Música Urbana: Capital Inicial convida músicos para celebrar os 64 anos de Brasília

Para comemorar os 64 anos do berço do rock nacional, a banda Capital Inicial prepara uma grande celebração: uma nova versão do evento que parou Brasília em 1984, o Música Urbana. À época, o show teve ingressos esgotados unindo Capital Inicial, Legião Urbana e Plebe Rude, no teatro do Colégio Alvorada, em Brasília. Quarenta anos depois, os músicos que seguem fazendo sucesso com a turnê 4.0 pelo Brasil, convidam Zélia Duncan, Scalene, Plebe Rude e Marcelo Bonfá para subir ao palco da Arena BRB Nilson Nelson, no dia 20 de abril, para mais uma noite histórica. Produzido pela Bonus Track, os ingressos começam a ser vendidos nesta terça-feira (30), no site da Eventim. “Em 1984 a gente tinha a sensação de que estava fazendo algo muito incrível para a cultura brasileira. A gente não estava preocupado se as pessoas curtiam ou gostavam. Era pra nossa própria diversão. Naquele momento, nada era planejado. No começo, ninguém tinha ideia que ia ser algo profissional. Era tudo no improviso. Era muito pouco preparo e pouca estrutura. Os amigos se ajudavam. Aprendemos a fazer, fazendo. Para nós aquilo foi grande, importante, relevante”, diz Dinho. O show de 1984 marcou tanto a história do rock nacional, que dois anos depois, a música que deu o nome a esse encontro seria o primeiro single de sucesso do Capital Inicial, emplacando entre as mais tocadas nas rádios brasileiras. “Em Brasília, esse espírito contestador ficou tão grande, onde todos formaram uma banda, todos eram diferentes. Foi contagiante. Foi irresistível. O que começou como um punhado de amigos, virou algo gigantesco que chegou num momento em que não sabíamos da cena de outros estados, mas a gente achava que era uma coisa só nossa. Que era algo super importante. A gente estava numa revolução. Últimos anos de regime militar, de redemocratização. Achávamos que éramos parte dessa transformação. Achávamos que fazíamos parte da construção de um país mais justo, desse momento histórico do Brasil. Queríamos mostrar que era possível novos sons. Nós éramos os porta-vozes dessa geração. Era irrelevante quantos estavam ouvindo. Mas, era o espírito, transformando nossas vidas e o Brasil. Imagina se essa força pudesse se unir de novo? Então, vai ser uma celebração sem igual. A trilha sonora de Brasília!”, completa. A data da nova edição do Música Urbana será uma comemoração tripla, pois além do aniversário de Brasília, Dinho comemora 60 anos logo depois, no dia 27 de abril, e este também será o último show da turnê 4.0 na cidade. Além dessas comemorações, várias outras farão parte do grande encontro. Capital vai receber Zélia Duncan pela primeira vez depois do emblemático Acústico MTV, gravado em 2000. Outro ponto forte do show será a banda Scalene, que – em hiato desde 2022 – volta para esse show único. Presentes na primeira versão em 1984, Plebe Rude cantará seus maiores sucessos; e Bonfá, que vem representando a Legião Urbana, e ficou na lembrança de todos os fãs desenhando o primeiro pôster do festival, reviverá essas recordações nesse novo evento. Serviço Música Urbana: 64 Anos de Brasília Capital Inicial Scalene Plebe Rude Zélia Duncan Marcelo Bonfá (Legião Urbana) Data: 20 de abril Local: Arena BRB Nilson Nelson Endereço: SRPN – Brasília, DF, 70297-400 Ingressos e informações: a partir desta terça-feira, dia 30, no site da Eventim
Scalene apresenta novas possibilidades para o último álbum L A B I R I N T O

Uma obra nunca está acabada e já virou tradição para o Scalene lançar desdobramentos dos seus álbuns de estúdio. Este movimento, inclusive, passou a ser esperado pelos fãs da banda. Seis meses após apresentar o disco L A B I R I N T O, o grupo disponibilizou nos aplicativos de streaming de áudio o que preferiu chamar de “expansão” do seu mais recente trabalho. Em L A B I R I N T O, Gustavo Bertoni (vocal e guitarra), Tomás Bertoni (guitarra) e Lucas Furtado (baixo) propõem uma ordem diferente para a tracklist, além de incluírem três faixas inéditas à expansão. São elas: ANTI-HERÓI, PENDULAR e MERGULHO. Esta última ganhou um videoclipe no canal de YouTube da banda. “Quando você acha a saída de um labirinto, você pode entrar em outro ainda maior, mais difícil e complexo. Parte da narrativa é essa, além da