Riviera abre álbum duplo com EP Passado/Presente

Riviera, projeto do músico Vinícius Coimbra, apresenta o EP Passado/Presente, primeira parte do álbum duplo Com o Passar dos Anos. O trabalho é dividido em dois capítulos: Passado/Presente e Presente/Futuro. A ideia é que sejam os dois lados de um mesmo disco. Neste primeiro momento, o artista revisita memórias e afetos que atravessam o tempo, indo do encontro e da entrega até a perda, o luto e a aceitação. O EP traz cinco faixas e será disponibilizado neste sábado (6): Laços, Futuro, A Dor e a Cura, Molduras e Pra Você. As composições nasceram entre 2019 e 2021, em meio a um período de separação, recuperação de saúde e isolamento na pandemia. Pra Você foi a primeira a surgir, logo após o fim do relacionamento, e acabou abrindo caminho para o conceito do disco. As demais vieram em sequência, como capítulos de uma narrativa pessoal que amadureceu até ganhar forma definitiva no estúdio. A sonoridade aposta em camadas etéreas, nas quais o silêncio tem tanto peso quanto as notas. As referências vão de RY X e Jeff Buckley a Death Cab for Cutie e Seafret, passando por ecos de indie rock, emo e MPB. Pianos espaçados, guitarras atmosféricas e vocais vulneráveis definem a atmosfera. “Não queria um som que gritasse, como nos discos anteriores. Queria que dissesse muito no silêncio também”, afirma Vinícius. O título Com o Passar dos Anos resume a proposta: conviver com as lembranças sem perder o presente de vista. A capa, criada por Brunna Frade, funciona como a abertura de um livro. Cada single ganhou uma ilustração própria, todas ligadas por um fio vermelho que simboliza o tempo e o amor. Produzido em parceria com Breno Machado e Cris Simões (Skank, Jota Quest, Paula Fernandes), o EP conta ainda com o trompete de Marco Lima (James Boogaloo) em Pra Você. Uma escolha estética marca o registro: a ausência de bateria na maior parte das faixas, reforçando o caráter contemplativo do trabalho. O projeto também se estende ao audiovisual. Cada faixa recebeu um videoclipe e, juntos, formam o curta Molduras, dirigido por Vinícius em parceria com a fotógrafa Bruna Lacerda. O filme amplia a mesma atmosfera das músicas, explorando gestos, pausas e a delicadeza do cotidiano como extensão da narrativa sonora. Mais do que um conceito, o EP nasce de uma necessidade pessoal. “Tudo que está nas letras aconteceu, foi sentido, foi real. Não tem personagem aqui. Esse disco não foi feito pra provar nada, mas porque eu precisava escrever. Ele não traz respostas, mas talvez ajude a fazer as perguntas certas”, conclui o artista.

Banda de rock placa-mãe lança Fale ao Motorista Somente o Indispensável

Depois de 15 anos de história, o EP que marca a estreia oficial da banda carioca placa-mãe finalmente ganha vida. Fale ao Motorista Somente o Indispensável traz toda a urgência criativa do momento, resultado do reencontro entre Paulo Fischer (voz, violão e guitarra), Marco Fisbhen (guitarras e violões) e Marcelo Caldas (baixo). Com produção assinada pelo músico e produtor Felipe Vassão – que já assinou trabalhos de nomes como Elza Soares, Pitty, Emicida, Tuyo, além de levar pra casa um Grammy Latino com Jotapê –, o projeto apresenta letras e arranjos guiados por melodias densas e poéticas, que transitam por influências que vão de Radiohead e Cazuza ao Clube da Esquina e Arctic Monkeys. Mais que um simples registro, o EP é um reencontro afetivo com canções compostas ao longo de muitos anos e revisitadas no estúdio com liberdade e espontaneidade. Fale ao Motorista Somente o Indispensável já está disponível em todas as plataformas de streaming. No EP, a banda transforma um repertório guardado por 15 anos em um retrato vivo e atual da sua identidade artística, provando que, às vezes, o tempo é fundamental para amadurecer uma obra. A abertura fica por conta de Ano Deslumbrante, uma canção sobre amores proibidos que conta a história de dois amigos de longa data que descobrem estar apaixonados, acompanhando todas as curvas que possibilitam ou não esta vivência. Na sequência, As Desventuras do Palhaço Cambalhotas mergulha em um diálogo intenso, entre metáforas de fuga e despedida, que se desdobram na liberação emocional de um homem preso em um relacionamento já não existente.  Como um registro extenso de emoções e experiências, Os Autos do Inventário de Susan S. fala do luto e da dor após uma separação. A tracklist continua com O Tempo e a Cidade, que, por sua vez, versa sobre a delicada saudade e os desafios de um amor à distância, narrando dois apaixonados que vivem em países diferentes, enfrentando as barreiras para um reencontro e o impacto do tempo. Na sequência, O Grilo Falante chega com uma sonoridade mais orquestral que embala uma reflexão poética sobre a saudade, o tempo que passa e a morte, questionando como seria a vida se estivéssemos mais atentos à nossa própria consciência. Por fim, o som mais pesado de Peloponeso retrata pessoas que não conseguem se conectar consigo mesmas ou com os outros, escondendo sua tristeza por trás de uma fachada blasé.  “Este EP é a materialização de uma trajetória longa e cheia de encontros, é a placa-mãe dando voz a canções que amadureceram com o tempo, mas que só agora encontraram sua forma definitiva. Queremos que cada faixa seja uma conversa nossa com quem escuta, um convite para refletir sobre emoções complexas e histórias não contadas”, afirma a banda.

