Crítica | Reborn – Ektomorf

E o Ektmorf chega ao seu décimo quinto trabalho de estúdio, Reborn, lançado em janeiro de 2021. Conhecido entre os brasileiros como o “Soulfly húngaro”, o quarteto liderado pelo incansável Zoltan Farkas nunca se preocupou muito com opiniões alheias ou em inventar um estilo novo, apenas tocar o thrash metal recheado de groove que sempre tocaram. Se funciona, para que mexer? Reborn não apresenta muitas surpresas – boas ou más. O timbre de voz de Zoltan de fato remete ao de Max Cavalera, e o groove no geral lembra bastante o do Soufly e do Sepultura fase Chaos AD. Mas em Reborn podemos notar outras influências, como Metallica, Machine Head e Pantera, sendo facilmente detectadas em faixas como And The Dead Will Walk. Já em Smashing The Past, baixa o espírito do Pantera, inclusive com algumas passagens remetendo a Fucking Hostile, clássico eterno dos cowboys do inferno. No entanto, é claro que o Ektomorf acaba mostrando sua real face em sons como Fear Me, The Worst is Yet To Come e Forsaken, que sem cerimônia alguma despejam ao ouvinte vocais agressivos, muito groove e vocais que soam como vocês sabem de quem. E os húngaros entregam mais um ótimo álbum que irá satisfazer sem dificuldade os seguidores. Indicado para quem não se importa com originalidade. RebornAno de Lançamento: 2021Gravadora: Napalm RecordsGênero: Thrash Metal/Groove Metal Faixas:1-Ebullition2-Reborn3-And The Dead Will Walk4-Fear Me5-Where The Hate Conceives6-The Worst is Yet To Come7-Forsaken8-Smashing The Past
Crítica | Fury – Ektomorf

Não é novidade para ninguém que hoje em dia brotam bandas dos mais variados estilos em qualquer país do mundo. Pois vem da improvável Hungria o quarteto Ektomorf, formado no distante 1994 por Zoltan Farkas, hoje o único integrante da formação original. Fury, lançado em 2018, já é o décimo terceiro álbum de estúdio dos húngaros, que conquistaram seu espaço no mundo da música da forma mais tradicional possível: através de incessantes turnês. Quem conhece o trabalho da banda já está familiarizado com o fato de que o Sepultura fase Max Cavalera é a principal influência aqui. Foi assim em todos os álbuns da banda e em Fury não é diferente. A semelhança da voz de Zoltan com a de Cavalera chega a impressionar, a timbragem das guitarras remete a álbuns como Chaos A.D. e Roots. Isso é ruim? Quando bem usado, não mesmo. Faixas The Prophet of Doom, faixa de abertura, inicia chutando tudo e todos com riffs afiadíssimos e ritmo que remete ao thrash oitentista. Porém, a partir da segunda faixa, Ak 47, volta o feeling Sepultura noventista. Em algumas, como a faixa-título, a coisa também debanda para o Soulfy, projeto de…Max Cavalera. E assim caminha Fury, ora pelos lados do Soulfy, com as insanas Bullet In Your Head e Infernal Warfare, ora do Sepultura, como Blood For Blood. Os brasileiros do Claustrofobia e os americanos do Machine Head também possuem similaridades com esses húngaros. Com uma produção perfeita e fôlego de sobra, o Ektomorf entregou um álbum certeiro, potente, que agrada em cheio ao amante de música extrema, mesmo não sendo a coisa mais original do mundo. Prova de que álbuns bons não são somente aqueles que reinventam a roda. Ouça já e bata muita cabeça. FuryAno de Lançamento: 2018 Faixas:1-The Prophet of Doom2-Ak 473-Fury4-Bullet in Your Head5-Faith And Strenght6-Infernal Warfare7-Tears of Christ8-Blood For Blood9-If You’re Willing To Die10-Skin Them Alive