ideia do desapego da ordem das faixas”, comenta Tomás Bertoni. “O caminho é aberto pelas canções inéditas e é seguido pelas outras músicas rearranjadas, tudo como um reflexo da jornada de autoconhecimento do grupo, que, agora, se encara no espelho por diferentes pontos de vista”, ele complementa. ANTI-HERÓI, PENDULAR e MERGULHO foram escritas no mesmo momento em que surgiram as faixas de LABIRINTO, entre o meio de 2019 e o início de 2021. “Isso dá uma perspectiva muito legal. É muito interessante ouvir o disco de trás pra frente com essa expansão de três novas faixas. A gente encerra falando o que a gente começou falando. Quem topar entrar nessa pira com a gente pode ter percepções e reflexões bem legais e experiências maneiras, auditiva e mental”, finaliza Tomás.
Entrevista | Scalene – “Talvez Labirinto seja o último álbum mesmo”

A banda Scalene lançou Labirinto, o seu quinto álbum de estúdio, nesta sexta-feira (11). Nas redes sociais, a banda deu a entender que esse seria um provável fim. Portanto, conversamos com o vocalista, Gustavo Bertoni, que explicou a situação. “Eu realmente não sei, não tem nem o que esconder, eu só não tenho o que falar. Os últimos anos foram muito intensos para a banda, e a gente já existe há 12 anos. É natural que a vida te leve para outros caminhos. Talvez a gente só precise de umas férias, talvez a gente só precise de um hiato”. “A morte simbólica está muito presente nesse disco, não a morte literal, mas a gente deixar morrer aspectos nossos para que o novo nasça. Então, acho que talvez seja o último álbum mesmo, porque sempre é o último álbum, a gente nunca é o mesmo depois de lançar um álbum. Talvez, definitivamente, é o último álbum da banda que a gente foi até hoje”, finalizou. Confira abaixo a entrevista na íntegra: Como foi o processo criativo do novo álbum Labirinto? E como foi juntar diferentes propostas em um só álbum? As ideias para esse disco começaram lá em 2019, pré-pandemia. Assim que a gente lançou Respiro, a gente já começou a entender o que seria um provável caminho para esse álbum. Por ter começado tão cedo, a gente conseguiu desde o início alinhar muito bem a nossa expectativa e influências para esse álbum, nossas intenções, buscas. Então, a pesquisa para esse álbum foi a mais bem organizada e alinhada que a gente já fez, isso envolvendo todas as artes, tipo cinema, literatura, muita coisa que a gente foi trazendo por caldeirão. O apelido do álbum era Noir, que é um movimento do cinema, mas também já traz muita coisa consigo nesse nome, coisa da noite, escuridão, sombras e tal. Então, a gente ficou chamando esse disco de No ir durante um bom tempo, até chegarmos em Labirinto. Foi um processo de mergulho interno muito profundo, a gente brincou muito com a frase “iluminar os becos da alma”, a gente queria muito entender a nossa sombra, escuridão, na busca de se tornar quem se é mesmo. Acho que esse disco, de uma forma mais intensa que antes, tem um certo se jogar no abismo, pular do precipício e se jogar na escuridão de nós mesmos. Então, foi muito intenso, nem sempre foi bonito e fácil, mas trouxe muita novidade para a nossa vida. Por ele ter esse teor muito denso e introspectivo, a gente queria que a gente compensasse isso no som. É um disco vigoroso, extrovertido, as letras e os temas são mais introspectivos mas é um disco, para os padrões Scalene, intenso. É um disco que dá a cara a tapa, a gente focou muito nisso, na produção também, não é um disco tímido, acho que essa é a palavra, eu não queria que fosse um disco tímido, eu queria que a gente abraçasse quem a gente é, em nossa totalidade, em belezas e imperfeições, luz e sombras. Então, acho que é um disco muito completo e talvez seja o disco mais Scalene que a gente já tenha feito, estou com muito orgulho dele. Esse álbum sai um pouco do que a Scalene está acostumada a fazer. Como você descreve essa nova fase da banda e o que fez vocês decidirem sair da zona de conforto? A gente sempre sai da zona de conforto. Acho que esse é o nosso quinto ou sexto álbum, tirando os EPs e DVDs do meio do caminho. Então, a gente sempre sai da nossa zona de conforto, o desafio nesse álbum de algumas formas, por mais que ele tenha várias novidades, foi retomar o rock. Quando você está sempre saindo da zona de conforto, sair da zona de conforto é