Cacofonia escancara a fúria feminista contra o falso moralismo no EP “Eletrodoméstico”

A Cacofonia revelou seu primeiro EP para o mundo: Eletrodoméstico. O trio riot grrl de Joinville traz uma sonoridade inspirada em bandas brasileiras do mesmo gênero, como Bulimia e Charlotte Matou Um Cara. O material conta com apenas três faixas rápidas e diretas ao ponto, trazendo críticas ao patriarcado na sociedade. Algo bem curioso – e interessante – se considerar que é uma banda formada somente por mulheres em um dos estados mais conservadores do Brasil. Liberdade de Ódio e Autocracia Domiciliar são sons que deixam explícitos a fúria da luta feminista contra o falso moralismo. Já a faixa-título Eletrodoméstico fala diretamente do medo que alguns homens têm de perder seus “direitos”. A capa de Eletrodoméstico é outro destaque, remetendo a arte cheia de colagem do álbum Histórias de Sexo e Violência dos Replicantes. No entanto, aqui o foco é na hipersexualização e imposição de padrões irreais para as mulheres, com imagens de carne e armas cobrindo rostos e partes íntimas das modelos. Ouça Eletrodoméstico da Cacofonia

End of Pipe prega união e resistência no EP Silence Equals Death

Em meio à turnê europeia em 2022, a frase Silence Equals Death (em português, silêncio é igual à morte) estampada na parede de um squat na cidade de Budapeste (Hungria) foi a faísca para a banda de punk/hardcore melódico catarinense End of Pipe pensar e compor o registro que agora é materializado em um EP com o mesmo peso de resistência, lançado no streaming via Repetente Records. Silence Equals Death é tanto o nome do EP quanto do último single, uma faixa que mistura influências de Strung Out com outras referências da cena californiana. A música mescla versos rápidos, um refrão mais cadenciado e partes mais pesadas e enérgicas, como a parte final da música. “A música é um alerta para nos mantermos unidos e lutar por algo verdadeiro em tempos difíceis. Nos calarmos pode nos levar à morte, no sentido de gerar arrependimentos pela falta de ação”, destaca a End of Pipe, uma banda que nasceu em 2006 na cidade de Florianópolis (Santa Catarina). O lançamento de Silence Equals Death celebra a bem sucedida parceria com a Repetente Records, selo de dois músicos do CPM 22, Badauí e Phil Fargnoli junto ao diretor artístico Rick Lion, que promoveu também os singles anteriores que formam este EP. Agora é hora de pegar a estrada, dentro e fora do Brasil. O EP ainda marcou a volta da banda com a formação em quarteto. “Nos próximos meses, a banda vai fazer shows em Santa Catarina e em outros estados. Algumas datas já estão confirmadas, como em Florianópolis e Balneário Camboriú, e outras estão sendo negociadas para São Paulo”, eles revelam. End of Pipe é Uirá Medeiros (guitarra e voz), Gabriel Jardim, Gabito (guitarra), Rafael Censi (baixo) e Victor Berretta (bateria)

Banda 808 Punks lança EP produzido por Edu K; ouça “Bater Cabeça e Rebolar”

A banda carioca 808 Punks lançou nesta sexta-feira (26) o EP Bater Cabeça e Rebolar, com seis faixas produzidas por Edu K, vocalista do DeFalla. Criada em 2020, pelo músico e produtor André Paumgartten, a 808 Punks nasceu como um caldeirão sonoro que mistura punk rock e metal industrial com os graves pesados da TR-808 – símbolo do funk carioca, do trap e da música eletrônica. A fusão traduz a essência da banda: guitarras distorcidas com batida de baile e rebeldia com grave de paredão. Assinado pela Bonde Music, o EP Bater Cabeça e Rebolar é o primeiro da banda formada por André Paumgartten (voz e theremin), Glenda Maldita (voz), Prixxx (voz), Xande Farias (guitarra), Formigão (baixo) e Robson Riva (bateria). “Quando chamei o Formigão do Planet Hemp pra banda, falei pra ele que queria fazer uma mistura de Ministry e Motörhead tocando no baile funk da Mangueira”, revela Paumgartten.  Para divulgar o EP, o 808 Punks escolheu a faixa-título Bater Cabeça e Rebolar, que conta com a participação de Edu K e versa sobre as dificuldades cotidianas. “Pegar ônibus, aturar patrão, ralar demais, situações conhecidas como parte da opressão estrutural, mas que encontram resposta através da música, da dança e da ocupação dos espaços nos finais de semana”, diz o vocalista. “O gesto de ‘bater cabeça’ e o ato de ‘rebolar’ tornam-se rituais de libertação: uma catarse que transforma dor em potência, cansaço em celebração, submissão em insurgência com a cara do subúrbio carioca de quem não tem preconceito algum de estilos”. Além da música que dá nome ao EP, fazem parte do disco as faixas Respeita as Minas, Levanta o Moicano, Maldita TPM, Show de Porrada e Geral com a Mão pro Alto.

