Vidaincerta canta O Que Sobrou da Tristeza em seu novo disco

“Eu acho que tristeza dá nome a muita coisa que eu quero deixar pra trás, mas sinto a necessidade de ela ocasionalmente existir no futuro pra que a alegria do presente seja valorizada”. É dessa forma que o rapper Vidaincerta apresenta o seu segundo álbum de estúdio, intitulado O Que Sobrou da Tristeza Vol. 1. O disco, lançado nesta sexta (12), traz músicas que o rapper santista escreveu enquanto passava por um dos momentos mais difíceis da sua vida. As faixas tratam sobre depressão, tristeza e solidão. O trabalho surgiu da necessidade de falar sobre esses momentos como passageiros. “O meu primeiro álbum, Pessoa Tóxica, tratava sobre morar na tristeza, mas O Que Sobrou da Tristeza Vol. 1 é sobre a redenção, a libertação. É sobre o que fica quando a tristeza passa. Voltando para essas músicas hoje, consigo entender que não vale a pena desistir nos piores momentos. Eles que tornam os bons momentos ainda melhores”, explica Vidaincerta. O novo trabalho do Vidaincerta soa também como um manifesto sobre o emo rap no Brasil. Com frases como “eu não sou emo suficiente pros brancos e não sou rap suficiente pros pretos”, O Que Sobrou da Tristeza Vol. 1 fala sobre as dores de um homem preto periférico que sempre se viu segregado em todos os ambientes que frequentou. Faixas de O Que Sobrou da Tristeza Nos últimos anos, o Vidaincerta tem levantado a bandeira do emo rap no Brasil e falado sobre emos pretos em todos os estilos musicais, mas o álbum também traz músicas mais politizadas, como Emodrill, que é uma aposta num som mais pesado e que já foi apresentado ao público com um clipe gravado nas ruas de Santos. “Por mais que eu tenha o foco no emo rap, é muito difícil não falar sobre a situação que o Brasil está hoje. Os casos de racismo descarados e todas as desgraças que estão rolando enquanto alguns aplaudem. Quem não olha pra isso tá muito tranquilo na vida ou tá de chapéu”, explica Vidaincerta ao comentar a faixa. Outras duas músicas conhecidas do público que estão no álbum são O Novo feat. Gah Góes, e O Drill Mais Triste do Mundo feat. Lil Godfather, uma homenagem à banda Fresno. Além das inéditas Sentimento, Lacuna INC, Ragaton da Depression, #GIBAPARAIRMÃO, Grande Ponte Naruto e Sobre o Passado feat. Kevin Willian. O Que Sobrou da Tristeza Vol. 1 foi produzido e mixado pelo Vidaincerta em parceria com o Aladindaleste, com exceção da faixa O Novo, que foi produzida e mixada pelo Gah Góes, que também compôs junto do Vidaincerta.

