Creeper mantém alto nível em Sex, Love & The Infinite Void, seu segundo disco
O Creeper está de volta com inéditas nesta sexta-feira (31). A banda inglesa finalmente soltou nas plataformas digitais o disco Sex, Love & The Infinite Void. Ademais, o lançamento marca o segundo lançamento em estúdio do grupo. Com ‘apenas’ 6 anos de estrada, o conjunto formado na cidade de Southampton vem ganhando cada vez mais os holofotes. Anteriormente, o debute do grupo, Eternity, In Your Arms (2017), já havia sido bem elogiado pela crítica. Agora, três anos após a estreia do primeiro disco completo, o Creeper trouxe mais um trabalho, que originalmente deveria ter saído em maio, mas teve de ser adiado por conta da pandemia do novo coronavírus. Sex, Love & The Infinite Void Quase três meses após a data inicial para ser divulgado, o álbum Sex, Love & The Infinite Void finalmente chegou. Comandado pelos singles Cyanide, Annabelle e Born Cold, o trabalho atendeu as expectativas e manteve o alto nível apresentado pelo conjunto. Falando sobre os singles, todos ficam na primeira metade do projeto que ao todo possui 16 faixas. Em síntese, é inegável a força desta sequência inicial, que ainda conta com a ótima Be My End. Da 9ª até More Careful With Your Heart, responsável pelo encerramento da obra, o disco perde um pouco do seu ímpeto, mas nada que ofusque o conjunto geral. Referências do Creeper É complicado associar o som meio punk, meio emo do Creeper com outros artistas. Contudo, o vocalista Will Gould contou em entrevista que bandas como Alkaline Trio, AFI e My Chemical Romance moldaram a sonografia desde o início dos trabalhos do grupo. Críticas Em resumo, o trabalho foi muito bem aceito por críticos especializados. A Kerrang!, uma das revistas britânicas mais conceituadas no cenário musical, deu nota máxima para o trabalho. “A banda mira alto, quando tantas outras parecem satisfeitas em jogar apenas no seguro. O disco é uma montanha-russa maravilhosa. O Creeper mostra seu amor pela música e pela arte com orgulho e merece muito reconhecimento”. Kerrang!
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Selena Gomez solta a voz em Rare, novo álbum de estúdio
É muito legal ver Selena Gomez de volta ao cenário pop. Nesta sexta-feira (10), a artista soltou Rare, o terceiro trabalho de estúdio. Anteriormente, ela já havia mostrado grande potencial nos discos Stars Dance (2013) e Revival (2015). Este último muito elogiado pelos fãs e crítica. De fato a carreira da popstar não começou em 2013, a moça de 27 anos já havia lançado três álbuns em parceria com o The Scene antes disso. Ademais, essa fase inicial da carreira é muito diferente do que ela se dispõe a fazer hoje. Rare A princípio, o novo projeto começa com a pedrada chamada Rare. A faixa-título carrega uma aura meio MØ, mas sem parecer um plágio. Muito leve e agradável, a música deveria ter virado single – ponto negativo para Selena. Complementada por Dance Again e as já conhecidas Look At Her Now e Lose You To Love Me, a primeira sequência do disco é um acerto e tanto. Contudo, o maior êxito da artista no conjunto vem logo após, Ring. Com uma letra ousada e melodia envolvente, a canção bota qualquer um pra dançar com facilidade. Aliás, é importante ressaltar a evolução da ex-bruxinha dos Feiticeiros de Waverly Place nos vocais. Entretanto, Rare para ai. Grande parte das faixas subsequentes são facilmente esquecíveis. Nem as discretas participações dos rappers 6LACK e Kid Cudi conseguem reacender a chama inicial. Mais ousada Apesar de errinhos, o novo trabalho de Selena Gomez é digno de palmas. Como salientado no título, a popstar mostrou coragem e finalmente soltou seu vozerão para o mundo. Diferente de seus outros discos, onde ela sempre buscou algo mais calmo. Dessa forma, o que fica é a expectativa para os novos passos da carreira da cantora.
Fine Line mostra que Harry Styles transborda talento
Quando as pessoas pensam em Harry Styles, o que vem a cabeça? Logicamente o One Direction. É compreensível, já que o artista compôs o lineup da boyband por cinco anos. Contudo, faz quase meia década que o grupo se separou, e o cantor vem se mostrando cada vez mais que é muito mais do que pensávamos. Embora a banda tenha feito grande sucesso entre 2010 e 2015, muitos questionavam as canções do quarteto. Sempre focando no pop romantizado, o 1D era extremamente segmentado, mas possuía suas qualidades. Só que ninguém imaginava que Harry, um dos integrantes, possuía tanto talento guardado. Anteriormente, Styles já havia estreado sua carreira solo com um maravilhoso disco homônimo. Entre ecos de Fleetwood Mac e uma pitadinha de Bowie, o trabalho foi extremamente bem recebido por todos. E, agora chegamos ao segundo capítulo dessa interessante trajetória. Fine Line Lançado na última sexta-feira (13), o álbum mostra que não tem nada mais pop que o rock. Mesmo que possa passar despercebido por muitos, o projeto atesta com camadas sonoras interessantíssimas, a grande evolução do artista. Decerto, a produção conta com algumas canções bem animadas, como Watermelon Sugar e Adore You (dobradinha muito interessante, aliás), mas o que se destaca entre as 12 faixas são as influências psicodélicas. Harry usa e abusa de boas referências, seja para falar sobre culpa em Falling, ou um término de relação, em Cherry. Todavia, nada supera a profundidade de She, com sobras a melhor música da coletânea. Nela, o vocalista mostra em seis minutos (que passam voando), todo o seu processo evolutivo. De uns tempos pra cá, o rock vem perdendo cada vez mais seu espaço no mainstream para o hip hop. Ao que tudo indica, o gênero precisa de mais uma grande remodelagem. E pelo que parece, um Harry Styles pode ser um dos percursores dessa nova fase.
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All Mirrors, de Angel Olsen, é a ‘canção de ninar’ do ano
Antes que pensem que o título é uma crítica ao trabalho, não é. Sobretudo, o termo ‘canção de ninar’ consegue resumir bem o quarto disco de Angel Olsen. All Mirrors, lançado no dia 4 de outubro, consegue transpassar uma leveza impressionante em suas melodias. Apesar de já ter alguns álbuns sólidos em sua discografia, Angel sempre ficou no segundo plano do gênero. Artistas como Lorde e Lana Del Rey (que estará no Lolla Brasil 2020) acabaram ficando mais conhecidas pelo público no geral. Contudo, essa colocação acaba não fazendo certo sentido. Uma vez que a cantora lançou o ótimo My Woman, em 2016… Vale lembrar que a comparação não é feita para desprezar as outras artistas (que são igualmente talentosas). All Mirrors Em síntese, canções como a animada Too Easy e a obscura Spring conseguem de algum modo se interligar. Remetendo muito ao Melodrama, último trabalho da já citada Lorde. Essa ligação entre as músicas, cria uma onda que te carrega por toda a duração do projeto. Aliás, é recomendado começar a escutar por Lark, a primeira faixa de All Mirrors. Embora contenha elementos pop, o disco também flerta com outros gêneros, como folk e até um pouco de música alternativa. Dando uma cara diferente para o projeto.