estar na zona de conforto. Se desafiar nesse álbum, significava também insistir em certas coisas, não só mudar, acho que a insistência em coisas que você já é, já faz é um grande desafio também, especialmente, para uma banda que está acostumada a estar sempre mudando, então, a gente quis focar nisso também. Tem muitos elementos eletrônicos nesse álbum, que foi uma novidade para a gente. Tem mais uso de sintetizadores, então, como sempre foi realmente um passo em novos territórios mas também foi uma retomada de muita coisa. O nosso último álbum foi super MPB, super acústico, e o outro álbum de 2017 era roqueiro mas também era bem brasuca. A gente acho que voltou para algumas coisas de um rock que a gente fazia no início da carreira, só que com a maturidade de hoje em dia. Acho que tem temas nesse álbum que a gente já falava sobre, só que eu sinto que agora a gente viveu na pele essas coisas. As questões filosóficas e existenciais da discografia do Scalene acho que eram muito poéticas e eram muito sobre a curiosidade de viver essas coisas, agora acho que a Scalene viveu isso, faz parte nós. Então, as questões filosóficas e existências estão mais internalizadas, acho que ele fica mais potente, sincero. As faixas que integram o álbum vão mostrar assuntos tratados ao longo da história da Scalene. Tem alguma canção que vocês estão mais receosos de expor para o público? Não tem nenhuma canção que traga algum receio, acho que estou bem confortável com todas as letras. Tem uma música que é mais maluca sonoramente, então, rola uma curiosidade do quão louco as pessoas vão achar que isso é. Por que sempre que a gente lança uma coisa as pessoas acham muito diferente, para gente já não é, porque a gente já está acostumado com aquilo, a gente está convivendo com aquelas ideias durante anos, às vezes chega de uma forma muito nova mas para gente já é familiar. Então, às vezes rola um pouco dessa curiosidade, não chega a ser um receio de tipo, “será que a gente fez muita loucura aqui ou as pessoas vão entender?”. Liricamente, pelo
Tecnologia, solidão e alienação em novo single da Scalene; ouça Discórdia

Apresentando o caos como ferramenta possível para mudanças pragmáticas, o Scalene conceitua o single Discórdia. A faixa, que chega às plataformas de streaming pelo slap, selo da Som Livre, teve seu rascunho iniciado ainda durante a confecção do último trabalho de estúdio da banda, o álbum Respiro (2019). Como uma característica inerente ao trio formado por Gustavo Bertoni (vocal), Tomás Bertoni (guitarra) e Lucas Furtado (baixo), o processo criativo é uma constante busca por referências plurais e por diferentes elementos em seu som. Quem iniciou a composição do single foi Gustavo Bertoni. A letra estabelece um tripé temático entre tecnologia, solidão e alienação. “A tecnologia faz a gente se conectar com bastante informação e pessoas, só que isso acaba não suprindo as necessidades e, sim, gerando solidão. Então, essas bolhas nas quais a gente vive são reflexo da alienação criada pelos algoritmos, tudo fomentado pela tecnologia”, discorre Tomás Bertoni sobre a letra que também contou com uma associação feita por Lucas Furtado, conectando a ideia ao discordianismo, religião que cultua a Deusa Éris e propõe a discórdia como forma de questionar dogmas. “Usamos essa referência como uma camada extra de profundidade dentro da letra”, explica o baixista. Para amarrar toda a narrativa, o Scalene também utiliza artifícios visuais que buscam refletir sobre o presente distópico vivido, como na capa do single. Já, musicalmente, o hip hop foi uma das fontes de referência, mesclado com traços de stoner rock, subgênero já explorado pelo grupo em trabalhos anteriores, além de retomar o uso de sintetizadores. “Às vezes, resgatamos certos elementos ou exploramos novas características sonoras — nosso próximo álbum é um ótimo equilíbrio entre isso. Tratamos mais de falar sobre se sustentar nessa eterna ponte do que sobre chegar ao outro lado”, pontua Gustavo sobre a nova fase do Scalene, que pretende dar mergulhos mais profundos, sem necessariamente propor conclusões. Até o momento, já foram apresentados o som explosivo de Febril, seguido do single duplo Névoa e Tantra, que integram a tracklist do quinto disco de estúdio, com lançamento previsto para o primeiro semestre.
