Com álbum previsto para novembro, Ney Matogrosso lança EP no dia de seu aniversário

Ney Matogrosso comemora 80 anos com o lançamento de um EP prévia do novo álbum Até pelo menos meados dos 1980, era hábito entre os artistas da música brasileira reservar um período do ano para percorrer, cidade por cidade, todo o interior de São Paulo. Cantor, músicos e equipe técnica entravam em um ônibus e passavam um mês dentro dele, algumas vezes até mais do que isso. Estacionavam de manhã na primeira cidade, a equipe ia direto para o teatro montar cenário e equipamento, passavam o som à tarde, o show acontecia à noite. Público saciado, iam para o hotel dormir. De manhã, entravam de novo no ônibus rumo à próxima parada. A imagem é mais ou menos aquela, muito clássica, que vemos em filmes sobre o período dourado da música – e que gerou a expressão “na estrada”, de tom tão poético que é usada até hoje, quando as turnês são quase sempre aéreas. Canção de Caetano Veloso lançada no LP Outras Palavras (1981), Nu Com a Minha Música é um registro fiel daquelas viagens pelo interior paulista, um retrato de força visual tão potente que quase transforma som em cinema e nos carrega junto na viagem. EP de Ney Matogrosso chega com quatro faixas Hoje, todavia, 40 anos depois, Nu Com a Minha Música se torna o nome do novo trabalho de Ney Matogrosso, que é entregue ao público em duas etapas. Posteriormente, um álbum completo, de 12 faixas, com lançamento marcado para novembro. Mas antes, neste domingo (1º), mesmo dia em que o artista completa 80 anos, chega às plataformas de música um EP homônimo antecipando um terço de suas faixas. Concebido por Ney Matogrosso durante a pandemia, o projeto tem produção musical dividida entre quatro nomes com quem o intérprete vem trabalhando nos últimos tempos: Sacha Amback, Marcello Gonçalves, Ricardo Silveira e Leandro Braga. Cada produtor usa formações e bandas diferentes. Ney tem nítidas as memórias de estrada que Caetano descreve tão bem. Lembra especialmente da turnê do LP Bandido (1976), nos primeiros anos de sua carreira solo, quando percorreu justamente esse circuito pelo interior paulista. Na nova gravação, a canção ganha divisão rítmica mais acelerada sob a produção de Marcello Gonçalves. Marcello toca o violão de sete cordas e assina o arranjo, que conta com Anat Cohen (clarinete), Marc Kakon (bouzouki) e Joca Perpignan (percussão). Em resumo, todo o repertório do álbum foi pinçado em um baú especialíssimo, que Ney cultiva desde sempre. Ademais, vale destacar que são músicas que o artista conheceu na voz de outros intérpretes e que o atingiram de imediato, não fazendo diferença se tenham vindo do repertório anos 1960 da Jovem Guarda ou do álbum mais recente de um compositor da novíssima geração. Canções guardadas no baú por décadas Em alguns casos, a canção pode ficar guardada no baú por décadas até que chegue o momento ideal de ser incluída em um álbum ou um show. O importante é que, quando regravada, ela ajude a fundamentar o texto, o discurso, o roteiro planejado por Ney para aquele trabalho específico. O álbum Nu Com a Minha Música, portanto, pode ser compreendido também como um álbum de memórias – bem antigas e muito recentes – a formar um quadro muito contemporâneo. Peças recolhidas “na estrada, embaixo do céu” nesses 50 anos de carreira musical de Ney Matogrosso, mas que, no roteiro imaginado pelo artista, fazem muito mais sentido hoje do que poderiam fazer em qualquer outro tempo. Com arranjo de piano e violoncelo criado por Sacha Amback, Mi Unicornio Azul revela-se absolutamente atual, sobretudo pelo discurso. A música foi escrita por Silvio Rodríguez em 1982 e lançada no álbum En Vivo, que o autor dividiu no mesmo ano com Pablo Milanés – como ele, um expoente da Nova Trova Cubana. Os versos aparentemente surrealistas parecem ocultar uma mensagem homoerótica, de um amor vivido (e proibido) entre dois homens, algo impensável em Cuba e naquele período. O unicórnio, como se sabe, é um símbolo ligado ao imaginário gay. Ney ouviu a canção ainda no início dos anos 1980, ao vivo, em uma apresentação de Rodríguez e Milanés no Canecão, no Rio. Novo EP de Ney Matogrosso tem sons “recentes” Três décadas mais nova é Se Não For Amor, Eu Cegue. Ney Matogrosso conheceu essa parceria de Lenine e Lula Queiroga em Angra dos Reis, na casa de José Maurício Machline. O empresário