The Town: datas, local e lineup. Saiba tudo que já está confirmado do novo festival de SP

The Town festival

Agora é oficial: o megaevento The Town está confirmado para os dias 2, 3, 8, 9 e 10 de setembro de 2023. Os organizadores do Rock in Rio apresentaram o novo empreendimento do grupo, que ocupará o Autódromo de Interlagos. Aliás, a expectativa é que em sua primeira edição reúna em torno de 600 mil pessoas em mais de 230 horas de música, com apresentações dos principais nomes da música mundial. No entanto, até o momento, apenas dois nomes estão confirmados: IZA e Criolo. Para Roberto Medina, criador e presidente do Rock In Rio e do The Town, a efervescência da cultura paulista será o grande atrativo do festival. “Sonhava em fazer um evento em São Paulo, mas precisava ter a cara da cidade. É um enorme prazer e uma responsabilidade ainda maior idealizar e produzir um evento tão grandioso, um projeto único, à altura dessa grande cidade, que foi a inspiração para a criação de The Town. São Paulo atrai gente que sonha, como eu. Ela é multicultural, vibrante e intensa. É com essa inspiração que nasce The Town, que já no seu lançamento, estará entre os maiores eventos de música e entretenimento do mundo”, diz. Em síntese, The Town nasce robusto e com números de “gente grande”. Um investimento de aproximadamente R$ 300 milhões garantirá a entrega de um evento com a mesma qualidade e sofisticação do Rock in Rio. Todo o investimento terá reflexos impressionantes na economia da cidade. A expectativa é que o festival movimente já em sua primeira edição R$ 1,2 bilhão no Estado de São Paulo e gere mais de 27 mil empregos. Os palcos do The Town Primeiramente, o palco Skyline é o maior do evento e tem seu design inspirado nos prédios emblemáticos da capital. Aliás, a previsão é de quatro shows por dia, com a presença de grandes bandas nacionais e internacionais, incluindo a tradicional queima de fogos de artifício sincronizada, na abertura e no encerramento. Representando sua grandiosidade, o palco terá as medidas de 88m x 30m. O palco The One tem como inspiração a arte urbana de São Paulo, com o grafite como um dos principais representantes e tamanho de 61m x 25m. Em síntese, neste espaço se esperam conteúdos exclusivos do festival, através de encontros e apresentações produzidas sob medida. As bandas consagradas e novos artistas devem consolidar o tom de diversidade de ritmos em shows únicos e inesquecíveis. O New Dance Order palco dedicado à música de pista que fez sua estreia na última edição do Rock in Rio, desembarca no The Town. Sua proposta diferenciada estabelece a conexão entre o ser humano e a música, a partir de sensações vividas neste ambiente. Nesta narrativa totalmente futurista, a palavra da vez deste espaço é dançar. Aliás, as batidas serão as mais variadas – passando pelos gêneros house, techno, trance, bass, trap, EDM e outros beats eletrônicos. Todos preparados para envolver o público com uma energia singular. O palco para os artistas se apresentarem será na dimensão de 63m x 20m. Mais homenagens na música e na gastronomia Prometido como o espaço com o maior número de selfies da Cidade da Música, a São Paulo Square virá inspirada na região em que a Cidade foi fundada e irá reunir alguns dos seus principais ícones históricos, como a Catedral da Sé e a Estação da Luz, embalados ao ritmo de muito jazz e blues. Contudo, num cenário monocromático a arte predominará nas performances artísticas, música, dança e no colorido das obras, que tomará conta da plateia. Inspirado nos antigos galpões das fábricas que ajudaram a elevar o nome de São Paulo, o Factory trará o mood da cultura urbana e terá performances de street dance e shows de trap, hip hop e rap – que estão entre os gêneros mais consumidos da Cidade. Ademais, além dos palcos, o evento contará com a Arena Metrópolis, um espaço que abrigará um musical criado exclusivamente para The Town. Ao longo do dia, diversas sessões prometem impactar a plateia. Por fim, a homenagem não estaria completa se não estivesse presente a gastronomia paulista. O City Market será o espaço gourmet, com deliciosos cardápios, criados exclusivamente para The Town e assinados por conceituados chefs, bares e restaurantes que mostrarão porque São Paulo é reconhecidamente a capital gastronômica do nosso país.

