Entrevista | Seafret – “Se pudesse, iria ao Brasil três vezes por ano”

O duo britânico Seafret volta ao Brasil para um show especial no Cine Joia, em São Paulo, neste domingo (24), a primeira apresentação no país em três anos. A dupla formada por Jack Sedman (vocais) e Harry Draper (guitarra) segue divulgando seu novo trabalho, que traz colaborações de peso e reflexões sobre a vida e a carreira. Em entrevista ao Blog n’ Roll, o guitarrista Harry Draper falou sobre o recente single Five More Seconds, fruto de uma sessão espontânea com a cantora KT Tunstall. “Eu cresci ouvindo o primeiro álbum dela. Nós nos conhecemos há uns dez anos, nos EUA, e mantivemos contato pelo Instagram. Quando começamos a trabalhar no novo álbum, queríamos algumas colaborações e, por coincidência, ela estava em Londres. Dois dias depois, já estávamos no estúdio juntos. É uma das minhas músicas novas favoritas”, conta. Five More Seconds, que fala sobre decisões tomadas em instantes e que podem mudar destinos, é algo com que a dupla se identifica. “Pessoalmente, vivo isso o tempo todo. Sempre cometo erros e penso: ‘Se eu tivesse mais cinco segundos, teria feito um pouco diferente’. Acho que é por isso que as pessoas se conectam tanto com a música.” Harry também comentou sobre o ressurgimento inesperado de Atlantis, música lançada há dez anos e que ultrapassou a marca de 1 bilhão de streams após viralizar no TikTok. “Foi insano. Toda vez que entrávamos na plataforma, nossa música estava sendo usada — e ainda está. Isso nos mostrou que, enquanto amarmos o que fazemos, mesmo que a música não se conecte de imediato, em algum momento pode se conectar.” O músico se diz empolgado para rever o público brasileiro. “Se pudesse, iria ao Brasil três vezes por ano. Amo demais. Estamos muito animados para o show do dia 24 de agosto em São Paulo.” Ao falar sobre influências musicais, Harry citou três álbuns marcantes: Solid Air (John Martyn), que o inspirou a tocar violão; Seventeen Going Under (Sam Fender), que influenciou seu trabalho no último ano; e Inside In / Inside Out (The Kooks), trilha sonora de um verão inesquecível em sua adolescência. Os ingressos para o show do Seafret no Cine Joia estão disponíveis no Sympla.
Weezer lidera festival com Bloc Party e Mogwai no Parque Ibirapuera

A banda norte-americana Weezer lidera festival com Bloc Party, Mogwai, Judeline e Otoboke Beaver no Parque Ibirapuera, em São Paulo. Marcado para 2 de novembro, na Plateia Externa do Auditório Ibirapuera, o evento tem início da venda de ingressos ao meio-dia do dia 20 de agosto pelo site da Eventim. Guiada pela proposta de contemplar públicos curiosos e diferentes formatos de eventos onde a música é a protagonista, a 30e criou o Índigo, um projeto que tem como objetivo (re)unir comunidades a partir de uma label curatorial com foco em sons indie, do underground ao mainstream e tem a Deezer, plataforma global de experiências musicais, como player oficial em todas as iniciativas. “O ecossistema Índigo tem essa capacidade de se desdobrar em diversos formatos, podendo ir de uma audição intimista em algum listening bar a um grande show. Criar experiências para um público que busca o novo, mas que também se interessa pelo que dialoga com o agora e por movimentos que geram senso de comunidade, é o que conecta todos os eventos que sairão com a assinatura Índigo”, afirma Caio Jacob, sócio-fundador e VP de Global Music, Business & Strategy da 30e. “No caso dos shows no parque, unimos apresentações de bandas que representam a proposta da label em um mesmo momento. É um cartão de visitas que aponta para possibilidades variadas. Estar dentro do Parque Ibirapuera torna a iniciativa