costuma receber seus convidados para festas animadas, sempre com muita música. Em algum momento da tarde, no entanto, o shuffle do som os levou à gravação original de Lenine, lançada no álbum Chão (2011). Por fim, Ney teve que interromper os passos de dança do anfitrião: “Zé, que música é essa? Ele está dizendo ‘se não for amor, eu cegue’? É isso mesmo? Quero gravar isso”. Mais uma para o baú que viria à tona agora. O arranjo que Ricardo Silveira preparou para a versão de Ney Matogrosso tem Renato Neto no piano, Claudio Infante na bateria, Zero na percussão e Liminha no baixo. Contudo, a mais antiga entre as quatro faixas do EP é também a mais conhecida. Com letra de Paulo Coelho, Gita é um clássico absoluto do repertório de Raul Seixas. Aliás, o clima épico da versão original é mantido aqui, sob a produção de Leandro Braga, que também toca o piano. Leandro criou um grandioso arranjo de sopros e cordas. Aliás, Ney manteve inclusive a fala de Raul na introdução: “Eu que já andei pelos quatro cantos do mundo procurando/ Foi justamente num sonho que Ele me falou”. Parceria com Raul Vale lembrar, Ney Matogrosso já tem um belíssimo histórico como intérprete de Raul. Anteriormente, em 1977, quando selecionava repertório para o LP Pecado, Ney procurou o Maluco Beleza em busca de novidades. Como resultado, acabou regravando Metamorfose Ambulante – e sua versão é tão ou mais representativa do que a do próprio autor. Logo em seguida, Raul foi atrás de Ney, levando na sacola uma demo de Mata Virgem. A música entraria, poucos anos depois,
Baiana Gabi Lins lança EP de estreia, Ultrarromântica

A baiana Gabi Lins lançou nesta sexta (30) seu primeiro EP, Ultrarromântica. Cantando os desprazeres de um relacionamento tóxico, a cantora completa o trabalho com quatro faixas: Onde Há Fumaça Há Fogo, Fruta Estragada e Pura Imaginação e a inédita Rosé, que fecha a história do debute EP e também chega acompanhada de videoclipe. Com referências que transitam entre Beyoncé, Rosalía, Duda Beat e Ivete Sangalo, Gabi Lins apostou no segundo período do Romantismo, que ocorreu na segunda metade do século 19 como o principal conceito do EP. Com características como escapismo, ironia, sentimentos em contraste e pessimismo, a cantora e compositora achou o elo entre as músicas no período da literatura Ultrarromântico. Sobre as expectativas de seu primeiro trabalho finalizado, Gabi comenta: “As minhas expectativas já foram atingidas com os lançamentos dos três primeiros singles. Eu tô muito feliz com a repercussão porque eu consegui pessoas que me admiram, que admiram o meu trabalho e que respeitam o meu processo artístico. Isso já foi o suficiente! Eu quero mesmo tocar as pessoas, a minha única expectativa é essa. Tocar as pessoas de uma forma que elas se identifiquem e que elas se curem através da dor colocada ali na música”. A faixa Rosé, que dá o toque final ao EP, é o quarto ato do Ultrarromântica, levantando de uma forma implícita o escapismo que algumas pessoas utilizam para fugir de relacionamento tóxico: o álcool e o vício. A cantora usou essa temática justamente para que o assunto não fosse tratado de uma forma romantizada e sim para ser analisado de um jeito real. Gabi Lins, assim como muitos artistas, produziu seu EP em meio a pandemia e teve a arte como forma de resistência. Referente ao processo de criação e inspiração, a cantora deu mais detalhes. “O processo de criação para o álbum foi muito bacana e eu fiquei muito feliz com ele porque é o meu primeiro disco. Foi algo muito novo, eu ainda estava me descobrindo na música e tenho a sensação de que acertei, então essa sensação deixou o projeto e o processo mais especial. Além disso, eu estava na época de pandemia, fechada em casa e eu tinha arte como consolo. Então, isso com certeza me serviu de inspiração muito grande também”. O álbum relata todas as fases de um relacionamento tóxico, começando pela ideia de mudar por alguém até o fim do relacionamento e a forma de escapar do que foi vivido. A cantora baiana se inspirou em suas próprias vivências para as composições e debate o empoderamento, vulnerabilidade e a superação que muitas pessoas precisam passar em alguns momentos da vida. Com músicas em sequência e apelo visual com videoclipe para todas as faixas, o primeiro álbum de Gabi Lins combina ritmos brasileiros com uma pitada de pop internacional.
