Toquinho lança nova versão de Aquarela com participação de Camilla Faustino

O cantor Toquinho lançou uma nova versão para um dos seus maiores clássicos, Aquarela. Em resumo, ele convidou a cantora Camilla Faustino, que deu um colorido especial à gravação. Aliás, ela contou um pouco sobre a experiência. “Achei um desafio a princípio, pois me lembro sempre de ter ouvido e cantado essa canção durante toda minha infância e adolescência, mas depois que fiquei adulta não me atrevi a cantar mais”. Camilla interpretou à sua maneira, com leveza e suavidade, sem, no entanto, fugir do que a canção pede. “Quando fomos para o estúdio gravar, Toquinho soube, mais uma vez, me abrir o caminho necessário para que eu pudesse explorar algo já conhecido como se fosse inédito. Foi uma experiência realmente surpreendente; ficou orgânico, natural e fluido. Eu amei participar”, finaliza a cantora. Aquarela, que contou com a produção de Rafael Ramos, foi gravada especialmente para o projeto Sessions JB, da rádio JB FM (Rio de Janeiro).

Singles novos: Lô Borges, Vitor Guima, Bárbara Guinle e Toquinho

Lô Borges feat Paulinho Moska – Muito Além do Fim Principal parceiro de Lô Borges, seu irmão Márcio Borges voltou a compor com ele depois de dez anos. Muito Além do Fim é o primeiro fruto dessa nova safra da parceria que já rendeu pérolas como Um Girassol da Cor de Seu Cabelo, Clube da Esquina e Quem Sabe Isso Quer Dizer Amor, entre outros sucessos. “Para mim está sendo maravilhoso, foi com ele que aprendi a compor quando tinha 14 anos, é um cara fundamental na minha vida”, comentou Lô Borges. Muito Além do Fim é o primeiro single de um disco que ainda está em produção e traz a participação do cantor e compositor Paulinho Moska. “Sou fã do Paulinho Moska e desde que compus essa música, mesmo antes dela ter uma letra, já pensava em chamá-lo para tocar violão e cantar comigo. Paulinho estava na gênese da canção”, conta Lô. Além deles, participaram da gravação do novo single Henrique Matheus (guitarra), Thiago Corrêa (contrabaixo, teclado e percussão) e Robinson Matos (bateria). Vitor Guima – O Passeio do Sol Após iniciar o novo ciclo de sua carreira, com o projeto de faixas inéditas para seu segundo álbum autoral, Vitor Guima lançou o single O Passeio do Sol. Com influências da bossa nova, o artista conta que a canção é sobre conseguir superar um momento difícil. “Essa canção é sobre conseguir superar um momento difícil. Com uma letra sucinta, os violinos e o piano carregam o instrumental que também conta com a guitarra fabulosa de Diego Figueiredo, músico que tocou com Belchior e arrancou elogios de Al di Meola e George Benson”. Após Estrangeiro, seu primeiro álbum lançado no último ano, o artista une suas composições para o disco que chega em 2021. Bárbara Guinle – Não Vai Sobrar Nenhum Não Vai Sobrar Nenhum aborda a questão urgente e extremamente necessária da violência de gênero, que teve um aumento preocupante durante o isolamento social. O movimento BarbantElas veio como uma iniciativa de expressar o luto, e a luta, relacionado à violência contra mulheres. A produção audiovisual de Não Vai Sobrar Nenhum é uma mistura da canção autoral de Bárbara Guinle, junto ao poema de Indiara Belo, que intimam o público para a escuta de uma reflexão profunda sobre o tema da violência de gênero. A compositora Bárbara Guinle é carioca e, com seus 23 anos, canta e toca ritmos brasileiros de cunho clássico da MPB somados à sua vivência contemporânea feminista. Neste projeto, além da composição, também atuou nas gravações de violão e voz principal. Toquinho – Rainha e Rei A Arte de Viver, álbum inédito de Toquinho, remete aos clássicos dos anos 1970, quando cada etapa era cuidada para que tudo ficasse harmônico. O grande destaque é o violão de Toquinho e isso dá para perceber em todas as músicas, inclusive na inédita Rainha e Rei. Uma espécie de modinha com arranjo delicado, Rainha e Rei traz a participação de Camilla Faustino, que trabalha com Toquinho há mais de quatro anos. “Ela é uma das maiores cantoras do Brasil e já participava das primeiras versões dessa música. Foi muito natural, ela mesma que escolheu”. A Arte de Viver será lançado dia 6 de novembro em todos os aplicativos de música e também em CD.

