Lhanura lança EP provocador; ouça “Antropoceno”

A banda paulista Lhanura lançou o primeiro EP, Antropoceno, uma combinação do peso e da liberdade rítmica presentes no nu-metal, com o compromisso e as contestações observadas no rap e no hardcore. Com reflexões sobre os meandros da vida contemporânea, o novo trabalho, de acordo com o vocalista Bollo, é um exercício de escopo sociológico a respeito dos desdobramentos e efeitos da vida em sociedade. “É uma leitura antropológica das questões que permeiam o modo de vida no Brasil. Trouxemos provocações que vão desde o problema da identidade no mundo globalizado e sua liquidez, passam pela motivação de ser quem se é, de reconhecer os pares, da aceitação e naturalização da desigualdade, e ainda, sobre estruturas de poder que reproduzem falácias legitimadas”, revela. Para destacar o lançamento do EP, Lhanura escolheu a música Toga Vil com o intuito de representar a energia e autenticidade emanada pela banda. “É uma faixa que denuncia o descalabro provocado por omissões do poder judiciário. Ela critica as históricas decisões de arquivamento quando personagens brancos, ricos, correligionários ou herdeiros de figuras importantes, estão no foco de atos criminosos”, diz o vocalista. Antropoceno se apresenta como uma amostra do caminho o qual a banda pretende trilhar, de forma poética, incisiva e cativante. Além de Busque o melhor e Toga Vil, o EP reúne as faixas Nos Reconhecer, Ainda Não e Quem é você?. “Todas elas contêm características que pretendemos carregar durante nossa jornada. É o nosso grito inicial, um chamado a quem pondera o misto de racionalidade e emoção – um convite à plenitude”, finaliza Bollo. Lhanura é formada ainda por Vinao (bateria), Minhoca (guitarra) e Kahlil (baixo).
Gaúcho Pedro Dupuy lança EP Perfeitamente Mutável; ouça!

O cantor e compositor gaúcho Pedro Dupuy traz leveza, poesia, romantismo e questões existenciais em Perfeitamente Mutável, seu novo EP. Capitaneado pelo single Bela Balada, o trabalho já está disponível para streaming e o single ganhou um lyric video. “Há nesta música um contexto descrito, por vezes de maneira bem literal, por vezes de maneira mais lúdica e metafórica de um momento a dois. E nada mais que isso. Descreve um momento banal… baseando-se numa ótica de que, na companhia certa, em qualquer momento vive uma eternidade”, entrega Dupuy sobre a nova canção que se une às já lançadas Temo Que Fuja, Sinceros Sorrisos e Por Onde Começar no EP. Natural de Porto Alegre (RS), ele começou a escrever canções aos 19 anos, inspirado por artistas como Ray LaMontagne, Damien Rice, John Mayer, James Bay e Ed Sheeran, como forma de expressar seus sentimentos e contar histórias. Pedro Dupuy surgiu no cenário independente com o EP É Só Um Ponto de Vista, onde mesclou toques de pop e folk. Agora, o músico evolui sua estética para mostrar outros tons e sons da sua musicalidade. Bela Balada e o novo EP são mais provas dessa versatilidade, já disponível nas principais plataformas.
Entrevista | Joalin – “Quero que as pessoas reajam como os brasileiros”

Tosco lança EP Brasil é o Crime, com faixa inédita e três covers

A banda santista Tosco, cuja sonoridade agressiva é um híbrido e furioso crossover de thrash metal com hardcore, lançou o EP Brasil é o Crime. O novo trabalho do grupo traz uma faixa inédita e três versões para clássicos do Sacred Reich, Slayer e S.O.D. As três releituras nunca haviam sido lançadas digitalmente, mas podem ser encontradas como faixas “escondidas” nas versões físicas dos álbuns Revanche (2018) e Sem Concessões (2020). Por fim, Piece by Piece entrou no tributo Blood Painted Blood: A Brazilian Tribute to Slayer. A outra novidade é a entrada do baixista Carlos Diaz (ex-Vulcano, ex-Chemical Disaster, ex-Hierarchical Punishment), que já gravou a faixa Brasil é o Crime, no lugar de Ivan Pellicciotti, que atuará daqui para frente somente como produtor devido logística, já que agora o músico e produtor reside em Curitiba. Brasil é o Crime foi gravada no estúdio Play Rec, em Santos, por Fernando Bassetto, e produzida, mixada e masterizada por Ivan Pellicciotti, no estúdio O Beco, em Curitiba. “Essa nova música é um manifesto por todos nós, cidadãos brasileiros de bem, que infelizmente convivemos diariamente com o crime em todos os sentidos e em todas suas faces cruéis”, comenta Osvaldo Fernandez. “Foi a primeira música que fizemos para o terceiro álbum, antes da pandemia, e ela é muito influenciada pelo Black Sabbath e Slayer. Queríamos criar uma atmosfera pesada para que o Osvaldo pudesse encaixar a letra também bem forte”, finalizou Ricardo Lima. Em janeiro de 2023, a banda seguirá os mesmos passos que a gravação de Brasil é o Crime“, e voltará ao estúdio Play Rec, em Santos/SP, partindo depois para a produção no O Beco, em Curitiba, tendo como previsão de lançamento do novo álbum, já com título definido como Agora é a sua Vez, para o primeiro semestre. Na quinta (15), através do canal internacional do Hardcore Worldwide, a banda promoverá o lançamento exclusivo do lyric video de Brasil é o Crime, criado pelo designer e músico Wanderley Perna (Genocídio). O Tosco é formado atualmente por Osvaldo Fernandez (vocal), Ricardo Lima (guitarra), Carlos Diaz (baixo) e Paulo Mariz (bateria).
Tuyo libera nova versão do EP Depois da Festa com faixa bônus