Deb and The Mentals volta às origens em novo EP Old News

A banda Deb And The Mentals lançou o EP Old News, que marca um retorno às raízes, mas sem perder a essência do grunge e punk rock. Com letras escritas em inglês – como faziam em 2015, quando tudo começou, eles também celebram a nova formação com Fi, do NX Zero, dentro da banda. O lançamento também marca a bem sucedida parceria deles com o selo da AlgoHits, a music tech que conecta fãs e artistas da melhor forma possível, e da Läjä Records. O projeto ainda inclui a faixa Suck Me e chega com um videoclipe para Together Again. Consolidados na cena alternativa brasileira, após dois anos do Azul Catástrofe, voltam com um EP de 6 faixas cheio de potência e autenticidade e faixas escritas pelos integrantes junto de Alexandre Campilé e Giovanna Zambianchi. “Voltamos com as composições em inglês — como era lá no começo! Mantivemos o nosso som de sempre, com grunge e punk rock que faz parte das nossas influências em comum e lançamos Old News como um resgate daquilo que um dia foi esquecido. É sobre reencontrar sentimentos que, mesmo calados, nunca deixaram de gritar por dentro, uma memória emocional. É sobre voltar pro que é real para si”, dizem os artistas. O motivo da escolha de Together Again para ser a faixa foco do lançamento é simples: alinhar a identidade do novo trabalho aos sentimentos de reencontro com as raízes que o grupo sente. Gravado no Porta, em São Paulo, eles contam que escolheram o local por ter a proposta perfeita: “O lugar tem um clima perfeito para shows intimistas, do jeitinho que a gente gosta. E o dono, Raphael Carapia, topou ceder o espaço para essa gravação. Contamos com uma equipe incrível: Murilo Amancio na direção, Tony Santos como assistente de câmera, Feg Iranço na direção de arte e Lucca Miranda making off e fotos promocionais”, revela o grupo. A chegada do novo membro, o baterista Filipe Fi, também é um ponto especial para o quarteto. Ele entrou para a nova formação em 2024 e, desde lá, os integrantes trabalham juntos para chegar a um resultado cheio de paixão e influências em comum, como Stone Temple Pilots e Turnstile: “Ele é o primeiro que compusemos com o novo guitarrista da banda. Foi um processo cercado de pessoas muito talentosas, como Ítalo Nonato, da Pense, que atuou como técnico de gravação. A produção de voz, mixagem e a masterização ficaram por conta de Alexandre Capilé. Também tivemos parceria em algumas letras da Gi Zambianchi”, finalizam. Ouça Old News, do Deb and The Mentals

Apnea retorna com o EP Beyond City Limits; ouça!

