Um reencontro nostálgico do punk rock santista com Old Crabs, New Grabs e The Bombers

Um reencontro do punk rock nostálgico santista, mas revigorado com novidades que mostram a força do gênero na Baixada Santista. No último domingo (9), as bandas The Bombers e Old Crabs, New Grabs ocuparam o Started Hookah Lounge and Food, em Santos, com repertórios interessantes e novidades na bagagem. O Old Crabs, New Grabs subiu ao palco primeiro. Versão 2.0 do Dead Crab, banda de hardcore que surgiu no início dos anos 1990, o grupo apresentou um set com canções do início da carreira e algumas novidades. O Dead Crab foi uma das primeiras bandas de Wagner Reis, o Bola, do Garage Fuzz. Atualmente traz em sua formação nomes de várias formações do Dead Crab: Paulo Athayde, vocal (ex-Dead Crab), Tarcisio Barja (guitarra, ex-Dead Crab, ex-Blind), Daniel Adriao (baixo, ex-Zero Dollar, ex-Agentes) e Adriano Molas (bateria, ex-Dead Crab, ex-Figment). O Old Crabs, New Grabs ressurgiu no fim de 2019 com a ideia de tocar covers e relembrar o Dead Crab. No entanto, o retorno foi ganhando consistência e músicas novas surgiram. Algumas delas foram tocadas no último domingo, como Lockdown, feita durante a pandemia. O mesmo vale para Until My Last Breath e Shelter. Outras soaram como nostalgia para o público, como Trapped in Myself, que fechou o show. Essa foi uma das primeiras faixas do Dead Crab. Em breve, o Old Crabs, New Grabs deve lançar nas plataformas de streaming um “ensaião”, gravado com todos os integrantes dentro do estúdio. Um álbum cheio não está descartado. The Bombers Como um bom vinho, quanto mais velho, melhor! Esse é o caso do The Bombers. Com um set enxuto e repleto de novidades, a banda testou o seu mais recente álbum, Alma em Desmanche, totalmente em português. Foram sete canções do disco no repertório. Aliás, cabe uma explicação do vocalista, Matheus Krempel, sobre o álbum. “Estamos divulgando esse álbum para quem vai nos shows. Por enquanto só estamos com a versão física, que é vendida nos shows. A versão digital só chegará no fim de novembro”. A ideia dos integrantes é priorizar a audição para quem vai aos shows e compra o CD. Alma em Desmanche traz canções lançadas em EPs exclusivos no Bandcamp, além do EP Bumerangue (2020). Ardendo em Chamas, a primeira apresentada do novo álbum, parece muito bem integrada ao repertório. Veio para ficar nos sets do Bombers. Deixa Ser, Não Vencer Não é Perder, A Morte e Mudamento empolgam também. Mostram uma banda em completa evolução e sempre disposta a sair da zona de conforto. Faz isso como poucos. O set também guarda espaço para os fãs mais nostálgicos. Nesse caso, My Way, My Strenght, Designated Driver, Mestre Jonas, Não Sei Nada e All About Love foram mantidas. As canções representam várias fases do Bombers. A etapa final foi caprichada: O Fantasma, single mais recente que ganhou videoclipe, a clássica Smiling e Come Back Home, que não estava prevista no repertório.