Completando a antologia de crônicas de festas de final de ano iniciada no EP Depois da Festa, a banda Tuyo apresenta a faixa Eu Vim Pela Comida. Lio, Lay e Machado brindam a ironia em meio a jantares familiares, típicos da época de Natal e de Ano Novo. Junto do EP completo em todos os streamings de áudio, também será disponibilizada uma versão em Dolby Atmos, tecnologia que expande o sistema sonoro e qualidade das faixas. O lançamento se desdobra ainda em um novo visualizer, que complementa as narrativas audiovisuais dos anteriores, Sonho Antigo, Coração Veloz, Descansar o Sentimento e do videoclipe de Ela Sorriu Pra Mim. Com direção assinada por Fernando Moreira, as peças retratam os encontros por trás do EP, refletidas na participação dos artistas e amigos do trio, Bebé, Bruna Mendez, Dinho Almeida, JLZ, Jonathan Ferr, Keops, NATH, Nina Oliveira, Raony, Rico Dalasam e Stella Yeshua para somar como personagens na gravações.
Iuna Falcão lança EP homônimo, um ensaio da sua reconexão com a ancestralidade

Como um ato de resgate e reencontro com suas raízes indígenas, Iuna Falcão delineia o seu primeiro projeto musical, um EP homônimo. A cantora e compositora nascida em São Luís do Maranhão imprime influências extraídas de memórias afetivas junto às referências que carrega atualmente. Fruto de um processo intenso ao longo de dois anos, o EP Iuna Falcão chegou às plataformas na última sexta (2). “Busquei trazer sonoridades que me rodearam ao longo da minha infância, os ritmos que minha família ouvia nos finais de semana, como o samba, o reggae e outras sonoridades da cultura negra, para então fazer uma união com composições que versam sobre a ancestralidade”, explica Iuna. Ao longo de três faixas, Transe, Estrela e Nosso Jardim, a artista simula a nascente de um rio. “O EP começa de modo sinuoso, por entre pedras, e vai tomando a forma e a força que ele precisa para desaguar em uma grande cachoeira de emoções que existe dentro de mim”, complementa ela. Neta da primeira radialista do Maranhão, Maria Falcão, Iuna e os irmãos tiveram acesso fácil a várias vertentes da música. Djavan, Aline Frazão e Yusan Band são nomes que se destacam no leque de referências da artista. A canção Nosso Jardim é como uma carta às muitas relações que atravessaram a vida da cantora. “Sou intensa nas minhas trocas e amo escrever sobre isso, sobre as milhares de formas e momentos do amor em minha vida. No momento, eu venho me apaixonando todos os dias pela mesma pessoa, minha esposa”, declara Iuna. Estrela, que traz Lucas Cirillo assinando a composição, faz referências as yabás. “A negritude faz parte de quem eu sou, dos meus medos e anseios, das minhas vitórias e, junto dela, veio essa herança divina de quem eu falo na música Estrela. As divindades que vivem e reinam plenamente em minha existência, e eu senti que precisava reverenciar essas energias”, explica ela. O EP é completado pela faixa Transe, em que a artista versa sobre sua conexão com a água e como este elemento a influencia em todas as áreas da vida. “Em Estrela eu já falo como essa relação se cruza com o meu amor e gratidão por Orixá e, principalmente, por Oxum, rainha soberana das águas de rio e das cachoeiras e da minha existência, rainha do ouro e senhora das emoções. Por último, eu falo sobre o amor, que é algo sobre o qual eu amo falar e cantar”, finaliza.
Daniel Pandeló Corrêa lança o EP Em Glória ou em Ruína; ouça!