ainda mais simbólica, visto que privilegiamos o sentir da música”, complementa. Um exemplo onipresente quando se trata de propostas musicais que conectam identidades, estilos e memórias é a banda californiana Weezer, característica que a tornou um nome emblemático do rock alternativo dos anos 1990 e que segue como referência até hoje. Toda essa energia se canaliza em um sentido comunitário que guia o universo da nova label curatorial da 30e, e faz do grupo um destaque para a programação do dia 2 de novembro no Ibirapuera. Logo na estreia com o disco Weezer (1994), a banda emplacou hits como Buddy Holly, Say It Ain’t So e Undone – The Sweater Song. A obra foi reconhecida recentemente na lista dos 500 melhores álbuns de todos os tempos pela Rolling Stone dos Estados Unidos, em 2023, e entre os 150 melhores discos da década de 1990 pela Pitchfork, em 2022. Com mais de 30 anos de carreira, o Weezer é hoje formado por Rivers Cuomo (vocal e guitarra), Patrick Wilson (bateria), Brian Bell (guitarra) e Scott Shriner (baixo); e já lançou 15 álbuns de estúdio, que somam mais de 5 bilhões de plays nas plataformas de streaming de áudio. O Bloc Party entra na programação como uma banda clássica do indie rock. Já no primeiro álbum, Silent Alarm (2005), o grupo foi reverenciado e conquistou o ‘selo’ de disco do ano pela NME. O vocalista Kele Okereke é um dos poucos frontmen negros do rock alternartivo assumidamente gay e, ao lado dos músicos Russell Lissack (guitarra), Justin Harris (baixo) e Louise Bartle (bateria), estabeleceu um espaço importante na cena indie dos anos 2000 com uma identidade visual urbana e cosmopolita que se dilui com letras confessionais, políticas e relacionáveis para vivências queer. A banda formada em Londres, na Inglaterra, também conta com os álbuns A Weekend in the City (2007), Intimacy (2008), Four (2012), Hymns (2016) e Alpha Games (2022), uma discografia que passeia pelo rock e eletrônico com viradas rápidas, grooves quebrados e uma pegada extremamente física. Veterano do gênero post-rock, o Mogwai se apresenta no Parque Ibirapuera com todo o magnetismo de um repertório que lista músicas majoritariamente compostas a partir de instrumentos com influências de shoegaze, eletrônica, rock experimental, e menos destaque para a presença de vozes. Stuart Braithwaite (guitarra e vocal), Barry Burns (guitarra, piano, sintetizadores e vocal), Dominic Aitchison (baixo) e Martin Bulloch (bateria) estão em atividade há 30 anos e seguem impactando a cena, exemplificado em conquistas como o 1º lugar nas paradas do Reino Unido com o disco As The Love Continues (2021) e a indicação, também em 2021, ao Mercury Prize, prestigiado prêmio britânico. Atualmente, o Mogwai está em turnê com o seu projeto mais recente, The Bad Fire (2025), e leva o material aos palcos somado às músicas mais populares de sua discografia, como Kids Will Be Skeletons e Take Me Somewhere Nice. Já a cantora e compositora Judeline, de apenas 22 anos, chega ao evento como nova promessa do indie pop e um talento cada vez mais popular para a comunidade hispânica e latina. A jovem artista coloca o holofote em influências de flamenco, laços venezuelanos e sons árabes em suas performances ao vivo. Nascida em Cádiz, na Espanha, Judeline possui na discografia o EP de la cruz (2022) e Bodhiria (2024), álbum de estreia que arrancou elogios de Anitta, Bad Bunny e Rosalía. O feito também possibilitou que a espanhola abrisse a turnê mundial de J Balvin, Que bueno volver a verte. Músicas como Heavenly, zarcillos de plata, mangata e a parceria de sucesso com o produtor porto-riquenho Tainy, si preguntas por mi, exploram o minimalismo moderno da estética visual