Invisibilidade na cidade é tema de single do The Bombers; ouça O Fantasma

The Bombers lançou, nesta terça-feira (13), O Fantasma, single que antecede o quinto álbum da banda, previsto para outubro deste ano. Nesta nova etapa, o grupo busca suas influências musicais em nomes que vão desde Rancid e Social Distortion, até Paralamas do Sucesso, Titãs e o rock nacional dos anos 1970. O Fantasma representa a nova fase da banda paulista e nos cede uma amostra do que virá no disco Alma em Desmanche, que conta com temáticas um pouco mais amargas e sonoridade pesada, em contraste com um refrão mais pop. “A faixa traz uma musicalidade mais fluída e menos comprometida com o que se espera ouvir de nós”, revela o vocalista Matheus Krempel. O novo single, composto por Krempel em parceria com Lucas Lerina, versa sobre a invisibilidade que acomete os dias atuais. “A letra trata da angústia de se sentir solitário e abandonado em uma sociedade egocentrista e hipócrita. Sejam nas redes sociais, onde as pessoas colecionam milhares de seguidores como se fossem amigos ou mesmo na maior cidade de todo o continente americano, que é São Paulo. É sobre a frieza do dia a dia, bem distante dos likes distribuídos nas redes sociais”, explica o vocalista, que também diz tentar refletir na letra, como extrair algo positivo dessa condição de anonimato. A faixa ganhou um videoclipe feito por um coletivo de amigos, com imagens captadas no local que inspirou a letra, a estação de metrô Marechal Deodoro em São Paulo. “Não se trata de uma tradução da letra para o ambiente visual, no entanto, a ideia foi a de colocar como protagonista aquele que passa despercebido. As atrizes representam nessa história, a tensão e a escolha de olhar o outro ou não. O se olhar no espelho para enxergar o problema do outro”, conta Krempel. O The Bombers foi formado em 1995 e atualmente é composto por Matheus Krempel (voz e guitarra), Gustavo Trivela (guitarra), Raul Signorini (baixo) e Estefan Ferreira (bateria).

CPM 22 vem a Santos no sábado; The Bombers, Caiçara Clã e DZ Rock abrem

O CPM 22 é atração confirmada na Arena Club, em Santos, no próximo sábado (4). A banda, formada por Badauí (vocal), Luciano Garcia (guitarra), Phil Fargnoli (guitarra), Ali Zaher (baixo) e pelo santista Daniel Siqueira (bateria), deve trazer para o show os hits Um Minuto Para o Fim do Mundo, Dias Atrás, Anteontem e Não Sei Viver Sem Ter Você. As bandas The Bombers, Caiçara Clã e DZ Rock serão as responsáveis pela abertura do evento. Influenciada pela cena punk rock e hardcore californiana dos anos 90, com músicas rápidas, melódicas e letras que traduzem relações humanas e cotidiano, o CPM 22 traz como referências bandas como Screeching Weasel, No Use For A Name, Face To Face, Lagwagon, entre outras. Eles foram uma das poucas bandas do hardcore brasileiro a ganhar um disco de ouro e fazer sucesso no mainstream, e com isso, abriu as portas para uma nova geração de bandas de rock brasileiras. Em 2008, ganharam um Grammy Latino de melhor álbum de rock brasileiro. Os ingressos estão à venda com valores a partir de R$ 70,00 e podem ser adquiridos através do site Articket. Serviço CPM 22 Data: 4 de junho, sábado Local: Arena Club Endereço: Av. Senador Pinheiro Machado, 33 – Vila Matias, Santos – SP. Horário de abertura da casa: 22h00 Ingressos: Link