A banda santista Apnea está de volta com o EP Beyond City Limits, gravado no Dissenso Studio em São Paulo. Para esse disco, os integrantes fizeram questão de trabalhar com uma mulher na produção, convidando Muriel Curi, que produziu e mixou as quatro músicas do EP. Já a masterização foi feita pelo Fernando Sanchez. O baterista Maurício Boka conta como foi o processo de composição e o trabalho com Muriel Curi. “Tínhamos os 4 sons já bem prontos como comentei antes, então quando pensamos em fazer um EP, queríamos gravar em um estúdio diferente e com uma capacidade de recurso mais abrangente. Também procuramos uma produtora. Pensamos que uma mulher teria uma leitura e uma visão diferente do que a gente pensa de música, outra sensibilidade. Quando apareceu o nome da Muriel Curi que comanda o estúdio Dissenso, não tivemos dúvida e o resultado foi maravilhoso”. Beyond City Limits representa um amadurecimento tanto em termos de composição e execução das músicas, como na produção, na qualidade de tudo. “Somos uma banda que ensaia com bastante frequência e compomos constantemente. Com as quatro músicas já bem resolvidas, entendemos que um EP após o álbum de estreia seria uma boa ideia. Em termos de discografia, pensamos que com um compacto, um álbum e um EP lançados ‘completaria’ todos os tipos de formatos convencionais de lançamento dentro da nossa trajetória até o presente momento”, conta Maurício Boka. Este trabalho é o mais pesado da banda, mostrando sua evolução e fincando sua identidade no cenário nacional. Com proposta de apresentar um som influenciado pela música dos anos 70 e 90, mesclando grunge, heavy metal e stoner rock, Apnea construiu seu som com diversas influências. “O som ficou mais pesado e mais ‘rockão’ do que no álbum”, conta Maurício Boka. “E as letras são bastante subjetivas. Elas abordam temas como o meio ambiente, a luta de classes, o cotidiano, a cidade de Santos, etc, porém de uma maneira indireta e meio psicodélica. Acho que somente lendo algumas letras, fica difícil entender a mensagem diretamente, podendo soar como uma ‘viagem’ total. Também queremos que as pessoas conheçam e entendam o som. Gostaríamos de expandir nossa música para o mais longe possível. A qualidade da produção e das composições refletem um novo momento, um degrau acima”. O show de lançamento de Beyond City Limits será no Sesc Santos, no dia 27 de agosto. O show será gratuito com retirada de ingressos 1h antes do espetáculo.

Faca Preta avança com seu street punk de combate no EP Fogo no Sistema

O Faca Preta, banda paulistana na ativa desde 2013, avança com seu street punk de combate no autoexplicativo EP Fogo no Sistema, com três sons de críticas sociais. O lançamento é via Repetente Records. Fogo no Sistema foi gravado este ano no concorrido Estudio Costella, produzido por Capileh, um dos mais experts do ofício no país. É um registro enérgico e direto, que carrega e destaca a verve do Faca Preta. Como explica a banda, estas músicas falam de um cotidiano em que pessoas vivem rodeadas de fascismo por conta da polícia, por conta do sistema. Esse é, aliás, o enredo exato da faixa que dá título ao EP. A letra é sobre um sistema cruel que nos coloca em posição desfavorável para perdemos nosso caráter e desviar nossa conduta por facilidades na vida, tanto pelo oportunismo ou por dinheiro. “Um sistema que acaba nos convencendo que o desvio de caráter não traz resultados e sim as consequências por se vender a algo errado”, eles explicam. Já Não pedimos pra nascer fala sobre o massacre que vivemos por conta de trabalho escravo, patrão lucrando sempre em cima da mão de obra do trabalhador e o sofrimento da sociedade devido à desigualdade salarial e baixa no mundo capitalista. Ouça Fogo no Sistema, do Faca Preta

Com Falamansa e Macucos, Alma Djem lança EP Harmonia; ouça!

