Entrevista | Adam Duritz (Counting Crows): “Fico preocupado em encorajar aglomerações”

Em 1993, o Counting Crows estourou no mundo inteiro com o seminal álbum August and Everything After, que tinha como carro-chefe o poderoso hit Mr Jones. Nos Estados Unidos e em tantos outros países, a banda se manteve popular e com turnês marcantes. No Brasil, no entanto, foi recuperar o sucesso comercial apenas com Accidentally in Love, em 2004, que foi trilha sonora de Shrek 2. Agora, sete anos após o último disco de estúdio, Somewhere Under Wonderland, o Counting Crows retorna com o EP Butter Miracle, Suite One. A novidade veio acompanhada por um curta documentário. O vocalista Adam Duritz conversou com o Blog n’ Roll e Santa Portal sobre o novo trabalho, pandemia, futuro e Brasil. Confira o papo completo abaixo. Por que demorou tanto para lançar um material inédito? Eu só não estava afim de fazer uma gravação, então não estava escrevendo. A gente continuou tocando e viajando até 2019, que foi quando a gente parou um pouco pela primeira vez em anos. Mas, acho que fiquei um pouco saturado de lançar discos. Escrever e gravar são coisas bem diferentes de lançar um trabalho. Quando você escreve ou grava, você pode estar sozinho ou com seus melhores amigos, mas lançar um álbum precisa ter muita gente envolvida. Então, acho que estava tentando evitar isso por um tempo. Você sentiu que perdeu o interesse pela música nesse período? Eu não sei bem. Sei que foi algo importante para mim. Música sempre foi a coisa mais importante da minha vida, mas nos últimos anos foi ok não trabalhar tanto com música, porque outras coisas surgiram. Mas, acho que isso também me fez ter ainda mais prazer em trabalhar com música de novo. Eu amo esse EP mais do que qualquer outro trabalho nosso. São mais de 30 anos e ainda estamos produzindo bem, e isso significa muito para mim. Espero que o EP seja bom para as pessoas também, mas eu estaria mentindo se dissesse que fiz para elas. Música é o mundo para mim. O que você fez nesse tempo? Eu fui para a Inglaterra em 2019 e passei bastante tempo na fazenda de um amigo, e lá fiquei muito tempo sozinho. Foi aí que voltei a tocar piano pela primeira vez em alguns anos, e comecei a escrever algumas das canções do EP. Na medida em que fui escrevendo, percebi que as músicas estavam se encaixando, e a ideia de fazer uma série de músicas conectadas me animou bastante. Então, essa foi a primeira vez que me vi empolgado em escrever e gravar em um bom tempo. Aproveitei o momento e escrevi. O que notou de diferenças para a sua última gravação? Foi bem diferente, porque estávamos escrevendo músicas já com esse conceito de fazê-las fluírem umas com as outras. Gravando uma a uma, a gente terminava invadindo o começo da música seguinte para termos certeza da conexão entre elas. Só aí a gente parava. Sempre estávamos pensando em como elas se conectariam. O processo de gravação do Counting Crows foi atrapalhado pela pandemia? No começo, a pandemia não pareceu que atrapalharia tanto, porque estávamos quase terminando o EP. O plano era passar duas semanas em Nova York trabalhando ao máximo, e depois faríamos uma pausa de duas semanas para ficarmos com as famílias. E por fim a gente retomaria o trabalho com nossos dois guitarristas, porque só um deles participou da primeira parte. Mas, assim que terminamos as primeiras duas semanas, a pandemia chegou e a quarentena começou justamente na nossa pausa. Então, a gente tinha feito 85% do trabalho e ficamos presos. Então, eu liguei para o meu amigo Dave Drago para fazermos os back vocals, porque ele é um ótimo cantor, e eu amo o trabalho dele. Como foi esse período de isolamento social dos integrantes do Counting Crows? No começo, estávamos cada um preso em suas respectivas casas, mas ele (Drago) tem um estúdio, então conseguimos fazer os vocais pelo telefone. Finalmente, em julho, conseguimos fazer com que os guitarristas fizessem suas partes de casa no mesmo mês. Então, a pandemia nos atrasou, mas a maior parte já estava feita antes de tudo isso começar. O que o Counting Crows trouxe de inspirações para esse novo álbum? Acho que o álbum tem influências de bandas dos anos 1979, do início da carreira do David Bowie… mas não são coisas tão perceptíveis no EP. A influência que a banda teve não é necessariamente refletida nas músicas. Só é algo que invade sua cabeça quando você está trabalhando. E os impactos no lançamento? A pandemia fez vocês repensarem formas de divulgação? Vão conseguir excursionar? Eu tive que pensar muito em como entrar em turnê. Fui muito contra no início, porque mesmo com a vacinação nos EUA, não sabia se estaríamos prontos. Falei com muitos artistas, mas não consegui ter uma resposta exata, porque todos da indústria da música estavam tão empolgados em voltar a viajar que provavelmente não estavam pensando com clareza sobre o que precisava ser feito para ser seguro. Então, entrei em contato com amigos que trabalham na área da saúde e pedi para que me conectassem com oficiais de saúde, pessoas que só se importam de fato com a saúde pública, e eles me disseram que a queda de mortes e casos já tornava possível a volta de shows, mas que lugares abertos são muito mais seguros que os ambientes fechados. Como foi essa montagem de turnê do Counting Crows? Tentei guiar a montagem da turnê focando em locais abertos, tirando cidades que eu ainda não acho seguras da lista… A gente tinha marcado 22 shows em locais fechados, agora só temos seis, e são bem limitados a cidades conscientes sobre a vacinação, como Nova York. Mas, ainda não acho que seja a hora de tocar em outros países. Não por causa da banda, porque já estamos vacinados, mas fico preocupado em encorajar aglomerações em qualquer lugar do mundo. A Europa é ótima, mas é um conglomerado de países que ainda
Vertigem Tropical apresenta o EP “Todas as Reticências”; ouça!