Korn anuncia Requiem e libera single Start The Healing

O Korn anunciou seu novo álbum de estúdio, Requiem, que chega ao mercado em 4 de fevereiro de 2022. Aliás, a banda também compartilhou o single principal e o vídeo Start The Healing. A primeira prévia de Requiem chega com um vídeo dirigido por Tim Saccenti (Depeche Mode) que é um banquete visual animado sobre morte e renascimento em meio a uma série de criaturas sobrenaturais, humanóides par e passo com uma performance ao vivo, simbolizando o início de uma nova era para a banda. De acordo com Tim Saccenti, o videoclipe de Start The Healing tem como objetivo transformar em cima do DNA do Korn. “Nossa ideia para este vídeo era transformar esse aspecto do DNA do Korn, o que os torna tão inspiradores, sua mistura de poder bruto e estética transportadora e emoção humana. Eu queria levar o espectador a uma jornada emocional, como a música faz, uma morte e renascimento visceral e catártico que, com sorte, ajudará a transportar o ouvinte através de quaisquer que sejam suas lutas pessoais. Colaborando com o artista 3D Anthony Ciannamea, exploramos a mitologia de Korn e exploramos seu vasto poço de luz e escuridão para criar um pesadelo surreal de terror corporal em ritmo liminar”. Requiem gravado de forma inédita Contudo, devido ao covid e à incapacidade de fazer shows pela primeira vez na carreira, Requiem foi concebido em circunstâncias muito diferentes da maioria do catálogo da banda. Em resumo, é um álbum nascido do tempo e da capacidade de criar sem pressão. Energizada por um novo processo criativo livre de restrições de tempo, a banda foi capaz de fazer coisas com Requiem que as últimas duas décadas nem sempre lhes proporcionaram, como reservar um tempo adicional para experimentar juntos ou gravar em fita analógica – processos que revelaram dimensão sonora recém-descoberta e textura em sua música. Os fãs têm esperado por novas músicas depois que Korn mostrou um trecho de Start The Healing dentro de um filtro de realidade aumentada. Ademais, a divulgação contou com outdoors com o logotipo icônico da banda, que apareceram em todo o mundo, na semana passada. Korn – RequiemLoma Vista Recordings4 de fevereiro, 2022 Forgotten Let the Dark Do the Rest Start The Healing Lost in the Grandeur Disconnect Hopeless and Beaten Penance to Sorrow My Confession Worst Is On Its Way

South Berkeley homenageia o pop punk em seu primeiro álbum

O South Berkeley faz a sua estreia com Too Slow. O trio francês se encontra no pop punk, dando até aquela famosa “ouvida familiar” identificando até uma certa linhagem vinda do blink-182. Contudo, já deixamos avisado que não são uma cópia. O grupo apenas bebeu da mesma fonte. Segundo a banda, o nome do álbum é adequado pois foram necessários quatro anos para que o trabalho ficasse pronto. “Foram dois anos de criação, seguido por dois anos de dúvidas, questionamentos e procrastinação”. Contudo, pelo jeito, valeu muito a pena a espera pelo nascimento do primeiro álbum do South Berkeley. Apesar de não quererem se restringir a apenas um gênero musical, o disco naturalmente se tornou uma homenagem para as bandas da década de 1990 e 2000 de pop punk. A cada escutada, uma nova empolgação e um certo sentimento de nostalgia. Na medida certa. “Nós realmente esperamos que essas 12 músicas possam tocá-los tão profundamente quanto nos tocam”.

O Grito lança poderoso blues em “Coração Miserável”

O Grito, trio de rock e MPB formado em 2015 e com seis anos de estrada nas costas, conquista imaginários e vibes ao som de Coração Miserável. Ano passado já havia lançado seu debute, Telas Vivas, além dos oitos singles e dois EPs antes da estreia. Com influências – fortíssimas – de rhythm and blues, rockabilly, afrobeat e blues (estilos que também podem ser notados no debut), O Grito chega a ser notável no single com o quanto conseguem afundar o pé na sonoridade soturna. Além disso, somam com a poesia em uma vibe que te envolve na melancolia profunda. Confira o primeiro álbum da banda.

Avril Lavigne e Travis Barker unem forças em Bite Me

Avril Lavigne está de volta ao jogo! A cantora canadense lançou Bite Me, sua primeira música desde 2019 e estreia pela DTA Records, do baterista do blink-182, Travis Barker. Travis Barker comentou sobre a chegada de Avril Lavigne à DTA Records. “Avril e eu somos amigos há muito tempo, mas acho que sou um de seus fãs há ainda mais tempo! Ela é fodona e um ícone como performer, compositora e como presença. Nós estivemos no estúdio no começo desse ano e nos divertimos tanto que eu sabia que queria convidá-la a fazer parte do time DTA. Estou tão entusiasmado que agora ela é parte do selo. Eu mal posso esperar para que todos ouçam e experenciem a incrível música que está prestes a sair”. Avril Lavigne também não economizou na hora de retribuir a admiração por Travis Barker. Aliás, relembrou o início dessa parceria. “Eu sempre admirei o Travis e seu trabalho. A primeira vez que nós trabalhamos juntos eu tinha 15 anos de idade e foi no meu álbum The Best Damn Thing. Eu realmente curti assistir ao desenvolvimento dele até chegar ao produtor que é hoje. O Travis entende minha visão como musicista, meu processo criativo como artista e meus objetivos nesse estágio da minha carreira. Estou super animada em lançar Bite Me. É um hino sobre conhecer seu valor, o que você merece, e não dar a ninguém que não te mereça uma segunda chance”. Mostrando os dentes como nunca, o super energético hino Bite Me foi co-produzido por Barker, John Feldmann (Goldfinger), e Mod Sun. Posteriormente, o vídeo oficial da música – dirigido por Hannah Lux Davis – está nos últimos estágios de produção neste momento. Por fim, Avril está pronta para sair em turnê em 2022 com datas a serem anunciadas em breve.

