Música Urbana: Capital Inicial convida músicos para celebrar os 64 anos de Brasília

Para comemorar os 64 anos do berço do rock nacional, a banda Capital Inicial prepara uma grande celebração: uma nova versão do evento que parou Brasília em 1984, o Música Urbana. À época, o show teve ingressos esgotados unindo Capital Inicial, Legião Urbana e Plebe Rude, no teatro do Colégio Alvorada, em Brasília. Quarenta anos depois, os músicos que seguem fazendo sucesso com a turnê 4.0 pelo Brasil, convidam Zélia Duncan, Scalene, Plebe Rude e Marcelo Bonfá para subir ao palco da Arena BRB Nilson Nelson, no dia 20 de abril, para mais uma noite histórica. Produzido pela Bonus Track, os ingressos começam a ser vendidos nesta terça-feira (30), no site da Eventim. “Em 1984 a gente tinha a sensação de que estava fazendo algo muito incrível para a cultura brasileira. A gente não estava preocupado se as pessoas curtiam ou gostavam. Era pra nossa própria diversão. Naquele momento, nada era planejado. No começo, ninguém tinha ideia que ia ser algo profissional. Era tudo no improviso. Era muito pouco preparo e pouca estrutura. Os amigos se ajudavam. Aprendemos a fazer, fazendo. Para nós aquilo foi grande, importante, relevante”, diz Dinho. O show de 1984 marcou tanto a história do rock nacional, que dois anos depois, a música que deu o nome a esse encontro seria o primeiro single de sucesso do Capital Inicial, emplacando entre as mais tocadas nas rádios brasileiras. “Em Brasília, esse espírito contestador ficou tão grande, onde todos formaram uma banda, todos eram diferentes. Foi contagiante. Foi irresistível. O que começou como um punhado de amigos, virou algo gigantesco que chegou num momento em que não sabíamos da cena de outros estados, mas a gente achava que era uma coisa só nossa. Que era algo super importante. A gente estava numa revolução. Últimos anos de regime militar, de redemocratização. Achávamos que éramos parte dessa transformação. Achávamos que fazíamos parte da construção de um país mais justo, desse momento histórico do Brasil. Queríamos mostrar que era possível novos sons. Nós éramos os porta-vozes dessa geração. Era irrelevante quantos estavam ouvindo. Mas, era o espírito, transformando nossas vidas e o Brasil. Imagina se essa força pudesse se unir de novo? Então, vai ser uma celebração sem igual. A trilha sonora de Brasília!”, completa. A data da nova edição do Música Urbana será uma comemoração tripla, pois além do aniversário de Brasília, Dinho comemora 60 anos logo depois, no dia 27 de abril, e este também será o último show da turnê 4.0 na cidade. Além dessas comemorações, várias outras farão parte do grande encontro. ⁠Capital vai receber Zélia Duncan pela primeira vez depois do emblemático Acústico MTV, gravado em 2000. Outro ponto forte do show será a banda Scalene, que – em hiato desde 2022 – volta para esse show único. Presentes na primeira versão em 1984, Plebe Rude cantará seus maiores sucessos; e Bonfá, que vem representando a Legião Urbana, e ficou na lembrança de todos os fãs desenhando o primeiro pôster do festival, reviverá essas recordações nesse novo evento. Serviço Música Urbana: 64 Anos de Brasília Capital Inicial ⁠Scalene ⁠Plebe Rude Zélia Duncan Marcelo Bonfá (Legião Urbana) Data: 20 de abril Local: Arena BRB Nilson Nelson Endereço: SRPN – Brasília, DF, 70297-400 Ingressos e informações: a partir desta terça-feira, dia 30, no site da Eventim

