Maria Beraldo convida Zélia Duncan para “Matagal”; ouça single

No Dia Nacional da Visibilidade Lésbica (29/8), Maria Beraldo lança Matagal, composição que conta com a participação de Zélia Duncan. As vozes de Beraldo e Zélia se encontram nessa canção de amor tranquilo, que deixa o sol entrar e anuncia a chegada de Colinho, o novo disco de Maria Beraldo, que chega dia 18 de outubro nas plataformas digitais pelo selo Risco. Conhecida por sua ousadia em estirar as fronteiras musicais, sua posição provocativa e letras que revelam um coração marcado pela homofobia em amores difíceis ou impossíveis, Beraldo revela em Matagal a conquista de um romance possível, real e feliz. Para cantar sua alegria, Maria convidou Zélia Duncan, que traz consigo os passos de uma geração que abriu caminhos mato adentro para que artistas como Beraldo pudessem cantar e viver suas verdades. “Compus essa canção em uma viagem que fiz com minha namorada pra descansar um pouco do ritmo de São Paulo, olhando pra uma floresta linda com um rio que corria ligeiro numa manhã de sol. Essa música marca um momento importante da minha vida em que vivo um relacionamento muito feliz e verdadeiro e estou em paz com a minha sexualidade, depois de anos de elaboração e de muitas canções melancólicas ou tensas. Não estamos em tempos de paz, nem no mundo nem na esfera da nossa luta LGBTQIA+, mas encontrar a alegria de ser uma pessoa queer é das nossas mais poderosas armas”, conta Maria. O convite de Maria para Zélia veio depois de um show na virada cultural de São Paulo em que as duas se apresentaram na mesma noite, em shows diferentes, e o encontro no camarim encorajou Beraldo a mostrar sua nova música para Zélia. Depois do convite aceito e com a música pronta, Zélia comentou a faixa. “Gosto do fato de Maria ser uma artista intrigante, talentosa e corajosa com as sonoridades e interpretações. Adorei cantar junto, na oitava que me coube! E amo a sonoridade da faixa. Ouçam, vale cada segundo da viagem!” A faixa Matagal foi produzida por Maria Beraldo e Tó Brandileone, e traz uma levada folkeada em violões de nylon e aço, o baixo acústico no fraseado de Fábio Sá e as vozes de Beraldo e Zélia num encontro inspirado de tessituras regado a muito reverb. “Zélia é uma referência muito importante na minha trajetória e inclusive no momento mais delicado da minha saída do armário”, conta Maria. “Para além dos seus discos que embalam e dão colo à minha geração de sapatões, eu fui totalmente capturada pelo monólogo TôTatiando, que Zélia fez brilhantemente, com músicas de Luiz Tatit, em 2012. Essa época eu tava terminando meu mestrado na Unicamp e assumindo meu primeiro namoro com uma mulher. Viajei de Campinas para São Paulo 7 vezes pra ver essa peça. Fiquei muito fissurada. Ali tinha muita coisa importante pra mim. O jeito que ela pensou aquele espetáculo, toda a concepção musical e de cena, como essas duas coisas se enlaçam em uma só, o jeito que ela visitou a obra de Tatit e também a autonomia que ela exerce perante o mercado, colocando sua relação com a arte em primeiríssimo lugar. Tudo isso é muito precioso, e é claro que a representatividade bate forte no peito numa hora dessas”, conta Beraldo. Assim como o primeiro single do álbum Colinho, o recém lançado I Can’t Stand My Father Anymore, Matagal também tem letra em inglês. O álbum, porém, tem a maior parte das letras em português.
Música Urbana: Capital Inicial convida músicos para celebrar os 64 anos de Brasília

Para comemorar os 64 anos do berço do rock nacional, a banda Capital Inicial prepara uma grande celebração: uma nova versão do evento que parou Brasília em 1984, o Música Urbana. À época, o show teve ingressos esgotados unindo Capital Inicial, Legião Urbana e Plebe Rude, no teatro do Colégio Alvorada, em Brasília. Quarenta anos depois, os músicos que seguem fazendo sucesso com a turnê 4.0 pelo Brasil, convidam Zélia Duncan, Scalene, Plebe Rude e Marcelo Bonfá para subir ao palco da Arena BRB Nilson Nelson, no dia 20 de abril, para mais uma noite histórica. Produzido pela Bonus Track, os ingressos começam a ser vendidos nesta terça-feira (30), no site da Eventim. “Em 1984 a gente tinha a sensação de que estava fazendo algo muito incrível para a cultura brasileira. A gente não estava preocupado se as pessoas curtiam ou gostavam. Era pra nossa própria diversão. Naquele momento, nada era planejado. No começo, ninguém tinha ideia que ia ser algo profissional. Era tudo no improviso. Era muito pouco preparo e pouca estrutura. Os amigos se ajudavam. Aprendemos a fazer, fazendo. Para nós aquilo foi grande, importante, relevante”, diz Dinho. O show de 1984 marcou tanto a história do rock nacional, que dois anos depois, a música que deu o nome a esse encontro seria o primeiro single de sucesso do Capital Inicial, emplacando entre as mais tocadas nas rádios brasileiras. “Em Brasília, esse espírito contestador ficou tão grande, onde todos formaram uma banda, todos eram diferentes. Foi contagiante. Foi irresistível. O que começou como um punhado de amigos, virou algo gigantesco que chegou num momento em que não sabíamos da cena de outros estados, mas a gente achava que era uma coisa só nossa. Que era algo super importante. A gente estava numa revolução. Últimos anos de regime militar, de redemocratização. Achávamos que éramos parte dessa transformação. Achávamos que fazíamos parte da construção de um país mais justo, desse momento histórico do Brasil. Queríamos mostrar que era possível novos sons. Nós éramos os porta-vozes dessa geração. Era irrelevante quantos estavam ouvindo. Mas, era o espírito, transformando nossas vidas e o Brasil. Imagina se essa força pudesse se unir de novo? Então, vai ser uma celebração sem igual. A trilha sonora de Brasília!”, completa. A data da nova edição do Música Urbana será uma comemoração tripla, pois além do aniversário de Brasília, Dinho comemora 60 anos logo depois, no dia 27 de abril, e este também será o último show da turnê 4.0 na cidade. Além dessas comemorações, várias outras farão parte do grande encontro. Capital vai receber Zélia Duncan pela primeira vez depois do emblemático Acústico MTV, gravado em 2000. Outro ponto forte do show será a banda Scalene, que – em hiato desde 2022 – volta para esse show único. Presentes na primeira versão em 1984, Plebe Rude cantará seus maiores sucessos; e Bonfá, que vem representando a Legião Urbana, e ficou na lembrança de todos os fãs desenhando o primeiro pôster do festival, reviverá essas recordações nesse novo evento. Serviço Música Urbana: 64 Anos de Brasília Capital Inicial Scalene Plebe Rude Zélia Duncan Marcelo Bonfá (Legião Urbana) Data: 20 de abril Local: Arena BRB Nilson Nelson Endereço: SRPN – Brasília, DF, 70297-400 Ingressos e informações: a partir desta terça-feira, dia 30, no site da Eventim
Marcos Valle lança o álbum Cinzento
