Unidos entre eles o When We Were Young Festival, Firefly Festival e o Boston Calling Music Festival, e desembarca no Brasil em setembro para se apresentar no Rock In Rio, no palco Sunset, no dia 9 de setembro. Por fim, para saber mais sobre a agenda da artista, clique aqui. Ouça abaixo o álbum Love Sux, de Avril Lavigne
BNegão retorna ao Sesc Santos nesta sexta

BNegão retorna ao Sesc Santos para uma apresentação única nesta sexta-feira (4), a partir das 20h, no Teatro. A venda de ingressos já começou no site e nas bilheterias do Sesc SP. Eles custam R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (sócios, estudantes e idosos). MC da banda Planet Hemp (ao lado de Marcelo D2), o artista foi vocalista do grupo BNegão & Seletores de Frequência entre 2003 e 2020. Com esses dois projetos no comando, circulou por alguns dos principais palcos do Brasil e do mundo. No momento atual, BNegão finaliza o álbum Metamorfoses, Riddims e Afins (seu primeiro realmente solo, que será lançado no primeiro semestre de 2022), disco com versões fumegantes de sons do rapper e de influências do próprio (como Moleque de Rua, Jovelina Pérola Negra e Ratos de Porão). Algumas dessas faixas já foram lançadas nas plataformas digitais, em 2021. BNegão apresenta neste show músicas do novo trabalho e homenagens aos mestres da música preta mundial, como Nelson Cavaquinho, Jorge Ben e Dorival Caymmi.
Tears for Fears revela The Tipping Point, primeiro álbum em 17 anos

O duo britânico Tears For Fears lança The Tipping Point, seu primeiro álbum de estúdio em 17 anos. Em resumo, The Tipping Point traz um som arrojado, belo e poderoso do Tears For Fears encontrando-se juntos, mais uma vez. Em outubro de 2021, a dupla lançou o primeiro single, a faixa-título The Tipping Point, capturando a dor de ver alguém que você ama perder sua longa batalha contra uma doença. Posteriormente, seu segundo single, No Small Thing, foi um encontro de mentes enquanto a dupla voltava para a mesa de projeto e utilizaram o coração e a alma para completar o álbum. O vídeo que acompanha foi feito utilizando exclusivamente imagens encontradas mostrando o conflito entre as liberdades individuais e a responsabilidade coletiva. Seu último single, Break The Man, é uma faixa empoderadora, mas groovy, que exige um melhor equilíbrio entre homens e mulheres. Inspirado na letra da canção, o vídeo engloba um mundo que ilustra a realidade do patriarcado – um lugar de hierarquias intermináveis construído sobre uma devoção cega a estruturas instáveis e insustentáveis. Por dentro, o mundo parece infinito, mas de fora é um mero brinquedo na mão do universo. Em novembro de 2021, a banda também anunciou The Tipping Point World Tour, com o apoio do Garbage nos shows dos Estados Unidos, onde a banda fará a sua primeira turnê desde 2017. Começando em Cincinnati, Ohio, em 20 de maio, essas datas verão a banda se apresentar em mais de 20 cidades da América do Norte antes de encerrar com seu último show em Wantagh, Nova Iorque, em 25 de junho de 2022.