Locomotiva Festival anuncia programação completa para o fim de semana

O Locomotiva Festival, um dos mais plurais e reconhecidos eventos de música independente do estado de São Paulo, realiza uma inédita versão digital neste mês de novembro, no sábado (13) e domingo (14), com bandas de diversos estilos e distintas partes do Brasil tocando pontos culturais e turísticos da cidade de Piracicaba. A transmissão de ambos os dias começa às 18h no canal de YouTube do festival. “Durante as conversas resolvemos fazer algo diferente e maior, mostrando pontos icônicos aqui de Piracicaba de uma forma diferente”, contam os idealizadores do Locomotiva, Luciano Benetton, Max Matta e Carlos Casagrande. Os shows, desta forma, foram gravados em lugares emblemáticos da cidade do interior paulista. Uma delas nas ruínas da usina do Monte Alegre, outra no Teatro do Engenho (Erotídes de Campos), este em um formato diferente com o teatro aberto e as bandas em círculo no meio, dando uma visão tanto do teatro como da parte externa do complexo do Engenho Central . “Gravamos também no estacionamento da cobertura do Shopping Piracicaba, imprimindo bem essa pegada urbana do festival e contrastando com imagens de drone da paisagem/rio Piracicaba”, revelam os idealizadores. Tem, ainda, um show – das meninas da Lazúli – gravado na Atmos, clube de paraquedismo. “Ficou bem legal a ideia de ter uma banda tocando junto com aviões e uma paisagem interessante”. Em paralelo ao festival acontece o Locomotiva Social, que são ações sobre arte e educação em escolas públicas. Este ano, serão palestras ministradas pelo artista muralista Diógenes Moura, além de concertos didáticos conduzidos pelo violinista clássico Welton Nadai. Locomotiva Festival 2021 é um oferecimento do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa. Todas as novidades e informações sempre atualizadas no instagram (@locomotivafestival). Line-up do Locomotiva Festival 2021 BoogarinsLazúli (projeto solo de Ju Strassacapa, do Francisco El Hombre)JadsaPLUMAAiyéMaikaoBesouro MulherPeladosBeeguasGloverJoe SujeraZona9meiaLys Ventura (DJ set de reggae/dub)Cecitunes (DJ set de reggae/dub)Salvegod (DJ set, projeto da cantora de new jazz Bebé Salvego)DJ Crypton (DJ set de punk rock)

Com Miley Cyrus, Foo Fighters e Strokes, Lollapalooza divulga lineup completo para sua edição em 2022; confira

E finalmente temos em mãos o lineup oficial do Lollapalooza 2022. Na questão dos headliners, apenas o The Strokes permaneceu em relação ao festival adiado em 2020. Com a banda nova-iorquina, também estão Miley Cyrus e Foo Fighters. Em resumo, o festival acontece nos dias 25, 26 e 27 de março de 2022. Ele será realizado no Autódromo de Interlagos, em São Paulo. Além das atrações principais, também temos grandes nomes no lineup, como: A$AP Rocky, Martin Garrix, Dojacat e Macihne Gun Kelly. Ademais, os novos ingressos começam a ser vendidos a partir do dia 18 de novembro. As pessoas que já efetuaram a compra do Lolla Day devem realizar a troca no site oficial entre os dias 3 e 16. Confira o lineup completo