Conheça G6 MC, rapper santista que está preparando o primeiro EP solo

Guilherme César Saldanha, 35 anos, mais conhecido como G6 MC, é rapper, compositor, desenhista, storyboarder e diretor de arte. Atualmente, mora em Santos e está para lançar o seu primeiro EP solo intitulado The Real Game. “Eu tô indo pra cima, sem abdicar da minha responsabilidade. Eu gosto de abrir a visão das pessoas, gosto de gerar reflexões e pensamentos, de fazer a mente do próximo funcionar”. Ele afirma que apesar de gostar do rap de mensagem, também gosta de abordar em suas letras diversos assuntos. “Sou abrangente, falo sobre coisas poéticas, sacanagem, amor, letras que passam a visão. Não tenho uma limitação, gosto da abrangência e versatilidade”. O EP solo conta com a produção de peso do Velho Beats e trará uma faixa assinada por Max Pontes, um dos grandes produtores musicais da Baixada Santista. Cada faixa do EP The Real Game terá um clipe, que segundo G6 será lançado em drops. “Não vamos lançar as faixas de uma vez, e sim uma a uma, assim dá mais tempo de trabalhar. O primeiro vai sair mais para o final do ano”, afirma. Trajetória O rapper ainda está dando andamento ao projeto CYPHERFUNK dos 13 pelo Selo T13 RECORDS. O projeto reúne grandes nomes da velha guarda e da nova escola, contando com nomes de peso como Chiquinho CH (ex-dupla Chiquinho e Amaral), NB Emici, D3cker Boy, Criminal D, Dinho da VP, Kazuya, entre outros. G6 conta que escreve desde criança e sempre teve contato com a cultura hip hop por meio das músicas. “Sempre gostei. Funk e rap ouço desde moleque, desde que vim para a Baixada Santista. Eu morava em São Vicente, ouvia Facção Central, Racionais, usava ciclone, sempre fui o menino ‘rueiro’, vivia descalço, as quebradas viviam trocando tiro, no fim dos anos 90, começo dos anos 2000 …” Ele relembra que chegou a compor com o Chiquinho da dupla Chiquinho e Amaral, mas não lançava nada porque não se sentia confiante. “Eu sempre cantei bem, sempre fui muito eclético, cheguei a gravar algumas coisas em estúdio, mas não lancei nada, não tinha confiança”. Isso mudou em 2012, quando ele ao lado de outro MC fundou o grupo C.R.I.A.S da Baixada. E quando criou o clã de rap Território-13 ao lado de outros dois mc´s, que desde então reúne representantes de toda a região dando voz e espaço para novos e velhos talentos da cultura hip hop. Lições para a vida Em sua trajetória, G6 acabou indo para a prisão e leva isso como aprendizado para a vida. “Eu aprendi e me fortaleceu muito. Não arrisco me colocar nessa situação por nada, aprendi a engolir meus demônios e digerir por mim mesmo”. Após essa experiência, ele voltou mais forte e focado para dar andamento em seus trabalhos. Você pode acompanhar G6 MC e seus projetos pelas redes sociais, como Instagram e Youtube.