Plebe Rude lança novo álbum e anuncia turnê; ouça Evolução Vol.II

A Plebe Rude lançou a segunda parte do projeto Evolução, que teve início antes da pandemia e foi interrompido devido a pausa nas atividades do setor cultural e de eventos. O álbum Evolução Vol. II, disponibilizado nesta quarta-feira (22), nas principais plataformas digitais, fecha um ciclo na trilha sonora do musical sobre a evolução humana. Ao todo, o projeto conta com 28 músicas. “Foi uma experiência fantástica compor não só pensando na linha evolutiva do homem, mas também em coreografia, movimentação de palco, imagens projetadas ao fundo e cenografia”, revela o vocalista Philippe Seabra, que já tinha experiências anteriores com trilha sonora, o que facilitou estabelecer tanto narrativa, quanto dramaticidade ao espetáculo. “Com momentos orquestrados, interlúdios eruditos, rock clássico se mesclando com o punk, percussão norte-africana, duas músicas com mais de 10 minutos e trechos que teriam que ter a voz de uma criança, valia de tudo em Evolução”. Evolução Vol.II soma-se ao Evolução Vol.I num álbum duplo temático produzido e gravado por Seabra no Estúdio Daybreak, em Brasília. Com participações de Walter Casagrande Jr., Jarbas Homem de Mello, Fabio Yoshihara, Dani Buarque e Ana Carolina Floriano, o disco passeia por eventos tão díspares da humanidade quanto os estilos musicais apresentados por ele. Mas o vocalista afirma que o recado de Evolução é simples: Se a nossa herança da Terra foi por acaso, a nossa passagem pelo universo é um grão de areia. E faz uma reflexão sobre a situação política atual no país. “Esse momento esdrúxulo no Brasil da ascensão da extrema direita que a democracia conseguiu sobreviver então, é uma molécula nesse grão e no arco do tempo, e será visto e julgado pela história apenas como lapso, uma aberração na linha evolutiva. O arco do universo moral é longo, mas se inclina em direção à justiça. Mas a eterna vigilância continua sempre necessária”. Para divulgar o lançamento, a Plebe Rude tem uma turnê marcada, com estreia na próxima sexta-feira (24) no Circo Voador, no Rio de Janeiro. A banda tem datas confirmadas também em Belo Horizonte (25), São Paulo (08 e 09/04), Jundiaí (28/04), Campinas (29/04), Contagem (13/05) e Curitiba (15/07). “Finalmente voltaremos para a estrada! E com material novo! Isso no dá o maior gás. Podem esperar uma Plebe com todos os hits, coisas do Evolução e outras surpresas”, adianta o baixista André X. “Temos uma grande expectativa em tocar as músicas ao vivo e ver a reação dos ‘plebeus’. Tem coisa lá que é muito teatral, muito cinematográfica (foi feita para o palco!) e outras que são de um estilo diferente do usual da Plebe. Vai ser interessante ver a reação da plateia”, completa.

Novo single da Plebe Rude, Vitória, traz Dani Buarque (The Mönic)

No decorrer de 28 músicas, espalhadas em dois CDs, Evolução Volume I – lançado em 2019 – e Evolução Volume II, previsto para o primeiro semestre de 2023, a Plebe Rude canta a história da humanidade, desde que o homem vira um bípede, até seu esgotamento final no planeta Terra. O projeto audacioso da banda foi concebido como um musical, que deve ser realizado por Jarbas Homem de Mello. Nesta sexta-feira (9), a Plebe Rude lançou mais um single do álbum Evolução Volume II, com um lyric vídeo assinado por Fernando Dalvi. A faixa Vitória conta com a participação da vocalista e guitarrista da banda The Mönic, Dani Buarque, nos vocais. “Quando convidamos o Jarbas Homem de Mello para dirigir o espetáculo, ele pediu mais luz, que mostrássemos as conquistas positivas do Homem. E ele tinha razão, o espetáculo até então era mais sombrio. A visão feminina no espetáculo, tanto a Dani como a Ana Carolina Floriano, dão uma densidade a narrativa e quem domina a narrativa é quem o mundo mudou”, revela o vocalista Philippe Seabra. O baixista André X, diz que a Plebe Rude tem em seu DNA uma visão crítica da história, mas que consegue enxergar neste olhar mais sombrio da evolução do homem, alguns momentos positivos. “O ser humano é capaz de coisas boas e que proporcionam o bem-estar de todos. No volume I, temos a música Belo Dia em Florença, com as maravilhas do Renascimento, movimento de ordem artística, cultural e científica que se deflagrou na passagem da Idade Média para a Moderna, nos tirando das trevas. No Volume II, esse papel cabe à música Vitória, pontuando esses progressos para a humanidade. É uma celebração da capacidade humana de criar o bem”, diz o músico, que comenta ainda a participação de Dani Buarque na faixa: “Ficou sensacional! Ela entregou a música com sentimento e energia”. A vocalista e guitarrista da The Mönic também se diz feliz com o resultado. “Esse lance de colocar um pouquinho do seu trabalho em outro universo é uma sensação boa demais. Nesse caso foi incrível porque além dos caras da Plebe serem artistas que sou muito fã, o som bateu no meu coração desde a primeira vez que ouvi. Um privilégio muito grande ter colaborado no som de um disco com uma história tão profunda em uma faixa que celebra e relembra todas as etapas vitoriosas que nos levaram à conquista da nossa democracia, que ainda hoje precisa ser cuidada com olhos atentos a todo instante”. Há mais de cinco anos trabalhando em Evolução, a Plebe Rude promete fechar com “tampo de ouro” o projeto. “Queremos que seja divulgado, que as pessoas ouçam, e que sintam que ainda há esperança para nossa espécie. A Plebe virá com tudo em 2023”, promete André X. “Numa era de EPS e singles, só mesmo a Plebe para aparecer com um álbum duplo com 28 músicas inéditas”, completa Philippe Seabra.