Santista Renan Valdez une MPB e música eletrônica nas canções do EP “Girassol”

Girassol, do músico e compositor santista Renan Valdez, chegou às plataformas digitais. O projeto, concebido a partir de um momento de profunda transformação pessoal, narra uma história de desapego, ressignificação e a redescoberta de si mesmo. A inspiração para o trabalho surgiu em 2023, após o término de um relacionamento significativo, que ocorreu logo depois do Carnaval. A dor da separação foi agravada por um elemento de capacitismo, pois o artista havia sido diagnosticado no espectro autista um pouco antes, e suas dificuldades foram usadas como justificativa para o fim da relação. Essa crise de identidade, misturada à dor da perda de uma pessoa amada, tornou-se o catalisador para as composições do EP. Sem dúvida, o EP é uma obra sobre as fases da jornada emocional: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação. As canções misturam as memórias da relação que se perdeu com a busca pelo autoconhecimento e a auto aceitação, criando uma trajetória narrativa que vai da melancolia à superação. Além disso, a escolha do nome é simbólica: Girassol; o símbolo universal das deficiências invisíveis. A sonoridade do trabalho é um ponto de destaque. Renan Valdez cria uma ponte entre o pop contemporâneo e a Música Popular Brasileira, mesclando batidas eletrônicas de dancehall e hyperpop com ritmos como o maracatu, o baião e a bossa nova. O resultado é um som único e peculiar, que soa familiar e, ao mesmo tempo, completamente original. Cada faixa do EP contribui para a narrativa e a riqueza musical do projeto. A Intro é uma colagem de sons e memórias que culmina na lembrança melancólica da música de Luiz Melodia. Galinha e Vem Pra Mim exploram a tristeza da perda com um toque dançante, enquanto Bolero Da Saudade Maior traz uma ousadia sensual e Sozinho reflete sobre o medo da solidão. A faixa-título, Girassol, é um samba-hyperpop que celebra o fim do ciclo, a aceitação e a redescoberta de si. Além do som, Renan Valdez explora em sua arte um conceito que engloba o visual e o imaterial. As performances, figurinos, adereços e maquiagem foram idealizados por ele para dialogar com as memórias e os conceitos do álbum, transformando o show em uma experiência completa que vai além da música.

The Paradox lança EP de estreia NSFW; ouça!

A banda de pop punk The Paradox lançou seu aguardado EP de estreia, NSFW. Apelidados de “black-182” por ser formada apenas por integrantes pretos e fãs de blink-182, a banda viajará pelos Estados Unidos com o All Time Low nos próximos meses para divulgar o debute. Formada em junho de 2024, a The Paradox reúne o vocalista e guitarrista Eric Dangerfield, o baixista Donald Bryant, o guitarrista e vocalista Xelan e o baterista PC3. O grupo, baseado em Atlanta, chamou a atenção logo nas primeiras semanas de carreira, recebendo o aval de ninguém menos que Jack White (The White Stripes). Mesmo com pouco tempo de estrada, a banda já acumula feitos de peso: abriu o show do Green Day em agosto de 2024, integrou o line-up do When We Were Young Festival em outubro do mesmo ano e incendiou o palco do Warped Tour 2025, em Long Beach, Califórnia. Nesse último, a The Paradox surpreendeu o público ao receber Travis Barker (blink-182) como convidado especial, tocando juntos a parceria Bender, presente no EP de estreia.