Resenha | Scalene retorna aos palcos no Sesc Santos

Após quase dois anos sem apresentações ao vivo, acredito que ninguém que foi ao Sesc Santos, na noite do último sábado (6), sabia direito o que esperar do primeiro show de rock no local. E quando falo ninguém, incluo também os membros da banda Scalene. Contudo, todo esse sentimento de viver algo novo acabou tornando o show emocionante. Assim que Danse Macabre deu o pontapé inicial na performance, não pareceu que era a primeira vez que o conjunto se apresentava ao vivo depois de tanto tempo. Muito à vontade no palco, o vocalista Gustavo Bertoni se mostrou com ótima presença de palco. Ainda falando sobre primeiras vezes, esta foi a performance de estreia da Scalene após a saída do baterista Philipe “Makako” Nogueira. Quem assumiu as baquetas foi Alana Ananias, que cumpriu muito bem o papel. O ponto alto da primeira metade da apresentação foi a presença do vocalista santista Rafael Costa, o Bola da Zimbra, na faixa Surreal, uma das canções mais conhecidas pelo público. Aliás, a banda soube mesclar momentos mais explosivos, com músicas presentes no disco Magnetite, além de faixas mais calmas, como foi Furta-Cor. Em síntese, o grupo também trouxe seus novos singles para o show. O destaque ficou para Névoa, que soa ainda melhor quando tocada ao vivo. Já no fim, o guitarrista Tomás Bertoni se emocionou ao falar sobre os momentos difíceis vividos por cada um de nós durante a pandemia. As palavras emocionadas vieram seguidas de phi, que encerrou uma noite carregada de sentimentos no local. Por fim, após diversas apresentações na cidade, Santos ficará guardada nos corações dos membros da Scalene após este fim de semana, no Sesc Santos.
