Crítica | O Agente Oculto

Engenharia do Cinema Sendo tratado como um dos filmes mais caros na história da Netflix, junto do recente “Alerta Vermelho” (onde cada um custou cerca de US$ 200 milhões aos bolsos da plataforma), “O Agente Oculto” ainda mostra que o serviço está longe de acertar no termo “fazer um bom Blockbuster”. Digo isso com total ênfase, pois mesmo tendo uma produção estrelada por grandes nomes como Chris Evans, Ryan Gosling, Ana de Armas e com direção dos irmãos Anthony e Joe Russo, com roteiro de Christopher Markus e Stephen McFeely (quarteto responsável pelos sucedidos “Vingadores: Guerra Infinita” e “Vingadores Ultimato”), eles conseguem ficar em um mesmo círculo e não evoluírem. A história mostra o misterioso detento Seis (Gosling) que é recrutado pelo agente Fitzroy (Billy Bob Thornton), para agir como um assassino da CIA, em troca de sua liberdade. Mas isso tudo começa a ir de pernas pro ar alguns anos depois, quando a própria agência resolve extinguir o quadro e contrata o astuto Lloyd Hansen (Evans) para caçar seis. Imagem: Netflix (Divulgação) Logo nos primeiros minutos de projeção, já vemos a grande carência dos irmãos Russo ao quererem trabalhar com CGI. Em uma conversa que ocorreu há cerca de 13 anos, vemos os personagens de Gosling e Thornton conversando. Embora ambos tenham mudado o mínimo neste meio tempo, é gritante terem não só usado a técnica de rejuvenescimento digital para ambos (sendo que poderia ser feito com uma simples maquiagem), como filmaram a cena toda em 4K (cuja tecnologia não demonstra a idade dos atores, e deixam eles mais “robóticos”). Só com esta explicação, já dá para sentir tamanha produção problemática que estamos tratando (isso porque não citei que a primeira cena de Thornton com Evans, foi totalmente filmada em estúdio com o CGI porco de fundo). E não estamos falando de um filme gravado em plena pandemia como “Alerta Vermelho” (que usou até mesmo figurantes de CGI), e sim uma dupla de diretores que está operando no comodismo da indústria. Mas como não estamos falando de uma bomba por completo, confesso que o trio central está operando bem dentro de suas funções. Embora o roteiro não explore como devia os papéis de Evans (que teve seu potencial para ser mais um grande vilão em sua filmografia, jogada fora) e Armas (que parece ter saído diretamente de “007” e vir dar uns chutes por aqui). Não posso dizer que se tratam de menções honrosas, pois as participações de Wagner Moura, Jessica Henwick e Regé-Jean Page estão genéricas demais e de nada pesam ou acrescentam eles terem sido escalados para tais papéis. Enquanto Julia Butters (que interpreta Claire, sobrinha de Fitzroy) está literalmente repetindo o papel da “garota que fala verdade na cara do galã” (só trocando o Leonardo DiCaprio de “Era Uma Vez Em… Hollywood“, por Gosling). Agora, porque não podemos definir tudo isso como “um Blockbuster interessante”, já que temos várias cenas de ação e galãs como protagonistas? Primeiro, em momento algum do roteiro é criado um arco para que façamos gostar dos protagonistas ou até mesmo nos importarmos com suas motivações. Todos os obstáculos que são criados durante sua jornada, não surgem de forma natural, e são apenas jogados para fazerem cenas de ação baratas (como a fuga em Berlim). Não acaba sendo um bom filme, mas sim um conjunto de esquetes. Simples assim. “O Agente Oculto” é só mais um mero resultado de que os Irmãos Russo só sabem fazer bons filmes quando estão na Marvel, e a Netflix ainda não sabe o que é fazer um Blockbuster de verdade.
Fantastic Negrito revela o álbum visual White Jesus Black Problems; confira!