D’Maori lança EP celebrando 10 anos de carreira

Entrevista | Adam Duritz (Counting Crows): “Fico preocupado em encorajar aglomerações”

Em 1993, o Counting Crows estourou no mundo inteiro com o seminal álbum August and Everything After, que tinha como carro-chefe o poderoso hit Mr Jones. Nos Estados Unidos e em tantos outros países, a banda se manteve popular e com turnês marcantes. No Brasil, no entanto, foi recuperar o sucesso comercial apenas com Accidentally in Love, em 2004, que foi trilha sonora de Shrek 2. Agora, sete anos após o último disco de estúdio, Somewhere Under Wonderland, o Counting Crows retorna com o EP Butter Miracle, Suite One. A novidade veio acompanhada por um curta documentário. O vocalista Adam Duritz conversou com o Blog n’ Roll e Santa Portal sobre o novo trabalho, pandemia, futuro e Brasil. Confira o papo completo abaixo. Por que demorou tanto para lançar um material inédito? Eu só não estava afim de fazer uma gravação, então não estava escrevendo. A gente continuou tocando e viajando até 2019, que foi quando a gente parou um pouco pela primeira vez em anos. Mas, acho que fiquei um pouco saturado de lançar discos. Escrever e gravar são coisas bem diferentes de lançar um trabalho. Quando você escreve ou grava, você pode estar sozinho ou com seus melhores amigos, mas lançar um álbum precisa ter muita gente envolvida. Então, acho que estava tentando evitar isso por um tempo. Você sentiu que perdeu o interesse pela música nesse período? Eu não sei bem. Sei que foi algo importante para mim. Música sempre foi a coisa mais importante da minha vida, mas nos últimos anos foi ok não trabalhar tanto com música, porque outras coisas surgiram. Mas, acho que isso também me fez ter ainda mais prazer em trabalhar com música de novo. Eu amo esse EP mais do que qualquer outro trabalho nosso. São mais de 30 anos e ainda estamos produzindo bem, e isso significa muito para mim. Espero que o EP seja bom para as pessoas também, mas eu estaria mentindo se dissesse que fiz para elas. Música é o mundo para mim. O que você fez nesse tempo? Eu fui para a Inglaterra em 2019 e passei bastante tempo na fazenda de um amigo, e lá fiquei muito tempo sozinho. Foi aí que voltei a tocar piano pela primeira vez em alguns anos, e comecei a escrever algumas das canções do EP. Na medida em que fui escrevendo, percebi que as músicas estavam se encaixando, e a ideia de fazer uma série de músicas conectadas me animou bastante. Então, essa foi a primeira vez que me vi empolgado em escrever e gravar em um bom tempo. Aproveitei o momento e escrevi. O que notou de diferenças para a sua última gravação? Foi bem diferente, porque estávamos escrevendo músicas já com esse conceito de fazê-las fluírem umas com as outras. Gravando uma a uma, a gente terminava invadindo o começo da música seguinte para termos certeza da conexão entre elas. Só aí a gente parava. Sempre estávamos pensando em como elas se conectariam. O processo de gravação do Counting Crows foi atrapalhado pela pandemia? No começo, a pandemia não pareceu que atrapalharia tanto, porque estávamos quase terminando o EP. O plano era passar duas semanas em Nova York trabalhando ao máximo, e depois faríamos uma pausa de duas semanas para ficarmos com as famílias. E por fim a gente retomaria o trabalho com nossos dois guitarristas, porque só um deles participou da primeira parte. Mas, assim que terminamos as primeiras duas semanas, a pandemia chegou e a quarentena começou justamente na nossa pausa. Então, a gente tinha feito 85% do trabalho e ficamos presos. Então, eu liguei para o meu amigo Dave Drago para fazermos os back vocals, porque ele é um ótimo cantor, e eu amo o trabalho dele. Como foi esse período de isolamento social dos integrantes do Counting Crows? No começo, estávamos cada um preso em suas respectivas casas, mas ele (Drago) tem um estúdio, então conseguimos fazer os vocais pelo telefone. Finalmente, em julho, conseguimos fazer com que os guitarristas fizessem suas partes de casa no mesmo mês. Então, a pandemia nos atrasou, mas a maior parte já estava feita antes de tudo isso começar. O que o Counting Crows trouxe de inspirações para esse novo álbum? Acho que o álbum tem influências de bandas dos anos 1979, do início da carreira do David Bowie… mas não são coisas tão perceptíveis no EP. A influência que a banda teve não é necessariamente refletida nas músicas. Só é algo que invade sua cabeça quando você está trabalhando. E os impactos no lançamento? A pandemia fez vocês repensarem formas de divulgação? Vão conseguir excursionar? Eu tive que pensar muito em como entrar em turnê. Fui muito contra no início, porque mesmo com a vacinação nos EUA, não sabia se estaríamos prontos. Falei com muitos artistas, mas não consegui ter uma resposta exata, porque todos da indústria da música estavam tão empolgados em voltar a viajar que provavelmente não estavam pensando com clareza sobre o que precisava ser feito para ser seguro. Então, entrei em contato com amigos que trabalham na área da saúde e pedi para que me conectassem com oficiais de saúde, pessoas que só se importam de fato com a saúde pública, e eles me disseram que a queda de mortes e casos já tornava possível a volta de shows, mas que lugares abertos são muito mais seguros que os ambientes fechados. Como foi essa montagem de turnê do Counting Crows? Tentei guiar a montagem da turnê focando em locais abertos, tirando cidades que eu ainda não acho seguras da lista… A gente tinha marcado 22 shows em locais fechados, agora só temos seis, e são bem limitados a cidades conscientes sobre a vacinação, como Nova York. Mas, ainda não acho que seja a hora de tocar em outros países. Não por causa da banda, porque já estamos vacinados, mas fico preocupado em encorajar aglomerações em qualquer lugar do mundo. A Europa é ótima, mas é um conglomerado de países que ainda
Vertigem Tropical apresenta o EP “Todas as Reticências”; ouça!