Depois de divulgar uma série de videoclipes que antecipavam esse novo projeto, a banda Vertigem Tropical liberou Todas as Reticências. O EP, composto por cinco faixas, é protagonizado pelo indie rock com toques de baião, bossa nova e ritmos psicodélicos. “Os temas das canções refletem conflitos internos criados pela rotina da geração atual. Estamos acostumados às falsas promessas de incentivo à aceitação da individualidade de cada um, mas na real somos pressionados a agir de um determinado jeito em nossas relações. Isso sufoca e desestimula nossa identidade”, explicam os integrantes Caique Lorente (baixo), Lucas De León (guitarra), Lucas Troiano (bateria) e Vini Cabra (voz/guitarra). Introspectivo e pulsando ao mesmo tempo no “inconsciente coletivo”, o projeto encontra inspiração em Arctic Monkeys, Boogarins e Alceu Valença.
Dupla de indie folk Hollow Coves lança EP Blessings

A dupla de indie folk de Brisbane, Hollow Coves lançou o EP Blessings e compartilhou um vídeo especial de performance ao vivo para a faixa-título, filmada na linda Gold Coast da Austrália. Escrito e gravado pela banda em seu estúdio caseiro na Gold Coast, Blessings nasceu durante um tempo em que a união parecia algo distante. Em suma, quando o mundo parou e o isolamento se tornou realidade, Ryan e Matt se voltaram para dentro, encontrando verdades e histórias em seus respectivos passados e cantando-as. Do peso emocional de Evermore à história de terror de uma noite que deu errado em From the Second Floor, Hollow Coves explora um novo território, escrevendo de um lugar de solidão pela primeira vez. “Tivemos uma abordagem um pouco diferente em relação a este EP. Nós realmente não escrevemos essas músicas para se encaixarem. Estávamos apenas tentando escrever qualquer coisa que viesse até nós. A maioria dessas canções foi escrita durante o período de quarentena da covid. Também acabamos gravando e produzindo a maioria das músicas nós mesmos. Construímos um pequeno estúdio caseiro e tivemos que aprender a fazer tudo do zero. O processo demorou bastante porque não tínhamos ideia do que estávamos fazendo”. Preparação do Hollow Coves Hollow Coves orquestrou tudo desde o início para uma coleção final de canções que encontraram seu som através de Ryan e Matt. Contudo, com a construção de seu estúdio caseiro, a dupla teve um espaço criativo para trabalhar durante semanas de tentativas e erros. Em resumo, chegaram a cinco músicas que combinam com suas harmonias ricas, paisagens sonoras calorosas, e sentimento subjacente de positividade que é exclusivamente Hollow Coves. A dupla compartilhou anteriormente os singles Hello e Lonely Nights com a cantora folk americana / compositora Priscilla Ahn. Lonely Nights foi acompanhado por um videoclipe filmado em uma Bolex 16MM em Santa Teresa, na Costa Rica. Ademais, o Hollow Coves também lançou sua turnê australiana com ingressos esgotados hoje e se juntará ao The Paper Kites em sua temporada australiana em agosto. A turnê anteriormente anunciada pela Europa e Reino Unido foi remarcada para maio de 2022.
Direto da Roça: Marley VDR se define como o caipira do rap em seu novo EP