Crítica | God Ends Here – Aeon

A banda Aeon pratica death metal e vem da Suécia. É um daqueles casos que nem precisamos ouvir a banda para já ter certeza de que é coisa boa. Afinal, o país deu ao mundo nomes como Entombed, Unleashed, Hypocrisy, Vomitory, entre inúmeros outros. É pouco? Formado em 1999, o Aeon pode não ser tão lembrado como as bandas citadas, mas o poderio bélico de seu material já deixou muito banger de perna bamba. God Ends Here é o quinto álbum dos suecos, que já lançaram pérolas como Bleeding The False (2005) e o espetacular Aeons Black (2012). Incrível o peso que os suecos conseguiram arrancar dessa gravação. O material carrega consigo uma aura negra que veio emprestada do black metal, mas aqui é tudo 100% death metal, que o digam as doentias Liar´s Den, Lei it Burn, Church of Horror e Deny Them Eternity. O clima mórbido está onipresente no decorrer do álbum, assim como os ferozes riffs de guitarra. E, é claro, velocidade e peso caminhando juntos, combinação que só músicos muito experientes conseguem desenvolver, como é o caso dos cinco doentes que integram o Aeon. Em meio às pancadarias death metal, o Aeon encaixou pequenas vinhetas que servem para o ouvinte respirar, mesmo que seja um sombrio sussurro de morte. Assim, Into The Void, Mephistopheles, Orpheus Indu Inferis e a intro The Nihilist soam como aberturas de filme de horror dos anos 1970, enriquecendo ainda mais esse mortífero álbum. Por fim, ressalto que é uma banda que merece ser ouvida por qualquer um que é fã de metal extremo. Aliás, esse é um dos melhores álbuns de metal de 2021! Aeon – God Ends Here Ano de Lançamento: 2021Gravadora: Metal Blade RecordsGênero: Death Metal Faixas:1- The Nihilist2- Liar´s Enb3- Let it Burn4- Orpheus Indu Inferis5- Church of Horror6- Deny Them Eternity7- Forsaker8- IntoThe Void9- God Ends Here10- Severed11- Just One Kill12- Mephistopheles13- Let The Torture Begins14- Despise The Cross15- Overture: Magnum Reginae16- Queen of Lies