Unindo esperança e desesperança em forma de um indie eletrônico experimental, Daniel Pandeló Corrêa se juntou ao produtor musical Hugo Noguchi em seu primeiro trabalho puramente musical: o EP Em Glória ou em Ruína. Fazendo um registro da sensação de saber que o amanhã vai ser ruim, mas que a dor vai passar, tão comum no Brasil atual, o lançamento está disponível em todas as plataformas de música. Pela primeira vez, o autor se assume artista. Deixa de lado o lançamento de um livro de poesias para acompanhar o álbum, explicitando a necessidade de consumir esses versos na forma como foram compostos: um fluxo de palavras acompanhadas de riffs e beats, de uma ambiência que soma à urgência das estrofes. Em Glória ou Em Ruína faz uma conexão com os últimos lançamentos de Daniel, voltados para o spoken word poético, porém avançando sua estética em sintonia com a produção musical afiada de Noguchi. “Comecei a escrever coisas que estão nesses 10 minutos em 2015, no início do processo do golpe e de uma guinada do país rumo a um obscurantismo que me deixava completamente desesperançoso. Mas algo aconteceu no começo de 2020: nasceu minha filha, a Flora. Várias coisas deste EP foram escritas com ela dormindo no meu colo de madrugada, chorando, pensando se foi um erro ter colocado uma criança nesse mundo de merda. Mas uma coisa aprendi com ela: por mais que fosse difícil a noite, a manhã sempre vinha. Esse é o mote por trás desse projeto: trazer coisas muito ruins, mas com uma esperança lá no fim do túnel. Não sabemos como vai ser o amanhã há alguns anos, estamos acumulando calos e cicatrizes, mas vai passar. Em glória ou em ruína, nós vamos chegar ao fim”, conta Daniel. O projeto se junta ao EP Invocações e ao disco Voando Reto num Muro de Tijolos como amostras de um novo direcionamento na carreira de Daniel, que vem sendo construída desde 2006, quando lançou a estreia Bucolidade Urbana aos 16 anos. De lá para cá, Daniel Pandeló Corrêa vem transitando entre a poesia, a composição musical, o conto e a novela – desde então, já lançou também o cordel Nadastar (2007) e Tristes camelos (2009). Em Bucolidade Urbana, ele reuniu contos e poemas publicados em seu blog entre 2003 e 2006. São pequenas tragédias urbanas, de encontros e desencontros, alegrias e tristezas, com as nuances do olhar adolescente sobre uma realidade desigual. Já em Nadastar, cria um nordeste mítico em um interior qualquer para contar a história de amor entre uma mulher e uma televisão. Por fim, Tristes camelos é uma novela sobre obsessões sob o ponto de vista de um homem que não consegue lidar com um amor fracassado. Em Invocações (2020), o artista recorre a preces pouco usuais em reflexões sobre espaços urbanos por onde passou, do Brasil à Europa, em uma busca por algo transcendental do passado que pudesse guiar para o futuro. E Voando Reto Num Muro de Tijolos (2020) é uma viagem por memórias e traumas acompanhando um narrador que busca respostas sobre o que é. Seja evidenciando casos de racismo ou vergonhas, o projeto traz um desespero de algo que queria ser dito há muito tempo, unindo influências que vão do indie ao samba, passando pela música latina. Agora, para Em Glória ou em Ruína, ele traz um pouco da estética experimental unida ao spoken word que o produtor Hugo Noguchi tem feito em seu projeto solo, como por exemplo no álbum Humaniora, de 2021. “Eu admiro muito o trabalho do Hugo em todas suas facetas, seja nas bandas que ele fez parte ou nos projetos que ele produz e em sua postura política. Foi uma escolha de sonho trabalhar com ele. Ele pegou notas feitas em áudio no meu celular, como desabafos, editou e transformou em basicamente um som eletrônico em formato live set, pensado para ser ouvido tudo de uma vez só, com uma mistura de verborragia e carinho”, conta Daniel. Com produção musical, mixagem e masterização de Hugo Noguchi e arte de Victoria Groppo, Em Glória ou em Ruína está disponível em todas as plataformas de música. Toda a obra literária de Daniel Pandeló Corrêa está disponível para download gratuito em seu site oficial.
Tuyo revisita essência e entrega trabalho esperançoso; ouça EP Depois da Festa