da cantora pelos palcos do mundo. O Otoboke Beaver é atração confirmada em 2 de novembro como uma das apostas curatoriais mais ousadas para o público. Vestidos coloridos e vibrantes compõem apenas um detalhe estético da presença hipnotizante da banda no palco. Criado em Kyoto, no Japão, o grupo desembarca pela primeira vez no Brasil com o peso de ser um dos principais nomes da nova geração de mulheres no punk rock. São três os discos – Okoshiyasu!! Otoboke Beaver (2016), Itekoma Hits (2019) e Super Champon (2022) – que levaram as garotas a receberem convites para apresentações em eventos reconhecidos mundialmente, como o Coachella (EUA), o Glastonbury (Reino Unido) e o Lollapalooza (EUA). A atitude de palco somada às letras ácidas e à habilidade instrumental do quarteto – formado por Accorinrin (guitarra e vocal), Yoyoyoshie (guitarra e vocal), Hirochan (baixo e vocal) e Kahokiss (bateria e vocal) – já renderam elogios de astros do rock como Jack White
Banda James anuncia shows no Brasil em turnê que celebra 40 anos de carreira

A banda James, um dos nomes mais icônicos do rock alternativo britânico, confirmou seu aguardado retorno ao Brasil. A turnê, que celebra os 40 anos de carreira, passa por Curitiba, no dia 12 de novembro, na Ópera de Arame, e por São Paulo, no dia 13, na Audio Club. A realização é da MCA Concerts. Os ingressos para os shows estão à venda pela Ticketmaster. Formado nos anos 1980, o James conquistou uma base de fãs fiel com faixas como Johnny Yen, atingindo o mainstream com Gold Mother (1990) e hinos como Come Home, Sit Down e Laid. Ao longo da década de 1990, emplacou álbuns de sucesso como Laid (1993), Whiplash (1997), Millionaires (1999) e Pleased To Meet You (2001), consolidando-se como uma das bandas mais importantes da cena britânica, com clássicos como Tomorrow, She’s A Star e Just Like Fred Astaire. Após um hiato de seis anos, o grupo voltou em 2008 com Hey Ma e seguiu em alta com trabalhos como Girl at the End of the World (2016), Living in Extraordinary Times (2018) e All The Colours Of You (2021). Em 2023, celebrou o aniversário de 40 anos com Be Opened By The Wonderful, que trouxe releituras orquestrais de seu repertório. O mais recente lançamento, Yummy, chegou em abril de 2024 e alcançou o primeiro lugar na parada de álbuns do Reino Unido — feito inédito para um álbum de estúdio da banda. Com letras que abordam política, inteligência artificial e teorias da conspiração, o disco reafirma a capacidade do James de se reinventar e dialogar com novas gerações. Essa será a terceira vez do grupo no Brasil. A primeira foi em 2012, com show solo em São Paulo, e a última em 2024, quando se apresentou no palco Sunset do Rock in Rio. SERVIÇO – JAMES EM CURITIBAQuando: 12 de novembro de 2025 (quarta-feira)Onde: Ópera de Arame (Rua João Gava, 920)Horário: abertura da casa às 20h e show às 21hIngressos: os ingressos variam de R$ 292,50 a R$ 785,00 de acordo com o setor e modalidade escolhidos SETOR | MEIA-ENTRADA | SOLIDÁRIO | INTEIRA PLATEIA VIP | R$ 392,50 | R$ 471,00 | R$ 785,00PLATEIA | R$ 292,50 | R$ 351,00 | R$ 585,00CAMAROTE | R$ 342,50 | R$ 411,00 | R$ 685,00 Benefícios de meia-entrada50% de desconto em descontos previstos por Lei40% de desconto no Ingresso Solidário – mediante a doação de 1kg de alimento não perecíve Parcelamento: 3x sem juros / de 4x a 10x com jurosVendas: TicketmasterPré-Venda: de 19/08 às 11h, para clientes Clube Cult – sendo dois ingressos por assinanteVendas gerais: 21/08 às 11hClassificação: 18 anosRealização: MCA Concerts SERVIÇO – JAMES EM SÃO PAULOQuando: 13 de novembro de 2025 (quinta-feira)Onde: Audio (Avenida Francisco Matarazzo, 694)Horário: abertura da casa às 19h e show às 21hIngressos: os ingressos variam de R$ 292,50 a R$ 685,00 de acordo com o setor e modalidade escolhidos SETOR | MEIA-ENTRADA | SOLIDÁRIO | INTEIRAPLATEIA | R$ 292,50 | R$ 351,00 | R$ 585,00MEZANINO | R$ 342,50 | R$ 411,00 | R$ 685,00