O novo EP de Marley VDR, Direto da Roça, foi fragmentado em seis faixas que expressam as vivências de um rapper que é cheio de pensamentos e raízes sertanejas. Marley fala sobre sua conexão com o Interior e o Litoral Norte em versos carregados de poesia e beats pesados produzidos por três produtores diferentes, César Masthif, Daniel Chimp e Jarlan Akill. O trabalho rendeu até um pequeno documentário com duração de quase dez minutos que está disponível no canal do cantor. Todas as faixas tiveram videoclipe, em um projeto de audiovisual ousado que foi dirigido e produzido por Felipe Rodrigues que trabalhou pela primeira vez em parceria com o rapper. “Esse EP só existe, porque pessoas acreditaram em mim e no meu trabalho, sem eles, nada disso seria possível”, afirmou Marley. O projeto começou a ser escrito no final de 2019 e levou sete meses para ser concluído na escrita, depois veio a parte de gravações das músicas e do audiovisual. Significado de cada faixa de Direto da Roça O rapper explica que cada faixa tem um significado e representa um momento da vida e um sentimento dele. O Interlúdio traz a introdução de todo esse projeto que levou quase dois anos para ser concluído e a prepara o ouvinte para o que vem no restante do EP. Por exemplo, Caipira do rap conta a história dele no bairro de Monjolinho e exalta a cultura da Zona Rural da qual é pertencente. Já a canção Incógnita é uma alusão ao lado debochado e da postura do rapper em relação as dúvidas constantes dele a determinados assuntos. A música Amor eterno é uma verdadeira declaração de amor a mãe dele e as pessoas que mais ama neste mundo. “Amor eterno é o meu lado sentimental, faz parte das minhas conexões de afeto com outros indivíduos. Indicando que o elo mais precioso nessa terra é o de mãe para filho”, explica o rapper. Para garantir a identidade biográfica do projeto, o rapper encerra o trabalho com Pós Caos que apresenta todas às perturbações, medos e loucuras do Marley VDR. O EP ainda traz a faixa Ascensão, que mostra a força da rima de Marley VDR, um dos nomes mais vibrantes do cenário local na atualidade. Quem é o Marley O rapper nasceu em meio as montanhas de São Bento do Sapucaí, no aconchego do interior paulista e sempre viveu próximo da mãe. “Gostava muito de ler, escrever e interpretar textos. Entretanto, aos 16 anos senti que poderia colocar tudo aquilo que eu sabia na batida, e assim, criei as minhas primeiras músicas”. Desde criança, Marley ouvia rap e escrevia algumas letras, mas só conseguiu subir no palco quando tinha 17 anos. “A primeira vez que subi no palco foi um momento sagrado, emocionante e uma experiência totalmente espirituosa”, definiu Marley. Aos 18 anos, Marley fundou o Voz da Rua com o seu amigo Geovane Pereira, mais conhecido como Índigo MC. O grupo durou dois anos e ajudou a criar outros projetos culturais e sociais como: a Batalha do Baú e o Poetas da Montanha. Em 2019, Marley trocou o interior pelo Litoral Norte e foi morar em Ubatuba. Na praia, ele não tinha nenhum conhecido, mas decidiu que daria continuidade a sua carreira de rapper e conseguiu se impor na cena praiana. O resultado de todas essas histórias foram os desdobramentos da vida de um artista que já participou do principal Slam de São Paulo, das principais batalhas de rimas do Litoral Norte e que conseguiu lançar um EP que pode vir a se tornar um clássico do rap caiçara e caipira.
Rolling Stones lança EP com músicas de show para 1,5 milhão de pessoas em Copacabana

A banda The Rolling Stones divulgou nesta sexta-feira (28), um EP com cinco faixas do projeto The Rolling Stones – A Bigger Bang: Live On Copacabana Beach. Ademais, o trabalho inteiro chega no dia 9 de julho. Em resumo, o trabalho tratasse de um dos maiores shows gratuitos da história. Onde o grupo inglês tocou na praia de Copacabana em fevereiro de 2006. Aproximadamente 1.5 milhão de pessoas contemplaram a apresentação. O show acabou sendo o maior destaque da turnê A Bigger Bang. “Não é que não estamos acostumados a fazer alguns dos maiores shows do mundo, mas devo dizer que o show do Rio foi excepcional”, disse Keith Richards na ocasião. As primeiras canções disponíveis do trabalho são Sympathy For The Devil, Wild Horses, You Got Me Rocking, Happy e Rough Justice. Sendo a última de um show do conjunto em Sal Lake City, em 2005, que também estará presente na edição deluxe.
Trio stoner carioca Muladhara estreia com o EP Bender