Depois de divulgar uma série de videoclipes que antecipavam esse novo projeto, a banda Vertigem Tropical liberou Todas as Reticências. O EP, composto por cinco faixas, é protagonizado pelo indie rock com toques de baião, bossa nova e ritmos psicodélicos. “Os temas das canções refletem conflitos internos criados pela rotina da geração atual. Estamos acostumados às falsas promessas de incentivo à aceitação da individualidade de cada um, mas na real somos pressionados a agir de um determinado jeito em nossas relações. Isso sufoca e desestimula nossa identidade”, explicam os integrantes Caique Lorente (baixo), Lucas De León (guitarra), Lucas Troiano (bateria) e Vini Cabra (voz/guitarra). Introspectivo e pulsando ao mesmo tempo no “inconsciente coletivo”, o projeto encontra inspiração em Arctic Monkeys, Boogarins e Alceu Valença.
Dupla de indie folk Hollow Coves lança EP Blessings

A dupla de indie folk de Brisbane, Hollow Coves lançou o EP Blessings e compartilhou um vídeo especial de performance ao vivo para a faixa-título, filmada na linda Gold Coast da Austrália. Escrito e gravado pela banda em seu estúdio caseiro na Gold Coast, Blessings nasceu durante um tempo em que a união parecia algo distante. Em suma, quando o mundo parou e o isolamento se tornou realidade, Ryan e Matt se voltaram para dentro, encontrando verdades e histórias em seus respectivos passados e cantando-as. Do peso emocional de Evermore à história de terror de uma noite que deu errado em From the Second Floor, Hollow Coves explora um novo território, escrevendo de um lugar de solidão pela primeira vez. “Tivemos uma abordagem um pouco diferente em relação a este EP. Nós realmente não escrevemos essas músicas para se encaixarem. Estávamos apenas tentando escrever qualquer coisa que viesse até nós. A maioria dessas canções foi escrita durante o período de quarentena da covid. Também acabamos gravando e produzindo a maioria das músicas nós mesmos. Construímos um pequeno estúdio caseiro e tivemos que aprender a fazer tudo do zero. O processo demorou bastante porque não tínhamos ideia do que estávamos fazendo”. Preparação do Hollow Coves Hollow Coves orquestrou tudo desde o início para uma coleção final de canções que encontraram seu som através de Ryan e Matt. Contudo, com a construção de seu estúdio caseiro, a dupla teve um espaço criativo para trabalhar durante semanas de tentativas e erros. Em resumo, chegaram a cinco músicas que combinam com suas harmonias ricas, paisagens sonoras calorosas, e sentimento subjacente de positividade que é exclusivamente Hollow Coves. A dupla compartilhou anteriormente os singles Hello e Lonely Nights com a cantora folk americana / compositora Priscilla Ahn. Lonely Nights foi acompanhado por um videoclipe filmado em uma Bolex 16MM em Santa Teresa, na Costa Rica. Ademais, o Hollow Coves também lançou sua turnê australiana com ingressos esgotados hoje e se juntará ao The Paper Kites em sua temporada australiana em agosto. A turnê anteriormente anunciada pela Europa e Reino Unido foi remarcada para maio de 2022.