Rock in Rio anuncia Dua Lipa como headliner da última noite

Future Nostalgia

O Rock in Rio acaba de confirmar um dos maiores nomes da cena do pop da atualidade em seu line-up: Dua Lipa. Fenômeno da música internacional e muito pedida pelos fãs do festival, a cantora e compositora britânica vai encerrar as apresentações do Palco Mundo na edição de 2022, com um show marcado para o último dia do evento, 11 de setembro, mesma data que a organização já havia confirmado Ivete Sangalo. Passando pela primeira vez no Rock in Rio, Dua Lipa lançou no ano passado o álbum Future Nostalgia. Bastante reverenciado pela crítica especializada e pelo público, o trabalho lhe rendeu o Grammy na categoria “Melhor Álbum Pop”, além de contar com o hit mundial Don’t Start Now, que passou de mais de 1 bilhão de streams no Spotify. Marcado para os dias nos dias 2, 3, 4, 8, 9, 10 e 11 de setembro de 2022, na Cidade do Rock, no Rio de Janeiro, o Rock in Rio já tem data para iniciar as vendas do Rock in Rio Card. No do dia 21 de setembro, a partir das 19h, os fãs poderão adquirir seus ingressos no site do festival. Dua Lipa começou sua carreira musical aos 14 anos, com covers de músicas de outros artistas no YouTube. Seu primeiro álbum de estúdio, Dua Lipa, lançado em 2017, foi um grande sucesso. Com singles conhecidos internacionalmente, entre eles Be the One, Idgaf e New Rules, a cantora emplacou logo em sua estreia duas faixas no top 10 das paradas britânicas, além de ter alcançado o top 6 nos EUA. Fenômeno mundial, seu segundo álbum, Future Nostalgia, lançado em 2020, conta com diversos hits, entre eles, Don’t Start Now, Physical, Break My Heart e Levitating, e acumula mais de 4,5 bilhões de streams no Spotify até o momento. Rock in Rio Card para ver Dua Lipa A partir do dia 21 de setembro, às 19h, acontece a venda do Rock in Rio Card, que equivale a um ingresso antecipado e garante a entrada ao evento antes mesmo da confirmação de todas as bandas e atrações. Depois de um longo período sem encontrar seus artistas preferidos em função da pandemia de covid-19, os fãs do Rock in Rio já têm data marcada, o Dia do Reencontro, 2 de setembro de 2022, na Cidade do Rock, no Parque Olímpico, no Rio de Janeiro, quando acontece o primeiro dia de Rock in Rio. O maior festival de música e entretenimento do mundo segue pelos dias 3, 4, 8, 9, 10 e 11 de setembro. Para 2022, a organização já divulgou alguns nomes do line up, como Justin Bieber, Demi Lovato, Post Malone, Marshmello, Jason Derulo, Iron Maiden, Dream Theater, Iza, Ivete Sangalo, Joss Stone, Corinne Bailey Rae, Glória Groove e Duda Beat. Para a edição do Rock in Rio Brasil 2022, o valor da entrada será R$ 545,00 (inteira) e R$ 272,50 (meia-entrada). O pagamento pode ser feito por cartão de crédito e o valor parcelado em até seis vezes. Clientes Itaú Unibanco que efetuarem o pagamento com cartões de crédito Itaucard e Credicard têm desconto de 15% na compra do Rock in Rio Card, além do parcelamento em até oito vezes sem juros. O desconto de 15% não é cumulativo com a meia entrada.

Rock In Rio divulga primeiras atrações do lineup para a edição de 2021 do festival; confira

Iron Maiden terá show do Rock in Rio transmitido online

Os amantes de um bom festival de música finalmente ganharam um motivo para comemorar. O Rock In Rio está de volta e já divulgou os detalhes do dia do metal da edição 2021. Aliás, o evento acontece nos dias 24, 25, 26 e 30 de setembro, e 1, 2 e 3 de outubro de 2021. A abertura do festival será dedicada ao rock pesado, já batizado carinhosamente como ‘dia do metal’. Na data, teremos Iron Maiden, Dream Theater, Megadeth e Sepultura + Orquestra Sinfônica Brasileira no Palco Mundo. Ademais, mais detalhes e atrações do Rock In Rio serão divulgadas em breve.