O Alma Djem lançou a terceira parte do Acústico em São Paulo: o EP Harmonia dá continuidade ao projeto iniciado com os EPs Luz e Liberdade. Gravado na capital paulistana em julho de 2024, o trabalho reforça a fusão de estilos e a valorização da diversidade musical brasileira. Nesta etapa, a banda selecionou cinco faixas que passeiam por temas como amizade, fé, amor, diversidade e, até mesmo, a necessidade de reflexão sobre o impacto humano no planeta. Entre os convidados estão nomes como Falamansa e a banda capixaba Macucos. A escolha do nome do EP ecoa mais do que melodias: carrega uma mensagem urgente sobre a necessidade de equilíbrio entre progresso e preservação. Em tempos de crise climática, a sustentabilidade deixa de ser escolha e torna-se um dever coletivo.  A faixa de abertura traz a releitura de Sobradinho, clássico de Sá & Guarabyra, eternizado nos anos 1970 como crônica da construção da hidrelétrica de mesmo nome no norte da Bahia. A canção ganha nova vida nas vozes de Marcelo Mira (Alma Djem) e Tato (Falamansa), celebrando uma amizade iniciada em 2005, quando as duas bandas jogaram juntas no campeonato Rock Gol da MTV. Desde então, a parceria rendeu frutos como a regravação de Teu Lugar pelo Falamansa, além de colaborações anteriores no DVD Ao Vivo no Lago Paranoá. Mira e Tato também dividem a autoria de Rede no Coqueiro (com participação do Falamansa) e de Perfeitinha, ambas presentes no projeto acústico. A relação entre os dois ultrapassa a amizade e consolida-se em uma trajetória de composições assinadas para artistas como Jorge & Mateus, Marcos & Belutti, Ivo Mozart, Planta & Raiz e sucessos do próprio Falamansa, como Um Pouco Mais de Fé e Respeite a Maré. A segunda faixa, Abre Caminho,  traz uma mensagem de fé, solidariedade e empatia, propondo uma visão de mundo mais colaborativa. “E quando chegar tenta puxar alguém pra perto de você / Abre caminho que de um jeito todo mundo vai caber / O importante é ter fé, o importante é viver”, diz o refrão. Já Amar Novamente, representa um marco na história do Alma Djem. Primeira composição de Marcelo Mira, a música integra o álbum de estreia da banda, Grito de Liberdade (1999), e se tornou hino afetivo para milhares de fãs e casais ao longo dos anos. Na quarta faixa, Flor e Tangerina, o Alma Djem se une à banda Macucos, do Espírito Santo. A ligação com o estado é antiga: foi lá que a banda realizou seus primeiros shows fora do Distrito Federal, ainda em 1999. Mira tem laços familiares com a região, e divide com Fred Nery (Macucos) e Armandinho o projeto paralelo Praia Trio. Uma das canções desse projeto, Beira do Mar, foi recentemente lançada por Armandinho em seu novo álbum. Encerrando o EP, Manga Rosa e Guaraná é uma colaboração entre Mira, Filipe Toca e o rapper baiano Lord Natri. A faixa aborda a importância da aceitação das diferenças em tempos polarizados, exaltando o amor como ponte entre mundos distintos. “Obrigado vida, pelas diferenças casuais / Nós não precisamos ser iguais / Pra amar e ser feliz da vida”, diz o trecho final do refrão. Harmonia é uma obra que convida à reflexão sobre o impacto humano no planeta e propõe um reencontro com valores essenciais. Em cada faixa, uma lembrança de que viver em harmonia é também cuidar do mundo que habitamos. O projeto Acústico em São Paulo O repertório do show foi completo e tomado de hits: 31 faixas e uma noite inesquecível, já que a banda sempre sonhou em fazer um projeto nesse estilo. Mais do que especial, o espetáculo contou com amigos de longa data para comemorar mais do que nunca. Entre os convidados estavam a banda Maneva, o músico Vitor Kley, Tato (do Falamansa), Macucos, Chimarruts e muitos outros. O show trouxe como destaque as músicas escritas pelo vocalista do Alma Djem, Marcelo Mira, co-autor de hits de artistas consagrados como Ricky Martin, Claudia Leitte, Wanessa Camargo e Jorge & Mateus. A direção de vídeo é de Rodrigo Pysi, um dos maiores diretores de videoclipes da atualidade e um velho parceiro de gravações com o Alma Djem. Pysi também já assinou trabalhos com Maneva, Sérgio Britto (Titãs), Planta & Raiz, Patrícia Marx, Badi Assad, entre outros. A produção musical do DVD é de Juninho Sarpa. Conhecido no meio sertanejo, trabalhou com nomes como Paula Fernandes, Marcos & Belutti e João Neto & Frederico. Além disso, é líder da banda de reggae Patuáh, de Campinas, e produtor de bandas de reggae do interior de São Paulo há mais de 20 anos. “Foi um ano intenso de produção musical, arranjos, escolha de repertório com o Sarpa, mistura de sonoridades, instrumentos, ritmos e levadas. E o resultado ficou incrível. Uma mistura de reggae com reggaeton, samba, rap, MPB, forró, pop… ficou incrível. Na parte visual, um cenário especial do mestre Zé Carratu trouxe elementos africanos e urbanos misturados, lembrando essa mistura que é São Paulo. Com isso, provamos que é possível, sim, gravar um álbum acústico de reggae na cidade mais cosmopolita e agitada da América Latina”, encerrou Marcelo Mira.