O trio stoner carioca Muladhara acaba de lançar o EP de estreia, Bender, com quatro faixas potentes que intercalam densas viagens instrumentais com vocais potentes. O EP contém o single Pangea, já antecipado pela Abraxas em abril, além de três faixas ainda inéditas do grupo. Aliás, todas as músicas foram gravadas ao vivo no estúdio ForestLab, no Rio de Janeiro, com o produtor Lisciel Franco. Todavia, o trabalho contou com a ajuda de equipamentos que o próprio Lisciel construiu à mão. Tendo começado como uma banda instrumental, as jams são as principais fontes de criação da Muladhara. A faixa de abertura, Bender of the Spine, retrata bem essa transição da banda para a inclusão das vozes sobre as camadas instrumentais criadas. “De um riff que surgiu no sonho [do Chico (guitarrista)], surgiram muitas ideias diferentes e fomos montando o ‘quebra-cabeça’, que deu espaço pra uma melodia de voz depois de muito instrumental pesado e progressivo. A letra da música surgiu depois que pensamos no nome. A ideia do nome Bender of the Spine veio da intenção que sentíamos no instrumental, um som pesado capaz de dobrar a coluna”, contam. Ademais, o Muladhara conta com Francisco Carvalho, Daniel Blanco e Maezaka na formação. Aliás, traz na bagagem a abertura do show da banda sueca Asteroid no Rio de Janeiro, em dezembro de 2019.
New Stars anuncia a chegada do projeto Bluebagbang; ouça!

New Stars é a faixa escolhida por Marina Hungria, compositora do Bluebagbang, para anunciar a chegada de seu EP de estreia, Manifesto dos Ventos Delirantes. Em resumo, o trabalho conta com cinco faixas (quatro delas em inglês e uma em português), e tem lançamento previsto para junho. Aliás, a canção selecionada para aquecer os ouvidos antes do álbum, já chega ao mundo acompanhada de videoclipe. Em síntese, embarcada em uma atmosfera melancólica sentimental, a música fala sobre uma sensação que todo mundo já experienciou na vida, o platonismo de um amor idealizado. “New Stars é uma música antiga, que revelava uma paixão virtual e a curiosidade do primeiro encontro. I already saw a thousand times, seems sweet to look, look into your eyes. E uma visão platônica sobre o outro e sobre como o outro pode nos tirar da inércia da vida, como se buscássemos no encontro um espelho para entendermos sobre nós mesmos”, pontua Marina. A autonomia conquistada durante os anos de desenvolvimento do projeto, possibilitou à artista executar todos os instrumentos presentes. Ademais, também ser responsável pela mixagem e produção das cinco faixas registradas no disco. Confira abaixo o lyric video de New Stars, single que dá amostras do folk melancólico do Bluebagbang.
Após sete anos sem inéditas, Counting Crows lança EP