Desplugado e inovador, The Bombers surpreende mais uma vez

Exista alguma banda mais ativa que o The Bombers na atualidade? Após uma série de EPs mensais, shows exclusivos com transmissão online e releituras de Caetano Veloso e Gilberto Gil, a banda santista divulgou na sexta-feira (5) o álbum Desplugado no Espaço Coletivo. Gravado ao vivo e de forma acústica no Espaço Coletivo em São Paulo no início do ano, o disco conta com seis faixas mixadas e masterizadas pelo guistarrista Gustavo Trivela. Desde 1995 na ativa, o The Bombers é uma daquelas bandas que se dispõe a ignorar modismos e prefere abrir mão de uma situação confortável para correr riscos na busca de imprimir sua marca no cenário musical. Seja nos seus primórdios quando evocavam Operation Ivy e The Clash, mesclando seu rock punk com influências de ska ou mesmo regravando Blitz (Someone’s gonna die) no final dos anos 1990, o Bombers nunca foi uma banda previsível ou fácil de assimilar. Em 2014, quando lançaram All About Love (Hearts Bleed Blue), seguiu surpreendendo ao adicionar piano, saxofone, vocais femininos, raggamuffin e baladas à sua fórmula. Posteriormente, em 2017, ganharam o Prêmio Profissionais da Música na categoria Hardcore, pelo disco Embracing the Sun (Hearts Bleed Blue). Aliás, no álbum trouxeram o baião, tecno brega, rap e uma versão de Mestre Jonas, clássico trio Sá, Rodrix & Guarabyra. Contudo, sempre mantendo o punk rock como base do seu som. Desplugado, mas inovador Em resumo, Desplugado no Espaço Coletivo é um disco ao vivo onde a banda apresenta uma forma nova e inusitada de tocar punk rock. Apenas com um violão e uma viola caipira. O repertório conta com cinco faixas, pinceladas de seus principais trabalhos, com um destaque para a faixa Deixa Ser. Em síntese, nada mais é do que uma versão acústica de uma faixa ainda inédita, que fará parte do próximo disco da banda. Com esse lançamento a banda segue inovando e desafiando os conceitos pré concebidos. Aliás, correndo riscos com a tranquilidade de quem sabe que nadar contra a corrente é só uma forma de manter o som vivo e atual. Desplugado no Espaço Coletivo é um lançamento do selo Craic Dealer Records em parceria com a CD Baby Brasil.

The Bombers apresenta versões de Caetano Veloso e Gilberto Gil; assista!

Recentemente, a banda santista The Bombers se apresentou no evento O Som das Palafitas, organizado pelo Instituto Arte no Dique, em Santos. E dentro da proposta do evento, todos os participantes precisavam entregar versões de Gilberto Gil e Caetano Veloso. Em resumo, uma homenagem aos 80 anos da dupla. Fugindo do óbvio, como sempre, a banda apresentou London London, Extra II (O Rock do Segurança), Vaca Profana e um medley de Nega (Photograph Blues) com Sympathy for the Devil, do Rolling Stones. O resultado dessa linda homenagem do The Bombers pode ser acompanhada abaixo. Projetos além de Caetano Veloso e Gilberto Gil A banda santista The Bombers deu início ao trabalho de divulgação do seu próximo álbum, Desplugado no Espaço Coletivo, que será lançado em 5 de novembro pela Craic Dealer Records. O primeiro single é Ardendo em Chamas, faixa do EP Bumerangue (2020). O registro faz parte do show acústico, gravado no Espaço Coletivo em São Paulo, em fevereiro, e transmitido mediante venda de ingressos em março. Em sua releitura acústica para Ardendo em Chamas, a banda conta com o vocalista e guitarrista Matheus Krempel no violão e voz e o guitarrista Gustavo Trivela na viola caipira. Aliás, eles trouxeram uma roupagem que buscou valorizar um pouco mais toda a dramaticidade melodiosa da faixa, que trata sobre crises de ansiedade. O reencontro de uma banda com o seu público é sempre muito especial. Se tratando do The Bombers, responsável por um dos shows mais empolgantes do cenário underground nacional, a sensação fica ainda mais impactante. Após um ano e meio sem tocar para um público, a banda santista, enfim, reencontrou a plateia. A apresentação no Teatro Martins Penna (Centro Cultural da Penha), em São Paulo, rolou no dia 11 de julho. Em resumo, com um repertório que engloba todas as fases, inclusive as músicas mais recentes, o Bombers traz toda sua energia em uma performance visceral sem limites. A apresentação teve incentivo da Prefeitura Municipal de São Paulo e da Secretaria Municipal de Cultura. O show contou com um seleto número de convidados na plateia (20 pessoas), seguindo todas as recomendações de segurança sanitária.

Ardendo em Chamas abre fase acústica do The Bombers; ouça!