Day Limns transforma sua travessia urbana em poesia pop no EP A Beleza do Caos

Com sonoridade arrojada, lirismo afiado e sensibilidade à flor da pele, Day Limns apresentou o EP A Beleza do Caos, um projeto com quatro faixas inéditas que traduzem sua vivência na cidade – e dentro de si mesma – em uma obra musical intensa, pop e espiritual. Produzido por Los Brasileros (vencedores do Grammy) e DMAX, o EP combina pop alternativo, trap, R&B melancólico e hyperpop com uma narrativa sólida, que reflete a jornada de um eu-lírico em meio ao caos da vida moderna. A Beleza do Caos não é apenas um título — é uma provocação existencial. Day parte de uma ideia poderosa: “Se o caos veio antes da luz, então é em nós que ela nasce.” Nesse universo, o caos não é confusão: é a origem. É força criativa, linguagem ancestral. Inspirado pela mitologia grega (Hesíodo), o EP trata o caos como matéria-prima da criação e convida quem ouve a se reconhecer como parte dele — não vítimas, mas criadores do próprio mundo. A cidade de São Paulo é cenário e metáfora. Cada faixa é uma rua, um farol, um tropeço ou descoberta. O urbano é simbólico: buzinas, semáforos, curvas e colisões se tornam espelhos das emoções humanas. É nessa travessia entre luz e sombra que a beleza do caos se revela.

Entrevista | Di Ferrero – “Esse é só o início dessa nova fase mesmo”

Di Ferrero

Sete é mais do que apenas um número. Para o cantor e compositor Di Ferrero, o 7 representa ciclos, transições e renascimentos e, agora, é o fio condutor de seu novo EP, 7, que chegou ao streaming nesta segunda-feira (7), às sete da noite, acompanhado de um lindo trabalho audiovisual.  “O fim do dia e o começo da noite, essa hora azul, me inspira muito. É como uma mudança de fase. E esse EP é justamente isso: um novo começo pra mim”, contou o vocalista do NX Zero ao Blog n’ Roll, que optou por lançar três faixas conectadas por um conceito mais subjetivo, reflexivo e visual. Com uma estética musical mais orgânica e crua, o EP 7 surgiu de forma espontânea, quase despretensiosa, de acordo com Di Ferrero. “Dessa vez, não fui buscar sons, eles simplesmente vieram. O EP é mais tocado, mais cru, mais transparente, como eu tô me sentindo agora”, revela.  A produção ficou por conta de Felipe Vassão, com co-produção e composição de Bruno Genz (ex-Cine), um dos grandes parceiros do artista nessa nova fase. Projeto novo de Di Ferrero terá sequência Acompanhando as músicas, o cantor lançou três visualizers especiais, gravados em plano-sequência, que juntam as três canções em uma só – compondo uma trilogia. Bruno Bock (Som da Desilusão) e César Ovalle (Além do Fim e Universo Paralelo) assinam a direção. “A trilogia é uma sequência do EP, como se ele nunca parasse. Tudo começa em um sonho lúdico, o Som da Desilusão, trazendo um pouco do conceito da capa. Depois, encaminhamos para a virada, chegando nas sete horas, no horário e na cor do EP. Na sequência, em Além do Fim, retratamos um lugar onde apareço isolado, em outro mundo. Por fim, entramos no Universo Paralelo, onde temos vários Di’s com personalidade diferentes, cada um com seus próprios questionamentos”, explica Di Ferrero, revelando também a participação de nomes como Maurício Meirelles, Patrick Maia, Luccas Carlos, Day, Hodari, entre outros. Apesar de 7 ser um EP, ele não é um trabalho isolado. “Esse é só o primeiro episódio dessa nova série minha que vai começar. Já tem mais músicas prontas, e esse ano ainda vem mais lançamento. Eu tô me identificando com esse som, tô feliz e quero mostrar isso pras pessoas”. Confira a entrevista completa abaixo. O número 7 carrega muitos significados simbólicos. Em que momento da sua vida você percebeu que ele seria o fio condutor desse EP? Realmente é um novo momento pra mim. O 7 traz isso, aquela coisa que você vem pra esse mundo, até os seus sete anos, você não entende direito o que está pegando. Dos sete aos 14, você já vai tendo suas experiências que marcam sua vida na adolescência. Até os 21, seu corpo para de crescer. Depois, até os 28, tem toda aquela mudança. Mas o principal que me deu o lance de colocar o nome de 7 foi a hora do dia. Porque o fim do dia e o começo da noite, essa hora (7) me traz uma reflexão muito louca. Amo esse momento do dia, me dá inspiração. É um momento que você para, é uma mudança. O claro para o escuro. Aquele momento dessa mudança, o azul, que não é nem o amarelo do sol, nem o escuro da noite, é aquele azul. Aquela fase, aquela hora azul. Aquilo ali foi a ideia que vai ser o fio condutor do EP. E o sete é mais ou menos umas sete horas, junto com toda a simbologia desse número. E é um começo de ciclo para mim. É só o primeiro episódio dessa série nova minha que vai começar.  Você falou de uma nova série. Até queria então emendar uma pergunta a respeito. Ele é um EP que vai ser seguido de outros EPs? Ou é algo que vai preparar para um álbum cheio?  Ele tem sim uma continuação, posso dizer assim. Ele é o começo de um momento da minha vida. Estou há um tempo sem lançar músicas inéditas. Um ano, solo, lancei algumas coisas, mas mais pontuais. A gravação que fiz do Paralamas, que foi muito bem, por exemplo.  E aí, agora sim, com essa nova fase, já tenho bastante músicas. Estou  amarrando isso tudo muito com cuidado para passar da melhor forma possível para as pessoas. Venho me identificando muito com esses sons do EP. Mas posso dizer que esse ano ainda vai ter mais lançamento, mais coisas que têm a ver com essa nova fase. Esse é só o início dessa nova fase mesmo. A sonoridade de 7 é descrita como mais orgânica e musical. O que mudou no seu processo de criação em relação aos seus trabalhos anteriores? Foi muito louco porque fico buscando sons, mas nesse caso foi sem buscar mesmo, foi despretensioso. Tanto é que ele está bem orgânico mesmo. São canções que depois coloco sintetizadores e várias coisas legais junto com o Vassão, o produtor do EP. Ele é um cara que admiro, um produtor incrível.  Como ele também é muito sensível, vai tirando várias coisas de mim. Esse trabalho é mais tocado, mais orgânico, mais cru. E é como estou agora, mais transparente. É um pouco uns passos pra trás, no bom sentido, de tocar junto e tal.  Quem te acompanhou nesse processo? Tem alguém que foi a voz da consciência ou o braço direito?  Tenho sorte de ter muitos amigos, pessoas que confio. É louco que na vida a gente vai peneirando nossas amizades, ideias, as pessoas que vão se aproximando. O cara que compôs comigo o EP foi o Bruno Gens, que toca baixo comigo, ele era do Cine. Ele é um produtor sensível, o cara produz muito também. Ele é co-produtor junto com o Vassão. Por serem pessoas próximas, conversamos muito sobre a vida. E falar sobre vida pra mim é a mesma coisa que falar sobre música, é a verdade que vivo. E aí a gente foi achando esse caminho.  Por exemplo, a música O Som da Desilusão