Yungblud e Aerosmith anunciam EP com cinco faixas

O músico Yungblud anunciou o EP One More Time em parceria com o Aerosmith. O trabalho com cinco faixas será lançado em 21 de novembro. O primeiro single, My Only Angel, chega às plataformas digitais nesta sexta-feira (19). Atração de abertura do show do Limp Bizkit no Allianz Parque, em São Paulo, no dia 20 de dezembro, Yungblud tem conquistado cada vez a atenção de grandes artistas. Nos últimos meses foi “abençoado” por Ozzy Osbourne no show de despedida do Rei das Trevas, recebeu elogios de Steven Tyler (Aerosmith) e emocionou Ariana Grande. O sucesso também despertou inveja nos integrantes do The Darkness, que destilaram comentários negativos sobre o artista. Recentemente, Yungblud lançou a primeira parte do ambicioso álbum Idols, que inclui uma faixa com 9 minutos e seis segundos (Hello Heaven, Hello). Ainda há ingressos disponíveis na Eventim para o show do Yungblud em São Paulo. Os preços variam entre R$ 182,50 (cadeira superior / inferior) e R$ 895,00 (pista premium / inteira). Além de Yungblud e Limp Bizkit, 311, Ecca Vandal, Riff Raff e Slay Squad também se apresentam. Essa será a segunda vez de Yungblud no Brasil. Anteriormente, o músico britânico se apresentou no Lollapalooza e fez um side show no Cine Joia, ambos em São Paulo. View this post on Instagram A post shared by YUNGBLUD (@yungblud) ONE MORE TIME – TRACKLISTING

Riviera abre álbum duplo com EP Passado/Presente

Riviera, projeto do músico Vinícius Coimbra, apresenta o EP Passado/Presente, primeira parte do álbum duplo Com o Passar dos Anos. O trabalho é dividido em dois capítulos: Passado/Presente e Presente/Futuro. A ideia é que sejam os dois lados de um mesmo disco. Neste primeiro momento, o artista revisita memórias e afetos que atravessam o tempo, indo do encontro e da entrega até a perda, o luto e a aceitação. O EP traz cinco faixas e será disponibilizado neste sábado (6): Laços, Futuro, A Dor e a Cura, Molduras e Pra Você. As composições nasceram entre 2019 e 2021, em meio a um período de separação, recuperação de saúde e isolamento na pandemia. Pra Você foi a primeira a surgir, logo após o fim do relacionamento, e acabou abrindo caminho para o conceito do disco. As demais vieram em sequência, como capítulos de uma narrativa pessoal que amadureceu até ganhar forma definitiva no estúdio. A sonoridade aposta em camadas etéreas, nas quais o silêncio tem tanto peso quanto as notas. As referências vão de RY X e Jeff Buckley a Death Cab for Cutie e Seafret, passando por ecos de indie rock, emo e MPB. Pianos espaçados, guitarras atmosféricas e vocais vulneráveis definem a atmosfera. “Não queria um som que gritasse, como nos discos anteriores. Queria que dissesse muito no silêncio também”, afirma Vinícius. O título Com o Passar dos Anos resume a proposta: conviver com as lembranças sem perder o presente de vista. A capa, criada por Brunna Frade, funciona como a abertura de um livro. Cada single ganhou uma ilustração própria, todas ligadas por um fio vermelho que simboliza o tempo e o amor. Produzido em parceria com Breno Machado e Cris Simões (Skank, Jota Quest, Paula Fernandes), o EP conta ainda com o trompete de Marco Lima (James Boogaloo) em Pra Você. Uma escolha estética marca o registro: a ausência de bateria na maior parte das faixas, reforçando o caráter contemplativo do trabalho. O projeto também se estende ao audiovisual. Cada faixa recebeu um videoclipe e, juntos, formam o curta Molduras, dirigido por Vinícius em parceria com a fotógrafa Bruna Lacerda. O filme amplia a mesma atmosfera das músicas, explorando gestos, pausas e a delicadeza do cotidiano como extensão da narrativa sonora. Mais do que um conceito, o EP nasce de uma necessidade pessoal. “Tudo que está nas letras aconteceu, foi sentido, foi real. Não tem personagem aqui. Esse disco não foi feito pra provar nada, mas porque eu precisava escrever. Ele não traz respostas, mas talvez ajude a fazer as perguntas certas”, conclui o artista.