O ato de brindar o novo e rever algumas escolhas são ações corriqueiras partilhadas na época de fim de ano. Após realizarem este exercício, de colocar tudo em uma balança, Lio, Lay e Machado decidiram produzir algo que retomasse a simplicidade da essência da Tuyo e representasse esse momento de respiro que o recesso proporciona. A tradução destes sentimentos resultou no EP Depois da Festa, que chegou nas plataformas digitais nesta quinta-feira (10). Este é o primeiro lançamento que o grupo faz pela gravadora BMG Brasil. O EP ainda acompanha um videoclipe da faixa Ela Sorriu Pra Mim no canal de YouTube do trio. “Depois da Festa apresenta uma nova fase da Tuyo, um novo (antigo) jeito de fazer música a partir do que é essencial, do que é mais importante para nós, que é a nossa hiper sinceridade e nosso humor”, comenta Lio. Para ser algo ainda mais íntimo, o trabalho foi feito exclusivamente pelos três, resgatando a serenidade e desembaraço das primeiras composições. “Produzir esse EP foi uma escolha muito pautada na manutenção do afeto. Sentamos no quarto do Machado e ficamos brincando de compor com o violão, foi assim que a gente começou”, ela complementa. Ela Sorriu Pra Mim é a responsável por abrir a sequência de quatro canções que compõem Depois da Festa. A partir de uma metáfora, a Tuyo delineia sobre o amor por uma outra perspectiva e entrega uma das canções mais esperançosas do EP. “Com o coração quente e borboletas no estômago, a gente versa sobre a beleza da descoberta de um novo sentimento, a vontade de, apesar de já ter apanhado tanto da vida, se permitir amar novamente”, pontua Lio. Em Sonho Antigo, o trio reflete sobre a ambiguidade entre sonhar e realizar os sonhos. “Essa canção é sobre ser muito grato por conseguir alcançar algo que desejava há algum tempo, mas hoje poder ter outros anseios”, sintetiza Lio. Sonoramente, essa faixa representa o cerne da Tuyo — por ser resultado de incursões e estudos musicais que a banda realizou por diferentes gêneros nos últimos meses. A canção Coração Veloz, por sua vez, surge como um lembrete para celebrar as pequenas vitórias, mesmo em meio ao turbilhão de acontecimentos. “Conseguimos construir muitas coisas nos últimos meses, mas a felicidade que a gente tem vivido caminha lado a lado da velocidade que a nossa vida passa. Tem sido um exercício encontrar momentos para comemorar”, explica Lio, que completa: “compus ela para a gente lembrar que é preciso respirar e que, no fim do dia, temos sempre um ao outro”. Finalizando o EP Depois da Festa, Descansar o Sentimento traduz, na espontaneidade da letra e do arranjo, a sensação de alívio e recomeço que chegam após o encerramento do período de festas. O título, inclusive, faz alusão ao sentido da faixa: “é a hora em que o emaranhado de sentimentos são colocados para dormir, abrindo espaço para novas possibilidades”, finaliza Lio. A Tuyo ainda prepara mais um single para o dia 8 de dezembro. Com isso, Lio, Lay e Machado concluem o ano de 2022 e o EP Depois da Festa. Trata-se de Eu Vim Pela Comida, que chega como uma ironia pop sobre as festividades.
Conexão Planetária estreia projeto em EP com crônicas urbanas; ouça!

Na faixa que dá nome ao projeto e seu EP de estreia, o duo carioca Conexão Planetária apresenta o caos momentâneo que uma aparição de outros corpos celestes no céu causou em uma cidade e como, logo após, foi substituído pela volta da rotina. Essa sensação de presenciar um pequeno conto, uma crônica urbana, com ironia e bom humor por algum tempo antes de voltar ao dia-a-dia, é a marca das quatro faixas do debute, que chegam junto do clipe Garota de Cabelo Colorido. Formado pelo vocal de Mariana Moulin e a guitarra de Marco Lima, o próprio conceito de conexão é parte do processo criativo, unindo o conhecimento musical e espírito inquieto de Lima com as letras de Moulin. “Há uma conexão na nossa forma de dar vida às músicas. Cada um faz sua parte, e é assim que as músicas têm um pouco da identidade de nós dois”, conta Mariana. Ela se dedica hoje a encontrar sua voz como compositora, após criar uma voz musical com aulas desde a infância e como intérprete em covers. Já Marco cresceu em um lar musical, se apresentou ao lado de orquestra e se dedica a diversos instrumentos, desenvolvendo um ambiente de criação ininterrupta. Com produção musical de Marco e Lourival Franco, o EP da Conexão Planetária está disponível em todas as plataformas de música. E o público carioca poderá conferir em primeira mão, com o show de estreia do projeto no Solar de Botafogo, no próximo dia 17.