Plebe Rude lança lyric video de A Quieta Desolação; ouça!

Na última sexta-feira (25), os veteranos da Plebe Rude lançaram mais um single da série Evolução, um trabalho temático, divido em duas etapas, que narra o desenvolvimento do homem desde os primórdios. A faixa A Quieta Desolação faz parte do Evolução, Volume 2 e conta com a participação da cantora mirim Ana Carolina Floriano, que participou recentemente do programa The Voice Kids. A artista de 13 anos já havia feito uma parceria com a Plebe Rude na canção Nova Fronteira do álbum Evolução, Volume 1, lançado em 2019. “Sentimos que a voz dela casou perfeitamente com as músicas. Foi o diretor de Evolução, O Musical, cuja produção fora interrompida pela pandemia, Jarbas Homem de Mello, que indicou vários nomes e nos encantamos com a Ana Carolina Floriano”, revela o vocalista Philippe Seabra. Seabra, que é o autor de A Quieta Desolação diz que a faixa aparece no musical Evolução no episódio 10 do segundo volume. “É o momento quando o Homo sapiens, já bastante evoluído, olha para o céu e vê o espaço, a começar pela lua, como alternativa à terra, já que este não soube cuidar. A música foi inspirada nas primeiras palavras do segundo homem na lua, o companheiro de Neil Armstrong, Buzz Aldrin, quando teve a sua chance de pisar na lua naquele momento em 1969 tão marcante para a humanidade. Ele falou ‘Linda vista, magnifica desolação’”, conta o músico, que ainda produziu a faixa, mixada por Kyle Kelso e masterizada por Guto Gonzalez. O single ganhou um lyric video assinado por Fernando Dalvi, responsável também pela arte de capa de A Quieta Desolação. A Plebe Rude ainda tem alguns planos para este ano, e a volta definitiva aos palcos é um deles. “Queremos voltar a estrada depois desses dois anos de pandemia, lançar o volume 2 de Evolução e preparar um DVD ao vivo acústico”.

Caos Lúdico e Clemente, do Inocentes, cantam A Message To You, Rudy

Nome de peso da música nacional, Clemente, fundador do Inocentes e atualmente também na Plebe Rude, participou de um vídeo collab de quarentena da Caos Lúdico. Os brasilienses e Clemente tocaram juntos a clássica A Message To You, Rudy, consagrada com The Specials. Após o projeto Caos Em Casa que trouxe ótimos resultados finais, Caos Lúdico resolveu utilizar o mesmo método com A Message To You, Rudy, gravando tudo de forma caseira. O resultado agradou a banda, segundo o vocalista e guitarrista, João Pedro. “Novamente, deu certo. Gravei uma guia simples para o resto da banda e cada um foi encaixando a sua parte. Inclusive, o Clemente também gravou em casa e ficou ótimo para o projeto. Depois da gravação, o Luciano Batista (trombonista) editou e mixou tudo em casa. Após a mixagem, gravamos nossos vídeos em casa. Cada um com seu celular!” O cover, do cantor Dandy Livingstone, foi gravado no início do 2º semestre deste ano e a edição de vídeo ficou com o cinegrafista Pedro Lenehr, também brasiliense. Convidado especial com o Caos Lúdico O convite para o Clemente Nascimento surgiu após o contato da banda com um dos integrantes da Plebe Rude, o Philippe Seabra, com quem o Caos Lúdico já tocou em algumas edições do Rock na Ciclovia. “Ele conhece bem a banda. Ele já comentou do Caos Lúdico com o Clemente. Clemente é um ícone do rock nacional! Claro que foi uma honra. É um cara que está na batalha e é um agitador cultural. Ele faz de tudo! É músico, apresentador, DJ, ator… incrível!”, comenta João Pedro. “Eu já tinha conversado com o Clemente algumas vezes virtualmente. Quando surgiu a oportunidade de produzirmos mais um episódio do Caos Em Casa, pensei ‘porque não o Clemente? Vai combinar bastante! Ele adora punk, reggae, Ska! Talvez ele tope!’. Fui conversar com ele, apresentar a ideia e ele pilhou na mesma hora! E ele fez vários takes de gravação, gravou um vídeo com o visual certo para música. Tudo isso fez diferença!”, completa o vocalista. A Message To You, Rudy Após garantir a participação de Clemente, a banda precisava decidir qual música iria escolher para a gravação. Várias ideias surgiram e o caminho a seguir foi óbvio. “Já tinha visto que o Clemente adora Ska 2-Tone, então joguei algumas ideias de música dessa época para ele e que já tocamos em show! Então, joguei na lista A Message To You Rudy que é um clássico, é uma música simples em vários aspectos e é bem dançante. É um clássico! Fiquei muito feliz por ele ter escolhido essa!”, pontua João Pedro.