Com show em São Paulo nesta sexta, Last Dinosaurs lança EP

Recém-saídos de uma bem-sucedida turnê como headliners por Cingapura, Japão, China, Malásia e Indonésia, além de vários shows esgotados na América do Norte, o enérgico trio de indie rock Last Dinosaurs está se preparando para sua estreia como headliner na América Latina, incluindo o Brasil. Para celebrar essas datas inaugurais e o relançamento em vinil de seu querido álbum de 2018, Yumeno Garden, os Dinos estão empolgados em compartilhar o EP Yumeno Garden (Alternate Versions). Esse lançamento especial traz colaborações emocionantes com alguns de seus artistas favoritos da América Latina e do Sudeste Asiático, oferecendo novas interpretações de canções clássicas. Desde os queridinhos do indie indonésio Grrrl Gang em Eleven até os psicodélicos argentinos Isla De Caras em Italo Disco, o Last Dinosaurs apresenta versões reinventadas de suas faixas favoritas do setlist, agora com um toque global. Os garotos iniciam sua turnê pela América Latina na Cidade do México, no Foro Indie Rocks!, diante de um público com ingressos esgotados! Em seguida, seguem para Lima, Peru, no Teatro Legua; Buenos Aires, Argentina, no Club Central Bula; São Paulo, Brasil, no Jai Club; e Santiago, Chile, no Club Ambar. TURNÊ 29/03  – Mexico City, Mexico @ Foro Indie Rocks! – ESGOTADO 01/04 – Lima, Peru @ Teatro Legua 03/04 – Buenos Aires, Argentina @ Bula 04/04 – São Paulo, Brasil @ Jai Club 05/04 – Santiago, Chile @ Club Ambar