Para celebrar o Dia dos Pais, Biquini Cavadão lança A Vida

Às vésperas do Dia dos Pais, o Biquini Cavadão lançou A Vida, canção que aborda a paternidade, com base nas experiências vividas por seus próprios integrantes. A balada nasceu de uma parceria com Rodrigo Coura, cantor da banda RadioCafé e integrante do MonoDuo, com quem o Biquini já havia composto Nossa Diferença de Idade, no álbum As Voltas Que O Mundo Dá (2017). O riff da nova canção já existia há algum tempo, mas a letra veio em seguida, para ser dada de presente por Coelho para o seu filho Pedro, de sete anos. Para o lançamento, o Biquini Cavadão convidou grandes amigos recitando os versos de A Vida – todos, pais roqueiros. De Dinho (Capital Inicial) a Henrique Portugal (Skank), de Tico Santa Cruz (Detonautas) a Thedy Correa (Nenhum de Nós), estas postagens antecederam a estreia do som. Por fim, no domingo (8), Dia dos Pais, o videoclipe estreará mostrando a intimidade dos integrantes com seus filhos. Junto com as imagens deles tocando a canção, se misturarão cenas e fotos dos arquivos de Miguel (pai de Miguel e Felipe), Coelho (pai de Pedro) e Bruno (pai de Gabriel, Leticia e Leonardo), registradas em vários momentos ao longo da vida de cada um (Birita não tem filhos). A Vida é o segundo single do disco Através dos Tempos, produzido por Paul Ralphes. Outros singles deverão ser lançados nos próximos meses, antecedendo o álbum completo.
Todos Nós 5 Milhões: filme retrata abandono paterno

Chegamos numa das principais datas do ano: o dia dos pais, comemorado anualmente no segundo domingo de agosto. Representatividade não falta para a festividade, afinal, os homens estão presentes em diversas campanhas. Portanto, vamos falar no outro lado da moeda. De acordo com um dado divulgado pelo Conselho Nacional de Justiça, existem, pelo menos, 5,5 milhões de crianças sem o reconhecimento paterno no Brasil. Lançado pela produtora O BAILE em agosto de 2019, o longa documentário Todos Nós 5 Milhões aborda o assunto colocando o dedo na ferida. Dirigido pelo cineasta Alexandre Mortágua, a obra é uma mistura de ficção e documentário, tendo a narrativa baseada nos dados citados acima. Por meio de depoimentos, inúmeras mulheres compartilham os sentimentos de uma mãe solo. Algumas foram abandonadas pelo parceiro assim que assumiram a gravidez. Outras, no entanto, sentiram a culpa e o peso da maternidade nas costas, sem o apoio paterno, familiar e estatal. Também há um depoimento forte e sensível de uma mulher que viu a mãe ser criada para cuidar das tarefas domésticas enquanto os irmãos pequenos foram para um internato. E ainda ser expulsa de casa quando engravidou. Em algum momento de sua vida, a filha passou por situações semelhantes à mãe, tendo que criar seus próprios filhos sozinha. Diferentes perspectivas em Todos Nós 5 Milhões Da mesma maneira, homens contam sobre a lacuna paterna em suas vidas, o apreço pela liberdade e falta de responsabilidade, e até a mesmo a criação de filhos não biológicos. História é o que não falta no longa. O filme é irretocável, explícito e tocante. Além deste tema, reflete sobre masculinidade, responsabilidade, feminismo, luta social, papéis de gênero, amor e criação. “A paternidade é sempre vista como uma opção a exercer. E a maternidade é olhada como uma função social. Caso você seja mãe, existe uma série de restrições sociais e situações que você passa, simplesmente, por você ser mãe. O pai tem esse direito de ir e vir, e principalmente de dizer ‘não quero’. (…) O aborto paterno… – odeio essa expressão – não é um aborto. É um abandono”. Fala de personagem do longa documentário Todos Nós 5 Milhões (2019) Mais de 11 milhões de mulheres no Brasil fazem o papel de mãe e pai De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2005, o Brasil tinha mais de 10 milhões de lares compostos somente pelas mães, sem cônjuge. No último levantamento, feito em 2015, os números mostraram 11,6 milhões nesse arranjo familiar. O levante das mulheres diante dessa realidade é notório, tendo em vista também que 5,5 milhões de brasileiros não tem o nome do pai no registro de nascimento. Segundo especialistas, existe uma dificuldade em mensurar qual faixa etária é mais prejudicial por conta das particularidades de cada ser humano. Porém, os impactos do sumiço paterno podem ser mais severos para crianças. Isso porque neste período ocorre a construção de identidade e personalidade, fatores determinantes em seus comportamentos futuros. Para assistir o filme, clique aqui.