Plebe Rude revive revoluções de 1968 em novo single

No dia 7 de julho de 1981 era formada a Plebe Rude, que se tornou uma das principais bandas de rock do país e carrega na bagagem sete álbuns de estúdio e três ao vivo. Após exatos 40 anos, o grupo lançou na última quarta-feira (7) o primeiro single do disco Evolução – Vol. II, intitulado 68. A faixa, produzida pelo vocalista Philippe Seabra, faz parte do projeto Evolução, que teve seu primeiro volume lançado em 2019. O trabalho narra em um total de 28 canções, a trajetória do ser humano na Terra através de uma ampla análise do homem, do seu desenvolvimento e de sua vivência em sociedade. O baixista André X conta que 68 foi escolhida para apresentar o álbum Evolução – Vol. II por discorrer sobre um tema, ainda, relevante. “É sobre um ano marcante do século XX, no qual, em várias localizações do globo, protestos contra o status quo se levantaram, com consequências explosivas”, revela. André X diz que a banda foi atraída pelo fato de que muitos dos levantes foram comandados ou tiveram a participação de jovens. “Além de todas as consequências políticas e sociais, os protestos trouxeram a juventude para a cena global, como protagonistas. Após 1968, minorias e excluídos também passaram a ter voz e serem representados. Foi um ano anti-repressão, que procurou mudar a sociedade, tornando-a mais inclusiva, tolerante e livre. Apanharam muito, mas não cederam”. 1968 e suas inspirações Seabra também aponta a importância do ano específico escolhido pela Plebe como tema da nova canção. “68 foi um ano de muitas lutas, desde os protestos contra a guerra do Vietnã, dos direitos civis e a primavera de Praga. O assassinato do Martin Luther King talvez tenha sido o fato mais marcante. Mas foi como o ano terminou que marcou 68 e deu significado e esperança para tudo o que aconteceu. O Apollo 8 em dezembro circundou a Lua pela primeira vez e foi ali que vimos toda a fragilidade da Terra através da famosa imagem ‘earthrise’. Um ano tão difícil foi encerrado com a raça humana se vendo na vastidão do espaço. Quem sabe aprenderia a deixar de lado as diferenças e cuidar daquele pontinho no céu”. Temas contemporâneos da Plebe Rude Apesar da Plebe Rude se debruçar em um tema do passado com a faixa single de Evolução – Vol. II, o baixista conclui que o momento atual está presente em todas as músicas do projeto Evolução. “Me pego ouvindo o disco e pensando: essa música é sobre algo que aconteceu na história tempos atrás, mas parece que estamos cantando sobre hoje”. E finaliza: “Com a nova onda conservadora se consolidando, é importante o exemplo histórico de que lutar é possível”. O vocalista concorda: “A letra é assustadoramente atual. Esse momento esdrúxulo que estamos passando pediu um comentário social que ninguém está abordando”. O álbum Evolução – Vol. II foi finalizado antes do início da pandemia de covid-19, no entanto Seabra revela que a faixa ainda inédita, A Hora de Parar, teve uma atualização para abarcar o tema. “A trajetória do homem, tristemente previsível, nos fez não ter que atualizar mais nada. O Volume 2 começa na revolução industrial e segue a história desse curioso rebanho que tende à autodestruição. Mas durante o caminho quem sabe aprenda alguma coisa para reverter esse futuro sombrio”.