Rock Believer, novo álbum do Scorpions, chega ao streaming

O momento crucial na origem do álbum Rock Believer, dos Scorpions, que chegou nesta sexta-feira (25) ao streaming, está em uma canção de Klaus Meine: Gas In The Tank. Como diz o próprio Meine, vocalista da banda, “antes de começarmos a trabalhar no novo álbum, nós nos perguntamos: Será que ainda temos gasolina o suficiente?”. O Scorpions é um grupo cuja carreira musical se estende por 50 anos, desde o lançamento de seu primeiro álbum de sucesso, Lonesome Crow, em fevereiro de 1972, até a chegada de Rock Believer. As perguntas antes deste novo disco estavam no ar. Será que a banda ainda teria a paixão, a resistência e a força bruta necessária para criar e gravar uma ou duas dúzias de faixas totalmente novas? Será que seus 18 álbuns de estúdio e todos os discos de platina e platina dupla que ganharam em todo o mundo já não eram o bastante para aqueles músicos incansáveis? Ainda há gasolina o suficiente no tanque para continuar? Agora, uma das músicas do quinteto fornece a resposta para essas perguntas: “Let’s play it louder play it hard/ Laid back and a little dark/ Give me a dirty riff my friend/ There’s gotta be more gas in the tank” (“Vamos tocar mais alto, tocar com mais força/ Descontraídos e um pouco sombrios/ Me dê um riff sujo, meu amigo/ Tem que ter mais gasolina no tanque”). Peso de Rock Believer São ao todo 16 faixas, cada uma delas como um conto, pequenos poemas em prosa apresentados com luxuosa roupagem sônica, estampando a marca registrada dos Scorpions do início dos anos 1980, mas produzidos sob uma perspectiva dos anos 2020. A riqueza de inspiração da longa carreira da banda é um tesouro transbordante que forja uma ponte entre o ontem e o amanhã. O comentário de Klaus Meine sobre Roots In My Boots se aplica a todo o álbum. “O novo material somos nós de volta às nossas raízes. Queríamos simplesmente reativar o DNA original dos Scorpions – grandes riffs, melodias fortes. Tentamos transportar essa sensação do ao vivo para o estúdio com todos nós cinco finalmente tocando juntos em uma sala novamente. Ter Mikkey Dee na banda é como uma dose de energia fresca. E diversão de verdade”. A base deste álbum foi a ideia do bem sendo identificado a partir do mal, desenvolvida a partir de conceitos do grande filósofo e professor de Stanford Paul Watzlawick. Outro fator importante foi a pandemia de covid, que impôs freios na vida pública, nas viagens e no trabalho. “Já tínhamos começado a falar de um novo álbum em 2018”, lembra Rudolf Schenker. Sufoco com a pandemia Um ano depois disso, Klaus Meine tinha completado a primeira letra. E então a covid chegou. Em turnê por Austrália, Nova Zelândia e pelo sudeste asiático, a banda quase não conseguiu voltar à Europa como tinha programado. De repente, nada mais foi o mesmo. Os concertos foram cancelados, as arenas fecharam. A banda já tinha contratado um estúdio em Los Angeles, mas seus planos foram frustrados pelo destino. Os músicos se viram presos em casa, três deles a apenas a um passo do lendário Peppermint Park Studios, em Hannover, na Alemanha. Assim que as restrições de viagem foram relaxadas, Pawel Maciwoda e Mikkey Dee puderam se juntar a eles, vindos da Polônia e da Suécia, respectivamente. “E de repente parecia que tínhamos voltado à década de 80, quando nós cinco nos esbaldávamos, passando a noite no pub da esquina, conversando sobre nossa música”, lembra Matthias Jabs. Os elementos básicos do rock sempre acompanharam a sociedade em constante evolução. Como canta Klaus Mein na faixa título, Rock Believer: “Scream for me screamer/ I‘m a rock believer like you just like you/ Come on scream for me screamer/ I‘m a rock believer like you just like you” (“Grite pra mim, gritador/ Sou um verdadeiro fiel do rock como você/ Venha gritar para mim, sou um verdadeiro fiel do rock como você”). Klaus Meine comenta a letra: “Há muitos anos ouvimos gente repetindo que o rock está morto. Mas ainda há milhões de rock believers em todo o mundo para provar que estão errados. Nossos fãs são os melhores do mundo …. Nós vamos nos encontrar um dia, em algum lugar por aí, porque somos rock believers como você”. Turnê A próxima turnê tem o mesmo nome que o disco. Em março e abril de 2022, a banda vai se apresentar no Planet Hollywood Resorts & Casino em Las Vegas, seguindo para um uma turnê europeia programada para começar pela Alemanha em junho de 2022, além de outros shows ao redor do mundo.