Conheça as primeiras atrações do Juntos Pela Vila Gilda 2

A segunda edição do Juntos Pela Vila Gilda está confirmada! Acontece no dia 1 de novembro, com 12 horas de música distribuídas em 100 artistas. Confira abaixo um pouco sobre os primeiros nomes confirmados no Juntos Pela Vila Gilda 2. Fantastic Negrito Um dos nomes mais empolgantes da atualidade, Fantastic Negrito venceu dois Grammy de Melhor Álbum de Blues Contemporâneo nos últimos quatro anos. O californiano lançou recentemente o álbum Have You Lost Your Mind Yet? É o terceiro da sua trajetória, sendo que os dois primeiros foram resenhados pelo incrível Nuno Mindelis no Blog n’ Roll. Além do lançamento de seu terceiro LP, Fantastic Negrito está comemorando sua participação na Rock & Roll Hall of Fame’s Social Justice Exhibit. A guitarra Gibson que ele tocou no vídeo de In The Pines está atualmente em exibição ao lado de outros pioneiros musicais que defendem a causa da igualdade. Igor Prado O paulista Igor Prado é uma referência internacional do blues brasileiro. Ligado ao blues desde os 16 anos, ele lidera a Igor Prado Band, com o irmão Yuri Prado na bateria, Rodrigo Mantovani no contrabaixo elétrico e acústico e Denílson Martins no saxofone barítono. Apaixonado pelo blues tradicional e o West Coast Swing, o artista excursionou com nomes memoráveis como Steve Guyger, R.J MIscho, Mark Hummel, JJ Jackson, Phil Guy, Mud Morganfiled, entre outros. Coleciona aparições em grandes festivais de blues nos EUA, Europa e América Latina. Em 2016, a Igor Prado Band, tornou-se a primeira banda estrangeira a ser indicada para concorrer ao principal prêmio do 37th Memphis Blues Awards, um dos mais prestigiados dos EUA. Marcos Ottaviano Festejado por B.B. King e Ron Wood (Rolling Stones), Marcos Ottaviano é uma lenda viva do blues brasileiro. Fundador da Companhia Paulista de Blues, integrou a Celso Blues Boy e Blue Jeans. Em 2000, lançou seu primeiro disco solo, November 12 Sessions. O trabalho, produzido por Alexandre Fontanetti, apresenta composições próprias e releituras de clássicos do blues. Em 2010, lançou o álbum Marcos Ottaviano e Kiko Moura Project, que arrancou elogios do precursor da Bossa Nova, Roberto Menescal. Em 2013, chegou ao mercado Blood, Sweat & Electric, uma coletânea instrumental de suas composições, com gravações realizadas entre 1995 e 2010. Adriano Grineberg Com mais de vinte anos de carreira, Adriano Grineberg​ é considerado um dos maiores músicos de blues contemporâneo do Brasil. Sua música é o resultado da combinação de uma variedade de referências da música internacional como Ray Charles, Taj Mahal e Bob Marley, e de grandes mestres da música brasileira como Pixinguinha, Luiz Gonzaga e Tim Maia. Pianista de formação erudita, compositor, arranjador e cantor, no final da década de 1980 descobriu no blues uma paixão que o levou a acompanhar grandes artistas do gênero como Deacon Jones, John Pizzarelli, Andre Christovam, Corey Harris, Igor Prado, Big Time Sarah, Deitra Farr, James Wheller, Jimmy Burns e Magic Slim. Vasco Faé O trabalho solo de Vasco Faé é uma referência nacional dentro do cenário blues. São mais de 23 anos de carreira profissional, com três CDs solo lançados, sendo um ao vivo. O Manoblues foi pioneiro no Brasil a se arriscar na arte da coordenação motora ao tocar a gaita no suporte com outros instrumentos de maneira musical e não apenas figurativa, tendo influenciado toda uma geração de gaitistas desde o início dos anos 1990. Gravou participações em incontáveis discos de artistas de gêneros variados, sempre com sua personalidade marcante e estilo inconfundível e é o autor das mais antológicas versões bluesy de músicas brasileiras, como o Trem das 11, Medo da Chuva, entre outras. Beach Combers Os Reis das Praias Cariocas! Assim podemos definir esse trio incrível. O Beach Combers possui três álbuns em sua discografia. São dois de estúdio e um ao vivo. E foi a sonoridade apresentada no calçadão da praia que chamou a atenção de Zak Starkey, filho de Ringo Starr (Beatles) e baterista do The Who e Oasis. Uma característica marcante para quem assiste o Beach Combers está no visual dos integrantes. “A ideia é que ninguém é frontman. Ao invés de uma figura central, todos jogam na frente. De tempos em tempos, a gente troca de uniforme, sempre mantendo a estética”, explica Bernar Gomma (guitarra), que conta com Paulo Emmery (baixo) e Lucas Leão (bateria) na formação. Digo Maransaldi Digo Maransaldi é músico, compositor e produtor santista. Canta, toca bateria, guitarra, violão e percussão. Lançou o primeiro CD intitulado Digo e a New Gafieira, em 2010. O artista tem seu trabalho solo como compositor, cantor e demais instrumentos baseado na MPB, soul music, folk, sambalanço, bossa nova, soft rock e tudo que habita sua mente livre e diversa. Também atua como baterista, cantor e violonista na banda Dog Joe (blues, folk rock, soul e old rock). $onic Da quebrada do Areião, em Santos, vem o rapper $onic. Integrante do Cypher 013, que teve grande repercussão em 2017, o artista já lançou 13 singles de lá para cá. Os três últimos vieram em sequência nas últimas semanas: Dubai, Califa BR 013 e Inconveniente. $onic chama a atenção pela naturalidade com a qual ele transita entre o rap e o trap. O artista consegue fazer isso de forma tão espontânea que só comprova sua versatilidade. Atlante Um dos nomes mais empolgantes do indie rock santista, a Atlante possui trabalhos marcantes em sua trajetória. Surgiu em 2016, na esteira da Glock/Montreal, projeto antigo de seus integrantes. O EP Belavista, lançado em 2018, traz um grande amadurecimento no som dos caras. Time Bomb Girls O power trio feminino Time Bomb Girls, formado por Camila Lacerda (bateria e voz), Déia Marinho (baixo e voz) e Sayuri Yamamoto (guitarra, gaita e voz), lançou seu primeiro disco, Las Tres Destemidas, recentemente. Composto por dez músicas inéditas, mais o último single Quando eu Crescer e novas versões de Not a Sad Song e Confere com a Muda remixadas por Manoel Cruz, o álbum é um dos melhores da temporada da pandemia. O disco traz influências do punk rock, rockabilly, surf music,

