Crítica | Senjutsu – Iron Maiden
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Demorou mas chegou! Desde os remotos anos 1980 que um novo álbum do Iron Maiden gera enorme expectativa entre seus seguidores, que são milhões espalhados pelos cantos do globo. Seis longos anos após Book of Souls, Senjutsu é despejado em meio a um mundo cheio de incertezas, inclusive com o próprio guitarrista Adrian Smith declarando que a banda ainda não tem nenhuma palavra sobre a turnê de divulgação do álbum. Faixa a faixa de Senjutsu De qualquer maneira, Senjutsu está aí, pronto para ser degustado pelos amantes da Donzela. Vamos dar um passeio pelo conteúdo? Senjutsu – Os bumbos de Nicko Mcbrain dão o primeiro ronco do álbum, seguidos por riffs pra lá de tradicionais, tudo em velocidade moderada. A faixa soa como uma continuação de Book of Souls. Não demora para chegar ao marcante refrão, onde Bruce Dickinson mais uma vez mostra porque é um dos maiores vocalistas da história, grudando as melodias na mente dos fãs. Será uma ótima abertura na vindoura tour. Stratego – A mais direta e pesada faixa de Senjutsu. Abre com um riff que lembra muito o de Powerslave, e logo descamba em mais um bombástico refrão. Candidata a melhor do álbum. The Writing on The Wall – Seguindo um estilo que o Iron Maiden adotou de 1995 para cá, a faixa inicia com um breve dedilhado, que serve de ponte para um riff melódico e com traços folk, lembrando álbuns como Dance of Death. Seu refrão é impossível de esquecer, assim como os solos de Adrian Smith, impecáveis como sempre. Lost In a Lost World – Essa é para desesperar os fãs que preferem o material antigo. A música traz exatamente TODAS as características do “novo” Maiden. Ou seja, possui quase dez minutos de duração, que se iniciam com um dedilhado suave, que é reforçado por um interessante coro ao fundo. Em andamento cavalgado e cadenciado, Bruce comanda a marcha, seguido pelo velho Dave Murray, que dispara bonitos solos. As guitarras gêmeas também estão lá, e essa faixa remete a The Red And The Black, do álbum anterior. Peso e melodia do início ao fim Days of Future Past – O peso volta a falar mais alto, e a faixa engata uma interessante velocidade, fazendo disparar o coração dos antigos fãs. Outro refrão certeiro, e Bruce mais uma vez tem uma atuação de gala. A música diz tudo em seus pouco mais de quatro minutos. The Time Machine – Mais uma que se inicia com dedilhados suaves, e com Bruce cantando calmamente, que é a deixa para todos os músicos entrarem sem aviso. A banda deixa aflorar livremente aqui suas influências de rock progressivo, como Jethro Tull, como bem mostra o riff principal da música. Dave Murray nos brinda com outro solo pra lá de inspirado. Como é bom ouvir esse cara! The Darkest Hour – Quase uma semi-balada, conta com um vocal mais sombrio de Bruce, e é difícil segurar a cabeça com Murray e Smith duelando nos solos. O refrão lembra levemente Out Of The Shadows, de A Matter of Life And Death. Death of The Celts – Daqui para o fim do álbum, é onde os fãs encontrarão mais dificuldade para digerir o conteúdo. A música conta com uma longa introdução de Steve Harris, com Bruce cantando por cima. Inevitável a lembrança de The Clansman, inclusive na duração da faixa, ultrapassando os dez minutos. Sobram duelos e solos de guitarra, em uma música bastante agradável de se ouvir. The Parchment – Mais um longo épico, essa com doze minutos de muitos dedilhados, riffs cadenciados, e duelos que realmente grudam na cabeça, embora a faixa pudesse ser mais curta. Bruce cantando sobre as melodias de guitarra é realmente marcante. O gran finale de Senjutsu com viagem épica Hell on Earth – E Senjutsu vai tristemente chegando ao fim, não sem antes embarcarmos em mais uma viagem épica e progressiva do Maiden, que se inicia com, adivinhem, uma intro de Steve Harris. Com onze minutos, a faixa é a mais prog do álbum, com um andamento cadenciado e uma melodia que serão perfeitos para os shows, inclusive sendo possível visualizar o público entoando a plenos pulmões. Desnecessário dizer, mas os três guitarristas mostram mais uma vez aqui porque são referências entre qualquer aspirante ao instrumento. Os duelos de guitarra na metade da faixa são realmente muito bem executados. Evidente que o álbum dividirá os fãs, assim como acontece em quase todos os lançamentos do Maiden. O andamento mais moderado é facilmente explicado pela idade avançada dos músicos. Mesmo assim, não se acomodaram a nos brindaram com mais um álbum. Que não seja o último. Up the irons!!!