A banda santista The Bombers deu início ao trabalho de divulgação do seu próximo álbum, Desplugado no Espaço Coletivo, que será lançado em 5 de novembro pela Craic Dealer Records. O primeiro single é Ardendo em Chamas, faixa do EP Bumerangue (2020). O registro faz parte do show acústico, gravado no Espaço Coletivo em São Paulo, em fevereiro, e transmitido mediante venda de ingressos em março. Em sua releitura acústica para Ardendo em Chamas, a banda conta com o vocalista e guitarrista Matheus Krempel no violão e voz e o guitarrista Gustavo Trivela na viola caipira. Aliás, eles trouxeram uma roupagem que buscou valorizar um pouco mais toda a dramaticidade melodiosa da faixa, que trata sobre crises de ansiedade. Recentemente, outro show ao vivo com Ardendo em Chamas O reencontro de uma banda com o seu público é sempre muito especial. Se tratando do The Bombers, responsável por um dos shows mais empolgantes do cenário underground nacional, a sensação fica ainda mais impactante. Após um ano e meio sem tocar para um público, a banda santista, enfim, reencontrou a plateia. A apresentação no Teatro Martins Penna (Centro Cultural da Penha), em São Paulo, rolou no dia 11 de julho. Com um repertório que engloba todas as fases, inclusive as músicas mais recentes, o Bombers traz toda sua energia em uma performance visceral sem limites. A apresentação teve incentivo da Prefeitura Municipal de São Paulo e da Secretaria Municipal de Cultura. O show contou com um seleto número de convidados na plateia (20 pessoas), seguindo todas as recomendações de segurança sanitária. “A crise sanitária afetou todos de forma coletiva, impactando em diversos setores econômicos. Na área artística isso não foi diferente, além, é claro, dos impactos individuais. Para nós, como banda, foi um exercício de saúde também nos manter conectados de certa forma, criando ideias para discos, incentivando um ao outro”, explica Matheus.

The Bombers libera primeiro show com público na íntegra; assista!

O reencontro de uma banda com o seu público é sempre muito especial. Se tratando do The Bombers, responsável por um dos shows mais empolgantes do cenário underground nacional, a sensação fica ainda mais impactante. Após um ano e meio sem tocar para um público, a banda santista, enfim, reencontrou a plateia. A apresentação no Teatro Martins Penna (Centro Cultural da Penha), em São Paulo, rolou no dia 11 de julho. Com um repertório que engloba todas as fases da banda, inclusive as mais músicas mais recentes e que nunca haviam sido apresentadas ao vivo, o Bombers traz toda sua energia em uma performance visceral sem limites. A apresentação teve incentivo da Prefeitura Municipal de São Paulo e da Secretaria Municipal de Cultura. O show contou com um seleto número de convidados na plateia (20 pessoas), seguindo todas as recomendações de segurança sanitária e distanciamento social, o que agrega ainda mais emoção e valor à apresentação. “A crise sanitária afetou todos de forma coletiva, impactando em diversos setores econômicos. Na área artística isso não foi diferente, além, é claro, dos impactos individuais. Para nós, como banda, foi um exercício de saúde também nos manter conectados de certa forma, criando ideias para discos, incentivando um ao outro”, explica o vocalista, Matheus Krempel. The Bombers segue com produção infinita em 2021 Desde outubro do ano passado, o The Bombers tem se dedicado a engordar sua discografia já extensa com uma série de EPs com canções em português, raridades, covers, além de regravações de seus principais clássicos. Confira abaixo a relação de discos lançados nesse período. Bumerangue (outubro/2020) A Morte (fevereiro) Não Vencer Não é Perder (março) O Abismo (abril) Você sabia que Rubin Carter era inocente? (maio) 7 Songs (and 2 bonus trax) Revisited live (junho)