Entrevista | Scalene – “Aprendi a não ter muitas expectativas com nada em relação à pandemia”

A banda brasiliense Scalene está curtindo um momento novo na carreira. Além de seguir explorando possibilidades sonoras, o grupo também está com uma mudança importante em sua formação. O baterista Philipe “Makako” Nogueira deixou a banda e foi substituído por músicos convidados nos primeiros shows pós pandemia. E por falar em apresentações, a banda está com duas bem próximas: sábado (6), às 20h, no Teatro do Sesc Santos. Posteriormente, em 11 de dezembro, no Cine Joia, em São Paulo. Ambas estão com ingressos à venda. Na Capital, o agora trio terá a companhia do Far From Alaska e Disaster Cities. Além de um passeio pela discografia, os shows também contarão com os singles recém lançados. Até o momento, foram três novidades: Névoa, Tantra e Febril. As duas primeiras, aliás, chegaram na última sexta-feira. O mais interessante notar é como a fórmula de transformação da banda segue apurada. Névoa e Tantra mostram uma banda que não se cansa de reinventar, explorar e experimentar. Por fim, vale ressaltar que faz isso com muito bom gosto. O guitarrista Tomás Bertoni conversou com o Blog n’ Roll sobre a nova fase da Scalene e o que os fãs podem esperar sobre o formato trio, junto com Gustavo Bertoni (vocal) e Lucas Furtado (baixo). Confira abaixo. Qual é a construção narrativa buscada por vocês nessa nova fase? Tem sido uma mistura de um grande planejamento prévio com decisões/definições a cada nova etapa. Temos ideias de onde queremos chegar e como, mas deixamos o processo a cada dia ditar o caminho também. Algumas faixas abordam o autoconhecimento e a busca por epifanias. O quão impactante foi o isolamento social nessa obra? Febril tinha mais relação direta com as consequências do isolamento. De qualquer forma, autoconhecimento e a busca por epifanias foram muito afetados também e, às vezes, rola uma sensação de que a única coisa que podemos tentar ter controle nessa vida é do nosso próprio processo interno. E digo “controle” no bom sentido, inclusive abrindo mão dele quando necessário. Muitos artistas optaram por lives, enquanto outros se trancaram em casa ou estúdio para ensaiar e gravar novos sons. Como manter a empolgação sem poder fazer shows neste período de composições em meio a pandemia? Realmente é muito particular de cada artista e banda. Pro Scalene não faltou uma “empolgação” para fazer um novo álbum. Sem dúvida foi muito mais difícil, mas em grande parte porque a vida no Brasil e no mundo está difícil mesmo. O tempo e energia investidos pra se estar na estrada fazendo shows não existiu mais e isso foi revertido pra outras coisas, dependendo de cada projeto. Pra nós, parte dessa energia foi destinada a podermos caprichar em detalhes na criação do disco e de todo conceito que nunca tínhamos tido como fazer ou nos permitido fazer. Névoa e Tantra possuem sonoridades bem distintas. Vocês acreditam que elas resumem bem o que se pode esperar de um novo álbum da Scalene? São singles de um novo álbum, então obviamente gostamos delas, mas o disco vai muito além. Acho que não colocaria que é um bom resumo de todo o resto. O que representa a saída do Makako da banda? Vocês pretendem seguir como trio e chamar um músico convidado para os shows? Ou pretendem efetivar algum músico nessa vaga? O Makako é nosso amigo de infância, acima de tudo. Foi uma separação, naturalmente difícil e é emocionante, às vezes, lembrar de tudo que passamos juntos e das razões do porque esse ciclo se encerrou. Vamos começar com músicos convidados até entender o encaixe, não só musical, com um novo ou uma nova integrante. Como está a expectativa para o retorno dos shows? O que acreditam ser diferente daqui para frente, além das questões lógicas como máscara e álcool em gel? Eu aprendi a não ter muitas expectativas com nada em relação à pandemia. Ainda mais com a crueldade insana que governa o país. Nem felicidade senti direito ainda, com shows voltando e nós mesmos tendo shows sendo marcados. Espero que as pessoas valorizem mais o que a arte traz e proporciona, seja qual for a linguagem.