Lollapalooza Brasil anuncia horários dos shows; confira!

Chegou a hora de organizar sua agenda de shows. O Lollapalooza Brasil acaba de divulgar o lineup com os horários das apresentações! Confira: Ainda há ingressos disponíveis para o festival, mas algumas das Lolla Parties já estão esgotadas. O Lollapalooza Brasil acontece de 3 a 5 de abril.

Entrevista | Edgar – “Minhas letras vêm do âmago”

Edgar

Edgar Pereira da Silva é poesia pura. O rapper paulista nascido em Guarulhos tem uma aura de cidadão do mundo crescente, que torna seu rap ainda mais voraz. Em compromisso com a exposição da realidade, Edgar mescla sensações num material criativo, contemporâneo e colorido até nos sons. Seu álbum mais recente, Ultrassom (2018), trata de temas sociais vívidos. Com 10 faixas, todos os textos são sentidos à flor da pele. “Vem da minha vivência, dos lugares que passei, de tudo que vou atravessei. As letras vêm do âmago”. Apesar de cada letra ter uma entonação diferente, o artista não se vê fazendo essas escolhas. “Eu não sei explicar, não tenho uma técnica teatral, um nome específico, não estudei isso. É uma fita bem do autor, mesmo”. “Eu leio diversas vezes pra canalizar, decorar, e vou percebendo as coisas. Se é debochado, se tem raiva, é mais uma energia que tenho que transmitir pras pessoas se contagiarem do que uma dramaturgia”. Tento ser autêntico nisso, porque é uma parada de sentimento. A música pede e eu entrego Edgar sobre a entonação de suas letras Ideias interligadas As ideias fluem como nômades, sem um destino final. Cada tema abordado em Ultrassom, desde a morte de Marielle Franco até a problemática do plástico, tem caminho próprio. Assim como as músicas, cada performance leva rumo distinto. “Eu tenho percebido que as performances que tenho proposto abrangem mais o ecológico, o meio ambiente, mas ficam numa linha tênue do começar a ajudar logo. Elas têm um estágio de subir no palco e mudar isso”. “Eu estouro o plástico com a boca e peço pro público ajudar a tirar. ‘Tem uma hora que só a plateia pode ajudar o artista, preciso de vocês’, e eles vêm. A performance rompe essa linha entre palco e plateia, e é como se o show fosse no plateia”. A sinergia com o público é parte fundamental de sua performance, quebrando até mesmo as barreiras do diálogo. Esta ideia surgiu especialmente quando Edgar foi para a França, participar do Festival MaMA, em Paris, em outubro do ano de 2018. O toque, o tom e a performance “Quando eu fui pra França, as pessoas não entendiam o meu idioma, então eu tinha que achar uma forma deles entenderem que eu tava falando de plástico, de excesso, sem usar palavras. Era um jeito que conseguia trazer uma reação nas pessoas”. Esta foi a primeira experiência internacional do artista, que embarca em breve para o mesmo país. Cada local é uma nova sensação, assim como cada show forma uma apresentação diferente. “Se o lugar é mais intimista, a performance é mais potente. Quando é festival, tem uma pegada mais pra cima – boa noite, começo, meio e fim, pra fazer render. O Edgar solo é uma parada que me acompanha desde que eu nasci (risos), então é uma coisa natural”. Visual e som se misturam em tudo. Na verdade, a estética de Edgar é tão única que você escuta visualizando. Cada detalhe é estudado com precisão cirúrgica. “O