O Counting Crows está de volta com Butter Miracle, Suite One, um EP composto como uma espécie de sinfonia pop de nossos tempos. Aliás, um dos destaques do pop rock alternativo dos últimos 30 anos, a banda americana se reinventa em seu primeiro trabalho de inéditas em sete anos. Com mais de 20 milhões de álbuns vendidos no mundo todo, o Counting Crows teve a carreira catapultada pelo seminal álbum August and Everything After, de 1993. Com hits como Mr. Jones, A Long December, Big Yellow Taxi e Accidentally in Love, a banda californiana busca um novo caminho em seu novo EP, composto de um modo que as canções fluam de uma música para outra, sem interrupções. “Enquanto escrevia o final de The Tall Grass (faixa que abre o EP), fiquei tocando os dois principais acordes para frente e para trás por um tempo, apenas curtindo a maneira como a música terminava em um loop. Por capricho, mudei os acordes e me vi cantando uma melodia diferente. As palavras simplesmente vieram direto à minha cabeça e percebi imediatamente que era o começo de uma música diferente. Foi quando me ocorreu que eu poderia escrever uma série de músicas, cada uma tocando perfeitamente a anterior e fluindo juntas como uma longa música. Uma suíte. Depois que pensei nisso, era tudo o que eu queria fazer”, conta o vocalista Adam Duritz. Com produção musical de Brian Deck (Modest Mouse), o projeto foi completamente composto ainda no começo de 2019, antes da pandemia, em uma fazenda remota no interior do Reino Unido e traz uma banda com vigor renovado. Elevator Boots “Eu fiquei realmente exausto com a indústria da música algumas vezes na minha carreira, e muito deprimido com o que significa estar neste meio. Eu me senti assim novamente depois de alguns anos de turnê com o nosso último disco Somewhere Under Wonderland. Nenhuma razão específica real: o negócio da música é simplesmente muito feio às vezes e eu fico desiludido. Esse é um sentimento que vem e vai. Pensei muito nisso quando comecei a escrever esta suíte porque, por mais que odeie o mundo da música, ainda amo música de verdade e queria escrever sobre isso de algumas perspectivas diferentes, especificamente em Elevator Boots“, comenta Duritz. Ademais, o vocalista vai além e revela mais detalhes da segunda canção do EP. “A faixa conta a história de um cara em uma banda e sua vida se passa entre diferentes cidades e diferentes amantes. É sobre ele passar a vida fazendo algo que significa tudo para ele, mesmo sabendo quando partes disso não são realmente ideais. A música veio até mim muito rápido e então eu simplesmente vaguei pela fazenda cantando para mim mesmo com meu telefone para fazer anotações. Depois de ter a música, o resto demorou muito pouco tempo”. O EP contará com um curta-metragem estrelado pelo ator Clifton Collins Jr. (Westworld, Ballers, Era Uma Vez Em… Hollywood, Veronica Mars) a ser lançado em breve.
Grupo de rap Imagreen lança primeiro EP, uma trilogia com clipes

O Imagreen, grupo de rap da Zona Noroeste de Santos, lançou o primeiro EP Entre o Mal e o Bem após quase oito anos de caminhada. Em síntese, a produção é uma trilogia e todas as músicas ganharam clipes. Entre o Mal e o Bem, Não Fica em Shock e No Que Dar Valor têm identidades e atmosfera diferentes, mas dialogam entre si. Em resumo, os integrantes Mary Pozett, 33 anos, Zilla, 29, e LM’C ,25, começaram a pensar no conceito do EP após serem contemplados com a Lei Aldir Blanc, em dezembro de 2020. “Quando conseguimos pensamos no conceito do EP, soltando todas as músicas com clipe”, diz Zilla. Trilogia A primeira música Entre o Mal e o Bem, que dá título ao EP, é uma crítica relacionada ao governo. “A gente levanta a militância do que o rap é em si”, afirma LM´C. Logo depois, veio o segundo lançamento Não Fica em Shock aborda problemas relacionados à própria favela. “Estamos nos apresentando de uma forma mais abrangente dentro do hip hop, envolvendo os quatro elementos”, explica LM´C. Aliás, no clipe, podemos ver mc´s, b boys, dj e grafitti, os quatro elementos do hip hop. Por fim, a terceira música No Que Dar Valor é mais introspectiva e traz uma mensagem motivacional. Contudo, a composição foi escrita há oito anos. “É uma composição do LM’C. A gente ia gravar ela a muito tempo atrás, mas preferimos fazer ela com os músicos num formato que desse uma emoção a mais. No beat ela já era boa, mas se viesse com melodia e arranjos ficaria bem melhor”, explica Mary Pozett. A união faz a música A DJ e produtora cultural Nanne Bonny foi a responsável pela produção das músicas junto com o grupo. Aliás, ela é conselheira de cultura de Santos e durante o processo da Lei Aldir Blanc participou ativamente da construção do edital e da implementação da lei na cidade. “Eu conheço o grupo faz alguns anos e sempre acreditei muito na potência deles e foi quando procurei eles para falar do edital. A ideia deles já estava pronta, a gente fez algumas reuniões para discutir orçamento e cronograma e adaptar para o edital. Após isso, nos reunimos e começamos a contatar equipe para produção. Eles já tinham as músicas, os clipes foram construídos em equipe. E esse foi o resultado!”. Ademais, embora o curto período que tiveram para execução do projeto, o grupo está bem satisfeito com o resultado do primeiro EP e agradece todas as pessoas que participaram da produção. “Aos b-boys, aos músicos que participaram da última música (No Que Dar Valor). A galera que fechou em protagonizar o primeiro clipe, a Andreia Biancardi, Nanne…” Os trabalhos do Imagreen podem ser acompanhados pelas redes sociais. YoutubeFacebookInstagramSpotify