The Devil Wears Prada surpreende e encerra turnê com música inédita em São Paulo

O The Devil Wears Prada encerrou ontem (17.08) a turnê latino-americana no Carioca Club, em São Paulo, o mesmo palco que recebeu a última passagem da banda pelo Brasil há 13 anos. Não foi uma jornada fácil: além de lidar com a saída recente do baixista Mason Nagy, substituído nos shows por faixas gravadas, o grupo também enfrentou um assalto no aeroporto de Bogotá. Antes do show, conversamos com o vocalista Mike Hranica, que revelou de maneira exclusiva que um novo álbum está a caminho. Além dos singles Ritual e For You, a banda surpreendeu o público paulista com a inédita Where the Flowers Never Grow, apresentada de forma exclusiva e que será lançada em breve. O showA Liberation, organizadora do evento, apoiou a cena colocando como abertura a banda brasileira Emmercia, que aposta no metal moderno e vem se consolidando como um nome promissor do estilo. Na sequência, o The Devil Wears Prada entregou uma apresentação com foco na fase recente: nove das 17 músicas do set foram lançadas nos últimos três anos. O início privilegiou faixas mais pesadas, que incendiaram o público com rodas de mosh intensas. Destaque para Watchtower e Danger: Wildwoman, dedicada ao ex-baterista Daniel Williams, falecido recentemente. A parte intermediária do show trouxe composições mais voltadas ao metal moderno. Os vocais melódicos de Jeremy DePoyster ficaram em evidência, enquanto Mike Hranica se destacou ao inserir uma terceira guitarra em algumas músicas. Ritual foi um dos pontos altos, celebrada em coro pelo público. Na reta final, a banda revisitou a fase metalcore, com exceção da balada For You, cantada a plenos pulmões pelos presentes. Após a execução de Sacrifice, o grupo deixou o palco para o tradicional Encore. Enquanto a plateia aguardava as duas últimas faixas que fecharam toda a turnê, Mike Hranica surpreendeu ao anunciar o lançamento de uma nova música ao vivo. Foi então que apresentaram Where the Flowers Never Grow, seguida das clássicas Dogs Can Grow Beards All Over e Hey John, What’s Your Name Again?, que fecharam a noite em clima de celebração. Com a calorosa recepção em São Paulo, o The Devil Wears Prada prometeu não deixar passar mais 13 anos até a próxima visita ao Brasil. Setlist
De La Soul confirma segundo show no Brasil; veja local e data

Após confirmar única apresentação em solo brasileiro, marcada para o dia 2 de outubro, na Audio, em São Paulo, o grupo norte-americano De La Soul estendeu sua passagem pelo país e confirma show extra em Curitiba. A nova data está marcada para o dia 3 de outubro, no Canto das Pedras da Pedreira Paulo Leminski, a partir das 18h, com ingressos já disponíveis pela plataforma Meaple. Formado no fim dos anos 1980, o De La Soul rapidamente se destacou por romper com os clichês do rap da época. Com uso inventivo de samples, letras sofisticadas e uma identidade visual irreverente, o trio ajudou a consolidar o hip hop alternativo e influenciou diretamente nomes como A Tribe Called Quest, The Roots, Common, Mos Def e, anos depois, Kendrick Lamar e o coletivo Odd Future. Com o lançamento do disco 3 Feet High and Rising (1989), o trio colocou em circulação um novo jeito de fazer rap: mais experimental, livre e reflexivo. Faixas como Me Myself and I, Eye Know e Stakes Is High marcaram época e seguem sendo revisitadas por novas gerações. A atual turnê também