The Bombers relembra a história de Rubin Carter na era dos cancelamentos

Em 1976, Bob Dylan lançava o álbum Desire, o décimo sétimo de sua carreira na época. A faixa de abertura do disco, com oito minutos e meio de duração, traz a história do pugilista Rubin Carter, o furacão, condenado injustamente a prisão perpétua em 1966 pelo crime de triplo homicídio. Rubin era um dos melhores boxeadores peso médio de seu tempo, conhecido popularmente como Hurricane, o mesmo nome da música de Dylan. A prisão tirou a possibilidade de Rubin disputar o título de campeão mundial e o seu caso, até hoje, é uma emblemática demonstração de racismo e de manipulação da justiça americana. O Hurricane ganhou liberdade apenas em 1985, após a anulação do seu julgamento, e quase dez anos depois do lançamento do álbum Desire, considerado um dos melhores de todos os tempos pela revista Rolling Stone, em 2003. A história de Rubin Carter é tão importante que além de livros e música, ele também ganhou uma versão nos cinemas, sendo interpretado pelo ator Denzel Washington no filme The Hurricane, lançado em 1999. Cancelamento No recente EP do grupo santista The Bombers, intitulado Você sabia que Rubin Carter era inocente?, a banda faz menção ao caso e mesmo sem citá-lo diretamente na faixa Mudamento, traz o tema “cancelamento” à tona em clima de ska punk. O estilo, inclusive, é semelhante aos primórdios do grupo com o 7 Songs, primeiro disco da banda e lançado em 1998. No entanto, a faixa também mistura um pouco de Sublime e Goldfinger. Talvez não seja possível comparar musicalmente as canções Hurricane e Mudamento, mas um paralelo histórico diante dos tribunais condenatórios e injustiças faça mais sentido. As redes sociais são vitrines capazes de criar grande comoção, ampliar debates e tornar acertos em exemplos a serem seguidos. Na mesma medida, é muito fácil ser condenado, ter seu nome e trabalho jogado no lixo e considerado um pária diante de uma internet esfomeada por apontar dedos, julgar e condenar tudo aquilo que ela considera errado. Na maioria dos casos, os artistas e personalidades públicas são os principais alvos, à mercê de boicotes e tentativas de apagamento social. É difícil traçar um limite entre os arrojos de uma reação justa e compreensível de outras experiências que buscam apenas o linchamento. A “cultura do cancelamento”, como é nomeada, é um fenômeno alinhado ao pensamento neoliberal em que vivemos, como explica o psicanalista Lucas Liedker, em entrevista ao portal Metrópoles. Segundo o especialista, “pautamos as nossas escolhas pela mentalidade de consumo e da substituição. Assim, as pessoas assumem a posição de objetos, que você pode ir trocando, cancelando, algumas vezes de forma justa e, em outras, implacável”. Desse modo, as consequências do cancelamento são imprevisíveis e os estragos incalculáveis. O cuidado com essa prática define, principalmente, de qual lado da história não queremos fazer parte. Um novo EP com releituras de si mesmo O EP Você sabia que Rubin Carter era inocente? é o quarto lançamento da The Bombers neste ano, divulgado no último dia 7. O trabalho faz parte de uma série de EPs que a banda pretende lançar ao longo de 2021. O intuito do grupo é que o lançamento seja feito na primeira sexta-feira de cada mês, com exclusividade na plataforma do Bandcamp e, dessa forma, comercializar seu trabalho de forma direta com o público. O Bandcamp, desde o ano passado, tem se tornado uma alternativa importante aos músicos, pois a plataforma criou uma política na qual deixa de cobrar sua comissão para ampliar os ganhos dos artistas. Assim, todas as vendas realizadas na plataforma na primeira sexta-feira de cada mês são destinadas de forma integral aos músicos. Neste lançamento, seguindo a proposta dos EPs anteriores, a The Bombers traz ao menos uma faixa inédita e releituras de músicas próprias e outros artistas. Entre elas está a versão punk de Baby Can I Hold You, música que foi um dos maiores sucessos da cantora americana Tracy Chapman. Bombers consegue até nos enganar no início da versão, relembrando inicialmente a balada romântica original de Tracy, mas logo ganha contornos mais autênticos e assinatura rock da banda. Emanharado Já na faixa Sonho ou Pesadelo, a história é um pouco diferente. Apesar da letra ser de autoria de Matheus Krempel, vocalista do Bombers, a música faz parte do projeto Emanharado, idealizado pelo jornalista João Pedro Ramos, para o site Crush em Hi-Fi. No álbum, cada participante enviou uma letra inédita, que foi redistribuída pelo site para outra banda ou artista, sem revelar quem a compôs. O desafio de quem recebia a letra era entender a cadência e musicá-la com sua própria personalidade, criando assim uma “parceria oculta”. O resultado deste álbum é bastante interessante. A versão “original” de Sonho ou Pesadelo possui uma carga pós punk bastante introspectiva por parte do duo paulista Antiprisma. Já na versão da The Bombers, a faixa se torna mais emotiva ganhando contornos obscuros e solos de guitarra. Na quarta e ultima faixa do EP, o grupo traz a versão acústica de Jogadas ao Vento, música do disco Democracia Chinesa, de 2007. A nova versão mantém a pegada emotiva, mas ganha nova sonoridade e que sobrepuja em significados, principalmente em tempos de pandemia. O EP é uma produção da própria banda que pretende lançar um álbum com 12 músicas reunindo as faixas preferidas do público, como explica Matheus. “Ao final da publicação dessa série de músicas, realizaremos uma enquete com nossos ouvintes, para decidirmos em conjunto, quais músicas formarão o disco que iremos lançar em formato físico ainda esse ano”, diz. Aliás, para continuar acompanhando as novidades da banda basta seguir o grupo nas redes sociais. Todos os endereços da The Bombers estão disponíveis aqui. Você sabia que Rubin Carter era inocente? by The Bombers