Direto da Roça: Marley VDR se define como o caipira do rap em seu novo EP

O novo EP de Marley VDR, Direto da Roça, foi fragmentado em seis faixas que expressam as vivências de um rapper que é cheio de pensamentos e raízes sertanejas. Marley fala sobre sua conexão com o Interior e o Litoral Norte em versos carregados de poesia e beats pesados produzidos por três produtores diferentes, César Masthif, Daniel Chimp e Jarlan Akill. O trabalho rendeu até um pequeno documentário com duração de quase dez minutos que está disponível no canal do cantor. Todas as faixas tiveram videoclipe, em um projeto de audiovisual ousado que foi dirigido e produzido por Felipe Rodrigues que trabalhou pela primeira vez em parceria com o rapper. “Esse EP só existe, porque pessoas acreditaram em mim e no meu trabalho, sem eles, nada disso seria possível”, afirmou Marley. O projeto começou a ser escrito no final de 2019 e levou sete meses para ser concluído na escrita, depois veio a parte de gravações das músicas e do audiovisual. Significado de cada faixa de Direto da Roça O rapper explica que cada faixa tem um significado e representa um momento da vida e um sentimento dele. O Interlúdio traz a introdução de todo esse projeto que levou quase dois anos para ser concluído e a prepara o ouvinte para o que vem no restante do EP. Por exemplo, Caipira do rap conta a história dele no bairro de Monjolinho e exalta a cultura da Zona Rural da qual é pertencente. Já a canção Incógnita é uma alusão ao lado debochado e da postura do rapper em relação as dúvidas constantes dele a determinados assuntos. A música Amor eterno é uma verdadeira declaração de amor a mãe dele e as pessoas que mais ama neste mundo. “Amor eterno é o meu lado sentimental, faz parte das minhas conexões de afeto com outros indivíduos. Indicando que o elo mais precioso nessa terra é o de mãe para filho”, explica o rapper. Para garantir a identidade biográfica do projeto, o rapper encerra o trabalho com Pós Caos que apresenta todas às perturbações, medos e loucuras do Marley VDR. O EP ainda traz a faixa Ascensão, que mostra a força da rima de Marley VDR, um dos nomes mais vibrantes do cenário local na atualidade. Quem é o Marley O rapper nasceu em meio as montanhas de São Bento do Sapucaí, no aconchego do interior paulista e sempre viveu próximo da mãe. “Gostava muito de ler, escrever e interpretar textos. Entretanto, aos 16 anos senti que poderia colocar tudo aquilo que eu sabia na batida, e assim, criei as minhas primeiras músicas”. Desde criança, Marley ouvia rap e escrevia algumas letras, mas só conseguiu subir no palco quando tinha 17 anos. “A primeira vez que subi no palco foi um momento sagrado, emocionante e uma experiência totalmente espirituosa”, definiu Marley. Aos 18 anos, Marley fundou o Voz da Rua com o seu amigo Geovane Pereira, mais conhecido como Índigo MC. O grupo durou dois anos e ajudou a criar outros projetos culturais e sociais como: a Batalha do Baú e o Poetas da Montanha. Em 2019, Marley trocou o interior pelo Litoral Norte e foi morar em Ubatuba. Na praia, ele não tinha nenhum conhecido, mas decidiu que daria continuidade a sua carreira de rapper e conseguiu se impor na cena praiana. O resultado de todas essas histórias foram os desdobramentos da vida de um artista que já participou do principal Slam de São Paulo, das principais batalhas de rimas do Litoral Norte e que conseguiu lançar um EP que pode vir a se tornar um clássico do rap caiçara e caipira.
Rolling Stones lança EP com músicas de show para 1,5 milhão de pessoas em Copacabana

A banda The Rolling Stones divulgou nesta sexta-feira (28), um EP com cinco faixas do projeto The Rolling Stones – A Bigger Bang: Live On Copacabana Beach. Ademais, o trabalho inteiro chega no dia 9 de julho. Em resumo, o trabalho tratasse de um dos maiores shows gratuitos da história. Onde o grupo inglês tocou na praia de Copacabana em fevereiro de 2006. Aproximadamente 1.5 milhão de pessoas contemplaram a apresentação. O show acabou sendo o maior destaque da turnê A Bigger Bang. “Não é que não estamos acostumados a fazer alguns dos maiores shows do mundo, mas devo dizer que o show do Rio foi excepcional”, disse Keith Richards na ocasião. As primeiras canções disponíveis do trabalho são Sympathy For The Devil, Wild Horses, You Got Me Rocking, Happy e Rough Justice. Sendo a última de um show do conjunto em Sal Lake City, em 2005, que também estará presente na edição deluxe.