Punk rock com boyband? Plebe Rude regrava som famoso com o Dominó

A Plebe Rude divulgou o videoclipe da faixa P da Vida, com a participação de Afonso Nigro, ex-integrante da boy band Dominó. Aliás, a música, lançada originalmente em 1987 pelo grupo, é uma versão do compositor Edgard Poças para Tutta La Vita do italiano Lucio Dalla. Poças revela que quando escreveu a letra, a ideia era fazer algo diferente, que considerasse importante de dizer na época. “Veio a ideia de falar sobre o que tava acontecendo no mundo, mas me deu aquele choque: puxa! será que aqueles meninos vão cantar isso? Porque eles cantariam coreografando e ficaria um choque visual com as palavras que eram de mais peso. Mas fui em frente e cada vez a música foi ficando mais forte, então a chamei de Puto da Vida e naquele tempo isso era um negócio proibitivo, né? Então mudamos para P da Vida“. A faixa em português chamou a atenção dos integrantes da Plebe Rude, que sempre prezaram por temáticas atuais e que reconheceram na letra, forte e impactante, a possibilidade de conciliar apelo comercial e conteúdo. “Eu já gostava da música desde a década de 1980. Achava ousado o fato da banda mais pop da história da música popular brasileira ter conseguido gravar uma letra com cunho social contundente. Como P da vida não envelheceu, muito pelo contrário, a Plebe ficou muito à vontade de fazer a versão”, conta o vocalista Philippe Seabra. Parceria curiosa A parceria inusitada entre a banda de Brasília e o ex-Dominó se deu, de acordo com o grupo, por uma piada recorrente sobre a semelhança física entre Philippe e Afonso. “A similaridade naquela época era gritante. Um era confundido com o outro na rua por pessoas pedindo autógrafos”, conta o baixista André X, que vê a parceria como divertida e bem humorada. Segundo Afonso Nigro, o dueto improvável vai surpreender muita gente e só foi possível, já que a música é atual, política e remete de certo modo ao momento pelo qual estamos passando. “Regravar P da Vida foi o máximo, ainda mais com uma banda que eu sempre admirei. Um amigo em comum nos conectou e a empatia foi imediata. O Philippe é super querido e eu adorei a concepção de arranjo. Tem o Clemente também, meu ídolo de infância. Tô muito feliz com o resultado”, afirma. Lado B P da Vida é um EP digital de duas faixas, com lado A e lado B, assim como nos antigos vinis. Este é o primeiro lançamento da banda após o álbum Evolução, Vol.1, e foi produzido por Philippe Seabra no QG da Plebe Rude, o estúdio Daybreak em Brasília. Aliás, o videoclipe da faixa título é assinado por Seabra e Adriano Pasqua.