O cantor, compositor, músico e ativista Fantastic Negrito (nee ́Xavier Dphrepaulezz) lançou na última sexta-feira (3) seu projeto mais ambicioso e provocativo até hoje, White Jesus Black Problems, agora disponível via Storefront Records. Acompanhado por um filme complementar, White Jesus Black Problems é uma síntese de muito – uma jornada ancestral, uma história de amor improvável e até uma autodescoberta do verdadeiro nome de alguém. Este novo projeto segue o aclamado álbum Have You Lost Your Mind Yet? de 2020. Sonoramente, White Jesus Black Problems é emocionalmente carregado, misturando rock and roll com grooves de R&B e energia funk, oferecendo um som que consegue parecer vintage e experimental ao mesmo tempo. White Jesus Black Problems foi escrito, gravado e filmado em Oakland, onde Negrito cresceu e atualmente reside. Combinado com o visual, WJBP produz uma experiência sensorial transcendente e imersiva, que desafia nossas noções de quem somos, de onde viemos e para onde estamos indo. O trabalho audiovisual é baseado na história real de sua avó (sétima geração de sua família) escocesa branca (Gallamore), uma serva contratada, vivendo em um casamento de direito comum com seu avô escravizado afro-americano (Courage); desafiando abertamente as leis racistas e separatistas da Virgínia colonial da década de 1750. No mês passado, Fantastic Negrito anunciou uma série de shows, incluindo o Celebrate Brooklyn, Electric Forest e o Hollywood Bowl Jazz Fest.
Ray Liotta, ator de Os Bons Companheiros, morre aos 67

Morreu o ator Ray Liotta, astro de destaque em filmes como Os Bons Companheiros, de Martin Scorcese, e Campo dos Sonhos, aos 67 anos. A informação foi confirmada pelo portal Deadline, que afirma que Liotta morreu dormindo, na República Dominicana, onde filmava o longa Dangerous Waters. Além dos sucessos nos anos 1990, ele seguia em atividade, estrelando sucessos como Os Muitos Santos de Newark e Nem um Passo em Falso, do ano passado, e História de um Casamento, de 2019. Trabalhos já concluídos mas ainda não lançados incluem os filmes Cocaine Bear, de Elizabeth Banks, e a série Black Bird, da Apple TV+.
Previsto para julho, cinebiografia de Elvis tem mais um trailer revelado

A Warner Bros. Pictures divulgou nesta terça-feira (10) um novo trailer de Elvis, filme dirigido por Baz Luhrmann, e com roteiro de Baz Luhrmann, Sam Bromell, Craig Pearce e Jeremy Doner. O tão esperado drama musical explora a vida e a música de Elvis Presley, e já foi visto por Priscilla Presley, ex-esposa do astro, que em suas redes sociais declarou ter assistido ao filme e também visto o trailer diversas vezes. “As palavras que ouvi da minha filha sobre o quanto ela amou o filme e que Riley também vai amar quando o vir me deixou em lágrimas. Revivi cada momento deste filme e levei alguns dias para superar as emoções, como aconteceu com Lisa. Lindamente feito Baz, Tom, Austin e Olivia”, escreveu Priscilla. Protagonizado por Austin Butler (Elvis) e Tom Hanks (Tom Parker), a história investiga a complexa dinâmica entre Presley e Parker ao longo de 20 anos. Em resumo, passando desde a ascensão de Elvis à fama até seu estrelato sem precedentes. O filme tem estreia prevista nos cinemas brasileiros para 14 de julho. Para mais informações sobre a programação e ingressos, consulte os cinemas da sua cidade.
Crítica | Doutor Estranho no Multiverso da Loucura (Sem Spoilers)