The Bombers lança quarto EP do ano: Você sabia que Rubin Carter era inocente?

Já está no ar, dentro do projeto da Bandcamp Friday, o quarto EP lançado no ano pela banda santista The Bombers, Você sabia que Rubin Carter era inocente?. Em resumo, são mais quatro faixas para a conta do grupo. Contudo, no novo EP, o The Bombers revira o baú e também resgata uma sonoridade bem conhecida dos fãs, o ska punk. Aliás, o ritmo é quem abre o disquinho, com Mudamento, que fala sobre a nova febre do momento que é o linchamento virtual. Inclusive o título do EP, brinca com o assunto e faz menção ao caso do grande boxeador Rubin Carter, o Hurricane. Em suma, o atleta foi preso em 1966, acusado por assassinar três pessoas em um bar. No entanto, após 19 anos, ele foi inocentado e solto. Mas voltando ao EP, logo depois, o The Bombers apresenta uma versão explosiva de Baby Can I Hold You, da cantora Tracy Chapman. Anteriormente, a música fazia parte dos set lists da banda. No entanto, nunca havia sido gravada. Sonho e Pesadelo, uma faixa que tem letra do Matheus Krempel e um arranjo desenrolado pelo Gustavo Trivela, não soa nada parecida com a versão lançada pela banda Antiprisma, no álbum Emaranhado, projeto do jornalista João Pedro Ramos. Por fim, o EP traz Jogadas ao vento, do Democracia Chinesa, em uma versão acústica, carregada de emoção. Enquanto isso, a banda já prepara o próximo EP para o mês que vem. 2021 realmente não está sendo um ano parado para o Bombers. Aliás, a ideia dos músicos é lançar um disco por mês até o fim do ano, sempre com exclusividade no Bandcamp. Ouças os EPs da série A Morte (fevereiro) Não Vencer Não é Perder (março) O Abismo (abril) Você sabia que Rubin Carter era inocente? by The Bombers