carrega um tom de homenagem. Desde o falecimento de Trugoy the Dove (nome artístico de David Jolicoeur), em 2023, as apresentações do De La Soul têm servido como celebração do legado construído ao longo de mais de três décadas. Fundador e voz central do grupo, Trugoy foi peça-chave na construção da identidade do De La Soul — um percurso que moldou a história do hip hop e segue reverberando no presente. Responsáveis por trazer o grupo à capital paranaense, a produtora Planeta Brasil Entretenimento e Goat Entertainment assinam a realização do evento. Referências nacionais na execução de grandes experiências ao vivo, as produtoras curitibanas consolidam, mais uma vez, seu papel como ponte entre o público brasileiro e atrações internacionais de peso. A aguardada apresentação do grupo De La Soul em Curitiba acontece no dia 3 de outubro, no Canto das Pedras da Pedreira Paulo Leminski (Rua João Gava, 970).
Mark Farner’s American Band anuncia turnê pelo Brasil em maio de 2026

O vocalista e guitarrista Mark Farner, ex-integrante do Grand Funk Railroad, retorna ao Brasil em maio de 2026 com sua banda para uma série de seis apresentações que prometem reviver grandes clássicos do rock setentista. A turnê da Mark Farner’s American Band começa no dia 20 em Porto Alegre e segue por Curitiba, São Paulo, Belo Horizonte, Brasília e Rio de Janeiro. O repertório deve incluir os grandes sucessos da carreira do Grand Funk Railroad, além de faixas menos óbvias do riquíssimo catálogo da banda. A banda de apoio conta com músicos experientes que acompanham Farner há anos, garantindo uma performance fiel e energética. Os ingressos estão disponíveis com valores entre R$ 200 e R$ 1.700, incluindo opções de meia-entrada solidária mediante doação de alimento. A classificação etária varia entre 16 e 18 anos, dependendo da cidade. Os shows são organizados pela Estética Torta e os ingressos podem ser adquiridos pelo Clube do Ingresso. Natural de Flint, Michigan, Mark Farner é um dos fundadores e o principal compositor do Grand Funk Railroad, um dos nomes mais emblemáticos do rock n’ roll norte americano da década de 1970. Com uma sonoridade de misturava hard rock, soul e blues, a banda se destacou por sua energia ao vivo e por rivalizar em popularidade com titãs como Led Zeppelin. Após deixar o Grand Funk em 1998 por divergências criativas, Farner seguiu carreira solo e passou a incorporar temas espirituais em suas composições, refletindo sua conversão ao cristianismo nos anos 1980. Além da música, ele se engajou em causas sociais e mantém uma postura ativa em defesa de veteranos de guerra e agricultores. Aos 76 anos, continua em atividade com a Mark Farner’s American Band, levando aos palcos a mesma intensidade que marcou sua trajetória desde os anos 1960. Porto Alegre (20/05, 19h, Teatro AMRIGS) Curitiba (21/05, 19h, Tork n’ Roll) São Paulo (23/05, 17h30, Carioca Club) Belo Horizonte (24/05, 17h30, Mister Rock) Brasília (26/05, 19h30, Toinha Brasil Show) Rio de Janeiro (27/05, 19h, Teatro Clara Nunes)
Entrevista | Cachorro Grande – “É bacana perceber que esse amor antigo ainda sobrevive”

No ano em que completa 25 anos de fundação, a formação clássica do Cachorro Grande volta a se reunir para uma série de comemorações. A banda, que encerrou oficialmente suas atividades em 2019, está de volta aos palcos com uma turnê especial que passa por diversas capitais brasileiras. Em São Paulo, o quarteto se apresenta nesta sexta-feira (8), no Carioca Club, a partir das 20h. Ainda há ingressos à venda. O guitarrista Marcelo Gross, um dos fundadores e figura central na história do Cachorro Grande, conversou com o Blog n’ Roll sobre o retorno da banda, a química