Jesse Malin recebe homenagens em álbum com Green Day, Rancid e Bruce Springsteen

Jesse Malin sofre derrame na coluna e está com as pernas paralisadas

Ex-vocalista do D Generation e colaborador do Green Day, Ryan Adams e Bruce Springsteen, Jesse Malin, de 56 anos, sofreu um derrame na coluna e está com as pernas paralisadas. Em entrevista à Rolling Stone, Jesse Malin detalhou mais sobre o derrame na coluna. Ele contou que estava em um jantar com amigos no dia 4 de maio, em um restaurante de Nova York, nos Estados Unidos, quando sentiu uma dor na coluna e caiu no chão. “Eu fiquei caído sem saber o que estava acontecendo com o meu corpo”, disse o cantor. Malin relata dificuldade desde a paralisação de parte do corpo. “Essas têm sido as seis semanas mais difíceis que já tive. [Os médicos] me disseram que não compreendem direito o que aconteceu e quais são as minhas chances [de recuperar meus movimentos]”. “As avaliações dos médicos têm sido duras e tenho tido alguns momentos do dia que só quero chorar e sinto medo. Mas sigo me lembrando que dou conta de encarar isso. Posso recuperar o meu corpo”, completou. Há um ano, o Blog n’ Roll acompanhou o show de Malin em Glasgow, na Escócia. Naquela oportunidade, o artista falou muito sobre a alegria de voltar a cantar para um público depois de dois anos de pandemia, além de ter andado entre os fãs. A apresentação ficou marcada por muitos discursos divertidos e de saúde mental. “Parece uma piada. Tipo, ‘você fica falando de atitude mental positiva? Então vamos ver como você lida com isso aqui’. Me levaram para fora outro dia, pela primeira vez em uma cadeira de rodas, cheguei no saguão, vi o sol e comecei a gritar. Eu me senti em um filme, não me reconheci. Aí cheguei na esquina, me controlei, fui até o parque e respirei fundo”, disse ele na entrevista.
Jesse Malin e Kelley Swindall em Glasgow com o pessoal do Green Day na plateia

A noite do dia 28 estava concorrida em Glasgow. Num raio de 1,5 km eram três opções de shows: o eterno vocalista do D-Generation, Jesse Malin, a banda de hardcore norte-americana Lag Wagon, além do Kings of Leon. Optei pelo ineditismo na minha check-list e fui no primeiro. A escolha foi acertada. O local em si, o King Tut’s Wah Wah, já tem história de sobra. A pequena casa, com capacidade para 300 pessoas, já recebeu nomes como Oasis, Rage Against the Machine, Biffy Clyro, Radiohead, Blur, Travis, Pulp, The Verve, entre outros no início de carreira. Além disso, não tive o privilégio de assistir a um show do D-Generation e Jesse Malin nunca se apresentou no Brasil. De quebra, colocou a incrível Kelley Swindall para abrir a noite. E se tudo isso não bastasse, ainda tive o prazer de vivenciar isso com Billie Joe e Tré Cool, do Green Day, ao meu lado em um espaço 2×2, próximos à mesa de som. Sim, ambos são muito amigos de Jesse e aproveitaram que farão um show hoje em Glasgow, sequência da tour que o Blog n’ Roll acompanhou em Londres, para prestigiar o companheiro. Sem cerimônia, Kelley Swindall subiu ao palco no horário previsto. Bastante comunicativa, a cantora contou histórias sobre o seu repertório e arrancou muitos aplausos. Lançado na pandemia, o álbum You Can Call Me Darlin’ If You Want serviu como base do repertório. Fortemente influenciada pela música americana, com alguns traços de folk e country, Kelley é uma contadora de histórias nata. Do seu setlist autoral, destaco a faixa-título do álbum, Dear Savannah, California e You Never Really Loved Me Anyways. Após concluir sua apresentação, Kelley distribuiu autógrafos e vendeu seus próprios discos na banquinha enquanto Jesse conversava com o público. Jesse Malin Jesse Malin não demorou a assumir o palco. Muito ativo durante a pandemia, fazendo inúmeras lives, o músico nova-iorquino não escondeu a emoção de poder andar no meio do público. “Fiquei muito tempo preso em casa e entediado. Queria muito ter saído, mas o medo me manteve em casa. Mas confesso que estou cansado de gravar lives”. E um dos motivos para a empolgação era o álbum Sad and Beautiful World, lançado durante a pandemia. Foram cinco faixas do disco apresentadas no King Tut’s, incluindo Backstabbers, Before You Go, Dance With the System, State of the Art e The Way We Used to Roll. Apesar da minha expectativa, Billie Joe e Tré Cool não foram ao palco durante o show. O baterista do Green Day estava muito animado ao lado da mesa de som, mas Billie Joe parecia entediado, passando boa parte do tempo no celular. Mas se não teve esse feat, nem músicas do D-Generation, Jesse Malin entregou um belo dueto com Kelley, a grata surpresa da noite, com uma releitura de You Ain’t Goin’ Nowhere, de Bob Dylan.
Após lives semanais, Jesse Malin lança álbum duplo Sad And Beautiful World

Com transmissões ao vivo semanais ao longo dos últimos 18 meses, Jesse Malin conseguiu nos proporcionar muitos momentos bons em meio ao isolamento social. Agora, ele estreia o álbum Sad And Beautiful World. Aliás, vale uma menção por aqui sobre quem é Jesse Malin. Ele foi vocalista de uma das melhores bandas surgidas nos anos 1990, o D-Generation. Com o término do grupo, iniciou sua carreira solo em 2002, com o disco The Fine Art of Self Destruction. Entre suas produções de lá para cá, ainda teve tempo para colaborar com Bruce Springsteen e Green Day. Isso sem falar de um breve retorno do D-Generation. Em resumo, são nove álbuns como artista solo, quatro EPs, além de uma penca de singles divulgados nos últimos anos. Duplo, Sad And Beautiful World traz 15 faixas que passeiam entre baladas e canções fortemente influenciadas por Tom Petty. Ao lado de Jesse nos vocais e violão, estão Rob Clores nas teclas, James Cruz no baixo, Randy Shrager na bateria e Derek Cruz na guitarra elétrica. Ademais, Derek também co-produziu a maior parte do álbum ao lado de Geoff Sanoff. Por fim, convidados notáveis incluem Lucinda Williams, Tommy Stinson, Don DiLego, Ryan Adams e Joseph Arthur, entre muitos outros. Ouça Sad And Beautiful World abaixo
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Críticas: Garage Fuzz, Tool, Live, Jesse Malin, New Model Army, Entombed A.D. …

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