Singles nacionais: Braza, Gabrre, Toquinho e De um Filho, De um Cego

Braza – Ando Meio Desligado O Braza homenageia uma das nossas grandes bandas com sua versão de Ando Meio Desligado. Lançada originalmente no álbum d’Os Mutantes A Divina Comédia ou Ando Meio Desligado (Universal Music/ 1970), a música ganha uma nova roupagem sob os arranjos do quarteto carioca. Eternizada na voz de Rita Lee, Ando Meio Desligado (Arnaldo Baptista/ Rita Lee/ Sérgio Dias) é frequentemente incluída em listas de melhores canções da música brasileira, trazendo uma mistura de psicodelia e tropicália acompanhada de versos que refletem sobre uma existência desconexa em tempos de repressão. Cinco décadas depois, Danilo Cutrim (guitarra e vocal), Pedro Lobo (baixo), Nícolas Christ (bateria) e Vitor Isensee (teclados) homenageiam Os Mutantes criando uma ponte entre as duas eras e regravando o clássico no ritmo do reggae. Gabrre – elephants Gabrre, cantor e compositor gaúcho de 22 anos, de Gramado, lançou elephants, single que fala sobre as dores de um relacionamento instável. A música estará no álbum Tocar em Flores Pelado, que será lançado pelo selo Honey Bomb Records, no fim deste mês. “elephants é uma música esquecida da Urso Polar, minha antiga banda de adolescência. Às vezes, quando brigamos, não queremos acertar as coisas, apenas deitar e abraçar calados, principalmente em um relacionamento instável”, explica Gabrre. Toquinho – Papo Final Prestes a entregar ao mundo seu primeiro álbum de inéditas desde 2011, Toquinho divulgou o primeiro single do novo disco. A música Papo Final, cantada em dueto com Maria Rita, é um belo cartão de visitas. Assim como em todo repertório do inédito A Arte de Viver, a letra de Papo Final foi assinada pelo aclamado poeta e compositor carioca Paulo César Pinheiro. Esse é o segundo álbum de Toquinho que conta com Pinheiro como letrista de todas as músicas, assim como em Mosaico (Circuito Musical), de 2005. “Além da Maria Rita ser uma grande cantora, ela transmite uma coisa fundamental em arte: emoção. Arte sem emoção pra mim não existe. Quando ouvi a interpretação dela preencher a canção, já que minha voz estava gravada, percebi o quanto a música cresceu com sua maneira de cantar, com a dramaticidade na medida certa, com a grande afinação e com o timbre fantástico”, comentou Toquinho. Com participações especiais de Maria Rita, Hamilton de Holanda, Paulo César Pinheiro e Camilla Faustino, o álbum A Arte de Viver será lançado no dia 6 de novembro. De um Filho, De um Cego – Sibipiruna Sibipiruna é uma árvore de grande porte nativa da Mata Atlântica que é muito comum em boa parte do país. Tão comum que muitas vezes sua beleza passa despercebida. Inspirando-se na poesia do dia a dia, a banda paranaense De um Filho, De um Cego lançou o primeiro single de seu novo EP. Com nome dessa árvore, Sibipiruna já está disponível. “Minha mesa de trabalho ficava de frente pra uma parede de vidro, onde eu conseguia ver o estacionamento do local. Mas como meu andar era o 2º, as árvores do lugar eram tudo o que aparecia pra mim. Era um dia nublado, de vento, melancólico. Um dia lento. Parei pra sentir tudo – as árvores balançando, a digitação dos meus colegas de trabalho e a rotina – do começo ao fim do dia, nessa poesia que é a gente”, conta Lucas Waricoda, guitarrista e vocalista do De um Filho, De um Cego.