que se mantém intacta após tantos anos e a forma como essa reunião reacendeu não só a relação entre os integrantes, mas também a conexão com o público. Na entrevista, Gross comentou a possibilidade de novas músicas do Cachorro Grande, analisou o atual cenário do rock no Brasil e no mundo e relembrou histórias de bastidores que vão desde improvisos de palco até o dia em que abriram para os Rolling Stones no estádio Beira-Rio, em Porto Alegre. Confira a íntegra da entrevista abaixo. Quando a banda entrou em hiato em 2019, vocês imaginavam que a reunião aconteceria tão cedo? A gente não imaginava que fosse ser tão cedo. Quando a gente anunciou o hiato, baixamos a cabeça e começamos a trabalhar nos nossos projetos individuais, mas veio a pandemia, que exacerbou um pouco a vontade da gente estar no palco de novo, de estar junto, tocar para a galera. Logo depois da pandemia, a gente fez um show de reunião para matar a saudade, depois daqueles dois, três anos de isolamento social. Depois que a gente fez esse show, que foi tão bacana, resolvemos fazer um evento anual de reunião da banda, que aconteceu em 2024 e 2025. A gente decidiu fazer essa turnê por conta que os shows estavam muito bons, tinha uma demanda muito grande de público para assistir a gente, então acho que foi a hora certa para se reunir, comemorar os 25 anos e quem sabe ainda o que vem pela frente, né? Acredito que a gente está no momento em que o rock está voltando, a galera está cansada dessa coisa pré-fabricada e também isso parece ser uma coisa que está rolando no mundo inteiro: essa demanda pelo bom e velho rock and roll desgraçado. Há chances de o Cachorro Grande lançar músicas ou um álbum novo, mesmo com todos focados nos projetos solo? Estamos bastante envolvidos com os nossos projetos solos, e a gente foi vendo até onde a gente podia ir com esse lance da Cachorro Grande. Os shows anuais sempre foram muito legais, tudo ocorreu de uma maneira muito tranquila e agradável. As feridas da banda se cicatrizaram. Durante esse um ano que a gente está fazendo a turnê de 25 anos, fomos mandando músicas novas e tem um material que poderia ser gravado, então existe essa possibilidade. Como a gente está se dando bem, a turnê está indo bem, é provável que no futuro lance alguma coisa, dê uma pausa nas carreiras solo para lançar algo novo. O que mudou na relação entre vocês desde a separação até agora? O problema de quando a gente acabou é que passamos muito tempo juntos, então precisava respirar um do outro, fazer novos projetos, outras coisas, para dar uma arejada na cabeça. Agora está sendo muito bacana, acho que a nossa relação está melhor do que nunca. Os shows têm sido musicalmente muito bons, isso é importante. E é isso, a gente também tem o carinho do público, a galera mais velha que tem essa memória afetiva com a gente, que está levando os filhos, tem uma geração mais nova que não tinha assistido a banda. Tudo isso sensibiliza a gente e faz com que façamos tudo com muito carinho e valorize a presença um do outro. Apesar de termos vivido tanto tempo com muita intensidade juntos, o pessoal está na casa dos 50 anos, a gente já não sabe mais até quando vamos estar por aí, então é bacana perceber que esse amor antigo ainda sobrevive. Na sua opinião, o que torna a formação clássica do Cachorro Grande tão especial para o público? Acho que é uma coisa que a gente mesmo sentiu nos primeiros ensaios lá em 1999, quando reuniu eu, o (Gabriel) Boizinho e o Beto (Bruno). O Boizinho batendo forte na bateria, eu tocando os four chords na guitarra, o Beto com aquela característica da voz dele, depois se juntou o Pedro nos teclados. Como disse antes, não tem como não