Banda de rock placa-mãe lança Fale ao Motorista Somente o Indispensável

Depois de 15 anos de história, o EP que marca a estreia oficial da banda carioca placa-mãe finalmente ganha vida. Fale ao Motorista Somente o Indispensável traz toda a urgência criativa do momento, resultado do reencontro entre Paulo Fischer (voz, violão e guitarra), Marco Fisbhen (guitarras e violões) e Marcelo Caldas (baixo). Com produção assinada pelo músico e produtor Felipe Vassão – que já assinou trabalhos de nomes como Elza Soares, Pitty, Emicida, Tuyo, além de levar pra casa um Grammy Latino com Jotapê –, o projeto apresenta letras e arranjos guiados por melodias densas e poéticas, que transitam por influências que vão de Radiohead e Cazuza ao Clube da Esquina e Arctic Monkeys. Mais que um simples registro, o EP é um reencontro afetivo com canções compostas ao longo de muitos anos e revisitadas no estúdio com liberdade e espontaneidade. Fale ao Motorista Somente o Indispensável já está disponível em todas as plataformas de streaming. No EP, a banda transforma um repertório guardado por 15 anos em um retrato vivo e atual da sua identidade artística, provando que, às vezes, o tempo é fundamental para amadurecer uma obra. A abertura fica por conta de Ano Deslumbrante, uma canção sobre amores proibidos que conta a história de dois amigos de longa data que descobrem estar apaixonados, acompanhando todas as curvas que possibilitam ou não esta vivência. Na sequência, As Desventuras do Palhaço Cambalhotas mergulha em um diálogo intenso, entre metáforas de fuga e despedida, que se desdobram na liberação emocional de um homem preso em um relacionamento já não existente.  Como um registro extenso de emoções e experiências, Os Autos do Inventário de Susan S. fala do luto e da dor após uma separação. A tracklist continua com O Tempo e a Cidade, que, por sua vez, versa sobre a delicada saudade e os desafios de um amor à distância, narrando dois apaixonados que vivem em países diferentes, enfrentando as barreiras para um reencontro e o impacto do tempo. Na sequência, O Grilo Falante chega com uma sonoridade mais orquestral que embala uma reflexão poética sobre a saudade, o tempo que passa e a morte, questionando como seria a vida se estivéssemos mais atentos à nossa própria consciência. Por fim, o som mais pesado de Peloponeso retrata pessoas que não conseguem se conectar consigo mesmas ou com os outros, escondendo sua tristeza por trás de uma fachada blasé.  “Este EP é a materialização de uma trajetória longa e cheia de encontros, é a placa-mãe dando voz a canções que amadureceram com o tempo, mas que só agora encontraram sua forma definitiva. Queremos que cada faixa seja uma conversa nossa com quem escuta, um convite para refletir sobre emoções complexas e histórias não contadas”, afirma a banda.

Deb and The Mentals volta às origens em novo EP Old News

A banda Deb And The Mentals lançou o EP Old News, que marca um retorno às raízes, mas sem perder a essência do grunge e punk rock. Com letras escritas em inglês – como faziam em 2015, quando tudo começou, eles também celebram a nova formação com Fi, do NX Zero, dentro da banda. O lançamento também marca a bem sucedida parceria deles com o selo da AlgoHits, a music tech que conecta fãs e artistas da melhor forma possível, e da Läjä Records. O projeto ainda inclui a faixa Suck Me e chega com um videoclipe para Together Again. Consolidados na cena alternativa brasileira, após dois anos do Azul Catástrofe, voltam com um EP de 6 faixas cheio de potência e autenticidade e faixas escritas pelos integrantes junto de Alexandre Campilé e Giovanna Zambianchi. “Voltamos com as composições em inglês — como era lá no começo! Mantivemos o nosso som de sempre, com grunge e punk rock que faz parte das nossas influências em comum e lançamos Old News como um resgate daquilo que um dia foi esquecido. É sobre reencontrar sentimentos que, mesmo calados, nunca deixaram de gritar por dentro, uma memória emocional. É sobre voltar pro que é real para si”, dizem os artistas. O motivo da escolha de Together Again para ser a faixa foco do lançamento é simples: alinhar a identidade do novo trabalho aos sentimentos de reencontro com as raízes que o grupo sente. Gravado no Porta, em São Paulo, eles contam que escolheram o local por ter a proposta perfeita: “O lugar tem um clima perfeito para shows intimistas, do jeitinho que a gente gosta. E o dono, Raphael Carapia, topou ceder o espaço para essa gravação. Contamos com uma equipe incrível: Murilo Amancio na direção, Tony Santos como assistente de câmera, Feg Iranço na direção de arte e Lucca Miranda making off e fotos promocionais”, revela o grupo. A chegada do novo membro, o baterista Filipe Fi, também é um ponto especial para o quarteto. Ele entrou para a nova formação em 2024 e, desde lá, os integrantes trabalham juntos para chegar a um resultado cheio de paixão e influências em comum, como Stone Temple Pilots e Turnstile: “Ele é o primeiro que compusemos com o novo guitarrista da banda. Foi um processo cercado de pessoas muito talentosas, como Ítalo Nonato, da Pense, que atuou como técnico de gravação. A produção de voz, mixagem e a masterização ficaram por conta de Alexandre Capilé. Também tivemos parceria em algumas letras da Gi Zambianchi”, finalizam. Ouça Old News, do Deb and The Mentals