Engenharia do Cinema Já não é novidade que “Doutor Estranho no Multiverso da Loucura” é um dos filmes mais aguardados na nova fase da Marvel, que engloba as séries do selo também. Tendo como base os desfechos de “WandaVision” e “Homem-Aranha Sem Volta Para Casa”, realmente o primeiro longa estrelado pelo mago Stephen Strange (vivido por Benedict Cumberbatch) acaba sendo apenas uma cobertura neste bolo preparado por Kevin Feige. Se tratando do primeiro grande filme de terror do estúdio (nos próximos parágrafos vocês entenderão melhor), foi certeira a escalação do diretor Sam Raimi (também responsável pela trilogia do “Homem-Aranha” com Tobey Maguire). A história tem início quando Stephen tem seu caminho cruzado com a adolescente America Chavez (Xochitl Gomez), que lhe alerta estar fugindo entre os vários multiversos, junto de uma então finada outra versão do próprio Stephen. Sem saber o que fazer, ele acaba indo recorrer à própria Wanda Maximoff (Elizabeth Olsen), que diz necessitar das habilidades de America para conseguir se estabelecer na sua vida dos sonhos. O roteiro de Michael Waldron (também responsável pela série “Loki“) procura estabelecer sua narrativa com o seguinte pretexto: nós sabemos que você já conhece estes personagens, então vamos colocar tudo isso dentro do seguinte princípio de que estamos no “multiverso da loucura” e quaisquer justificativas não farão sentido. Isso pode funcionar em um primeiro momento, mas à medida que a história vai avançando, percebemos que não há como comprar este discurso (já que alguns personagens tomam algumas atitudes que não fazem o menor sentido, dentro da cronologia do que já foi mostrado no Universo Cinematográfico da Marvel). Imagem: Marvel Studios (Divulgação) Como estes tópicos do roteiro vou deixar para a crítica com spoilers, vamos ao que interessa: o trabalho de direção de Sam Raimi. Ciente que ele exerceria uma homenagem ao clássico de horror trash “Evil Dead“, o mesmo usa e abusa das oportunidades que ele pode fazer nas cenas chaves. Seja por intermédio da violência gráfica em algumas horas (inclusive, irão chocar os fãs da Marvel) e até mesmo pelos vários momentos englobando enquadramentos e perseguições acompanhadas da trilha sonora de Danny Elfman (que nitidamente homenageia o trabalho de Joseph LoDuca, no primeiro “Evil Dead”). E digo com total segurança, que por mais do fato de várias pessoas esperarem várias participações especiais marcantes, o show acaba sendo de Elizabeth Olsen. Presente no UCM desde 2014, a mesma conseguiu fazer com que sua Wanda alcançasse uma grande desconstrução, à medida do avanço de sua narrativa, fazendo com que sua caracterização se transformasse na mais assustadora de todos os personagens da Marvel (deixando até Thanos no chinelo). Com auxílio da maquiagem, realmente ela muda o olhar de heroína para psicopata. Porém, isso acaba perdendo um pouco da magia quando Olsen ou qualquer outro nome do elenco tem cenas envolvendo uma grande quantidade de CGI. Como o recurso é responsável por fazer a maioria dos filmes da Marvel existirem (e aqui não é diferente), é perceptível que os atores estavam gravando em telas verdes de fundo e tudo foi feito às pressas na pós-produção. “Doutor Estranho no Multiverso da Loucura” não chega a ser uma obra-prima, muito menos um grande exemplar da Marvel. Mas é uma válida homenagem ao cinema de horror, pelos olhos do próprio Sam Raimi.
Crítica | Alemão 2