reconhecer que a química causa na gente e nas pessoas uma fagulha, uma energia que é especial. É a música que a gente faz junto, a característica pessoal de cada um, que cada um tem quando vai tocar, provoca uma mistura que é a Cachorro Grande. Como foi pensado o repertório do show de 25 anos do Cachorro Grande em São Paulo? Como é uma comemoração de 25 anos da banda, ele quase se faz sozinho. Brinco com os guris, o set se faz sozinho porque são quase dez discos, vários hits, clipes que ficaram na memória das pessoas na época da MTV, então se tu botar só as músicas que não poderiam faltar no show, já dá o show. A gente sempre brincou com improvisos no meio do show, a banda se solta ali em vários momentos. Cada show será um show único. O público pode esperar todos os grandes sucessos nesse show? Sim. Não vai faltar nenhuma das favoritas. Os lados B a gente deixa mais para o futuro. Claro que tem uma ou outra coisa, mas é um show essencialmente de hits. Como foi assistir novamente ao documentário A Última Banda de Rock após o retorno da banda? Assisti quando saiu, há um ano, e só fui assistir novamente agora, quando rolou no festival In-Edit, aqui em São Paulo. A gente reuniu a banda para assistir. Lembro a primeira vez que assisti e fiquei meio tenso:
Após esgotar show em São Paulo, Mac DeMarco anuncia turnê nacional para 2026

Após esgotar os ingressos para o primeiro show em São Paulo, o fenômeno indie canadense Mac DeMarco anunciou uma série de shows pelo Brasil, incluindo mais uma data na capital paulista. Os shows da turnê pelo Brasil acontecerão de 4 a 16 de abril de 2026, passando por Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Recife, Belo Horizonte, Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre. A abertura de vendas de ingresso terá início amanhã (7), a partir das 12h (meio-dia) no site oficial do artista. Somente para a data extra na Audio em São Paulo, haverá venda presencial – sem taxa de conveniência – no Takkø Café, no bairro Vila Buarque, no centro da capital paulista. Considerado um dos nomes mais relevantes da música indie e alternativa da última década, o músico retorna ao Brasil oito anos após sua última visita, quando se apresentou como uma das principais atrações do festival Lollapalooza Brasil, em 2018. Mac DeMarco vem ao país, acompanhado de sua banda, apresentar o show de seu novo álbum intitulado Guitar, com lançamento previsto para 22 de agosto por sua própria gravadora, Mac’s Record Label. Mac compôs, gravou, produziu e mixou o disco sozinho, recrutando apenas David Ives para a masterização. Ele também filmou todos os videoclipes e a arte da capa do disco em tripés. “Acho que Guitar é o mais próximo de uma representação real, que consigo colocar no papel, de onde estou na minha vida hoje”, disse DeMarco em um comunicado à imprensa. Desse novo trabalho, foi apresentado o single de estreia Home e a faixa inédita Holy, lançada hoje. Conhecido por seu estilo descontraído e lo-fi, que mistura indie rock, dream pop e soft rock, o multi-instrumentista e produtor de 35 anos de idade se tornou um dos nomes mais influentes da cena indie dos anos 2010. Desde seus primeiros lançamentos, Mac ganhou notoriedade por seu som único, com guitarras limpas, vocais suaves e letras pessoais ou humorísticas. Assinado com o selo nova-iorquino Captured Tracks, o canadense soltou seu EP Rock and Roll Night Club (2012), seguido pelo aclamado álbum 2 (2012). Canções como Ode to Viceroy, My Kind of Woman e Freaking Out The Neighborhood são alguns dos sucessos desse período que catapultaram a carreira do músico, e o levaram a extensivas turnês e presença garantida nos principais festivais alternativos ao