Filme sobre Plebe Rude vence prêmio no 5º Santos Film Fest

Após oito dias intensos e repercussão Brasil afora, o 5º Santos Film Fest – Festival Internacional de Cinema de Santos chegou ao fim na noite desta terça-feira (6). Foram 67 produções exibidas, oito atividades formativas, além dos bate-papos diários, todas as manhãs, com os cineastas responsáveis pelos filmes das mostras competitivas. Os homenageados desta edição foram o ator Paulo Betti, a atriz e diretora Julia Katharine e o cineasta Sergio Rezende. O diretor do festival André Azenha e o professor Eduardo Rubi Cavalcanti (da Unisantos e membro do júri da mostra regional) anunciaram os premiados de 14 categorias em live transmitida no Facebook e no Youtube do evento. Todos os troféus levam o nome de Toninho Campos, do Cine Roxy, figura fundamental na propagação do cinema e do audiovisual na região. O filme A Plebe é Rude, de Hiro Ishikawa e Diego da Costa, recebeu o troféu Toninho Campos do voto popular na mostra Hoje é Dia de Rock, Bebê. A votação ocorreu no site Blog n’ Roll. O longa concorreu com outros dois filmes: A Canção do Tempo (Argentina, El Canto Del Tiempo, longa, documentário, de Mana García), e Os Caubóis do Apocalipse (SP, longa, comédia, também de Diego. O cineasta ainda recebeu o troféu humanitário pelo filme Selvagem, ficção que aborda as manifestações estudantis de 2015. No fim dos anos 1970, amigos brasilienses conhecem o movimento punk e resolvem montar suas próprias bandas. O que se iniciou como uma fuga para combater o tédio deu origem ao Plebe Rude. O grande premiado desta edição foi “Nossa Bandeira Jamais Será Vermelha” (SP), que levou os prêmios do júri de melhor longa-metragem e melhor diretor (para Pablo Lopes Guelli). O filme aborda em tom crítico as fake News e o atual governo federal. Voto popular Pelo voto popular, o melhor longa-metragem escolhido foi O Samba é Primo do Jazz (RJ), de Angela Zoé, documentário sobre a vida e obra da cantora Alcione. Angela já havia vencido o prêmio de melhor longa do júri em 2018 por Henfil, documentário biográfico do famoso cartunista. Na mostra nacional/internacional de curtas-metragens os prêmios foram para Sofia (Portugal, de Filipe Ruffato e Gonçalo Viana), prêmio de melhor curta pelo júri, melhor direção pelo júri para Marília Nogueira (Angela), da mineira Marilia Nogueira, e o voto popular de melhor curta ficou com Um Dia Frio (PR, animação/drama, de Victor Percy). Dentro da Mostra Regional, o Instituto Querô destacou-se com cinco dos seis filmes selecionados e leva a principal categoria, de melhor filme Baixada Santista pelo júri: Vila dos Pescadores (Santos, documentário, de Cintia Neli da Silva Inacio e Geovanne Rafael V. da Silva). O prêmio de melhor direção Baixada Santista foi para Thomas Aguina, por Projeção (Praia Grande). Já o voto popular de melhor filme regional ficou com Blandina (Santos, drama, de Arthur Micheloto). “É fundamental defendermos espaços públicos e sociais que tenham visão independente e sejam capazes de promover inclusão pela cultura. Com este resultado percebemos que o principal espaço para aprender cinema na região é uma ONG”, ressalta o diretor do SFF, André Azenha. “Estamos orgulhosos com a repercussão desta edição, que chegou a ter filmes vistos nos Estados Unidos, China, países da América do Sul e da Europa”, destaca a diretora do evento Paula Azenha. “O Santos Film Fest arrasou. Nunca tive tanto retorno sobre os meus filmes como nesta semana do festival”, celebra o diretor Diego da Costa, premiado duas vezes por “A Plebe é Rude” e “Selvagem” e que ainda participou da Mostra Rock com “Os Caubóis do Apocalipse”. Lista completa de premiados: – Longa-Metragem – Júri – “Nossa Bandeira Jamais Será Vermelha” (SP), de Pablo Lopes Guelli – Curta-Metragem – Júri – “Sofia” (Portugal), de Filipe Ruffato e Gonçalo Viana – Direção de Longa-Metragem – Júri – Pablo Lopes Guelli – Direção de Curta-Metragem – Júri – Marília Nogueira (“Angela”) – Curta-Metragem – Voto Popular – “Um Dia Frio” (PR, animação/drama, de Victor Percy – Longa-Metragem – Voto Popular – “O Samba é Primo do Jazz” (RJ), de Angela Zoé – Filme Baixada Santista – Júri – “Vila dos Pescadores” (Santos), Cintia Neli da Silva Inacio e Geovanne Rafael V. da Silva – Direção Baixada Santista – Júri – Thomas Aguina (“Projeção”, Praia Grande) – Filme Baixada Santista – Voto Popular – “Blandina” – Santos, drama, de Arthur Micheloto – Menção Honrosa Filme de Caráter Humanitário – “Selvagem”, SP, de Diego da Costa – Menção Honrosa Filme de Caráter Humanitário – Voto Popular – “Tranças”, BA, de Livia Sampaio – Filmes de Rock (voto popular do Blog n’ Roll) – “A Plebe é Rude”, de Hiro Ishikawa e Diego da Costa – Menção Honrosa Melhor Filme Estrangeiro – “A Canção do Tempo” (Argentina, El Canto Del Tiempo, longa, documentário, de Mana García) – Menção Honrosa Melhor Filme Estrangeiro – Voto Popular – “Sofia” (Portugal), de Filipe Ruffato e Gonçalo Viana