Ana Cañas e Scalene são as atrações da semana no Sesc Santos

Ana Cañas e Scalene são as atrações da semana no Teatro do Sesc Santos. Os artistas se apresentam na sexta (5) e sábado (6), às 20h, respectivamente. Os ingressos começam a ser vendidos na terça (2), a partir das 14h, no site do Sesc. Eles custam entre R$ 20,00 e R$ 40,00. A retomada dos shows no Sesc tem chamado a atenção pelo alto nível dos artistas. Anteriormente, o Teatro recebeu Chico César, Mariana Aydar e MC Tha, recém anunciada no Lollapalooza. Ana Cañas canta Belchior Sucessos compostos por Belchior (1946-2017) como Alucinação, Na Hora do Almoço, Sujeito de Sorte e Como Nossos Pais estão no setlist do show em homenagem ao compositor cearense que Ana Cañas apresenta no palco do Sesc Santos no projeto batizado Ana Cañas Canta Belchior. Aliás, o trabalho teve início durante a quarentena e nasceu com a ideia de uma live única. Logo, transformou-se em um álbum e uma turnê integralmente dedicados ao compositor cearense. A repercussão de público e o mergulho profundo que a artista fez na obra de Belchior foram fundamentais para que a iniciativa se desdobrasse no novo disco da cantora. Ana Cañas começou a fazer teatro ainda jovem e cursou Artes Cênicas na ECA-USP. Foi nos tablados que ela entrou em contato com a música: ao fazer um teste para um musical, ouviu pela primeira vez um standard de jazz interpretado pela cantora Ella Fitzgerald (1917-1996). Contudo, Ana diz que, ao ouvir a americana cantar, ficou profundamente tocada e que sentiu que aquele era uma espécie de “momento-colisão”. “Tudo se esclareceu no meu coração, na minha alma. Eu sabia que tinha encontrado meu caminho através do profundo amor que senti pela beleza e transcendência do canto de Ella.” Logo depois disso, não teve volta. Ana começou a cantar jazz na noite paulistana. No mercado fonográfico desde 2007, foram lançados cinco discos de estúdio – sendo que o último deles, Todxs, concorreu ao Grammy Latino 2019 na categoria Melhor Álbum de Pop Contemporâneo – e um DVD. Por fim, para o lançamento do sexto álbum, no qual canta as canções de Belchior, Ana Cañas contou com financiamento coletivo. Scalene Composta por Gustavo Bertoni (voz), Tomás Bertoni (guitarra) e Lucas Furtado (baixo), a Scalene mantém a regularidade de lançamentos fonográficos, tendo em sua discografia: Real/Surreal (2013), Éter (2015), magnetite (2017) e o EP +gnetite (2018), Respiro (2019, slap), além do DVD Ao Vivo em Brasília (2016). Os trabalhos possibilitaram turnês nacionais com passagem por importantes festivais, como o Lollapalooza recentemente e o Rock in Rio, e também shows em eventos no exterior, entre eles o SXSW (EUA) e o Indie Week (Canadá). Na última sexta-feira (29), a banda lançou os singles Névoa e Tantra. Na dupla novidade, o grupo versa sobre assuntos como autoconhecimento e a busca desenfreada por epifanias. Os singles apresentam roupagens sonoras diferentes, mostrando mais uma vez que o Scalene escolhe explorar sua versatilidade e não se envereda por caminhos óbvios. Anteriormente, em outubro, foi lançado o explosivo single Febril, que abriu a leva de novidades musicais precedentes ao próximo álbum do grupo. “As canções abrem possibilidades interessantes para a interpretação do público e fazem parte da construção narrativa que estamos desenhando nessa nova era”, resume Tomás.
O Rio: Selvagens à Procura de Lei e Scalene apresentam novo single

As bandas Selvagens à Procura de Lei e Scalene se uniram nesta sexta-feira (6), para produzir o single O Rio. A faixa já está em todas as plataformas digitais. Ademais, a faixa havia sido anunciado no início desta semana. A colaboração é moldada por um rock suave e fala sobre a indecisão de qual caminho seguir na vida. Em resumo, o Scalene vem do lançamento do EP Fôlego, já o Selvagens apresentou no fim de 2019 o álbum Paraíso Portátil.
Gustavo Bertoni apresenta primeiro single de seu próximo disco solo

Gustavo Bertoni, voz por trás das canções da banda Scalene, embarcará em mais um capítulo de sua carreira solo. Em resumo, o artista liberou a canção, intitulada Waves. Ademais, a faixa integra o terceiro disco do artista, previsto para ser lançado em julho deste ano. Vale lembrar que Bertoni já divulgou os discos The Pilgrim (2015) e Where Light Pours In (2018). “Waves é uma boa introdução para tudo o que será destrinchado no álbum. A letra é uma síntese dos temas que aparecem nele”, afirmou o vocalista. O novo trabalho na carreira solo de Gustavo se chamará The Fine Line Between Loneliness and Solitude. O disco terá todas as canções cantadas em inglês, uma marca da carreira individual de Bertoni.