redor do mundo. O álbum Salad Days (2014) o consolidou mundialmente, com uma sonoridade mais madura e introspectiva. O disco foi um sucesso de crítica e aumentou sua base de fãs globalmente, incluindo seu maior sucesso Chamber of Reflection, que conta com mais de 1 bilhão de plays nas plataformas digitais. Em 2015, lançou o EP Another One, com baladas românticas simples e suaves. A faixa-título e No Other Heart se tornaram muito populares, especialmente entre fãs que buscavam uma abordagem mais emocional. O álbum This Old Dog (2017) marcou uma virada mais íntima em sua carreira. Gravado após sua mudança para Los Angeles, o disco aborda temas como família, envelhecimento e relacionamentos. O uso de sintetizadores e batidas suaves trouxe uma nova textura ao seu som. Em 2019, Mac lançou Here Comes the Cowboy, um trabalho minimalista e introspectivo, com faixas lentas e repetitivas. Em 2023, DeMarco lançou a coletânea de 199 faixas One Wayne G e o LP instrumental Five Easy Hot Dogs. Essa será a quarta passagem do canadense pelo Brasil e a terceira vez em parceria com a Balaclava, que já trouxe o músico para shows no país nos anos de 2014 e 2015, incluindo uma apresentação no Balaclava Fest. 3 de abril – Rio de Janeiro, RJ – Sacadura 154 4 de abril – São Paulo, SP – Audio (esgotado) 5 de abril – São Paulo, SP – Audio 8 de abril – Brasília, DF – Toinha 10 de abril – Recife, PE – Concha Acústica UFPE 12 de abril – Belo Horizonte, MG – Autêntica 14 de abril – Curitiba, PR – Tork 15 de abril – Florianópolis, SC – John Bull 16 de abril – Porto Alegre, RS – Opinião Ponto de venda físico em São Paulo (sem taxa de conveniência) Takkø Café R. Maj. Sertório, 553 – Vila Buarque – São Paulo/SP Horários: Terça à Sexta, das 8h às 17h / Sáb, dom e feriados, das 9h às 18h.
Seu Cuca e Julies dividem noite na Jai Club, em São Paulo

A vibração boa vai tomar conta da capital paulista na noite de 16 de agosto, quando a Jai Club recebe um encontro especial entre a banda Seu Cuca, que comemora 25 anos de estrada, e o cantor e compositor Julies, um dos nomes em ascensão na cena reggae. Os ingressos já estão à venda. Com uma trajetória marcada por hits como Já Que Você Não Me Quer Mais, Não Há e Deixa Ser, o Seu Cuca chega ao palco da Jai celebrando um quarto de século de carreira com um show especial. A banda promete um repertório recheado de clássicos que marcaram gerações, além de surpresas para os fãs que acompanham essa jornada desde os anos 2000. Com letras positivas e um som que mistura reggae, pop e rock de forma única, o grupo reforça, mais uma vez, sua relevância na cena musical brasileira. Já o Julies, dono de uma das vozes mais marcantes do novo reggae nacional, leva ao público um show vibrante e atual. Com faixas como Quem Sabe, Fumaça e Nosso Sentimento, o artista mostra por que vem conquistando cada vez mais espaço com seu pop reggae moderno. Além dos sucessos que o público já canta junto, ele prepara algumas novidades inéditas, oferecendo um gostinho do que está por vir em sua nova fase artística. Do clássico ao contemporâneo, o encontro entre Seu Cuca e Julies será uma celebração do pop, do rock e do reggae em diferentes gerações e formas. É o tipo de noite que promete emoção, dança e aquela sensação de que a música, quando feita com verdade, atravessa o tempo e continua a nos conectar. Uma data para marcar no calendário e viver intensamente! Seu Cuca e Julies na Jai Club Data: 16 de agosto de 2025 Local: Jai Club – Rua Vergueiro, 2676 – Vila Mariana – São Paulo-SP Abertura da casa: 18h Ingressos à venda via Hoppin (R$ 50,00 – 2º lote/meia-entrada ou entrada solidária mediante 1kg alimento não perecível) Classificação: Livre