Crítica | Side Evil – Enslaver

De Maringá vem o Enslaver, mais uma força do thrash metal brazuca, provando que o Paraná ainda é um celeiro infindável de bandas boas. Formado em 2015 como Deathcurse, o grupo logo mudou para o nome atual e, após algumas demos e splits, lançou em 2020 seu álbum de estreia, Side Evil. A formação atual conta com Luís Vitor (guitarra e voz), Peppe (guitarra), Pedro Vinicius (guitarra) e Francisco Vitor (bateria). Como já dito, o estilo adotado pelos paranaenses é o bom e velho thrash metal. Sem a menor cerimônia, o quarteto pratica um som veloz, ríspido, em que abundam palhetadas insanas, solos agressivos e cozinha do tipo “locomotiva sem freio”, tudo posto à disposição dos ferozes vocais de Luiz Vitor. O melhor de tudo, com uma produção que não pasteurizou o som do Enslaver, pelo contrário, pois tudo aqui soa perfeitamente como o thrash metal deve soar. Aliás, para quem curte Slayer, Municipal Waste, Metallica, Exodus, Kreator e bandas nessa linha, é acionar o play e se deliciar com petardos do porte de Insane Mankind, Behind The Resistance (que teve até vídeo censurado pelo youtube), Last Breath, Murder Inc. e Blood Will Follow Blood, que são capazes de arrancar cabeças nos mosh pits. Também vale destacar a excelente qualidade dos solos de guitarra, bem executados e totalmente de acordo com as músicas. Uma surpresa agradabilíssima que você deve conferir imediatamente. Side EvilAno de Lançamento: 2020Gravadora: Sony MusicGênero: Thrash Metal Faixas:1-Insane Mankind2-Behind The Resistance3-Blood Will Follow Blood4-Last Breath5-Die With The Rest6-Murder Inc.7-Enslaver8-Pain Lust

Um Gole de Ácido! Ouça a faixa criada e gravada pelo Surra em 11h

A banda santista Surra inovou para lançar o seu último single, Um Gole de Ácido. No sábado (6), o trio passou o dia inteiro no estúdio Family Mob produzindo a faixa inédita do zero. Com uma live via YouTube, a banda mostrou todo o processo. Aliás, em breve, será lançado um documentário contando todo o processo de composição e gravação de Um Gole de Ácido. Anteriormente, o Surra também revelou o seu novo álbum de estúdio, Ninho de Rato, com 12 faixas inéditas. Em resumo, são nove minutos para essa máquina de destruição em massa sonora.

Placebo anuncia Never Let Me Go e libera mais uma prévia

O Placebo anunciou o seu aguardado oitavo álbum de estúdio. Nove anos após o lançamento de Loud Like Love, Never Let Me Go está confirmado para 25 de março de 2022. Para marcar o anúncio de Never Let Me Go, a banda também liberou mais uma faixa do álbum, Surrounded By Spies, junto às datas de turnê em 2022 no Reino Unido e Europa. Anteriormente, em setembro, o Placebo ressurgiu de uma longa hibernação para lançar seu primeiro single em cinco anos, Beautiful James. Em resumo, Beautiful James é uma canção alegre e comemorativa, veio silenciosamente carregada de antagonismo para as facções cada vez mais proeminentes e ignorantes que vieram bagunçar a conversa moderna. Como Brian Molko comentou na época: “Se a música serve para irritar os quadrados e os tensos, que felizmente seja”. Dentro da lenta escalada magnética da nova faixa, Surrounded By Spies, nenhum soco é puxado no confronto contra a erosão das liberdades civis, já que a hábil entrega lírica de Brian Molko é casada com uma sensação arrepiante de claustrofobia, que apropriadamente faz as paredes parecerem como se estivessem se aproximando por todos os lados. Molko comenta faixa de Never Let Me Go “Comecei a escrever as letras quando descobri que meus vizinhos estavam me espionando em nome de festas com uma agenda nefasta. Comecei então a refletir sobre as inúmeras maneiras em que nossa privacidade foi corroída e roubada desde a introdução de câmeras CCTV em todo o mundo, que agora empregam tecnologias racistas de reconhecimento facial; a ascensão da internet e do celular, que transformou praticamente todo usuário em paparazzo e espectador em sua própria vida, e como todos nós oferecemos informações pessoais a enormes multinacionais cuja única intenção é nos explorar”, comenta Molko. O artista comenta ainda que usou a técnica de cut-up inventada por William S Burroughs e popularizada na música moderna por David Bowie. “É uma história verdadeira contada através de uma lente de paranoia, completo desgosto pelos valores da sociedade moderna e a divinização do capitalismo de vigilância. O narrador está no fim de suas amarras, sem esperança e com medo, completamente em desacordo com nosso progresso recém-descoberto e o deus do dinheiro”.