Crítica | Hour of Ragnarok – Graveland

A Polônia é um país com uma rica história, tanto em guerras como nos esportes, em especial no futebol. Além de tudo isso, possui uma vasta e prolífera cena de metal extremo, que conta com lendas como Vader, Behemoth, Hate e, claro, o polêmico Graveland, formado em 1991 com o propósito de praticar black metal na veia dos noruegueses. Aliás, conseguiram, pois álbuns como Carpathian Wolves (1994) e Thousand Swords (1995) chamaram bastante atenção das hordas de fãs. Mas o lado musical não é a única característica a chamar atenção, pois suas letras abordam nacionalismo e já causaram desgosto ao redor do mundo, como em 2016 no Canadá, onde o grupo quase foi impedido de se apresentar. Porém, nosso compromisso é apenas com a música. Leia as letras e o julgamento é seu. Hour of Ragnarok, lançado em agosto de 2021, já é o vigésimo (!) álbum de estúdio dos poloneses, chefiados pelo mentor Rob Darken, que por anos foi o faz-tudo da banda, que hoje conta com o reforço do baixista Skyth e do batera Ahrin, dois feras na cozinha. O black metal do início da carreira foi ao longo dos anos ficando cada vez mais épico e melódico, com alguns fãs inclusive categorizando a música do grupo como “war black metal”. Tal rótulo não soa exagerado, mas hoje podemos afirmar que o Graveland já possui um estilo único, próprio. Não tenha dúvidas da qualidade de Hour of Ragnarok. O álbum soa como se fosse a última guerra do mundo, que está prestes a acabar a qualquer instante. Angustia é o sentimento que brota do fundo da alma ao ouvirmos clássicos do metal extremo como as excelentes The Wolf of Twilight, Conspiracy of The Wizards, Following The Azure Light e a faixa-título. Todas contando com os infernais vocais de Darken, além de riffs sombrios e épicas passagens de teclados, que dão um toque especial ao trabalho do Graveland, deixando a música do grupo ainda mais assustadora. Esteja avisado. Hour of RagnarokAno de Lançamento: 2021Gravadora: Inferna Profundus RecordsGênero: Black Metal/Black Metal Pagão Faixas:1-The Wolf of Twilight2-Hour of Ragnarok3-Conspiracy of The Wizards4-Children of Hyperborea5-Following The Azure Light6-The Three Gifts of The Gods7-Enlighted By The Wisdow of Runes8-River of Tears
Entrevista | Gentle Savage – “Se precisar de banda para o seu casamento, chame os meninos aqui”

A banda finlandesa de hard rock Gentle Savage lançou recentemente seu álbum de estreia Midnight Waylay. O carismático vocalista Tornado Bearstone conversou com o Blog n’ Roll sobre a produção, influências e adaptações ao mundo online na pandemia. “Como conceito, o álbum Midnight Waylay é melhor apreciado quando servido inteiro, mas cada música tem seu próprio caráter e funciona bem de forma independente. Encontre sua própria aventura, se joga!”. A pandemia atrapalhou muito os planos do Gentle Savage de divulgar o primeiro álbum? O momento não foi o melhor, como todos nós sabemos, devido a pandemia, mas estamos contentes com o álbum e com as pessoas que nos financiaram e essa é a única coisa que importa, sabe? Compor sabendo que está tudo lá pronto, só esperando para tocar nos shows, é uma boa situação. Estamos muito contentes com o álbum, e com o modo que estabelecemos nossa história melhor do que antes, o Midnight Waylay possui todos os elementos que compõem o Gentle Savage. Estamos muito gratos que você reservou um tempo para conversar comigo, pois é tão difícil ser ouvido. Há muitas bandas mundo afora que não conseguem shows, e o que é isso? Uma banda de internet, e isso não é muito rock ‘n’ roll. Vocês trazem muitas influências de hard rock dos anos 1970, mas conseguem apresentar isso de forma original sem parecer uma cópia de alguém. Queria que você falasse mais sobre essa criação. Existem muitos artistas e bandas seguindo um caminho oposto, eles colocam muita maquiagem, correntes, couro e cospem sangue, e eu não queria fazer o mesmo que todos, pois não somos esse tipo de banda, honestamente. Eu quero mostrar a natureza finlandesa, pois não são todos os países que preservaram suas florestas na Europa, eles cortaram árvores. E também, nós viemos de uma área rural, sou natural de uma grande cidade, Viena, na Áustria, mas vivi aqui na natureza. Então pensei, vamos seguir este caminho, caminhando e tendo ideias para aplicar, não tentando mostrar o lado duro, guerreiro, que poderia se quisesse, mas buscando um lado mais natural e gentil. Não sei se foi uma boa ou má ideia, mas foi como decidi fazer. Na verdade, tiveram alguns comentários engraçados de um cara do Texas, ele disse: “Meu Deus, isso é tão lindo, eu só tenho ossos e poeira no meu quintal”. Então isso gera reações. Como foi o processo de criação desse álbum? Ficou trancado no estúdio ou