Resenha – Relançamentos – Iron Maiden
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E a Parlophone Records segue sua saga de relançamentos do Iron Maiden. Dessa vez, a terceira leva, conta com os álbuns Fear of The Dark, The X Factor, Virtual XI e Brave New World. O pacote conta com a remasterização do catálogo “Mastered For iTunes”, lançado pela banda em 2015. Vamos dar um passeio por eles? Abrindo o pacote, temos Fear of The Dark, lançado originalmente em 1992. O álbum ficou marcado por ser o último a contar com a voz de Bruce Dickinson, que sairia da banda pouco mais de um ano após a tour do álbum. A formação repete a de No Prayer For The Dying e o grupo mostrou que ainda tinha lenha para queimar. Vide faixas clássicas como Be Quick or Be Dead, Afrait to Shoot Strangers, From Here To Eternity, a balada Wasting Love e a clássica e seminal faixa-título, que se tornaria marca registrada nos shows da banda, fato que acontece até hoje. Apesar de não contar com o guitarrista Adrian Smith, Fear of The Dark competia com todos os melhores momentos da banda nos anos 1980. Até faixas mais “lado B” são queridas dos fãs até os dias atuais, como Judas Be My Guide e Childhood´s End, apesar de nunca terem sido executadas ao vivo. Um álbum que decretou o fim de uma era para o Iron Maiden. The X Factor Prosseguindo com The X Factor, de 1995, que inaugurava uma fase totalmente nova para a banda. Com o vocalista Blaze Bailey assumindo os microfones, o álbum apresentou uma sútil mudança no estilo musical do Maiden, com faixas mais obscuras e progressivas, e letras mais introspectivas. Tudo isso somado aos vocais de Blaze foram suficientes para o álbum causar certa estranheza nos fãs, pelo menos em seu início. Faixas como Sign of The Cross, Fortunes of War, Man on The Edge, Blood On The World´s Hands e The Umbeliever são exemplos perfeitos da nova abordagem do Iron Maiden. Os vocais de Blaze, muito mais graves que os de Dickinson, contribuíram ainda mais para essa faceta mais “dark” da banda. Apesar de Blaze ter sido bastante criticado durante a tour, a formação se manteria para o álbum seguinte. Virtual XI Um pouco menos dark do que The X Factor, Virtual XI surgiu em 1998 num momento onde o próprio metal atravessava uma fase de transição. Isso não ajudou muito na recepção do álbum, que contou com algumas críticas mais pesadas dos setores da imprensa, além de ter uma perna da tour americana cancelada por baixa venda de ingressos. Fato esse que foi desmentido pelo grupo. Eles atribuíram o fato à uma alergia de Bailey. Seja como for, o álbum possui bons momentos como a faixa de abertura, Futureal, a longa The Clansman – que volta e meia aparece nos set lists da banda -, e a melódica When Two Worlds Collide. Um bom álbum, porém quase unânime entre os seguidores da Donzela como o ponto mais baixo da carreira do grupo. Não é de se estranhar o fato de que, ao final da tour, Blaze seria demitido para a volta de Bruce Dickinson, gerando enorme expectativa nos novos e antigos fãs. Brave New World Fechando a saga temos Brave New World, de 2000. Contando com a volta de Bruce Dickinson e Adriam Smith, o Maiden se tornou um sexteto pela primeira vez em sua carreira. O resultado foi um ótimo álbum de heavy metal, ainda que não pudesse ser comparado aos antigos clássicos. Faixas como The Wicker Man, Ghost of The Navigator, Blood Brothers, Out of The Silent Planet e Dream of Mirrors foram aclamadas pelos fãs, e um sucesso na tour do álbum, que inclusive passou pelo Brasil, em um acachapante show no festival Rock In Rio 3, em janeiro de 2001. O Maiden recuperava o prestígio levemente abalado pela fase Bailey, e voltava a figurar entre os gigantes. Soando mais mortíferos do que nunca e embalados em luxuosos digipacks, os quatro álbuns merecem uma nova chance. Up the Irons!! Faixas Fear of The Dark1-Be Quick or Be Dead2-From Here to Eternity3-Afraid to Shoot Strangers4-Fear is The Key5-Childhood´s End6-Wasting Love7-The Fugitive8-Chains of Misery9-The Apparition10-Judas Be My Guide11-Weekend Warrior12-Fear of The DarkThe X Factor1-Sign of The Cross2-Lord of The Flies3-Man on The Edge4-Fortunes of War5-Look For The Truth6-The Aftermath7-Judgement of Heaven8-Blood On The World´s Hands9-Edge of Darkness10-2 AM11-The UmbelieverVirtual XI1-Futureal2-The Angel And The Gambler3-Lightning Strikes Twice4-The Clansman5-When Two Worlds Collide6-The Educated Fool7-Don´t Look to The Eyes of a Stranger8-Como Estais Amigo Brave New World1-The Wicker Man2-Ghost of The Navigator3-Brave New World4-Blood Brothers5-The Mercenary6-Dream of Mirrors7-Fallen Angel8-The Nomad9-Out of The Silent Planet10-The Thin Line Between Love And Hate
Resenha – Relançamentos – Iron Maiden
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