visual gosto de estar alternando, no sentido de ter que ser cada vez mais uma puxada de diferentes roteiros. Dá pra fazer outras linguagens, que funcionam bem, dar uma fugida do padrão”. “Sonoramente a estética já é mais solidificada, a gente sabe o que quer. Na sonoridade não fica elegante mudar o tempo todo, como temos feito com esse som mais hi-tech, tecnológico, moderno”. Edgar e seus encontros musicais A projeção além do universo hip hop permitiu que Edgar fizesse trabalhos distintos. Entre eles, uma participação no álbum Deus é Mulher (2018), de Elza Soares. A canção escolhida foi Exu nas escolas, composta por Kiko Dinucci e agitada no rap de Edgar. “A Elza Soares, madrinha, é maravilhosa. Amo, quero, sou! Foi muito mágico!”, conta Edgar. Além da canção, Edgar foi convidado especial de Elza em sua apresentação no Rock in Rio. Subiu para cantar Blá Blá Blá, em meio ao protesto político onde bradou “o futuro é um presidente com medo de nós”, em alusão ao seu discurso em Plástico. Outra participação foi com Baiana System e Curumin, na faixa Sonar, em O Futuro Não Demora (2019). “Ali é família, galera é muito amor, fazer alguma coisa com eles foi maragnífico, de maravilhoso e magnífico mesmo, nossa”. A admiração é mútua, e Edgar arranca elogios. “Majestoso, né? Uma qualidade impecável de voz. Foi um convite muito honroso”. Lollapalooza 2020 “Não tenho dinheiro pra isso não (risos). Nunca nem fui, fora da minha realidade”. O convite para participar do Lolla traz a primeira oportunidade de estar no festival. “Preciso ver o local do show, é mais fácil de trabalhar o espetáculo. Se eles tiverem uma projeção simultânea igual do Rock in Rio, consigo fazer uma performance pra todo mundo ver”. As várias trocas de palco e escolhas de repertório ainda estão em pauta. Outra coisa que ainda não está certa é sobre os artistas que vai assistir. “É tanta gente que eu não consigo nem ver! Nem deu tempo de pensar. Tem que ser por partes”, brinca.

Kylie Minogue abre lineup do GRLS! Festival

Kylie Minogue

A cantora australiana Kylie Minogue é a primeira atração confirmada do GRLS! Festival. Ela foi escolhida como headliner não só por sua música, como também pela incrível personalidade e representatividade. Em 2005, Kylie Minogue declarou ao mundo que foi diagnosticada com câncer de mama. Por meio de sua história, ela ajudou a conscientizar várias mulheres a fazerem exames preventivos, assim como serviu de apoio a vítimas da doença. Com 14 álbuns de estúdio lançados, Minogue é uma das artistas de maior sucesso do Reino Unido. A cantora recebeu uma Ordem do Império Britânico em 2008 da Rainha Elizabeth II, concedida por seus serviços pela música. Minogue ainda é detentora de inúmeros prêmios da indústria. A última vez da artista no Brasil foi em 2015, como parte do amFAR Inspiration Gala, em São Paulo. O evento beneficente arrecadava fundos em prol de vítimas da AIDS. Mesmo com a divulgação da cantora como parte do lineup, ainda não há mais detalhes sobre a programação, mas as informações serão divulgadas em breve. O GRLS! Festival é o primeiro evento nacional disposto a ser 100% por e para mulheres, evidenciando a importância de diálogos e reflexões. O festival acontece em 7 e 8 de março de 2020, no Memorial da América Latina, em São Paulo.