Engenharia do Cinema Lançado em 2014, o longa nacional Alemão havia chamado atenção por conta de sua trama que batia com a situação atual das favelas do Rio, que aos poucos estavam sendo pacificadas pela polícia. Com um elenco de ouro composto por Caio Blat, Milhem Cortaz, Otávio Müller, Cauã Reymond e Antônio Fagundes, a produção chegou a receber uma bilheteria plausível, mas não um grande sucesso (já que se assemelhava demais com os então recentes Tropa de Elite). Em Alemão 2, claramente temos um projeto que não havia necessidade de ser feito, e o único propósito desta é apenas mostrar um “mais do mesmo” (que já cansamos de ver em outros filmes, séries e telejornais). A história se passa em meados de 2018, na época onde as eleições para Presidência estavam ocorrendo e a Polícia Militar consegue montar uma ação para capturar o famoso bandido Soldado (Digão Ribeiro). Escalados para a missão estão os PMs Machado (Vladimir Brichita), Ciro (Gabriel Leone) e a novata Freitas (Leandra Leal). Porém, eles não imaginavam que ao mesmo tempo iria ocorrer uma grande guerra entre facções e eles ficariam entre o fogo cruzado. Imagem: RT Features (Divulgação) Realmente, durante boa parte da projeção só me veio à mente sucessos do cinema dos EUA como 16 Quadras, O Fugitivo e até mesmo A Testemunha. Mas é algo bastante normal e rotineiro, o cinema nacional beber bastante desta fonte. Porém, o roteiro de Thiago Brito e Marton Olympio bebe muito do clichê das milícias e até mesmo sempre joga para o espectador (pelo menos em boa parte das cenas) que “a polícia está errada em suas atitudes”, enquanto o diretor José Eduardo Belmonte (que também comandou o primeiro) conseguiu criar uma atmosfera muito boa de ação e suspense. Mesmo não conseguindo estabelecer uma ligação de importância com nenhum dos personagens, o jogo de câmera e as tensões criadas em cenas chave, acabam prendendo a nossa atenção. Mas, quando ficamos dependendo do roteiro, esses sentimentos acabam virando um vazio pleno, carregado apenas de militâncias ideológicas (que só farão sentido para quem já é adepto a linha de pensamento já citada). Uma pena, pois potencial este projeto tinha. Alemão 2 acaba se tornando mais um filme nacional esquecível, que por conta de mensagens pobres, acaba sendo um mais do mesmo.
Crítica | Um Jantar Entre Espiões

Engenharia do Cinema Ta aí um filme que dificilmente conseguirá cair nas graças do espectador, pois ele claramente foi feito com o único propósito de dizer que o ator Chris Pine (o Capitão Kirk, da franquia cinematográfica de Star Trek e que assina a produção aqui) é um bom ator dramático. Mesmo com um bom marketing da Amazon, alegando que se tratava de um “grande filme de espionagem”, durante a projeção de Um Jantar Entre Espiões a única coisa que vinha a mente era “este é mais um longa de romance, ao invés de investigação”. Inspirado no livro de Olen Steinhauer (que também assina o roteiro), a trama mostra o agente Henry Pelham (Pine) que acaba sendo sucumbido de se reencontrar com sua ex-namorada e também agente Celia Harrison (Thandiwe Newton), com o intuito de conseguir informações sobre uma fracassada missão de ambos. Só que à medida que o papo avança, coisas piores vão sendo colocadas na mesa. Imagem: Amazon Studios (Divulgação) O principal demérito de roteirista de um filme, ser o autor da obra literária original, é que ele está familiarizado tanto com aquele arco, que acaba deixando de lado o fator “o público precisa comprar este universo e estes personagens”. Neste fator, Steinhauer peca e feio. Com uma narrativa que mescla presente e passado, constantemente, não acabamos conseguindo entrar no jogo que o diretor Janus Metz cria. Realmente não ficamos empolgados com absolutamente nada, muito menos com as atuações de Pine e Newton (mesmo com a ótima química de ambos e eles estando bem em cena). Embora a fotografia de Charlotte Bruus Christensen aproveite bem para trabalhar pastilhas acinzentadas, para as cenas de romance no passado e alaranjadas no presente, é triste ver que o que é retratado em cena, não faz jus a este tipo de trabalho. Isso sem citar quando Metz tenta criar uma atmosfera de suspense, mesmo com nós já cientes com o que está por vir na cena. Lamentável. Um Jantar Entre Espiões acaba sendo mais um filme feito apenas para arrecadar prêmios e fazer com que Chris Pine ganhe seu biscoito.
Crítica | Fresh