procurou algum lugar para se inspirar? No telhado, bem, primeiramente, na Finlândia pode chegar a 35 ou 40 graus negativos no inverno, então não é um bom lugar para meditar no inverno, mas no verão é muito bom, pois a temperatura chega a 35°C. A ideia para mim é ir para um lugar alto, pois você pensa diferente em lugares altos, pode tentar se não acredita em mim, se você descer até uma caverna, você pensará diferente do que se fosse em um lugar alto, essa é uma razão. Outra razão é que eu medito três vezes por dia, e o telhado é um dos meus lugares favoritos, pois consigo enxergar longas distâncias, gosto de observar o horizonte, relaxa a minha vista. É meu lugar preferido, mas também medito em outros lugares, mas lá já é um lugar certo para isso. E isso me dá energia para viver, meditação não é algo como “eu vou me encontrar, e virar Buda” para mim, é mais importante do que escovar os dentes, me dá energia para fazer as coisas que preciso fazer, me deixa concentrado, meu cérebro trabalha melhor. Isso é uma coisa que tem a ver com música, às vezes as ideias não vêm durante a meditação, mas logo após, e também na solução de problemas acontece assim. Considera o Gentle Savage uma banda mutável e com muitas cartas na manga por causa da variedade do álbum? Sim, exatamente, vou pegar essa emprestada. Quero que a banda mantenha uma dinâmica natural e orgânica, e a musicalidade flua com a maior frequência possível, pois é ela que permite realizar as coisas que você mencionou, pois sem ela é apenas “tocar”. Você pode fazer grandes coisas, mas sem a musicalidade, e uma noção completa do que está acontecendo não é possível. Nós podemos fazer qualquer coisa, honestamente, nós temos um vídeo no nosso canal do Youtube chamado Jamming with Santa, e nós tocamos algumas músicas típicas natalinas. Nós colocamos uma fantasia de Papai Noel em nosso baterista, o tecladista me perguntou: Em que tom estamos? E eu respondi não tô nem aí, só toca alguma coisa. E gravamos em um único take, pode conferir. Isso é o que podemos fazer, e se estiver precisando de banda para o seu casamento, pode chamar os meninos aqui, e eles tocarão. O álbum do Gentle Savage traz várias histórias. Qual é a importância desse formato storyteller nas composições? Não posso cantar uma música sem uma história, é impossível. É como fazer ser sem ter uma ereção, não é real. Claro que se pode fazer um anúncio, usando jingles de propaganda, mas é diferente quando você escreve sua própria música, é necessário ter uma história. Você não acreditaria o quanto às vezes preciso ensaiar uma frase milhares de vezes, para acontecer um click e gerar uma conexão com a história. E às vezes é caso de mudar apenas uma ou duas palavras de lugar para as coisas começarem a funcionar. A história deve ter conteúdo e geralmente nas minhas letras elas são bem óbvias superficialmente, mas há algo honrado que não contarei a ninguém, você pode captar, achar ou não, pois são diferentes tipos de pessoas escutando. E não quero algo semelhante a aquele velho cartoon, que não faz ninguém rir, onde há uma pessoa apontando para um pássaro, e dizendo “o passáro”, então ele está dizendo algo bem óbvio e tornando mais óbvio apontando para ele, e eu não faço isso. Apenas alguns dias atrás uma fã americana me escreveu que ela gosta das nossas letras pois algumas
Florence + The Machine tem retorno triunfal com King; ouça!

Florence + The Machine surpreendeu os fãs nesta quarta-feira (23) ao lançar a faixa King, uma meditação sobre a condição feminina, família, feminilidade e a subversão de expectativas, que faz um manifesto pessoal em transcender papéis definidos por sexo em um festival de fusão que clama as multidões às armas em que ela declara. “Eu não sou mãe, não sou noiva – eu sou rei”. Ser uma artista mulher – e uma artista que atua – proporciona seu próprio conflito sobre como prosperar e continuar no mesmo caminho que os artistas masculinos cujas estrelas continuam ascendendo, no qual caminho para o sucesso não é trilhado pela biologia. Em seus 30 anos de idade, estas são as contradições que Florence está enfrentando. “Como artista, nunca pensei muito em meu sexo. Resolvi seguir em frente. Eu sou tão boa quanto os homens e somente me igualei a eles todas as vezes. Mas agora, ao pensar que sou uma mulher na casa dos 30 anos e no futuro… de repente sinto essa ruptura da minha identidade e dos meus desejos. Querer ser uma artista, mas também querer uma família pode não ser tão simples para mim como é para os meus colegas homens. Tinha como modelo quase exclusivamente os artistas masculinos e, pela primeira vez, senti um muro cair entre eu e meus ídolos, pois tenho que tomar decisões que eles não tomaram”, comenta Florence sobre King.