Entrevista | Toquinho – “Gostaria de ter uma música minha cantada pelo Paul McCartney”

“Quando há dedicação e entusiasmo pelo que se faz, e amizade, contando com a ventura de uma condição física privilegiada, tudo é possível”. É dessa forma que Antonio Pecci Filho, o Toquinho, acredita ter chegado na marca dos 50 anos de carreira. Atualmente, com 69 anos de idade, ele celebra a sua história ao lado de outro grande nome da música brasileira: Ivan Lins, de 70 anos, sendo 46 de carreira. A dupla se apresenta hoje, a partir das 22 horas, no Mendes Convention Center, em Santos. Ainda há ingressos disponíveis. “Eu faço a minha parte, ele faz a dele, e depois cantamos juntos algumas canções”, adianta Toquinho, que deve incluir no repertório os seus principais sucessos: Aquarela, Tarde em Itapoã, Samba de Orly, entre outros. Ao longo de suas cinco décadas de serviços prestados à música brasileira, Toquinho dividiu o palco com vários artistas consagrados, tais como Vinicius de Moraes, Chico Buarque e Jorge Ben Jor. Com Ivan Lins, o paulistano acredita ter uma sincronia musical que os caracterizam. “(O encontro) resultou num show cuja dinâmica melódica se completa pelo bom humor alicerçado na longa amizade que nos une, com a mesma pulsação musical. Estar ao lado dele representa a renovação de experiências que nos amadureceram durante esses anos a ponto de podermos inventar ainda momentos criativos e intimistas capazes de atravessar gerações”. Sobre a emoção de ter compartilhado seu palco com vários amigos, o músico afirma que procura amigos que valorizam sua obra e complementam o show com suas características apropriadas às dele. “Principalmente com cantoras que também enfeitam o espetáculo”, comenta. “Estou sempre atento aos novos talentos, não me furto a convidá-los quando se adaptam aos meus traços musicais”, completa. Questionado sobre qual seria a sua principal marca artística, Toquinho afirma que é a “simplicidade com alguma sofisticação herdada da bossa nova”. “Jamais tive medo de usar o lugar comum, que torna minha música agradável aos ouvidos, completada por uma poesia suave e emocional”. As marcas de sua longa trajetória são expressivas: gravou 82 discos, compôs mais de 450 músicas e fez aproximadamente 10 mil shows pelo Brasil e exterior. O que falta para ele? “Gostaria de ter uma música minha cantada pelo Paul McCartney”, revela ao lembrar do ex-Beatles, que veio ao Brasil cinco vezes nos últimos anos. Toquinho afirma que não tem pressa para lançar material inédito. Isso, no entanto, não representa um fim de sua carreira nos estúdios. “Ao longo desses 50 anos, tenho me dedicado cada vez mais ao violão e procurado viver saudavelmente. Quanto a criar, não tenho pressa de lançar inéditas. Elas surgem em função do cotidiano inspirador”, argumenta. O compositor e violonista ainda comentou o afastamento da presidente Dilma Rousseff. Crítico declarado do governo, ele já havia falado sobre o assunto, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, em março passado. “Hoje tenho vergonha de ser brasileiro. É um país conturbado, movido pela corrupção, por escândalos. Esse não é o Brasil de que eu vim”, disse na ocasião. Toquinho acredita que o momento agora é de viver com mais felicidade e espera por uma retomada da confiança das pessoas. “Só posso adiantar que certamente encontraremos uma plateia mais aliviada e confiante no futuro. Isso já ajuda a realizar um show mais intimista e alegre”, comenta. Sem redes sociais No ano passado, o parceiro de Toquinho na apresentação de hoje declarou seu voto na candidata MarinaSilva, em sua página oficial no Facebook. Essa talvez seja uma das principais diferenças entre os dois: o uso das redes sociais. Enquanto Ivan Lins mantém um perfil ativo, com várias postagens sobre sua carreira e até posicionamentos políticos, Toquinho sequer tem uma página oficial na rede social. Para ele, existem outras formas de se comunicar com os fãs. “No meu site o público encontra as formas de se comunicar comigo e as poucas horas de folga que tenho procuro responder a essa procura”. O Mendes Convention Center fica na Avenida General FranciscoGlicério, 206. A casa abrirá as portas às 22 horas. A previsão para o início da apresentação de Toquinho e Ivan Lins é 23 horas.