Após uma passagem bastante sucedida no Festival de Sundance deste ano, “Fresh” teve seu lançamento direcionado para as divisões de streaming adulto da Disney (Hulu nos EUA, Star+ na América Latina). Com um ar totalmente independente e maluco, vemos um Sebastian Stan mostrando que por mais que ele pareça ser o amigável Bucky Barnes/Soldado Invernal, também pode ser um dos maiores e mais temidos psicopatas. A história gira em torno de Noa (Daisy Edgar-Jones), que após vários encontros amorosos desastrosos conhece o enigmático Steve (Stan). Só que ela não imaginava que o mesmo teria um hobby um tanto peculiar, que é consumir carne humana. Imagem: Searchlight Pictures (Divulgação) Este é aquele clássico projeto onde ele pode direcionar para dois lados: ele pode ser um trash ao extremo ou um suspense que consegue ter diversas tensões criadas em momentos chaves. Partindo da segunda opção, a cineasta estreante em longas Mimi Cave opta por indiretamente homenagear o trabalho de Jordan Peele em “Corra!”. Através de um cenário bizarro, o roteiro de Lauryn Kahn coloca em pauta alguns temas atuais como sexismo, feminismo até mesmo luta de classes. Estes recursos funcionam? Sim! Porém estamos falando de um roteiro sutil, onde ele coloca essas pautas em cena e devemos raciocinar sobre suas execuções e mensagens. Quando ele não está fazendo isso, Cave opta por criar uma atmosfera perturbadora, mas não tão impactante. Ao invés disso, ela coloca uma pegada de nonsense e neste contexto Stan acaba funcionando perfeitamente como psicopata (inclusive, chega até a assustar, em algumas cenas). No final das contas, “Fresh” é uma grata surpresa que a divisão independente da Disney conseguiu nos propor neste início de 2022. Que continuem assim!
Crítica | De Volta aos 15 (1ª Temporada)

Engenharia do Cinema Anunciada ha cerca de um ano, a série brasileira “De Volta aos 15” é mais uma adaptação da Netflix para um famoso livro da escritora de livros teens, Bruna Vieira. Estrelada por Maisa e Camila Queiroz, o mesmo se assemelha demais com o sucedido “De Repente 30“, mas de forma oposta. Só que mesmo com seus primeiros minutos mostrando uma enorme nostalgia para quem viveu os anos 2000, a qualidade do programa acaba decaindo bruscamente a medida que ele progride em seus seis episódios. A história gira em torno de Anita (Queiroz), que tem 30 anos e ainda vive com a cabeça no tempo da adolescência. Sem conseguir ter animo com nada que está acontecendo, ela acaba recordando de uma rede social que frequentava nos tempos de 2006. Ao fazer o Upload de uma foto no mesmo, Anita (agora vivida por Maisa) acaba voltando justamente para este ano citado, quando tinha 15 anos. Imagem: Netflix (Divulgação) Com diversas menções a situações que recordam ao melhor dos anos 2000, como locadoras de vídeo, comunidades do Orkut e músicas de bandas então que bombavam como Charlie Brown Jr. e Pitty, conseguimos em seus primeiros momentos comprar a premissa. Porém estamos falando apenas dos primeiros minutos do episódio piloto, e ainda restam mais cinco. É ai que está o principal problema. Mesmo com uma enorme semelhança física e nas feições de Maisa e Camila, o roteiro começa a cada vez menos aproveitar essas situações que ambas poderiam ter vivenciado. Ao invés de mirar no estranhamento da situação e até mesmo com algumas “consequências” que o fato promove, o enredo promove apenas um ativismo sócio-politico e deixa tudo que foi citado de lado. A começar que há episódios onde acompanhamos mais os dramas dos amigos de Anita, ao invés da própria. Mesmo tendo a possibilidade de explorar relações que seriam impossíveis quando esta está no corpo adulto, o roteiro direciona para arcos de personagens coadjuvantes chorando e vivenciando problemas amorosos e sexuais (inclusive, até esquecemos que estamos vendo uma série sobre “viagem no tempo”). Isso sem citar que são usadas diversas frases de efeito e músicas daquela época, com o único intuito de fazer com que a mesma seja compartilhada em redes sociais e trazer mais visibilidade para a série e a própria plataforma. Mesmo sendo vendida como a versão nacional de “De Repente 30“, a série “De Volta aos 15” nos promove uma versão pobre de “Malhação“